sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Fascistas não passarão? ( Mateus Colombo Mendes)

O que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança – exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História.

Uma das principais estratégias do revolucionário padrão está resumida na máxima atribuída ao ditador socialista Vladimir Lenin: “Xingue-os do que você é, acuse-os do que vocês faz.” Exemplo cruel – para nós, brasileiros – é o outrora autoproclamado “partido da ética” liderando esquemas de corrupção que fazem seus antecessores parecerem ladrões de galinhas. Mas, é claro, sem perder a pose de paladino da justiça.
Na tarde de 26 de janeiro de 2016, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tivemos mais uma prova disso. A audiência pública, convocada por deputados estaduais, com a presença do congressista Jair Bolsonaro e de intelectuais de respeito como Percival Puggina, foi interrompida por gritos de guerra de duas dúzias de pessoas identificadas com partidos e grupos de esquerda (UJS [braço infanto-juvenil do PCdoB], PSOL, UNE, UBES et caterva). Na sessão, aberta à assistência e participação de quem o quisesse, bradavam sem parar: “Fascistas não passarão!”
Pois, quem são os fascistas, o que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança – exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História; algo como o que se tentou fazer aqui, através da corrupção, com o Mensalão. O fascismo pressupõe a concentração do poder econômico nas mãos de poucos megaempresários, em conluio com o governo – algo como o que ocorreu no Petrolão. O fascismo exige o controle estatal da vida privada – impossível não lembrar da lei federal que pretende regular como os pais devem educar seus filhos, ou do Marco Civil da Internet.
O fascismo é contrário às ideias de liberdade econômica, civil e individual, defendidas ontem no evento no parlamento gaúcho. Através de suas massas de manobra, usa de força e truculência para silenciar seus adversários. Na Itália ou no Brasil, ontem e hoje, o fascista não dialoga; mete o pé na porta e impossibilita qualquer ação que lhe desagrade. Foi precisamente isso que fizeram os militantes profissionais que ontem interromperam o debate, recusaram-se a dialogar e provocaram a plateia à exaustão. Na boca, gritos ensaiados e agressivos; no bolso, as palavras de Lenin.

 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O direito é uma ordem espontânea e não algo deliberadamente criado por "iluminados" (Rodrigo Saraiva Marinho)



