segunda-feira, 20 de junho de 2016

A guerra das universidades contra a verdade ( ROGER SCRUTON)

Há enorme relutância hoje entre os jovens para assumir certezas, e essa relutância se revela na linguagem. Em qualquer assunto onde haja possibilidade de discordância, coloca-se um ponto de interrogação no final da frase. Para reforçar a postura de neutralidade, inserem-se palavras que cumprem a função de “aviso legal”. Entre elas, a favorita é “tipo”. A despeito do quão inflexível eu possa ser em relação ao fato que a Terra é esférica, surgirá alguém para sugerir que ela é “tipo, esférica?”
De onde surgiu essa hesitação onipresente? Em minha opinião, ela está ligada à nova ideologia da não-discriminação. A educação moderna almeja ser “inclusiva”, o que significa nunca soar demasiadamente certo de algo, para não deixar desconfortável quem não comunga de suas crenças. Na verdade, a própria afirmação de que se trata de “crenças” derrama certa suspeita sobre o que dizemos. O correto são “pontos de vista”. Afirmar certezas em uma sala de aula hoje em dia invoca sempre olhares de desconfiança – não porque se possa estar errado, mas pela extravagância do próprio ato de ter certezas e, mais estranho ainda, querer comunicá-las a outrem. Quem tem certezas exclui, desrespeita o direito que todos temos de formar pontos de vista sobre aquilo que importa.
Todavia, basta olhar de perto a própria ideia de inclusividade para entender que ela não tem nada a ver com liberdade. Os estudantes estão mais prontos que nunca para exigir que se negue palanque a quem fala ou pensa de forma errada. Falar ou pensar de forma errada, entretanto, não significa discordar das crenças dos estudantes – afinal, eles não têm crenças. Significa pensar como se realmente houvesse algo em que pensar – como se realmente houvesse uma verdade a ser buscada, e que faz sentido, uma vez que a encontremos, falar dela demonstrando certezas. Aquilo que talvez tenhamos tomado como liberdade de pensamento revela-se em realidade ausência de pensamento: recusa a crenças e uma reação negativa a quem demonstre tê-las. O pecado capital é negar-se a encerrar cada frase com um ponto de interrogação.
Assim como muitas das mudanças em nossa linguagem e cultura nos últimos 25 anos, o objetivo é descobrir, e também proibir, as formas ocultas de discriminação. Quase todo sistema de crença que no passado pareceu objetivo e importante é agora desprezado como um “ismo” ou uma “fobia”, de forma que aqueles que aderem a suas proposições são vistos como fanáticos ideológicos.
Nos anos 1970, quando o feminismo começou a adentrar a cultura pública, surgiu a questão de se não haveria, afinal de contas, distinções radicais entre os sexos que explicassem por que os homens eram bem sucedidos em algumas esferas e as mulheres em outras. As feministas se rebelaram contra a ideia. Como resultado, elas inventaram o “gênero”, que não é uma categoria biológica, mas uma maneira de descrever características maleáveis e culturalmente mutáveis. Você pode não escolher seu sexo, mas pode escolher seu gênero. E era isso que as mulheres estavam fazendo – redefinindo a feminidade, como uma forma de ocupar um território antes monopolizado por homens. Daí em diante, a biologia foi retirada de cena e o gênero tomou seu lugar.
Essa estratégia teve tanto sucesso que agora “gênero” substituiu “sexo” em todos os documentos sexuais, e a sugestão de que diferenças sexuais são bem definidas foi relegada à classe de pensamentos proibidos. Já que gênero é um construto social, as pessoas devem ser livres para escolher o seu, e quem achar o contrário é um opressor e um fanático. Mesmo uma feminista pioneira como Germaine Greer é proibida de dar palestras em campi, porque sua crença em diferenças sexuais reais e objetivas pode ameaçar estudantes vulneráveis que ainda precisam decidir qual seu próprio gênero. Diferença sexual foi marcada como uma área perigosa, sobre a qual crenças, mesmo as de Germaine Greer, não são indicadas.
Onde isso tudo vai parar, ninguém sabe. Uma por uma, todas as antigas certezas estão sendo denunciadas como “ismos” e “fobias”. Você acha que os humanos são distintos de outros animais? Então você é culpado de “especismo”. Acha que existem distinções reais e objetivas entre homens e mulheres? “Transfobia”. Acha que atitudes que levam a assassinatos em massa são suspeitas? “Islamofobia”. A única certeza sobre o mundo em que vivemos é que, se você acredita que existem distinções reais e objetivas entre pessoas, então é melhor ficar quieto, especialmente quando for verdade.

