segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Petralhas, coletivistas e esquerdistas; A MENTIRA COMO NORTE MORAL. Ou.:"Falsários e suas muitas falsificações"(PERCIVAL PUGGINA)


Índios exibindo cocares zero quilômetro, com vistosas e irretocáveis penas de pobres aves, sem ninguém por elas?
Diziam que o PT não era como "os partidos tradicionais" e tinham razão - o PT é um partido que protege bandidos.
sponholz

A mais grave dimensão da falsidade ocorre quando ela se torna estratégia de ação e estilo de vida. Quando isso acontece - e está acontecendo no Brasil - o caráter dos indivíduos é destruído e a credibilidade das instituições que por desventura eles comandem se converte em lama.

O artigo 1º da lei que criou a Comissão da Verdade (CV) atribui-lhe a tarefa de "efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional". Memória, verdade e reconciliação. Qual a verdade que a CV busca? Ela busca conhecer os autores de crimes e agressões a direitos humanos que vitimaram os  guerrilheiros e terroristas camaradas de dona Dilma. Os muitos crimes e violações cometidos por essa mesma turma estariam inteiramente perdoados, esquecidos, cobertos por grossa camada de errorex, e rendem vultosas indenizações aos que os perpetraram. Para os comissários da CV, a anistia valeria para tais crimes, acima de qualquer dúvida. E a reconciliação? Ora, os proponentes e executantes dessa farsa, ungidos de falso espírito pacificador, assumiram uma tarefa em que não creem. E isso é farsa. Eles não acreditam em reconciliação (a menos que renda votos, como num abraço entre Lula e Maluf). Creem, nisto sim, em conflito, em revanche e em vingança. Tudo isso é ou não fraude ao Direito, à memória, à verdade e à História? Mas a falsificação, uma vez iniciada, não pára mais.

Querem outro exemplo? Quem pode considerar legítimos esses índios que vemos em Brasília, mobilizados pela governamental Funai, reivindicando demarcações de territórios para suas "nações"? Índios de caminhonete, calça jeans e que se abastecem em supermercados? Índios exibindo cocares zero quilômetro, com vistosas e irretocáveis penas de pobres aves, sem ninguém por elas? No entanto, os falsários, financiados por interesseiras ONGs internacionais, articulam para que obtenham cada vez maiores extensões de reservas, como se ainda vivessem, todos, da caça e da pesca. Pura manobra diversionista. O verdadeiro botim é a extraordinária biodiversidade e são as riquezas do subsolo.

Não são menos fraudulentos, por sua vez, muitos dos "quilombos" que pipocam em áreas nobres do território e do meio urbano nacional. Os falsários organizam esses grupos de interesse, insuflam ódio racial, excitam a cobiça, prometem vantagens patrimoniais, inventam fábulas sobre inexistentes quilombos e cuidam de ampliar o número de falsos quilombolas.

Uma vez assumida como estratégia de ação e estilo de vida, a falsidade se impõe em tudo. Por isso, os falsos dossiês, encomendado a falsários profissionais. Por isso se falsificam as informações sobre as contas públicas com a tal "contabilidade criativa". Por isso Dilma, ungida candidata à presidência, é apresentada à nação como grande gestora de um governo enrolado e enrolador. Por isso se apressam em fazer o que muito condenaram para não enfrentar o fracasso de soluções que nunca tiveram. Por isso diziam que o PT não era como "os partidos tradicionais" e tinham razão - o PT é um partido que protege bandidos. Por isso o falso apreço a direitos humanos, um apreço que tem cor partidária, que tem afeições e ódios ideológicos. Por isso as falsificações ditadas pelos mandamentos do "politicamente correto", que transformam reivindicações grupais e pautas políticas em pretensos direitos humanos.

A lista seria inesgotável. Os falsários compreendem suas estratégias e métodos como elementos da disputa e da preservação do poder e os aplicam em tudo. O certo, a verdade e o bem integram uma esfera de temas que sequer conhecem, onde não vão e onde não operam. Nos espaços em que atuam habitualmente não incidem exigências de ordem moral que não estejam referidas à manutenção do poder. Para quem ainda não percebeu, é a mesma ética assumida pelos falsos mártires do Mensalão.


Lixo keynesiano e incompetência petralha.Ou.:"O modelo é feito de botox, maquiagem e remendos’, (Rolf Kuntz)

Maquiagem, botox e remendos são os principais componentes do chamado modelo de crescimento em vigor há uma década, aperfeiçoado nos últimos três anos e pelo menos tão eficiente quanto a pedra filosofal procurada pelos alquimistas. Segundo se dizia, essa pedra, ou fórmula, poderia transformar em ouro metais menos valiosos. Com o tal modelo, o governo converteu um déficit primário de R$ 6,2 bilhões num superávit mensal de R$ 28,8 bilhões, um recorde. A mágica foi realizada basicamente com a inscrição de duas receitas atípicas — R$ 15 bilhões do bônus de concessão do campo de Libra, no pré-sal, e R$ 20,4 bilhões de pagamentos do novo Refis, o programa de parcelamento de impostos atrasados. Com esse resultado em novembro, a administração federal terá uma chance muito maior de fechar o ano com R$ 73 bilhões de resultado primário, o dinheiro destinado ao pagamento parcial dos juros da dívida pública.
As contas de novembro do governo central foram apresentadas pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin, principal auxiliar do ministro da Fazenda, Guido Mantega, no setor de alquimia contábil. Mas o modelo composto principalmente de botox, maquiagem e remendo serve também para embelezar a inflação e as contas externas. Por sua aplicação variada, esse instrumento sintetiza as propriedades da pedra filosofal e do Bombril, o das mil e uma utilidades. O noticiário do dia a dia tem confirmado suas virtudes.
Neste ano o Brasil acumulou um superávit comercial de US$ 1,02 bilhão até a terceira semana de dezembro, segundo as últimas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No fim de novembro o saldo acumulado era um déficit de US$ 93 bilhões. O resultado continuou fraquinho nas duas semanas seguintes, mas na terceira foi registrada mais uma exportação de plataforma de exploração de petróleo e gás, no valor de US$ 1,15 bilhão. Pronto. De repente, a conta comercial passou do vermelho para o azul. Mas essa plataforma, como outras exportadas neste ano e em 2012, nunca deixou o país, porque a operação é meramente contábil e seu propósito é a geração de um benefício fiscal.
Neste ano, até a terceira semana de dezembro, as exportações dessas plataformas proporcionaram receita de US$ 7,73 bilhões, 351,41% maior que a obtida com o mesmo produto um ano antes. Terá sido um surto de sucesso comercial ou uma emergência na conta de comércio exterior? Outro detalhe notável: em 2013, essas plataformas foram a maior fonte de receita com as vendas externas de manufaturados.
Automóveis de passageiros apareceram em segundo lugar, com US$ 5 bilhões, e óleos combustíveis em terceiro, com US$ 3,46 bilhões. Em seguida apareceram partes e peças para veículos e tratores (US$ 3,1 bilhões) e aviões (US$ 3,02 bilhões). Mas todos esses produtos foram para fora. Muitos brasileiros devem ter voado, no exterior, em aviões da Embraer. Muito mais difícil será encontrar uma daquelas plataformas.
Sem essa operação quase milagrosa, o saldo comercial até a terceira semana de dezembro teria sido um déficit de US$ 6,71 bilhões. O resultado teria sido menos mau, é claro, se parte das importações de petróleo e derivados tivesse sido contabilizada — corretamente — em 2012, em vez de só aparecer neste ano (esta é mais uma bizarria das contas brasileiras). Mas esses produtos de fato foram comprados e chegaram ao país. Se essas compras tivessem entrado nas contas de 2012, o saldo comercial do ano passado teria ficado abaixo dos US$ 19,4 bilhões oficialmente registrados.
Problemas da Petrobrás, incluída a necessidade de importação de óleo e derivados, também têm relação com o uso do modelo de botox, maquiagem e remendo. Preços dos combustíveis têm sido politicamente contidos, há anos, como parte do esforço para administrar os índices de inflação (coisa muito diferente de combater as pressões inflacionárias). Essa política impôs perdas à empresa, reduziu sua geração de caixa e diminuiu sua capacidade de investir com recursos próprios. Além disso, prejudicou os investimentos na produção de etanol, porque a contenção dos preços da gasolina se refletiu na formação de preços do álcool. Depois de muita pressão, os novos dirigentes da Petrobrás conseguiram autorização para elevar os preços, mas em proporção inferior à necessária. A depreciação das ações da empresa, nas bolsas, é consequência dessa e de outras interferências políticas na administração da estatal.
O modelo de enfeite foi aplicado amplamente no esforço de controle dos índices de inflação. O governo forçou a redução das tarifas de eletricidade ao impor às concessionárias um novo esquema de renovação de contratos. Também manobrou para retardar os aumentos de passagens de transporte público e para anular, no meio do ano, os ajustes concedidos.
Esse esforço produziu algum efeito imediato. Os indicadores de inflação subiram mais lentamente durante alguns meses, mas a quase mágica logo se esgotou. Os índices de preços ao consumidor voltaram a aumentar cada vez mais velozmente a partir de agosto. O IPCA-15, uma espécie de prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a medida oficial de inflação, acumulou alta anual de 5,85% até dezembro. Se o resultado final do IPCA será igual ou inferior ao do ano passado (5,84%) só se saberá no começo de janeiro, quando conhecidos os números de todo o mês de dezembro. Mas, na melhor hipótese, a inflação será muito parecida com a do ano passado e as pressões continuarão fortes em 2014.
Nenhuma pessoa informada leva a sério o tabelamento de preços, o disfarce das contas externas e o enfeite das contas públicas. Operações atípicas podem gerar ganhos fiscais imediatos, mas corroem a credibilidade de quem governa. Com botox e maquiagem, alguns números ficam mais apresentáveis para os ingênuos. Paras os outros a cara do governo se torna cada vez mais disforme.