court-fees (1).jpgNa atual realidade brasileira, pensa-se o Direito como um grande aparato que tem por finalidade servir ao estado e àquelas pessoas que estão ligadas a ele. Todavia, o Direito vai bem além de uma mera legislação criada pelos legisladores; o Direito é uma ordem espontânea, ou seja, algo que não foi criado pela vontade deliberada de alguém — assim como a economia, que também não foi criada por ninguém em especial.
Friedrich August von Hayek foi o autor austríaco que mais escreveu sobre essa temática. E em quatro obras.  Inicialmente, na obra Os Fundamentos da Liberdade, na qual ele analisa a constituição pela perspectiva liberal.  Depois, escreveu uma grande obra dividida em três tomos, Direito, Legislação e Liberdade. O volume I tem como título Normas e Ordem, e é onde ele aborda o tema do Direito como ordem espontânea.  Este é o livro a que irei me ater.  O volume II fala sobra A Miragem da Justiça Social; e o volume III, A Ordem Política de um Povo Livre.
No volume I de Direito, Legislação e Liberdade, Hayek analisa o Direito como uma ordem espontânea e faz um aviso importante e essencial para quem tem a "arrogância fatal" de pensar que algo tão complexo como o Direito poderia ser criado por legisladores:
Cumpre, portanto, pedir ao leitor que tenha sempre em mente, ao ler este livro, a necessária e irremediável ignorância — de todos — da maioria dos fatos particulares que determinam as ações de todos os diversos membros da sociedade humana.
O Direito (no inglês, Law), como Hayek fala em seu livro, é algo que muitas vezes não era possível ser reduzido a um texto ou determinado em algo escrito.  O Direito sempre foi algo que as pessoas cumpriam e seguiam sem saber exatamente a razão. E a história comprovou que um grupo que seguia determinadas normas sempre obtinha mais prosperidade que aqueles outros que não seguiam.
Hayek destaca que
Aprender a partir da experiência", entre homens não menos que entre animais, não é um processo essencialmente de raciocínio, mas sim de observância, disseminação, transmissão e aperfeiçoamento de práticas que se impuseram porque deram bom resultado.
Os indivíduos não têm como enunciar isso já que essas normas não foram criadas por eles,
mas passaram a governar as ações dos indivíduos porque as ações realizadas em conformidade com elas alcançaram resultados melhores do que aquelas de indivíduos ou grupos concorrentes. (Hayek, 1985, p. 81)
Tal ideia é criticada pelas pessoas que Hayek rotula de "construtivistas", aquelas que acreditam que todas as normas somente serão válidas se forem criadas pelos legisladores.  Para os construtivistas, essas normas espontaneamente surgidas não seriam "racionais".
Todavia, os construtivistas esquecem que muito do nosso aprendizado pode ocorrer pelo exemplo, pela imitação ou analogia:
Este é um problema que observamos mais de perto no aprendizado da linguagem pelas crianças, capazes muitas vezes de compor corretamente expressões de grande complexidade que nunca ouviram antes, mas que também ocorre em domínios como o da conduta, da moral e do Direito, bem como na execução de muitas tarefas em que somos orientados por normas que sabemos observar, mas somos incapazes de verbalizar.
Darwin, por exemplo, não criou o conceito de evolucionismo da Biologia e sim o pegou emprestado das ciências sociais, o que obviamente não torna o trabalho de Darwin menos importante.
Segundo Hayek (1985, p. 91),
Foi na análise de formações sociais como a língua e a moral, o direito e a moeda, que, no século XVIII, os conceitos similares de evolução e formação espontânea de uma ordem foram por fim claramente formulados, fornecendo as ferramentas intelectuais que Darwin e seus contemporâneos conseguiram aplicar à evolução biológica. Esses filósofos da moral do século XVIII e as escolas históricas do direito e da língua bem poderiam ser denominados — como alguns teóricos da língua do século XIX de fato se intitularam — darwinistas antes de Darwin.
Entretanto, um dos grandes erros no 'darwinismo social' foi não entender a batalha de ideias e tomar por objeto a "seleção de indivíduos e não a seleção de instituições e práticas; a seleção de aptidões inatas dos indivíduos e não a daquelas culturalmente transmitidas" (HAYEK, 1985, p. 92).
Outro grande equívoco que levou ao descrédito a teoria do darwinismo social foi a ideia de que a teoria da evolução consiste em 'leis de evolução'.  Mas tal fato não se confirma, uma vez que essas 'leis de evolução' se pretendem como uma marcha inevitável da história.
Segundo Hayek:
a teoria da evolução, em si, não fornece mais que a descrição de um processo cujo resultado dependerá de enorme quantidade de fatos particulares, excessivamente numerosos para que pudéssemos conhecê-los em sua totalidade.
A ideia de que haverá uma marcha histórica e predeterminada não tem qualquer relação nem com a legítima teoria da evolução, nem com a ideia de ordem espontânea e nem com a ideia de "grande sociedade", para utilizar as palavras de Karl Popper.
Essas ideias predeterminadas se baseiam nas concepções do historicismo de Comte, Hegel e Marx, que acreditavam, de maneira puramente mística, que a evolução seguiria cursos já determinados e conhecido, mas que somente esses "iluminados" conseguiam vislumbrar.
Ainda segundo Hayek:
Tais abusos do conceito de evolução em disciplinas como antropologia, ética e também o Direito, abusos que por algum tempo o levaram ao descrédito, tiveram por base uma concepção equivocada da natureza da teoria da evolução.
Todavia, isso não destoa do fato de o Direito ser uma ordem espontânea que decorre desse evolucionismo.
E isso fica claro se trouxermos a teoria da evolução para o seu significado correto, sendo o Direito uma estrutura complexa que somente poderá ser compreendida como resultado de um processo de evolução em que "o elemento genético é inseparável da ideia de ciências teóricas" (MENGER, 1963, página 94).
Tal evolução foi muito mais bem percebida no Direito Consuetudinário (Common Law) da Inglaterra.  À época, o Direito precisava ser descoberto em cada caso concreto que era trazido pelas partes para ser decidido por um juiz, o qual buscava a solução ideal para o conflito respeitando os precedentes anteriores da corte, de forma que "as leis eram determinadas por tribunais que independentes do poder que organizava e dirigia o governo" (HAYEK, 1985, p. 235).
Já no Direito Estatutário, Civil Law, o positivismo jurídico tem por pretensão a "arrogância fatal" de buscar uma previsibilidade em todo o sistema jurídico, dando a entender que o Direito poderia ter sido criado por burocratas, e que, com isso, haveria uma maior segurança jurídica.
Todavia, o que se viu do decorrer da história, principalmente da história recente do mundo moderno — já que o positivismo jurídico é algo relativamente novo, tendo seu marco inicial com o Código Civil Francês de Napoleão, em 1804 —, foi uma extrema insegurança jurídica onde quer que esse sistema (Civil Law) tenha sido implantado, sendo o Brasil um exemplo disso.
Já nos países que seguiram a ideia de Common Law, sendo a Inglaterra o bastião dessa ideia, o "aparente caos" — uma vez que não há um controle central na mão dos burocratas, com o Direito sendo estabelecido caso a caso — permitiu uma maior liberdade ao indivíduo, já que o Direito não era criado de forma abstrata e absurda (muitas vezes com o objetivo de beneficiar amigos do rei, como é feito no Civil Law).
No Brasil, com o Novo Código de Processo Civil, publicado em março de 2015 e que entra em vigor em março deste ano, deveremos ter um maior respeito ao precedente, se aproximando um pouco mais de como funciona o Common Law, sendo os juízes, desembargadores e ministros obrigados a seguir os precedentes da corte, o que vai gerar uma maior segurança jurídica e, obviamente — como é típico de uma Ordem Espontânea — uma complexidade muito maior. É uma evolução, ainda longe do ideal, mas uma evolução.
Para finalizar, nada melhor do que as palavras de Bruno Leoni (2010, p. 23) para os advogados e juristas em geral:
Parece que o destino da liberdade individual na atualidade é ser defendida principalmente por economistas, em vez de advogados e cientistas políticos.
No que diz respeito aos advogados, talvez a razão para isso seja que estes são, de alguma forma, forçados a falar com base em seu conhecimento profissional e, portanto, em termos de sistemas contemporâneos de lei.
Como teria dito lorde Bacon: "Falam como se fossem compelidos." Os sistemas legais contemporâneos aos quais estão amarrados parecem reservar uma área cada vez menor à liberdade individual.
Esse chamado de Bruno Leoni é essencial à advocacia, uma classe que deveria ter como missão defender a liberdade individual e não ser subserviente aos políticos de plantão.
A advocacia, profissão liberal por excelência, deve lutar diariamente para que os Direitos Humanos — vida, liberdade e propriedade — sejam respeitados, para que o indivíduo possa exercer sua liberdade política, jurídica, social e econômica todos os dias.
Se você estuda ou estudou essa ordem espontânea que é o Direito, tente sair daquilo que os seus professores estatistas ensinaram e siga as belas palavras do meu amigo Rafael Saldanha: "o Direito não apenas é anterior ao estado, como também é uma ferramenta valiosa para se proteger do estado e de outros criminosos."