Estado Islâmico: Risco de ataque terrorista no Brasil nunca foi tão grande, alerta Abin

A tragédia de Orlando mostra que o extremismo, aliado à tecnologia, produz terroristas que podem atacar a qualquer momento, em qualquer lugar. E o Brasil não está a salvo. Ao menos é essa a avaliação do serviço secreto brasileiro que consta de um relatório reservado distribuído às autoridades envolvidas na montagem da segurança da Olimpíada do Rio de Janeiro e obtido com exclusividade por VEJA. O terrorismo 3.0, que arregimenta militantes remotamente com as facilidades de comunicação e as garantias de sigilo oferecidas pela internet, exorta aqueles mais radicais a realizar atentados por conta própria. Por isso, é uma das principais fontes de ameaça aos Jogos. Mais que uma simples hipótese, agora há razões concretas para elevar o alerta. A principal delas é a constatação de que grupos extremistas, em especial o Estado Islâmico, têm empreendido esforços não apenas para recrutar seguidores no país como também para deixar alguns deles em condições de agir a qualquer momento.
Até recentemente, a única ameaça concreta ao Brasil conhecida era um texto de 67 caracteres escrito numa rede social por Maxime Hauchard, um dos chefões do Estado Islâmico. “Brasil, vocês são o nosso próximo alvo”, dizia a mensagem, em francês, publicada dias após os atentados de novembro de 2015 em Paris. No fim do mês passado, o Estado Islâmico criou um canal de propaganda em língua portuguesa dentro de um aplicativo na internet. Inaugurado com a publicação de um discurso do porta-voz do grupo, funciona como uma agência de notícias e veicula, todos os dias, fotos, vídeos e textos com informações das frentes de combate da organização. O material, invariavelmente, faz a apologia da crueldade e alia as já conhecidas práticas do grupo à retórica religiosa radical. Os ataques à coalizão que combate os jihadistas do EI no território conflagrado entre a Síria e o Iraque são comemorados como feitos épicos: da “perfeita emboscada” contra uma patrulha egípcia ao “ataque-surpresa” que matou dezessete “apóstatas” das forças oficiais, tudo é narrado com cores fortes. A propaganda apela à conversão. É um chamamento a novos soldados.
Desde que foi criado, o canal em português vem sendo monitorado de perto pelas autoridades brasileiras, que contam com o auxílio de serviços secretos estrangeiros – alguns deles, como a americana CIA, têm agentes trabalhando no Brasil há meses com a missão de detectar ameaças à Olim­píada e às delegações de seus países.
O maior desafio é identificar os responsáveis pela estratégia de recrutamento de brasileiros. Em parceria com a revista portuguesaSábado, VEJA descobriu que um dos alvos prioritários da vigilância, neste momento, é um militante do Estado Islâmico que se identifica nas redes de propaganda do grupo como Ismail Abdul Jabbar Al-Brazili – ou, simplesmente,
“O Brasileiro”. É ele um dos responsáveis, por exemplo, por abastecer com textos em português o canal de propaganda recém-criado. Há indicações de que Al-­Brazili não tem o Brasil apenas no nome de guerra – de acordo com informações oficiais, ele seria, de fato, um combatente brasileiro do EI.
Al-Brazili é um personagem bastante ativo na web. Nos últimos meses, abriu diferentes perfis em redes sociais. Frequentemente, assim que descobertos, os perfis são fechados a pedido das autoridades. Ele, então, abre novos. Semanas atrás, coube a Al-Brazili convocar, por meio de outros canais de comunicação do EI na internet, interessados em ajudar na tradução de textos do grupo para o canal em português. O militante, que mantém ainda dois blogs, diz ter sido recrutado para o Estado Islâmico por Abu Khalid Al-­Amriki, um americano que teria caído em combate na Síria. Ele promete vingar a morte do amigo. Além de fazer propaganda do grupo extremista, Al-­Brazili se apresenta como alguém capaz de facilitar o acesso de simpatizantes às fileiras do grupo – nos posts, ele costuma informar como os interessados podem contatá-lo por meios seguros de comunicação.