Petralhas canalhas, a mentira como norte moral. Ou:"A guerra psicológica do governo" (RC)

A presidente Dilma fez o último pronunciamento do ano neste domingo. Mais uma peça de ficção, pura propaganda eleitoral. Dilma está mesmo “fazendo o diabo” para vencer as eleições de 2014. Mente deliberadamente ao afirmar que o Brasil é dos poucos países que passaram imunes pela crise. Vive em negação da realidade, ignora os fatos.
Os demais países emergentes crescem mais que o Brasil, com menos inflação. Nossos problemas são todos construídos em casa mesmo, por erros cometidos pelo próprio governo, por equívocos ideológicos e excesso de intervencionismo na economia.
Dilma enaltece uma das menores taxas de desemprego do mundo, mas nada fala sobre a quantidade enorme e crescente de pessoas que dependem de esmolas estatais para viver. Como pode? Em pleno-emprego mas tendo de gastar cada vez mais com… desempregados?
A presidente afirma que o país combateu a carestia, e que teve responsabilidade fiscal. Em que país vive? Temos uma inflação de 6% ao ano há uma década, sendo que vários preços administrados pelo governo estão congelados. Isso é conter a inflação? Lembrando: a meta, já elevada para padrões internacionais. é 4,5% ao ano!
Responsabilidade fiscal? O superávit foi zerado praticamente! O governo só aumenta gastos, e não consegue poupar nada. Teve de apelar para malabarismos contábeis toscos para entregar algum superávit, ainda assim bem menor do que a meta oficial. Responsabilidade?
Claro, a presidente tocou em dois programas que vai usar como carros-chefe em 2014: Mais Médicos e Minha Casa Minha Vida. Um deles é a confissão de que o PT não foi capaz de investir adequadamente no setor de saúde, e teve de importar escravos cubanos. O outro é uma bolha imobiliária em gestação em nosso país, fomentada pelo próprio governo via Caixa. Mas quem liga para o futuro? Não o PT, que faz o “diabo” para continuar no poder…
A presidente, sem citar o mensalão, repetiu a falácia do antecessor, de que nunca antes se investigou tanto os “malfeitos”, e que o governo é intolerante com a corrupção. Que piada é essa? Todos os escândalos vieram à tona graças à imprensa, e o governo fez de tudo para dificultar as investigações. E vários envolvidos nos escândalos permaneceram no governo.
Sobre a economia, que patina quase sem sair do lugar, a presidente pensa que vive no Chile ou no Peru. E ainda culpa a própria iniciativa privada pelo desânimo! ”Se alguns setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança, especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas”, disse.
Guerra psicológica? Os empresários reagem a incentivos, e estes não são os melhores. Ao menos não para aqueles que não contam com subsídios do BNDES. Não tivemos reformas estruturais, a produtividade não cresce, as intervenções arbitrárias do governo geram desconfiança nas regras do jogo. E a presidente fala de guerra psicológica?
É, o PT segue com sua guerra psicológica contra a verdade mesmo, mente para enganar os mais leigos, e acusa as supostas más intenções daqueles que criticam tanta incompetência.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Coletivistas quadrupedes aprendam. Ou:"Governo, governança e contrato"(Gustavo Franco)