Concedam às mulheres o direito de se defenderem (Geert Wilders & Machiel de Graaf)


Geert Wilders denuncia o "Taharrush". À direita: protestos públicos na Alemanha em resposta aos
abusos sexuais em massa ocorridos na cidade de Colônia e em outras cidades na passagem do Ano Novo.

O "enriquecimento cultural" nos trouxe uma nova palavra: Taharrush. Lembre-se bem dela, porque teremos que lidar muito com ela. Taharrush é a palavra em árabe que denota o fenômeno através do qual mulheres são cercadas por grupos de homens e assediadas sexualmente, tocadas, agredidas e estupradas. Depois da taharrush que ocorreu na cidade de Colônia na Passagem do Ano Novo, muitas mulheres alemãs compararam spray de pimenta. Quem pode condená-las?

Uma cultura que tem uma palavra específica para uma gama de assédios sexuais cometidos por grupos de homens é um perigo para todas as mulheres. A existência da palavra indica que o fenômeno é generalizado. Frau Merkel, Primeira Ministra Rutte e todos os políticos partidários da política de portas abertas deveriam ter conhecimento disso.
O mundo islâmico está mergulhado na misoginia. O Alcorão preconiza explicitamente que a mulher vale a metade do homem (Surata 2: 228, 2: 282, 4:11), que as mulheres são impuras (5:6) e que o homem pode ter relações sexuais com sua esposa quando ele bem entender (24:31). O Alcorão chega até a dizer que aos homens é permitido possuir escravas sexuais (4:24) e que eles têm o direito de estuprar as mulheres que capturam (24:31).
Hádices, a resenha da vida de Maomé, o ser humano ideal cujo exemplo deve ser seguido por todos os devotos da fé islâmica, confirmam que as mulheres são objetos sexuais, que elas são seres inferiores como os cães e macacos e que não há nada de errado com a escravidão sexual e com o estupro de prisioneiras.
Taharrush é muito comum em países islâmicos. As mulheres são frequentemente cercadas por homens e violentadas. O Website egípcio Jadaliyya destaca que o abuso também é cometido contra mulheres cobertas com o véu islâmico. As mulheres são vítimas simplesmente porque são mulheres e não porque elas se insinuaram ou porque sua conduta ou vestimenta são "provocantes". O abuso pode acontecer na rua, no transporte público, em supermercados ou em meio a uma manifestação de protesto.
Em 2011 Lara Logan, repórter de uma TV americana, teve sua roupa rasgada e logo "violentada com as mãos" por um grupo de 200 homens na Praça Tahrir no Cairo. Dois anos mais tarde, uma jovem holandesa também se tornou vítima da taharrush na mesma praça. Agora, juntamente com a entrada de migrantes do mundo muçulmano, esse fenômeno também chegou a Europa. A elite tentou esconder o fato da população, mas isso já não é mais possível.
Cartunistas já sentiram o gosto de assassinos islâmicos batendo em suas portas quando ousam fazer algum desenho de Maomé. Agora milhares de mulheres em Colônia e em outras dezenas de cidades alemãs e através da Europa, como Zurique, Estocolmo, Malmo e Viena, passaram pela experiência dos estupradores estarem escondidos atrás das portas esperando que elas ousem sair na rua.
Islã significa submissão. E há uma boa razão para isso. A chegada do Islã levou à redução das liberdades ocidentais sob a ameaça da violência. E essa ameaça só irá aumentar. É um processo capcioso que levará todo o Ocidente a se curvar ao Islã.
Na semana passada a prefeita de Colônia aconselhou as cidadãs da cidade a manterem certa distância de homens estranhos. Em Viena, o chefe de polícia ressaltou que seria melhor que no futuro as mulheres não saiam sozinhas nas ruas. Parece que a Áustria logo será parecida com a Arábia Saudita, onde não se permite que mulheres andem pelas ruas desacompanhadas. Mais cedo, na Holanda, as mulheres de família que abrigam candidatos a asilo já tinham sido aconselhadas a usarem roupas "apropriadas" (mesmo dentro de casa), "de modo que nada de vestido de festa ou costas descobertas" e para se certificarem de nunca ficarem sozinhas em um ambiente com candidatos a asilo do sexo masculino.
Mas o comportamento das mulheres nada tem a ver com isso. Além disso, é uma desgraça que as nossas mulheres sejam aconselhadas a mudarem seus hábitos porque o governo convidou milhares de homens perigosos a ingressarem em nosso país. Quando se importa o Islã para a Holanda, também está se importando a cultura misógena do Cairo, Damasco, Riad para as nossas cidades. Além dos lenços de cabeça, burcas, mesquitas, assassinatos em nome da honra e terrorismo, agora também temos a taharrush.
A solução não está na atitude das nossas mulheres de manterem certa distância desses bárbaros e sim do nosso governo de manter esses homens a milhares de quilômetros de distância de nós. Até que isso aconteça outras medidas são necessárias. É uma irresponsabilidade transformar nosso país em uma selva e depois mandar mulheres desarmadas para o interior desta selva. Elas devem no mínimo ter o direito de se defender. Diferentemente de países como a Alemanha e a França, em nosso país o uso de spray de pimenta é ilegal. Considerando que a Holanda está sendo inundada por homens que veem as mulheres como brinquedos sexuais inferiores, está na hora de legalizar o spray de pimenta em nosso país como arma de defesa contra a taharrush.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Até quando seremos reféns de uma Elite omissa, uma Zelite rentista e da oligarquia de políticos corruptos?(Jorge Serrão)


