sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Fascistas não passarão? ( Mateus Colombo Mendes)

O que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança – exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História.

Uma das principais estratégias do revolucionário padrão está resumida na máxima atribuída ao ditador socialista Vladimir Lenin: “Xingue-os do que você é, acuse-os do que vocês faz.” Exemplo cruel – para nós, brasileiros – é o outrora autoproclamado “partido da ética” liderando esquemas de corrupção que fazem seus antecessores parecerem ladrões de galinhas. Mas, é claro, sem perder a pose de paladino da justiça.
Na tarde de 26 de janeiro de 2016, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tivemos mais uma prova disso. A audiência pública, convocada por deputados estaduais, com a presença do congressista Jair Bolsonaro e de intelectuais de respeito como Percival Puggina, foi interrompida por gritos de guerra de duas dúzias de pessoas identificadas com partidos e grupos de esquerda (UJS [braço infanto-juvenil do PCdoB], PSOL, UNE, UBES et caterva). Na sessão, aberta à assistência e participação de quem o quisesse, bradavam sem parar: “Fascistas não passarão!”
Pois, quem são os fascistas, o que é o fascismo, afinal? Trata-se de uma doutrina que prega a concentração do poder político na mão de um partido ou de uma aliança – exatamente como todos os grupos de esquerda fizeram ou tentaram fazer na História; algo como o que se tentou fazer aqui, através da corrupção, com o Mensalão. O fascismo pressupõe a concentração do poder econômico nas mãos de poucos megaempresários, em conluio com o governo – algo como o que ocorreu no Petrolão. O fascismo exige o controle estatal da vida privada – impossível não lembrar da lei federal que pretende regular como os pais devem educar seus filhos, ou do Marco Civil da Internet.
O fascismo é contrário às ideias de liberdade econômica, civil e individual, defendidas ontem no evento no parlamento gaúcho. Através de suas massas de manobra, usa de força e truculência para silenciar seus adversários. Na Itália ou no Brasil, ontem e hoje, o fascista não dialoga; mete o pé na porta e impossibilita qualquer ação que lhe desagrade. Foi precisamente isso que fizeram os militantes profissionais que ontem interromperam o debate, recusaram-se a dialogar e provocaram a plateia à exaustão. Na boca, gritos ensaiados e agressivos; no bolso, as palavras de Lenin.

3 comentários:

  1. Desculpe eu nao acompanhar a politica nacional, para mim virou palhaçada e eu estou fora do Pais, mas a imagem sobre espectro dos formatos de governo eu amei. Vc é o autor? Posso replicar?

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  2. Desculpe incomodar, mas percebi que vc enquadra regimes fascistas como de esquerda. Por definição os regimes fascistas (tendo o nazismo e o fascismo italiano como os mais conhecidos) se enquadram em extrema direita, e como vc bem disse, o comunismo se enquadra na extrema esquerda. Entendi o que você quis dizer e achei bastante criativo. Só acho que vc deveria rever seus conceitos de direita e esquerda :)

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  3. Rafael Cabral, recomendo a obra o Diabo na História, lá você entenderá que fascismo, nazismo e comunismo derivam da mesma corrente ideológica e se baseiam quase que plenamente no manifesto comunista de 1848

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