Governança é uma expressão relativamente nova, e tem a ver com o desenho dos processos decisórios dentro de organizações, públicas e privadas, com o objetivo de evitar, entre tantos vícios, os decorrentes de conflitos de interesses. Diz-se que a governança é de boa qualidade quando impede que maiorias escravizem minorias, ou vice-versa, ou que os dirigentes abusem dos mandatos a eles conferidos.
Enquanto a governança corporativa (a das empresas) só fez evoluir - sobretudo a partir de 2000, quando a Bovespa estabeleceu protocolos para a boa governança e listagens especiais para as empresas que os adotassem -, a governança no setor público vem sofrendo um enorme retrocesso. A legitimidade conferida pelas urnas não faz do governante um Todo Poderoso ou uma encarnação do interesse público, mas apenas um custo diante deste, e por tempo determinado e dentro de limites, como em qualquer democracia. Os bons governos precisam caber dentro de seus mandatos, conviver produtivamente com minoritários (que serão os mandachuvas de amanhã) e com a transparência própria dos mercados e da imprensa livre.
Quando, em vez disso, o governo faz uso contumaz do método "goela abaixo", ao atropelar processos e extrapolar atribuições, invariavelmente se acha na posição do controlador não confiável que abusa de seus poderes e desequilibra os contratos que implícita ou explicitamente mantém com o setor privado.
Tome-se o exemplo da Petrobrás, empresa de controle estatal listada em bolsa com muitos sócios minoritários, nacionais e estrangeiros. O controlador decidiu introduzir um novo sistema para explorar o petróleo do pré-sal, de vezo excessivamente nacionalista, por conseguinte muito caro, e do que resultou um salto nos gastos de investimento da companhia de US$ 10.6 bilhões em 2005 para US$ 43,4 bilhões em 2010.
Diante dessas necessidades foi feito um aumento de capital, que a União não integralizou propriamente em dinheiro, mas usando os direitos a petróleo que estaria disponível no futuro. Adicionalmente, como os preços dos produtos vendidos foram mantidos em níveis defasados, por causa do interesse do controlador em evitar a aceleração da inflação, a companhia viu-se em dificuldades financeiras. Seu endividamento foi de US$ 46 bilhões ao final de 2006 para US$ 115 bilhões em 2010 e US$ 250 bilhões em 2013.
Em consequência, o valor de mercado da empresa caiu de US$ 200 bilhões no começo de 2010 para US$ 90 bilhões ao final de 2013.
São US$ 110 bilhões de riqueza destruída por um nacionalismo tolo combinado ao velho populismo tarifário e embrulhado em uma contabilidade feita por quem acredita na função social da matemática. O resultado é algo que se pode descrever como dilapidação do patrimônio público.
Há muitas questões de governança pertinentes à definição de responsabilidades pela tragédia. Ao utilizar a empresa como ferramenta de políticas de governo, o controlador não devia indenizar a companhia, como fazia até 2001 por meio da "conta petróleo"? Os representantes do controlador não estão conflitados em decisões como as de preço, por exemplo? Com 32,3% do capital (55,6% do capital votante) deve a União nomear 8 de 10 conselheiros?
Bem, esse é apenas um exemplo, e há histórias parecidas em toda parte, inclusive no delicado terreno da política monetária, o segundo exemplo logo abaixo.
O governo detém o controle do único banco com poder de emissão de moeda, um poder tão grande quanto os sonhos de qualquer político, e aqui não há minoritários. Há, em vez disso, 180 milhões de "preferencialistas", que são os "acionistas" sem direito a voto que carregam papéis ao portador, emitidos em pequenas denominações pelo Banco Central do Brasil, de aceitação obrigatória fixada em lei, cujo valor é fixado por livre negociação no comércio.
Por isso, ao redor deste planeta, adotam-se providências de governança de modo a isolar os bancos centrais da influência de seus controladores. Não se trata de assunto ideológico, mas de um imperativo de boa governança: é o melhor arranjo institucional para preservar a integridade da missão do banco central, a estabilidade da moeda.
Entretanto, o Banco Central do Brasil não é independente, a formulação da política monetária cabe ao um conselho de três ministros (um deles, o presidente do BC), obrigado a seguir diretrizes do presidente da República. A política de metas para a inflação está fixada em um decreto presidencial, e os ministros decidiram que era 4,5% mas, na verdade, o BC vem trabalhando como se fosse 6,5%, por orientação do Palácio.
Nos dois casos está claro o conflito entre os interesses políticos de curto prazo do governo e os das maiorias afetadas pelas decisões. É evidente o predomínio inconteste da vontade do controlador.
Arranjos institucionais mais aperfeiçoados poderiam melhorar a governança em ambas as situações, evitar os abusos de poder de controle e as inconsistências. Essas, por sua vez, formam a prole mais dileta do método "goela abaixo", e a lista vai bem além dos exemplos aqui explorados: o governo liga as térmicas e manda baixar a conta de luz, incentiva a produção de automóveis e diminui as ruas, arrocha os preços dos serviços públicos e põe concessões para vender, elege campeões que entram em recuperação judicial e por aí vamos.
Nada pode ser mais assustador aos agentes privados que um governo despreocupado com a boa governança, pois o assunto aqui tem tudo que ver com a letra do contrato. Ao falsear a contabilidade pública, a meta de inflação, o preço da gasolina, a conta de luz, o governo falta com a palavra empenhada, pois compromissos de governo publicamente assumidos são como contratos. Ao escrever 4,5% como meta para o IPCA e praticar 6,5%, ou ao fazer "deduções" da meta de superávit primário, as autoridades quebram contratos que elas mesmas propuseram.
A alegação da presidente sobre respeito aos contratos, feita em tom agressivo em Nova York meses atrás, e prestes a ser repetida em Davos, infelizmente não estará convincentemente apoiada em ações de governo.

Marxismo cultural (LINDA KIMBAL)