O grande bandido a ser combatido é o ente fictício chamado Estado Brasileiro sem controle pela sociedade. Ele é o "Pai" de todos os bandidos. Os demais sujeitos, principalmente políticos, são perigosos coadjuvantes, que se reproduzem no ambiente e no modelo em vigor. Por isso precisa ser radicalmente mudada a estrutura Capimunista Rentista tupiniquim - centralizadora, cartorial, cartelizada e corrupta. Ela é a "Mãe" e matriz estrutural das sacanagens brasileiras.


Repita-se por 13 x 13: o Brasil precisa ser refundado sob uma nova matriz constitucional federalista, realmente republicana, que garanta o controle do direto do cidadão sobre a máquina estatal. Só uma inédita Intervenção Cívica Constitucional - que começa a ser debatida a partir das redes sociais - tem condições de colocar o Brasil nos eixos corretos. Se isto não acontecer, o Brasil não tem jeito: continuará aquela colônia de exploração, potencialmente rica, porém mantida artificialmente na miséria, por interesses transnacionais, pela ignorância da maioria esmagadora do povo, pela senvergonhice das Zelites e pela omissão ou fraqueza das Elites (os que deveriam liderar os processos efetivos de mudança).
O Brasil é uma Republiqueta baseada em conceitos errados e equívocos cometidos propositalmente, com fins corruptos. Enquanto o barril de petróleo despenca no mundo inteiro, por aqui nossa zelite e nossos governantes alertam que é necessário aumentar ainda mais os preços dos combustíveis para equilibrar as finanças públicas. Mesmo com estas chuvas torrenciais e os reservatórios cheios, não se desligam as termoelétricas e o preço da energia elétrica continua altíssimo.
O desemprego é avassalador e nossos governantes só apresentam novas formas de aumentar ainda mais o achaque fiscal e continuam a aterrorizar as empresas em busca de receitas para sustentar as bilionárias e inescrupulosas mordomias dos donos do poder. Agora querem arrumar garantias via FGTS para que os bancos emprestem a trabalhadores sem emprego e sem renda. Assim, aquecendo o consumo via dívidas, eles esperam ganhar algum fôlego. Pelo menos até as eleições municipais.
As prefeituras, falidas e mal administradas, não conseguem manter o nível mínimo de qualidade para o atendimento à população. A saúde no Brasil – pública e privada – está falida e sem perspectivas. A falta de segurança no Brasil está mais para um país em guerra civil do que qualquer outra coisa. Inútil analisar em outra direção. Que o digam as nossas quase 60 mil vítimas assassinatos por ano... Perdão, elas não podem dizer nada. Já morreram. Mas nós ficamos aqui como mortos-vivos, sobreviventes na agonia.
As privatizações e concessões de estradas e portos, ao invés de servir de promoção do desenvolvimento ou de solução de problemas estruturais da economia brasileira, viraram fontes de receitas para os governos. Os leilões buscam levantar dinheiro diretamente. Depois, indiretamente, os vencedores da disputa ficam obrigados, por negociatas ou pela via das gestapos fiscalizadoras, a pagar propinas para tocar os negócios. Sobem as tarifas, e socializam o pagamento da sacanagem com a sociedade.
Tudo o que as nossas zelites, nossos burocratas e nossos políticos apresentam como solução para a crise brasileira é apensas uma forma de arrecadar mais dinheiro para os cofres dos governos. Dinheiro que eles querem só serve para manter as estruturas corruptas e os privilégios corporativistas tão em foco neste momento. Mesmo com as massas desempregadas ocupando as ruas, cada vez em maior número, nossos governantes parecem não saber lidar com a gravidade da situação.
Não querem entender que a crise atual é causada por uma estrutura de estado perdulária, corrupta, ineficiente e que promove todo tipo de injustiça para justificar sua própria existência. Nos discursos vazios, insistem em mentir para a população, alegando que as crises são "conjunturais" ou "culpa de problemas mundiais". Persistem na famosa lei da tecnocracia: criar dificuldades para vender facilidades.
Os brasileiros estão cansados desse sentimento de impotência. Por mais que tentem, pacificamente, as zelites insistem em não ouvir. O pragmatismo cínico delas, no mais canalha e burro raciocínio rentista, só enxergam a manutenção das vantagens no curto prazo, custe o que custar para os outros, é claro! Os brasileiros, cidadãos-eleitores-contribuintes, novamente assistiram, neste início do ano, a toda uma fúria de aumentos em impostos, taxas, tributos, além de todo tipo de achaque fiscal possível de ser praticado.
Inconformados com a dificuldade de fazerem os desempregados contribuírem com esta farra fiscal, o Bando Central quer ressuscitar a CPMF, que atinge a todos inclusive aqueles sem emprego. Para não falar nos aposentados. Nisso a CPMF é justa: atinge a todos mesmo. Até quando a o povo brasileiro aceitará ter sua vida e da sua família maltratada por gente tão inescrupulosa?
Calma... A hora da reação nunca esteve tão próxima... Desta vez, a crise estrutural vai desandar... Conchavos oligárquicos não conseguirão conter a ira de um povo pt da vida...

