sexta-feira, 11 de julho de 2014

O antissemitismo dos socialistas (RC)


Luciana Genro com Marcelo Freixo, do PSOL
A situação fica cada vez mais complicada no Oriente Médio, após palestinos terem sequestrado três adolescentes judeus, com o apoio de parte da população nas redes sociais, e os terroristas do Hamas terem iniciado ataques à Israel na Faixa de Gaza. A reação israelense, por sua vez, foi contundente, gerando a morte de jovens palestinos e atiçando ainda mais a revolta do lado de lá.
Há duas vítimas claras nessa tragédia: o povo de Israel, que sofre com ataques terroristas de grupos islâmicos fanáticos; e os palestinos inocentes, que são vítimas tanto dos próprios radicais islâmicos como do Exército de Israel.
Mas uma distinção é necessária aqui: enquanto os terroristas palestinos miram deliberadamente em alvos inocentes do lado de lá, e até usam como escudos humanos seus próprios civis inocentes (mesmo crianças), os soldados israelenses tentam proteger seu próprio povo e evitar as perdas civis do outro lado, o que nem sempre é possível em uma guerra.
Curiosamente, a nossa esquerda socialista adota um viés absurdo pró-Palestina, com uma visão rudimentar de “Davi contra Golias”, como se o lado mais fraco estivesse sempre com a razão. É a mesma mentalidade tacanha que a levou a apoiar a ditadura cubana contra os Estados Unidos.
Esse flerte de nossa esquerda com o islamismo radical é algo impressionante, e mostra como o fanatismo pode unir grupos distintos pelo ódio comum ao “imperialismo estadunidense”, ao qual Israel é sempre associado.
Foi o caso de Luciana Genro, do PSOL, que publicou um texto com claro tom antissemita. Reparem que não há uma só menção aos ataques deliberados do Hamas, que iniciaram a nova fase de conflitos. Ao contrário: a socialista coloca em xeque a autoria dos sequestros dos jovens israelenses, como se fosse uma conspiração só para servir de pretexto aos ataques do país judeu.
Ao ler seu texto, saímos com a nítida impressão de que Israel é uma espécie de país opressor que gratuitamente agride seus inimigos, e não o alvo do ódio patológico de pessoas que simplesmente não admitem sua existência. Em sua conclusão, Luciana Genro demonstra seu ponto de vista ridículo, ao comparar Israel com o Apartheid:
A política do governo de Israel é similar ao do Apartheid na África do Sul. Boa parte dos governos já se pronunciaram pelo reconhecimento do Estado Palestino.
É necessário que se pare imediatamente essa agressão. Para que tenhamos uma paz duradoura precisamos de uma ampla campanha entre os povos para cessar os ataques, com sanções econômicas e diplomáticas contra o Estado de Israel enquanto perdurar a postura opressiva contra o povo palestino.
Ora, o Estado de Israel já aceitou faz tempo um Estado Palestino! São os grupos radicais palestinos que não aceitam um Estado de Israel, inclusive com o apoio do governo iraniano, que busca sua bomba atômica e adoraria “varrer Israel do mapa”.
O discurso de Luciana Genro é uma afronta a todos os judeus, especialmente aos brasileiros, e também a todos aqueles que defendem a liberdade e a justiça. Há precedentes em seu partido. Teve um deputado, o Babá, que chegou a queimar uma bandeira de Israel em local público.
O conflito no Oriente Médio é complexo e exige seriedade ao ser debatido. Infelizmente, não é o que nossa esquerda radical faz, ao criar um bode expiatório – Israel – e responsabilizá-lo por todos os problemas da região. Justamente a única democracia no local, que preserva ampla liberdade individual e, especialmente, para as mulheres, o que não costuma acontecer no lado islâmico. Luciana Genro deveria ter vergonha de ser tão irresponsável assim!

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