A verdade vos libertará.
João 8:32

Os americanos subscrevem atualmente a duas más-concepções; a primeira é a ideia de que o comunismo deixou de ser uma ameaça quando a União Soviética implodiu; a segunda é a crença de que a Nova Esquerda dos anos sessenta entrou em colapso e desapareceu também. "Os Anos Sessenta Estão Mortos," escreveu George Will ("Slamming the Doors," Newsweek, Mar. 25, 1991).
Uma vez que, como um movimento político a Nova Esquerda não tinha coesão, ela desmoronou-se, no entanto os seus revolucionários reorganizaram-se e formaram uma multitude de grupos dedicados a um só tópico. É devido a isso que hoje temos as feministas radicais, os extremistas dos movimentos negros, os ativistas “pela paz”, os grupos dedicados aos "direitos" dos animais, os ambientalistas radicais, e os ativistas homossexuais.
Todos estes grupos perseguem a sua parte da agenda radical através duma complexa rede de organizações tais como a "Gay Straight Lesbian Educators Network" (GSLEN), a "American Civil Liberties Union" (ACLU), "People for the American Way", "United for Peace and Justice", "Planned Parenthood", "Sexuality Information and Education Council of the United States" (SIECUS), e a "Code Pink for Peace".
Tanto o comunismo como a Nova Esquerda encontram-se vivos e de boa saúde aqui na América, preferindo usar palavras de código tais como: tolerância, justiça social, justiça econômica, paz, direitos reprodutivos, educação sexual e sexo seguro, escolas seguras, inclusão, diversidade e sensibilidade. Tudo junto, isto é marxismo cultural mascarado de multiculturalismo.
O nascimento do multiculturalismoAntecipando a tempestade revolucionária que iria batizar o mundo num inferno de terror vermelho, levando ao nascimento da terra prometida de justiça social e igualdade proletária, Frederich Engels escreveu
Todas as (...) grandes e pequenas nacionalidades estão destinadas a desaparecer (...) na tempestade revolucionária mundial (...). (Uma guerra global) limpará todas (...) as nações, até os seus nomes. A próxima guerra mundial resultará no desaparecimento da face da Terra não só das classes reacionárias (...) mas (...) também dos povos reaccionários.("The Magyar Struggle," Neue Rheinische Zeitung, Jan. 13, 1849)
Quando a Primeira Grande Guerra terminou, os socialistas perceberam que algo não havia corrido bem uma vez que os proletários do mundo não haviam prestado atenção ao apelo de Marx de se insurgirem em oposição ao capitalismo como forma de abraçarem, no seu lugar, o comunismo. Devido a isto, estes mesmos socialistas começaram a investigar o que havia corrido mal.
Separadamente, dois teóricos marxistas, Antonio Gramsci (Itália) e Georg Lukacs (Hungria), concluíram que o Ocidente cristianizado era o obstáculo que impedia a chegada da nova ordem mundial comunista. 
Devido a isto, eles concluíram que, antes da revolução ter sucesso, o Ocidente teria que ser conquistado. Gramsci alegou que, uma vez que o Cristianismo já dominava o Ocidente há mais de 2 mil anos, não só esta ideologia estava fundida com a civilização ocidental, como ela havia corrompido a classe operária.
Devido a isso, afirmou Gramsci, o Ocidente teria que ser previamente descristianizado através duma "longa marcha através da cultura". 
Adicionalmente, uma nova classe proletária teria que ser criada. No seu livro "Cadernos do Cárcere," Gramsci sugeriu que o novo proletariado fosse composto por criminosos, mulheres, e minorias raciais. Segundo Gramsci, a nova frente de batalha deveria ser a cultura, começando pela família tradicional e absorvendo por completo as igrejas, as escolas, a grande mídia, o entretenimento, as organizações civis, a literatura, a ciência e a história. Todas estas instituições teriam de ser transformadas radicalmente e a ordem social e cultural teria que ser gradualmente subvertida de modo a colocar o novo proletariado no topo.
O protótipoEm 1919, Georg Lukacs tornou-se vice-comissário para a Cultura do regime bolschevique de curta duração de Bela Kun, na Hungria. Imediatamente ele colocou em marcha planos para descristianizar a Hungria, raciocinando que, se a ética sexual cristã pudesse ser fragilizada junto à crianças, então o odiado patriarcado bem como a Igreja sofreriam um duro golpe.
Lukacs instalou um programa de educação sexual radical e palestras sexuais foram organizadas; foi distribuída literatura contendo imagens que instruíam graficamente os jovens a enveredar pelo "amor livre" (promiscuidade) e pela intimidade sexual (ao mesmo tempo que a mesma literatura os encorajava a ridicularizar e a rejeitar a ética moral cristã, a monogamia e a autoridade da igreja). Tudo isso foi acompanhado por um reinado de terror cultural perpetrado contra os pais, sacerdotes e dissidentes.
Os jovens da Hungria, havendo sido alimentados com uma dieta constante de neutralidade de valores (ateísmo) e uma educação sexual radical, ao mesmo tempo que eram encorajados a revoltarem-se contra toda a autoridade, facilmente se transformaram em delinquentes que variavam de intimidadores e ladrões menores, para predadores sexuais, assassinos e sociopatas. A prescrição de Gramsci e os planos de Lukacs foram os precursores do que o marxismo cultural, mascarado de SIECUS, GSLEN, e a ACLU - agindo como executores da lei judicialmente aprovados - mais tarde trouxe às escolas americanas.
Construindo uma baseNo ano de 1923 foi fundada na Alemanha de Weimar a Escola de Frankfurt - um grupo de reflexão marxista. Entre os fundadores encontravam-se Georg Lukacs, Herbert Marcuse, e Theodor Adorno. A escola era um esforço multidisciplinar que incluia sociólogos, sexólogos e psicólogos. O objetivo primário da Escola de Frankfurt era o de traduzir o marxismo econômico para termos culturais.
A escola disponibilizaria as ideias sobre as quais se fundamentaria uma nova teoria política de revolução (com base na cultura), aproveitando um novo grupo "oprimido" para o lugar do proletariado infiel. Esmagando a religião e a moralidade, a escola construiria também um eleitorado junto aos acadêmicos que construiriam carreiras profissionais estudando e escrevendo sobre a nova opressão.
Mais para o final, Herbert Marcuse - que favorecia a perversão polimorfa - expandiu o número do novo proletariado de Gramsci de modo a que se incluíssem os homossexuais, as lésbicas e os transsexuais. A isto juntou-se a educação sexual radical de Lukacs e as tácticas de terrorismo cultural. A "longa marcha" de Gramsci foi também adicionada à mistura, sendo ela casada à psicanálise freudiana e às técnicas de condicionamento psicológico. O produto final foi o marxismo cultural, hoje em dia conhecido no Ocidente como multiculturalismo.
Apesar disto tudo, era necessário mais poder de fogo intelectual, uma teoria que patologizasse o que teria que ser destruído. Nos anos 50 a Escola de Frankfurt expandiu o marxismo cultural de modo a incluir a ideia da "Personalidade Autoritária" de Theodor Adorno. O conceito tem como premissa a noção de que o Cristianismo, o capitalismo e a família tradicional geram um tipo de caráter inclinado ao racismo e ao fascismo. 
Logo, qualquer pessoa que defenda os valores morais tradicionais da América, bem como as suas instituições, é ao mesmo tempo um racista e um fascista.
O conceito da “Personalidade Autoritária” defende também que as crianças criadas segundo os valores tradicionais dos pais irão tornar invariavelmente racistas e fascistas. Como conseqüência, se o fascismo e o racismo fazem parte da cultura tradicional da América, então qualquer pessoa educada segundo os conceitos de Deus, família, patriotismo, direito ao porte de armas ou mercados livres precisa de ajuda psicológica.
A influência perniciosa da ideia da "Personalidade Autoritária" de Adorno pode ser claramente vista no tipo de pesquisas que recebem financiamento através dos impostos dos contribuintes.
Em agosto de 2003, a "National Institute of Mental Health" (NIMH) e a "National Science Foundation" (NSF) anunciaram os resultados do seu estudo financiado com 1.2 milhões de dólares, dinheiro dos contribuintes. Essencialmente, esse estudo declarou que os tradicionalistas são mentalmente perturbados. Estudiosos das Universidades de Maryland, Califórnia (Berkeley), e Stanford haviam determinado que os conservadores sociais... sofrem de "rigidez mental", "dogmatismo", e  "aversão à incerteza", tudo com indicadores associados à doença mental. (http://www.edwatch.org/ - ‘Social and Emotional Learning" Jan. 26, 2005)  
O elenco orwelliano de patologias demonstra o quão longe a longa marcha de Gramsci já nos levou. 
Uma ideia correspondente e diabolicamente construída é o conceito do “politicamente correto”. A sugestão forte aqui é que, de modo a que uma pessoa não seja considerada "racista" e/ou "fascista", não só essa pessoa deve suspender o julgamento moral, como deve abraçar os "novos" absolutos morais: diversidade, escolha, sensibilidade, orientação sexual, e a tolerância. O “politicamente correto” é um maquiavélico engenho de "comando e controle" e o seu propósito é a imposição de uma uniformidade de pensamento, discurso e comportamento.
A Teoria Crítica é outro engenho psicológico de "comando e controle". Tal como declarado por Daniel J. Flynn, “a Teoria Crítica, tal como o nome indica, só critica. O que a desconstrução faz à literatura, a Teoria Crítica faz às sociedades.” (Intellectual Morons, p. 15-16)
A Teoria Crítica é um permanente e brutal ataque, através da crítica viciosa, aos cristãos, ao Natal, aos Escoteiros, aos Dez Mandamentos, às nossas forças militares, e à  todos os outros aspectos da sociedade e cultura americana.
Tanto o “politicamente correto” como a Teoria Crítica são, na sua essência, intimidações psicológicas. Ambas são maços de calceteiros psico-políticos através dos quais os discípulos da Escola de Frankfurt - tais como a ACLU - estão a forçar os americanos a se submeterem e a obedecerem os desejos e os planos da esquerda. Estes engenhos desonestos não são mais do que versões psicológicas das táticas de "terrorismo cultural" de Georg Lukacs e Laventi Beria. Nas palavras de Beria:
A obediência é o resultado do uso da força (...). A força é a antítese das ações humanizantes. Na mente humana isto é tão sinônimo com a selvageria, ilegalidade, brutalidade e barbarismo, que é apenas necessário exibir uma atitude desumana em relação às pessoas para receber dessas pessoas as posses de força.(The Russian Manual on Psychopolitics: Obedience, por Laventi Beria, chefe da Polícia Secreta Soviética e braço direito de Stalin.)
Pessoas com pensamento contraditório, pessoas que se encontram "sentadas em cima do muro", também conhecidos como "moderados", centristas e RINOs (ed: RINO = Republicans In Name Only, isto é, falsos republicanos), carregam consigo a marca destas técnicas psicológicas de "obediência". De uma forma ou outra, estas pessoas - que em casos literais se encontram com medo de serem vítimas dos agentes de imposição de obediência - decidiram ficar em cima do muro sob pena de serem considerados culpados de terem uma opinião. 
Ao mínimo sinal de desagrado dos agentes de imposição de obediência (isto é, polícias do pensamento), estas pessoas içam logo a bandeira amarela de rendição onde está escrito de forma bem visível:
"Eu não acredito em nada e eu tolero tudo!"
Determinismo culturalA cavilha da roda [inglês: "linchpin"] do marxismo cultural é o determinismo cultural, parente da política de identidade e da solidariedade de grupo. Por sua vez, o determinismo cultural foi gerado pela ideia darwiniana de que o homem mais não é que um animal sem alma e que, portanto, a sua identidade - a sua pele, as suas preferências sexuais e/ou as suas preferências eróticas - é determinada pelo exemplo. 
Esta proposição rejeita o conceito do espírito humano, da individualidade, do livre arbítrio e de uma consciência moralmente informada (associada à culpabilidade pessoal e à responsabilidade) uma vez que ela nega a existência do Deus da Bíblia.
Conseqüentemente, e por extensão, ela rejeita também os primeiros princípios da liberdade americana enumeradas na Declaração de Independência. Estes são os nossos "direitos inalienáveis, entre os quais encontram-se a vida, a liberdade e a busca pela felicidade." O marxismo cultural deve rejeitar todos estes princípios porque eles "foram doados pelo nosso Criador" que fez o homem à Sua Imagem.
Para David Horowitz, o determinismo cultural é
... política de identidade - a política do feminismo radical, da revolução queer e do afro-centrismo - que formam a base do multiculturalismo acadêmico (...) uma forma de fascismo acadêmico e (...) de fascismo político também. (Mussolini and Neo-Fascist Tribalism: Up from Multiculturalism, by David Horowitz, Jan. 1998) 
É dito que a coragem é a primeira das virtudes porque sem ela, o medo paralisará o homem, impedindo-o assim de agir segundo as suas convicções morais e de falar a verdade.  Assim, trazer um estado geral de medo paralisante, apatia e submissão - as correntes da tirania - é o propósito por trás do terrorismo cultural psico-político, uma vez que a agenda revolucionária da esquerda comunista deve, a qualquer preço, estar envolta em secretismo.