Homens para os novos tempos ( Nivaldo Cordeiro)

Quando alguém começa ou acaba um texto ou um discurso falando mal de Jair Bolsonaro e da “direita” ou é um engajado esquerdista ou um maria-vai-com-as-outras.

Observo com interesse as primárias das eleições norte-americanas. Ventos novidadeiros sopram de lá. Qualquer que seja o candidato escolhido pelo Partido Republicano terá grandes chances de se eleger sobre o moribundo, medíocre e canhoto governo de Obama e seu Partido Democrata. Obama sairá desmoralizado da Casa Branca.

Entre os republicanos, o candidato por quem mais nutro simpatia é Donald Trump. Este, embora quase grosseiro nas suas falas diretas, é exemplo das qualidades que mais se preza nos nascidos na América do Norte: afirmativo, conservador em costumes, liberal em economia, contra qualquer iniciativa de governo mundial, defensor ardoroso de suas fronteiras e da supremacia americana. A população de todo o mundo, submetida há mais de um século de propaganda esquerdista, agora despertou. Na América também. Esquerdismo é engodo pernicioso.
O fenômeno se repete na Europa, cuja questão dos refugiados precipitou o despertar do eleitorado. Nenhuma pessoa sensata pode ser a favor da política migratória da socialdemocracia e dos demais partidos à esquerda. A experiência da União Europeia, enquanto experimento de um governo mundial, naufraga dia a dia e os eleitores estão preferindo a plataforma conservadora e a volta das bandeiras nacionalistas. A direita ganha em toda parte. Os pontos programáticos são praticamente os mesmos do Partido Republicano.
Entre nós, o político que mais se aproxima dessa nova onda mundial é o deputado Jair Bolsonaro. Se ele não se deixar cooptar pelas práticas políticas tradicionais e mantiver o bom nome e a lisura é questão de tempo que seja feito presidente da República. Será o desespero da esquerda no poder, que há décadas luta para não permitir o ressurgimento da direita e sempre satanizou quem apareceu eleitoralmente viável. Bolsonaro, enquanto grande brasileiro, tem as qualidades necessárias para exercer a primeira magistratura.
É claro que a eleição eventual de Donald Trump e mesmo de Marie Le Pen pode pavimentar o caminho da chegada da direita ao poder em nosso país. Hoje ela se encontra sem apoios internacionais e enfrentando o onipresente discurso esquerdista do politicamente correto. Isso mudará radicalmente com a simples chegada do Partido Republicano ao poder, assim como da chefe política francesa.
Quando alguém começa ou acaba um texto ou um discurso falando mal de Jair Bolsonaro e da “direita” ou é um engajado esquerdista ou um maria-vai-com-as-outras. Reinado Azevedo se enquadra na primeira definição, ele que vitupera tanto contra o deputado carioca. Reinaldo é tucano assumido e, enquanto tal, tem ojeriza à simples ideia de os conservadores voltarem ao poder. Vimos bem o que Fernando Henrique Cardoso fez nas últimas eleições, orientando os candidatos de seu partido a repudiar o discurso conservador. Perderam tudo. Reinaldo reza pela cartilha da socialdemocracia.
É quase um gesto de salvação nacional demonstrar respeito e apoio por nomes como o de Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado enquanto possíveis candidatos à Presidência da República. Certamente é um gesto de coragem, pois tem-se que enfrentar o discurso da malta esquerdista onipresente nos meios de comunicação. A desordem toma conta da nação, as incertezas econômicas se acumulam, os valores estão se desmilinguindo (para usar o termo caro a FHC). Está chegando a hora do basta. Será em breve.
Quem viver verá.

A pedofilia vai à escola Escrito (Percival Puggina)


pcn98Essa educação sexual, se não está dedicada a disseminar a ideia de que o corpo humano, já na mais tenra idade, é um parque de diversões eróticas, o produto de seu trabalho será inequivocamente esse.

Você já parou para pensar sobre o motivo dessa farta produção de literatura voltada à educação sexual nas escolas? Não vou nominar obras para não fazer publicidade de lixo pedagógico, mas há de tudo. O famoso kit gay não foi o primeiro nem o último material pernicioso. O Ministério Público chegou a intervir, em alguns casos, para impedir a distribuição. Há publicações que, explicitamente, estimulam experiências auto-eróticas, heterossexuais e homossexuais. Um desses livrinhos vem com a recomendação, aos pequenos leitores, de que devem conservar o referido "material escolar" fora do alcance dos pais...

