quarta-feira, 16 de julho de 2014

Delegado Tuma Junior atualiza livro que já vendeu 100 mil exemplares — para fazer novas revelações sobre governo Lula — e pretende apoiar candidato à Presidência que acabe com a politização da Polícia (RS)


(Foto: Paulo Vitale)
Romeu Tuma Junior: em novos livros, combate a instrumentalização e a politização da área de segurança — e pretende colaborar com candidato à Presidência que proponha uma grande reforma na área (Foto: Paulo Vitale)
O delegado Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de Segurança durante o lulalato (entre 2007 e 2010), vai desapontar os que o acusaram de oportunista por supostamente pretender utilizar a repercussão de seu livro Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado, que já vendeu mais de 100 000 exemplares, para eleger-se deputado.
Filiado ao PTC, Tuminha, como é conhecido, confirmou à coluna que não será candidato. “Já saí da vida pública”,  diz. “Se achasse que ser deputado fizesse diferença, talvez me candidatasse. Mas acho que contribuo mais para meu país mostrando os erros e absurdos que existem na área de justiça e segurança pública e propondo soluções”.
Aquilo que julga errado Tuma voltará  a abordar atualizando seu best-seller com “novos capítulos e o aprofundamento de capítulos já publicados”, em edição que, em princípio, estará nas livrarias perto do primeiro turno da eleição, a 7 de outubro.
A primeira edição do livro de Tuma: mais de 100 mil exemplares vendidos. A reedição incluirá mais capítulos e mais material nos capitulos já publicados
A primeira edição do livro de Tuma: mais de 100 mil exemplares vendidos. A reedição incluirá mais capítulos e mais material nos capitulos já publicados
O delegado aposentado da Polícia Civil de São Paulo vem trabalhando febrilmente, pois toca ao mesmo tempo um segundo volume deAssassinato…, com mais revelações de bastidores do governo Lula e documentos, e planeja completar a trilogia com um volume dedicado apenas a sugestões para a área de segurança pública.
“Tenho uma responsabilidade para com meu país de apresentar propostas, com base em minha experiência, para mudar o Estado policial que foi criado nos últimos anos”, diz.
Tuma está indignado com a entrevista concedida pela presidente Dilma Rousseff à rede de TV norte-americana CNN em que sustenta que as polícias Civil e Militar não deveriam continuar sob controle dos Estados e que a Constituição deve ser alterada para que o governo federal tenha um papel maior na área. Ela respondia a uma pergunta sobre violência policial e deu claramente a entender que o governo federal, hoje, “pouco pode fazer” porque não controla as polícias.
“Esse governo já neutralizou a Polícia Federal, partidarizando-a, e infiltrou secretários de Segurança alinhados politicamente nos Estados. Onde é que isso vai parar? O que precisamos ter no país, e que vou defender no terceiro livro, é tornar a segurança pública e a Justiça políticas de Estado, e não sujeitas aos humores de um ou de outro governo”, acrescenta.
Na campanha presidencial, Tuma está disposto apoiar um candidato que se disponha a reformar a área de segurança nessa linha, acabando com o uso da polícia como ferramenta da política. Se chamado a colaborar, aceitará, sem querer retribuição.

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