O antídoto para o terrorismo cultural é a coragem e a luz da verdade.
Se nós queremos vencer esta guerra cultural, reclamando e reconstruindo nosso país de modo que os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos possam viver numa "Cidade Resplandescente situada na Colina", onde a liberdade, as famílias, as oportunidades, o mercado livre e a decência florescem, temos que reunir a coragem de modo a que possamos, sem medo, expor a agenda revolucionária da esquerda comunista à Luz da Verdade. A verdade e a coragem de declará-la nos libertará.

Capitalismo para os ricos, socialismo para os pobres (Diogo Costa)


195520-Rocinha-Favella-0.jpgO fim da guerra fria, o grande desfecho do embate entre capitalismo e socialismo, não resultou em um triunfo inconteste do livre mercado, como desejariam liberais e lamentam os socialistas. Resultou em um arranjo bizarro, uma política econômica híbrida e intervencionista. Em larga medida, foi criado um capitalismo para os ricos, socialismo para os pobres.
O Brasil exemplifica o modelo de modo emblemático. Pense no varejo. Rico faz compras em Miami. Pobre fica entre comprar produtos chineses altamente tarifados ou o substituto nacional altamente tributado. Pense no trabalho. Rico trabalha como Pessoa Jurídica. Os encargos trabalhistas não abocanhem seu salário. Pobre trabalha amarrado pela CLT. Todo empregado pobre é um trabalhador mais suas circunstâncias fiscais. Pense nas finanças. Rico consegue empréstimos subsidiados pelo BNDES. Pobre tem que pagar juros exorbitantes incluindo os subsídios governamentais. Pense na construção civil. Rico consegue licitação de obras com garantia lucros. Os pobres pagam a conta caso o projeto do rico dê errado. Pense nos impostos. A tributação brasileira é regressiva. Ricos pagam proporcionalmente menos tributos que os pobres.
Os pobres precisam de mais capitalismo. Precisam de mais produtividade, para que suas atividades profissionais agreguem mais valor à sociedade. Precisam de mais empreendedorismo, para que consigam transformar suas ideias em negócios. Precisam de mais comércio, para que interações econômicas voluntárias sejam mutuamente benéficas. E precisam, com tudo isso, de mais consumo, para que com mais escolhas tenham melhor padrão de vida.
O que existe no Brasil não é uma divisão entre a classe empresarial e a classe trabalhadora. Há empreendedor que não cresce por causa do capitalismo de privilégios. Há sindicalista que lucra bem com o socialismo de massa. O Brasil continuará o país dos contrastes enquanto deixarmos que apenas os ricos tenham acesso a um pouco de capitalismo enquanto os pobres fiquem de chapéu estendido para o socialismo.
Não é protecionismo, é exclusão comercial
A burguesia brasileira se define pela detenção dos meios de locomoção para Miami. Quem mais sofre com as restrições à importação não é o casal do Leblon que faz enxoval na Macy's. É a família pobre que tem que parcelar suas compras em 24 vezes nas Casas Bahia. Se não houvesse tarifa de importação, preços baixos diminuiriam o status social do boné da Gap e da pólo Ralph Lauren.
A exclusividade dos artigos importados continua garantida. Dentre os 179 países listados pelo Banco Mundial, o Brasil é o país com menor importação do mundo mensurável:
No grupo dos Brics, por exemplo, a China tem importações de produtos e serviços de 27% do PIB, a Índia de 30% e a Rússia de 21%. Entre as principais economias da América Latina, o México tem importações correspondentes a 32% do PIB, a Argentina a 20% e a Colômbia a 17%.
No Brasil, as importações somam 13% do PIB.
O custo médio de importação no Brasil é de U$2.275 por container. A média da América Latina é de U$1.612. Parte desse custo são tarifas de importação. Mas, de acordo com o Índice de Liberdade Econômica, uma causa de preocupação são as barreiras não tarifárias e outras medidas protecionistas. São barreiras que o governo poderia retirar sozinho, sem depender de negociação internacional, de rodadas da OMC nem precisar pedir licença para o Mercosul.
Os ricos do nosso Brasil gostam de falar de programas de inclusão social. Agora, quando foi que você já ouviu algum político de Brasília ou atriz da Globo falando de projeto de inclusão comercial? Inclusão social dá a gente rica a oportunidade de visitar a favela. Inclusão comercial dá a gente pobre a oportunidade de visitar o shopping. E o brasileiro rico é nativista: não gosta de ver índio nem pobre fora de seu habitat natural.
Está na hora de libertarmos os pobres do Brasil da condenação do socialismo. Capitalismo não pode ser apenas um privilégio dos ricos. Está na hora de levar o capitalismo para os pobres.