A questão que me interessa aqui é a existência de uma pedagogia da educação sexual que anda a braços com a pedofilia. É estarrecedor. Todo esse material que de um modo ou de outro chegou a alunos ou a bibliotecas de escolas tem rótulo de coisa pedagógica. Quando suscita escândalo, é defendido com a afirmação de estar destinado a professores ou a adolescentes. Falem sério! Professores e adolescentes precisam de livro sobre sexualidade, com figurinhas para público infantil?
Estamos, portanto, diante de algo sistemático, reincidente e renitente, que passa por cima, atropelando ("problematizando", para usar palavra da pedagogia marxista) a orientação dos pais. Essa educação sexual, se não está empenhada em antecipar o processo de erotização no desenvolvimento infantil, está dedicada a algo tão parecido com isso que se torna impossível perceber a diferença. Se não está dedicada a disseminar a ideia de que o corpo humano, já na mais tenra idade, é um parque de diversões eróticas, o produto de seu trabalho será inequivocamente esse. Se não pretende oferecer a crianças e adolescentes um cardápio de opções sexuais para escolherem como sanduíche no balcão do McDonalds, é a isso que levam suas propostas.
A simples ideia de que tais orientações encontrem guarida em receitas pedagógicas no ambiente acadêmico e educacional do país é repugnante. No entanto, já em 1998, no capítulo sobre Educação Sexual do documento intitulado "Parâmetros Curriculares Nacionais" elaborado pelo MEC, lê-se que (pag. 292):
"Com a ativação hormonal trazida pela puberdade, a sexualidade assume o primeiro plano na vida e no comportamento dos adolescentes. Toma o caráter de urgência, é o centro de todas as atenções, está em todos os lugares, na escola ou fora dela, nas malícias, nas piadinhas, nos bilhetinhos, nas atitudes e apelidos maldosos, no “ficar”, nas carícias públicas, no namoro, e em tudo o que qualquer matéria estudada possa sugerir."
Ora, isso não parece exagerado? Talvez quem redigiu o texto acima padeça de tão solitário e totalizante apelo. Na faixa etária mencionada, os interesses são bem diversificados. Entre eles se incluem também os esportes, a escola, a turma de amigos, os jogos de computador e a própria família. Mais adiante, o texto afirma (pag. 296):
"Nessa exploração do próprio corpo, na observação do corpo de outros, e a partir das relações familiares é que a criança se descobre num corpo sexuado de menino ou menina. Preocupa-se então mais intensamente com as diferenças entre os sexos, não só as anatômicas, mas todas as expressões que caracterizam o homem e a mulher. A construção do que é pertencer a um ou outro sexo se dá pelo tratamento diferenciado para meninos e meninas, inclusive nas expressões diretamente ligadas à sexualidade, e pelos padrões socialmente estabelecidos de feminino e masculino. Esses padrões são oriundos das representações sociais e culturais construídas a partir das diferenças biológicas dos sexos, e transmitidas através da educação, o que atualmente recebe a denominação de “relações de gênero”. Essas representações internalizadas são referências fundamentais para a constituição da identidade da criança."
Está aí a ideologia de gênero e a subsequente revogação que pretende promover da anatomia, da genética e dos hormônios, cujos efeitos estariam subordinados a padrões sociais. Tá bom! E o texto segue afirmando o direito das crianças ao prazer sexual, a naturalidade das manifestações e "brincadeiras" explícitas, de quaisquer natureza, às quais, na escola, se aplicaria apenas a jeitosa informação de que o ambiente não seria lá muito apropriado para isso. E adiciona: tais incontinências só deveriam ser levadas ao conhecimento dos pais quando "tão recorrentes que interfiram nas possibilidades de aprendizagem do aluno". É o legítimo caso em que o pedagogo, com objetivos desviados, erra pelo que ensina e erra pelo que deixa de ensinar.

O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Liberalzinho ( Pedro Henrique Medeiros)