Da humildade verdadeira. Ou: Os idiotas úteis querem um novo porco feito Che como herói(RC)


O assunto “unhas nojentas do Mujica” deu o que falar. Uma quantidade enorme de esquerdistas apareceu por aqui para me xingar, vociferando que o tema é supérfluo (não para eles, pelo visto) e que eu sou um reacionário, autoritário, burguês, comentarista de moda, ou algo do tipo.
Percebi o que eles realmente querem: um novo porco como Che Guevara para chamar de herói! Como todos sabem, Che Guevara não era chegado a um banho. Gostava mesmo é do odor de sangue – de suas vítimas inocentes. Mujica foi guerrilheiro comunista. Já tem essa outra semelhança com Che, idolatrado pelos idiotas úteis latino-americanos.
Todos esses esquerdistas estão enaltecendo a suposta humildade do presidente uruguaio. Confundem porcaria ou pobreza (estilo pobre, na verdade) com humildade. Não são sinônimos. Nem de perto!
Humildade, para começo de conversa, não combina muito com quem tem sede para chegar ao poder. Presidente humilde é algo muito raro. As pessoas realmente humildes que conheço não têm a pretensão de “salvar o mundo” ou de chegar ao cargo máximo de poder de seu país.
Além disso, humildade é reconhecer que existem normas, regras, convenções e protocolos que estão acima de nossos simples desejos pessoais. Eu posso ter vontade de usar bermuda e chinelo em um evento oficial, e posso ter muito poder a ponto de ninguém me impedir de fazer isso.
Mas eu deveria ser humilde o suficiente para saber que há mais coisa em jogo, e que meus caprichos não são uma carta branca em minhas mãos (ou pés). Nem sempre aquilo que pode ser feito deve ser feito. O humilde verdadeiro sabe disso, e respeita os outros.
Outro ponto engraçado das ofensas pessoais que recebi dos fãs irracionais de Mujica diz respeito ao Uruguai ter sido elogiado pela revista The Economist. Ora, esquerdistas citando este ícone capitalista como fonte é sempre hilário! Ignoram, ainda, que o país é uma coisa, e seu atual presidente outra.
O Uruguai está melhor do que alguns vizinhos porque não mergulhou no bolivarianismo, não porque Mujica anda de Fusca e sandálias ou estatizou a maconha! No mais, o pequeno país é uma espécie de paraíso fiscal na região, e os brasileiros sabem bem disso. O esquerdista Brizola adorava suas fazendas também.
Paraíso fiscal não é aquilo que a esquerda mais abomina por aí? Ter um setor financeiro amplamente livre, com baixos impostos para atrair o capital estrangeiro virou, agora, uma bandeira da esquerda? Eu não sabia, mas fico feliz ao saber…
Em suma, esse caso todo já deu o que tinha que dar. Serviu para mostrar como os “humildes” seguidores de Mujica não toleram críticas, não aceitam divergências, e precisam cuspir em todos os protocolos e convenções “burguesas” e “capitalistas” em nome do combate ao preconceito – aquele que eles destilam com ódio contra todos os capitalistas burgueses ou simplesmente quem acha que certas ocasiões pedem um mínimo de etiqueta.
São rebeldes contra o “sistema” – e isso, pelo visto, inclui lutar contra essa “imposição” burguesa de que tomar banho ou cortar a unha são coisas importantes na vida em sociedade…
PS: Freud chegou a afirmar que era um bom indicador de progresso da civilização o uso do sabonete. Estamos fritos!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Desonerações penalizam superávit e seus benefícios ainda são desconhecidos (veja.com)

Mudanças na tributação da folha de pagamentos e isenção do IPI e PIS Cofins já fizeram com que o país deixasse de arrecadar R$ 70,38 bilhões em 2013 — mas governo ainda não sabe explicar se as medidas funcionaram

Talita Fernandes
A presidente Dilma Rousseff toma café da manhã com jornalistas credenciados no Palácio do Planalto
Dilma Rousseff: desonerações fizeram governo deixar de arrecadar R$ 70 bi (Fernando Bizerra JR./EFE)
A diminuição da carga tributária de mais de 50 setores da economia foi uma das principais ferramentas usadas pelo governo federal para tentar manter a atividade aquecida nos últimos dois anos. A redução (ou isenção) do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos, além da mudança da cobrança previdenciária das empresas — que deixou de ser sobre a folha de pagamentos e passou a ser sobre o faturamento — foram medidas comemoradas pelo setor privado. No entanto, com o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo a um ritmo lento (2% em 2013), a indústria praticamente estagnada e as contas públicas em deterioração, os efeitos positivos das desonerações ainda são obscuros. 
Os números divulgados pela Receita Federal dão conta que o país deixou de arrecadar, até novembro, 70,38 bilhões de reais em impostos, devido às desonerações. Tal valor é uma estimativa do órgão. Apenas para a desoneração da folha de pagamentos, a expectativa é de um impacto fiscal de 16 bilhões de reais em 2013. Para o ano que vem, o governo prevê que 90 bilhões de reais deixem de entrar nos cofres devido às desonerações totais, sendo que 23 bilhões deixarão de entrar pelo canal da folha de pagamentos. Levando em conta esse cenário e as demais adversidades econômicas e devaneios fiscais, o mercado prevê um superávit primário (economia para pagamento dos juros da dívida) de 2,3% do PIB para este ano, e de 2,1% em 2014. Esses números representam uma diminuição expressiva na meta fiscal, que até 2011 era de 3% do PIB.
Entre as inúmeras formas de estimular o crescimento de um país, reduzir impostos está entre as mais eficazes. O problema ocorre quando os gestores públicos desconhecem o real impacto e os benefícios de tais reduções nos setores em questão. A reportagem do site de VEJA questionou o Ministério da Fazenda e a Receita Federal tanto por meio de sua assessoria de imprensa como pela Lei de Acesso à Informação para entender como as desonerações se traduziram em maior crescimento para os setores beneficiados. A resposta foi a mesma: não há números disponíveis sobre o tema.
A falta de informação sobre os benefícios das desonerações tem originado debates entre especialistas em contas públicas devido ao fato de o governo afirmar que a renúncia fiscal está entre as principais causas da queda do superávit. Segundo Gilberto Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), a afirmação não faz sentido e está sendo usada como desculpa para desviar a atenção do principal problema: a má gestão da arrecadação. “O governo federal bateu recorde de arrecadação até novembro e vai bater até dezembro. Esses números são melhores do que os estimados no orçamento deste ano. O impacto das desonerações na arrecadação é mais uma desculpa", afirma. A arrecadação administrada pelo Fisco acumulada no ano até novembro estava em 1,019 trilhão de reais, alta real de 3,63% em relação ao mesmo período de 2012. Já segundo dados do Tesouro Nacional, os gastos do governo avançaram 14% no ano, até outubro (o último dado disponível). 
O economista Raul Velloso reconhece que há dificuldade em se calcular os efeitos das desonerações porque, no caso da folha de pagamentos, houve a mudança na origem da tributação. “Nem sempre a desoneração é integral. No caso da folha, há uma troca por outra tributação em cima do faturamento. É difícil saber o efeito líquido", diz. Segundo Velloso, o que deve ser discutido sobre as desonerações não é apenas se elas tiveram impacto na arrecadação ou não, mas também se elas atingiram os objetivos pelos quais foram criadas. “A presidente tem a estratégia de proteger a indústria. Mas, se for por isso, a indústria está estagnada desde 2008. Fizemos desonerações, estamos à beira de uma crise fiscal e o que a indústria ganhou com isso?”, questiona.
No caso da indústria automotiva, que foi beneficiada não só com desonerações, mas também com o aumento da tributação dos automóveis importados (o IPI subiu 30 pontos porcentuais em 2011, antes da regulamentação do programa Inovar-Auto), os efeitos tampouco são perceptíveis. Apenas em 2013, a participação dos importados na indústria recuou 10,5%. Mesmo assim, entre janeiro e novembro, as vendas de automóveis nacionais recuaram 0,8%, segundo a Anfavea, a associação que representa as montadoras.
Já no caso da cesta básica, cujos itens foram desonerados em julho com a promessa da presidente Dilma de que seus preços cairiam, a situação tampouco é animadora. Até agora, as reduções no bolso do consumidor se consumaram apenas nos casos do arroz, açúcar, feijão e óleo vegetal. 

Quase R$ 60 bilhões de rombo previdenciário e nenhuma reforma à vista! (Rc)

O déficit da Previdência aumentou 10% e acumula quase R$ 60 bilhões de janeiro a novembro desse ano. Isso com uma população ainda jovem, no auge de nosso “bônus demográfico”. Como já disse o economista Fabio Giambiagi, parafraseando Churchill: “Os defensores do status quoem matéria previdenciária tiveram a oportunidade de escolher entre o sacrifício e o progresso fácil; escolheram o progresso fácil; terão o sacrifício”. 
Será que um pai que ama de verdade seu filho faria vista grossa para um problema seu com drogas, na esperança de que aquilo que os olhos não veem o coração não sente? Parece evidente que enfrentar a realidade, por mais dura que ela possa ser, é uma medida mais racional e adequada para quem realmente gosta. Infelizmente, quando o assunto é a Previdência Social, tema de profunda relevância para o futuro dos nossos filhos, muitos preferem agir como se o problema sequer existisse. Não é nada racional.
O ideal mesmo seria o modelo de capitalização individual, onde cada indivíduo recebe de acordo com sua própria poupança. É o modelo mais justo, mas politicamente complicado de ser aprovado. O Chile é um claro exemplo que vem à mente, cujo sucesso é estudado no mundo todo. Mas em política, o ótimo é muitas vezes inimigo do bom. Como disse Amyr Klink, “no mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis”.
Giambiagi enriquece o debate sobre a Previdência com fartos dados – muitos assustadores – e uma lógica inquestionável. Derruba inúmeros mitos sobre o problema, repetidos de forma automática sem a devida reflexão ou conhecimento. Alguns dados deixam claro que, se nada sério for feito, a tendência é explosiva e insustentável.
O INSS gastava com aposentadoria e pensões 2,5% do PIB em 1988, quando foi sancionada a nova Constituição, e hoje já gasta mais de 8% do PIB. A velocidade do crescimento da população de idosos no Brasil deve acelerar bastante nos próximos anos, agravando muito o problema. Nos próximos 25 anos, a população idosa crescerá aproximadamente 4% ao ano. A demografia nacional não mais ajudará a ocultar a irresponsabilidade do modelo previdenciário. A Previdência é uma bomba-relógio, um acidente esperando para acontecer.
A expectativa de vida média no Brasil pode ser mais baixa que a de países desenvolvidos, mas isso deve-se, em boa parte, à elevada taxa de mortalidade infantil e de jovens. Entretanto, se a pessoa chega viva aos 60 anos, sua expectativa de vida passa da média de 72 anos ao nascimento para 81 anos. Ou seja, se um “garotão” de meia idade se aposenta com 50 anos, provavelmente ainda viverá uns 30 anos, sustentado por uma população ativa cada vez mais penalizada pelos pesados impostos necessários para fechar a conta. Na média, as pessoas no Brasil que se aposentam por tempo de contribuição vivem apenas em torno de um a dois anos menos do que na Suécia, mas se aposentam oito anos antes.
O Brasil, quando comparado a outros países do mundo, encontra-se claramente num caso sui generis, com população ainda muito jovem, mas com gasto previdenciário relativamente elevado, a pior combinação possível. Como conclui Giambiagi, “um quadro em que seis de cada dez pessoas se aposentam com menos de 55 anos, em um país com todas as carências que o Brasil tem, é algo que faz qualquer estrangeiro arregalar os olhos de incredulidade”.
Enquanto os Estados Unidos gastam 6% do PIB com aposentadorias, para 12% de idosos na população, o Brasil é o inverso, gastando cerca de 12% do PIB para apenas 6% de idosos. Ninguém quer assumir o problema. Como Giambiagi coloca, “é como se tivéssemos um elefante na sala e todos fingissem que está tudo normal”.
O debate sobre a Previdência mexe com muitas emoções, e por isso acaba gerando mais calor que luz. Entretanto, as leis inexoráveis da economia não aceitam mágica, tampouco toleram irresponsabilidade. Abdicar da razão e deixar a retórica dominar o debate é o caminho da desgraça.
Sabemos que politicamente é muito complicado defender as reformas necessárias, pois os custos são imediatos enquanto os benefícios ficam dispersos no tempo. Um famoso economista costumava dizer que no longo prazo estaremos todos mortos. Sem dúvida, já que todos, algum dia, morrerão. Mas a trajetória para este encontro certo pode ser melhor ou não, e isso fará toda a diferença do mundo, tanto para os que viverão até lá, como para seus descendentes.
Deixar de fazer os sacrifícios necessários no presente porque morreremos no futuro é irresponsabilidade total. Aí é que a morte chega mais rápido mesmo, e com sofrimento. De nada irá adiantar negarmos os fatos. Eles continuarão existindo. Temos um encontro marcado com a reforma da Previdência, queiramos ou não. Quanto antes, melhor. Os esforços e sacrifícios serão infinitamente maiores depois.
Qual partido vai abraçar esta bandeira impopular, porém totalmente necessária para o futuro do Brasil?

A Escola de Frankfurt (Anon, SSXXI)

A Escola de Frankfurt faz o maior sucesso no Brasil. O nosso estado socialista está seguindo a cartilha de Herbert Marcuse & CIA  direitinho.  Mesmo havendo entre nós somente uma raça, a raça Humana, os brasileiros estão sendo divididos em raças, em classes sociais, em sexos e gêneros etc.  Surgem, assim, as novas formas de comunismo: O multiculturalismo, o ambientalismo e a tal sustentabilidade, o feminismo, o gaysismo, o racismo, o coitadismo (100% brasileiro), o assistencialismo etc. Os cidadãos brasileiros estão caindo feito patinhos, estas práticas comunistas estão nos dividindo e reacendendo novos e velhos rancores.  E é exatamente isto que o estado quer, enquanto ele vai ficando mais poderoso, o indivíduo vai ficando mais fraco e mais suscetível à escravidão do século XXI.   Anon, SSXXI

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vendas de Natal têm pior desempenho em 11 anos, segundo Serasa Experian

Crédito restrito, confiança em baixa, juros em alta e dólar mais caro levaram os brasileiros a reduzir o ritmo de consumo neste Natal, a principal data do ano para o comércio. Balanços preliminares indicam o pior desempenho em 11 anos.
Os fatores acima, somados ao ainda alto endividamento das famílias, provocaram, em 2013, uma desaceleração do comércio depois do forte ritmo registrado nos últimos anos. Até então, o consumo vinha se mantendo como o principal vetor de crescimento da economia brasileira.
O fraco desempenho do Natal confirma as previsões de economistas de que o comércio deva fechar o ano com o menor crescimento em uma década.
Segundo a Serasa Experian, as vendas do varejo no país subiram 2,7% no período entre 18 a 24 de dezembro, o menor percentual desde quando o dado começou a ser medido, em 2003. A média anual de crescimento no período foi de 7,55%.
Dados da Boa Vista também indicam perda de ritmo. O crescimento foi de 2,5%, ante os 4,1% registrados em 2012. Não há dados históricos para o indicador.
Eduardo Anizelli - 22.dez.13/Folhapress
Consumidores fazem compras de última hora no shopping Ibirapuera
Consumidores fazem compras de última hora no shopping Ibirapuera
Os balanços de ambas as empresas são feitos com base nas consultas dos varejistas aos bancos de dados disponíveis sobre os consumidores.
Nos shoppings, as vendas tiveram um incremento de 5%, o menor ritmo dos últimos cinco anos, segundo a Alshop (associação do setor).
Para o presidente da entidade, Luiz Augusto Idelfonso, a desaceleração veio para ficar. "A volúpia de compras acabou. As pessoas ja compraram o que precisavam e agora estão fazendo reposição", diz.
O gasto individual do brasileiro nos shoppings neste Natal caiu 10% com relação ao ano anterior. Nos empreendimentos populares, o ticket médio ficou entre R$ 35 e R$ 55. Já nos de classe média e alta, variou entre R$ 75 e R$ 125.