 
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Vocês já devem ter visto por aí o famoso liberalzinho pó-de-arroz.
Esse liberal não segue um padrão unificado, mas muitos estereótipos fazem com que ele seja facilmente reconhecido.
Uma dessas características é a ojeriza que ele tem com os palavrões, que ele chama de 'palavras de baixo calão' -- sem saber que está usando um termo racista derivado da palavra 'caló', de origem cigana do sul da Espanha e que significa 'preto'. Ou seja, dizer que alguém usa palavras de baixo calão é o mesmo que dizer que a pessoa está usando linguagem de preto. O liberalzinho é todo afetadinho; quando escuta ou lê um palavrão, ele diz que está "horrorizado" (sic). Ui!
É o típico academicista. Geralmente formado em Ciências Econômicas ou Ciência Política; é um amante inveterado de diplomas, títulos, prêmios, currículo Lattes. Odeia os autodidatas com todas as suas forças. Os pais trabalharam duro para acumular certa riqueza e agora o filho liberalzinho desfruta das benesses daqueles que se privaram de toda liberdade para que o filhinho querido pudesse andar pelas ruas chamando todo mundo de socialista. Nunca criou ou administrou nada.
Temos, também, a versão mais velha: o liberalzinho oldschool. Esse aí é aquele que usa um blazer desbotado, com os botões abertos, por cima de uma camisa Tommy Hilfiger, uma calça jeans com a bainha rasgada e um tênis All Star velho, bem surradinho. Compra livros velhos em sebos na av. Augusta e os carrega embaixo do braço. Freqüenta lançamentos de livros de autores suspeitos e chega à Livraria Cultura com a testa suada, com pressa, para uma sessão de fotos e autógrafos. Seu objetivo é ‘fazer contatos’, ‘network cultural’.
Meu amigo Filippe Irrazábal chama alguns de liberaizinhos Puc-Rio. Gente que toma chopp com os amigos petistas. O liberal se acha o descoladão, vive de bajulação social, pensador independente. Quando possui alguma empresa, o papo gira em torno de ‘o PT atrapalha meus negócios’, ‘o PT não entende de gestão’.
O liberalzinho planta a própria maconha para não financiar o tráfico. Burguesinho drogado, do moleton da GAP e do Iphone 5s que só não é comunista porque entendeu que o livre mercado é melhorzinho. Quando a conversa com os amigos de esquerda esquenta um pouco, ele sai pela tangente: “veja bem, meu amigo. Não é bem assim...”, ligeiramente recuado e de cabeça baixa, sem apelar para não ferir a susceptibilidade dos coleguinhas com camisas Che Guevara.
Acredita na esquerda democrática. Leitor de Wunderblogs, assinante na Veja. Tem fotos no Pinterest porque o Instagram tá -- como dizem -- meio vilanizado...
Assinante da newsletter do Mises Brasil. Vai em todas as palestrinhas dos amigos liberais. Fala pra mamãe que está indo à conferência do instituto. Nossa! Millenium, Ordem Livre, Mises Brasil, Estudantes Pela Liberdade, o caralho. Crachazinho no pescoço. Senta na frente. Tira selfie com o Ron Paul.
Percebe que aquilo ali tá meio paradão, com muita cueca. Aí começam o recrutamento de jovens garotas adolescentes – na maioria das vezes conservadoras. Ou então alguma vadiazinha libertina revoltada com os pais. Oferecem alguns brindes às moças, viagens, passagens de avião, hospedagem em hotéis, resorts. Afinal de contas, ser conservador, cristão -- e principalmente católico -- é meio careta. Muito carola. Pra ser descoladão tem que ser liberalzinho e debater a legalização das drogas.
Faz um colóquio com Alex Catharino. Toma um café com Hélio Beltrão. Participa de uma conferência com Fabio Ostermann. Tem uma reunião agendada com Fernando Ulrich. Uma conversa com Juliano Torres.
Pronto. Ganha o direito de fazer uma palestrinha ou então vai debater com algum esquerdista. Senta de pernas cruzadas e fica balançando o pezinho. Segura o microfone apenas com o polegar e o indicador. Uma veadagem sem tamanho.
Alguns vão mais fundo e conhecem os livros de uns malucões como Rothbard, Block e Hoppe. Daí já era. Viram libertários. O cérebro vira paçoca. Fica convencido de que é possível ser um católico-libertário. Hahaha! Mas isso é assunto para outro post.
Se vai para o lado do conservadorismo anglo-saxão e britânico, topa com Russell Kirk e Edmund Burke, mas se cair no colo do Catharino, já era. Daí todo mundo é neocon.
Alguns liberaizinhos são os típicos arrivistas. Alpinistas sociais. O amigo de todo mundo. Manda solicitação de amizade pra toda a galera. No Facebook é todo dia post com “Quem é John Galt?”, mas nunca leu 'A Revolta de Atlas'. Ayn Rand é sua musa. A capa de Facebook é uma Gadsden Flag: “Don't Tread on Me”. Auto-intitulado 'enemy of state'.
Liberalzinho Partido Novo, liberalzinho Movimento Brasil Livre, liberalzinho Vem Pra Rua.
Temos também o liberalzinho do “ceticismo político”, leitor de Mateus Minuzzi (vulgo Luciano Ayan). Meu amigo Luciano Geronimo chama de liberalzinho de TI (tecnologia da informação). Esse tipo específico acha que o mundo é um sistema operacional e as pessoas são seres como programas de computador. Bitcoins são as armas dos guerreiros digitais da liberdade contra o petrodólar. Babam ovo de Tesla mesmo com o Elon Musk sendo um comedor de subsídios. Ayan saca seu manual de programação neurolinguística e mistura com o que ele chama de "infowar" e cria uns termos em inglês para "enquadrar" os inimigos. Alguns termos são tão engraçados que parecem nomes de banda de rock. Verbal Assault Patterns, controle e inversão de frames, direita "true", ceticismo político, shamming, negacionismo político. Uma piada. O que vale é o pragmatismo.
Filosofia? No Brasil, para o liberalzinho, Pondé é autoridade máxima. Olavo de Carvalho? Que nada. Ele fala palavrão, é astrólogo, diz que cigarro faz bem pra saúde, diz que tem feto dentro da Pepsi, acredita no geocentrismo, que combustível fóssil não existe e o velho ainda tem fé que refutou Newton. Onde já se viu?
O pior liberalzinho é aquele que em algum momento foi aluno do Olavo, que diz que leu seus artigos, livros, etc. Ele fica meio em cima do muro por um tempo e se assume como liberal-conservador. Mas chega uma hora que a pressão dos liberais "true" (para usar um termo do Ayan) é muito forte. Então, para não ser chamado de membro de seita e de olavete fanático, o ex-olavete inicia um novo caminho: do pensador independente. Agora ele pensa com os próprios miolos. É um autônomo. Independente. Diferentão. Não anda com a ralé. Começa a tocar na sua cabeça a música do Chitãozinho e Xororó: “vou negando as aparências, disfarçando as evidências”. O passo seguinte é negar as influências. Diz em alto e bom som que o Olavo não o influenciou em nada. Vocês conhecem o roteiro desse filme. Apaga tudo o que consegue achar de seu passado que o incrimine. Engana a si mesmo, mas sempre alguém consegue um print comprometedor e o sujeito nem queima a cara de vergonha, pois já caiu nos braços dos amigos liberais. Foi acolhido. Vai ser convidado pra palestrar na próxima conferência do Movimento Brasil Livre.
O liberalzinho continua a ler Olavo escondido, mas suas fontes oficiais passam a ser outros liberaizinhos como Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino, Diogo Mainardi, Mário Sabino, Leandro Narloch, Marco Antonio Villa, etc. A mesma panelinha que Olavo chama de ‘direita permitida’. São os defensores do ‘Estado Democrático de Direito’, os ‘devotos das instituições’. É só um tucanismo baba-ovo de PSDB.
Pra ser liberalzinho direferentão é preciso defender a bicudagem. Fazer aliança com a ‘esquerda democrática': Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aloysio Nunes. O Flavio Morgenstern e o Fabio Pegrucci ficaram com a bicudagem e lacraram likes em posts que desciam o cacete no Olavo, sem contar as indiretas dos dois sem citar o nome do professor.
Se acham capazes de julgar o Olavo desde uma posição superior. Citam as influências verdadeiras excluindo o Olavo e não lembram que só existem esses livros em português porque o Olavo deu um jeito que fossem traduzidos e colocados em circulação no Brasil.
Um verdadeiro liberalzinho tem que atacar o Jair Messias Bolsonaro. Chamá-lo de "nacionalista estatista".
O liberalzinho não fala comunismo. Ele combate apenas o socialismo, porque sabe que sua agenda cultural é a mesma dos comunistas: drogas, "casamento" gay, aborto, ideologia de gênero, etc. Não estão muito interessados com esse negócio de cultura, de moral, de ética, de valores.
Peguem o Constantino, por exemplo. O cara diz que as desculpas que pediu ao Olavo foram ‘desculpas táticas’, desculpas estratégicas. Esses caras são uns arrivistas que crescem nas sombras do Olavo, cooptando os seguidores deste e, quando acham que chegou a hora, dão um jeito de arrumar uma briga com o Olavo, depois inventam uma versão totalmente mentirosa da treta, enganam uns otários e seguem a vida, desfrutando de tudo que o Olavo conquistou.
Liberal não é contra kit gay porque este ensina crianças sobre sexo e homossexualismo, mas simplesmente porque o Estado usa dinheiro de impostos. Não há nenhuma objeção moral por parte deles. O argumento é puramente economicista. Se fosse em uma escola privada e os pais demandassem esse tipo de ‘educação’ nas salas de aulas de crianças, para o liberal está tudo certo.
Muita coisa pode ser dita desse tipo de gente que trombamos todos os dias pelo feed do Facebook, mas por hoje é só.