Um presente de Natal definitivo para a minha filha (IMB)


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Minha querida filha:
Todo Natal eu passo pelo mesmo problema de ter de escolher que presente dar a você.  Sei que há várias coisas das quais você certamente iria gostar, como livros, jogos, roupas etc.  Porém, eu sou muito egoísta.  Sempre quis dar a você algo que iria durar mais do que alguns meses ou anos.  Sempre quis dar para você um presente que lhe faria se lembrar de mim a cada Natal, para sempre.
Se eu pudesse lhe dar apenas um presente, o qual você pudesse carregar consigo para sempre, esse presente seria algo aparentemente muito trivial, mas que me tomou vários anos para que eu finalmente o entendesse.  Esse presente seria uma verdade aparentemente simples, porém libertadora.  E se você aprendê-la agora, essa simples verdade poderá enriquecer sua vida de incontáveis maneiras.  Mais ainda: ela poderá lhe poupar de ter de enfrentar vários problemas que já machucaram muitas pessoas que simplesmente nunca a aprenderam.
Essa verdade aparentemente simples, porém libertadora, é a seguinte:
Ninguém deve nada a você.
Importância
Como pode uma afirmação tão simples ser importante?  Pode não parecer, mas entendê-la realmente pode ser uma bênção para toda a sua vida.
Ninguém deve nada a você.
Isso significa que nenhuma outra pessoa está vivendo para você, minha filha.  Ninguém está nesse mundo para satisfazer suas reivindicações.  Ninguém está vivendo em função de você.  Simplesmente porque nenhuma outra pessoa é você.  Cada pessoa vive por si própria; a felicidade de cada pessoa é algo único e particular, algo que somente ela pode sentir e ninguém mais.
Minha filha, quando você entender que ninguém tem a obrigação de dar a você a felicidade ou qualquer outra coisa, você será libertada e nunca mais terá expectativas em relação a coisas que provavelmente nunca serão como você quer.
Isso significa, por exemplo, que ninguém é obrigado a amar você.  Se alguém a ama, é porque existe algo de especial em você que dá felicidade a essa pessoa.  Descubra o que é essa coisa de especial que você tem e se esforce para amplificá-la.  Assim você será ainda mais amada.
Quando as pessoas fazem algo por você, é simplesmente porque elas querem — porque você, de alguma forma, propicia a elas algo de significativo que faz com que elas queiram agradar você.  Elas não agem assim somente porque devem algo a você.
Ninguém deve nada a você.
Da mesma forma, ninguém tem de gostar de você.  Se seus amigos querem estar perto de você, não é porque eles se sentem nessa obrigação; é simplesmente porque eles se sentem bem estando com você.  Descubra o que os deixa felizes e os faz se sentirem bem, e eles sempre irão querer estar perto de você, sem pedir nada em troca.
Ninguém tem a obrigação de respeitar você.  Algumas pessoas podem até mesmo ser cruéis com você.  Porém, tão logo você entenda que as pessoas não têm a obrigação de ser bondosas com você — e que, consequentemente, elas de fato podem ser más com você —, você irá aprender a evitar aquelas pessoas que podem lhe ser nocivas.  Lembre-se de que você também não deve nada a elas.
Vivendo a sua vida
Ninguém deve nada a você.
Você deve apenas a você mesma a obrigação de ser a melhor pessoa possível.  Porque apenas se você for assim é que as outras pessoas irão querer estar com você e irão querer dar a você as coisas que você quer em troca daquilo que você está dando a elas.  Essa é a única maneira moralmente correta de se obter as coisas que você quer.  Nunca exija nada de ninguém.  Apenas faça por merecer.
Algumas pessoas irão optar por se afastar de você por motivos que nada têm a ver com você.  Quando isso acontecer, procure em outro lugar as relações que você quer.  Não faça com que os problemas de outras pessoas sejam também o seu problema.
Assim que você aprender que precisa fazer por merecer o amor e o respeito dos outros, você jamais irá esperar coisas impossíveis; e, por conseguinte, jamais terá decepções.  Da mesma forma que as outras pessoas não têm a obrigação de compartilhar a propriedade delas com você, elas também não têm a obrigação de lhe devotar sentimentos e pensamentos.
Se elas o fizerem, é porque você fez por merecer essas coisas.  E aí você terá todos os motivos para se sentir orgulhosa do amor que você recebe, do respeito dos seus amigos, da propriedade que você adquiriu.  Porém, jamais pressuponha que tais coisas são fatos consumados.  Se agir assim, você irá perdê-las facilmente.  Essas coisas não são suas por direito.  Não existe algo como "ter direito" a essas coisas.  Você sempre terá de fazer por merecê-las.
Minha experiência
Um grande fardo foi retirado dos meus ombros no dia em que finalmente entendi que o mundo não devia nada a mim.  Por muitos anos acreditei que havia coisas a que eu tinha direito pelo simples fato de ter nascido.  E isso fez com que eu passasse por grandes desgastes — físicos e emocionais — em minha tentativa de coletar esses "direitos".
Ninguém deve a mim respeito, amizade, amor, cortesia, conduta moral ou inteligência.  O mundo não me deve nada.  E tão logo eu passei a reconhecer isso, todas as minhas relações imediatamente se tornaram muito mais gratificantes.  Concentrei-me apenas em estar com aquelas pessoas que queriam fazer as coisas que eu queria que elas fizessem.
Essa compreensão de mundo permitiu que eu me desse bem com amigos, sócios comerciais, clientes, amores e estranhos.  Sou constantemente relembrado de que só irei conseguir o que quero se puder entrar no mundo da outra pessoa.  Eu tenho de entender como ela pensa, o que ela crê ser importante e o que ela quer.  Somente assim eu poderei ser útil para ela e, com isso, conseguir as coisas que eu quero.
E somente então eu serei capaz de discernir se eu realmente quero estar envolvido com tal pessoa.  Isso me permite selecionar bem as minhas relações, poupando-me de dissabores; e me permite também direcionar minhas energias apenas para aquelas pessoas com as quais eu realmente tenho mais coisas em comum.
Não é fácil resumir em poucas palavras aquilo que levei anos para aprender.  Porém, talvez se você reler esse presente a cada Natal, seu significado ficará mais claro a cada ano.
Eu realmente espero que isso aconteça.  Sendo seu pai, quero acima de tudo que você entenda essa simples verdade, a qual pode libertá-la para sempre.
Um Feliz Natal, minha filha!

Harry Browne , o falecido autor de Por que o Governo Não Funciona e de vários outros livros, foi candidato à presidência dos EUA pelo Partido Libertário nas eleições de 1996 e 2000.