Lula, o imaculado ( Percival Puggina)

Nosso messias de Garanhuns, o santo, o imaculado, está preparando caminho para ser declarado inimputável por problemas mentais.

No último dia 20, o ex-presidente reuniu-se com blogueiros amigos na sede do Instituto Lula. Blogueiros amigos são aqueles regiamente remunerados pela sociedade brasileira para promoverem a defesa do governo em seus blogs e sites. Não conheço a todos, mas os que conheço têm vultoso patrocínio do governo, de seu partido e de empresas estatais (em alguns casos esses patrocínio já alcança, ao longo dos anos, a casa dos sete dígitos). Creio que só isso deveria ser considerado suficiente para estabelecer um clima pouco propício a jactância e brincadeiras. Opinião a soldo? Sei não.

Durante esse encontro, sentindo-se mais protegido pela gratidão dos circunstantes, Lula queixou-se da perseguição que alega estar sofrendo. Logo ele, alma sem jaça, cristal sem trinca, sendo mal falado e tendo seus negócios como objeto de investigações e especulações. Quem o ouve pode ser levado a crer que montou um governo e formou maioria parlamentar para si e para sua sucessora entre a mais nobre elite da política nacional. Até parece que entre os bons, buscou os melhores. Não é mesmo, Celso Daniel? Lula parece esquecer que após 13 anos no poder, seu partido e seus defensores estão constrangidos a se medirem com a régua que usavam para aferir seus adversários. E não conseguem ser muito otimistas. É uma linha de defesa que lembra o Tavares, aquele personagem canalha criado por Chico Anísio: "Sou, mas quem não é?".

O excesso de auto-estima de Lula é muito bem representado por frases como a que proferiu em 8 de abril de 2005, após a missa celebrada durante o funeral de João Paulo II. Inquirido por jornalista se havia confessado para poder comungar, o então presidente de primeiro mandato saiu-se com esta: "Sou um homem sem pecados". O escândalo do mensalão viria a público 36 dias depois.

Pois eis que, agora, durante o encontro com a fagueira comunidade de seus blogueiros, o ex-presidente, subiu o tom da gabolice e disparou: "Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste país, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da Igreja Católica, nem dentro da Igreja Evangélica. Pode ter igual, mas mais do que eu, duvido."

Pensando sobre a distância que medeia entre essa frase e a vida pessoal, familiar e política de Lula, sou levado a suspeitar de que nosso messias de Garanhuns, o santo, o imaculado, está preparando caminho para ser declarado inimputável por problemas mentais. Convenhamos, Lula!