As autoridades têm motivos para acreditar que o proselitismo vem funcionando – e há casos suficientes para concluir que não se trata de platitudes apenas. Há dois meses agentes da Divisão Antiterrorismo (DAT) da Polícia Federal baseados em Brasília investigam o desaparecimento da estudante paraense Karina Ailyn Raiol, de 20 anos. Recém-convertida ao islamismo, Karina saiu de casa dizendo que iria para a faculdade e nunca mais voltou. Só depois os pais descobriram que ela havia tirado passaporte às escondidas e tomado um voo internacional rumo à Turquia. O dinheiro para as passagens veio do exterior, de fonte desconhecida. A suspeita é que a estudante tenha sido recrutada pelo Estado Islâmico. Mensagens trocadas por Karina dias antes da viagem e obtidas por VEJA mostram que ela tinha simpatia pela causa. Numa delas, a estudante diz que “se juntar aos grupos terroristas é a única forma de lutar” contra o que chama de injustiças na “terra do Islã”.
Hoje, ao menos trinta suspeitos de ligação com o terrorismo são vigiados de perto pelos agentes oficiais no Brasil. Em outro caso, também a cargo da divisão antiterror da PF, foi preciso recorrer a uma medida de emergência: após a descoberta de que um universitário de 23 anos de Chapecó (SC) havia ficado três meses numa cidade síria dominada pelo EI, e que na volta ele passava as madrugadas em treinos de tiro ao alvo, os policiais pediram à Justiça que autorizasse o monitoramento do suspeito em tempo real, 24 horas por dia, por meio de uma tornozeleira eletrônica.
Dono de um serviço de entrega de comida árabe e estudante de economia, Ibrahim Chaiboun Darwiche usa a tornozeleira desde o dia 27 de maio. Ele está proibido de se aproximar de escolas, aeroportos ou outros lugares com grande concentração de pessoas. A medida vale até os Jogos, mas pode ser estendida, a depender do desenrolar das investigações. Na semana passada, soube-se que o sírio Jihad Ahmad Deyab, que cumpriu pena na prisão americana de Guantánamo por seus vínculos com a organização terrorista Al Qaeda e estava asilado no Uruguai, agora está vivendo no Brasil.
Essa profusão de notícias fez acender a luz amarela. Diz o relatório da Abin: “A disseminação de ideário radical salafista entre brasileiros, aliada às limitações operacionais e legais em monitorar suspeitos e à dificuldade de neutralizar atos preparatórios de terrorismo, aponta para o aumento, sem precedentes no Brasil, da probabilidade de ocorrência de atentados ao longo de 2016, especialmente por ocasião dos Jogos Rio 2016″. A partir de uma fórmula matemática que leva em conta diferentes variáveis para calcular os riscos, a Abin conclui que a ameaça de atentados no país durante os Jogos Olímpicos alcança o patamar 4 numa escala que vai de 1 a 5 – 5 representa a certeza de que haveria um ato terrorista em preparação. No mesmo relatório, as autoridades confessam suas “limitações operacionais” para prevenir o pior.

O Reino Unido e sua eventual saída da União Europeia - quais as implicações?

Na quinta-feira da próxima semana haverá o referendo que decidirá se o Reino Unido sairá ou não da União Europeia
Essa saída do Reino Unido tornou-se popularmente conhecida como "Brexit" — o termo "Brexit" é uma conjunção deBritain, de Grã-Bretanha, com exit, que significa saída.
Quais seriam as repercussões dessa saída?
Regulamentações
Para começar, o Reino Unido imediatamente estaria livre das onerosas regulações que são continuamente e vorazmente promulgadas pelos burocratas do Parlamento Europeu.
Qualquer pessoa familiar com a história do "Mercado Comum" europeu — ou "Comunidade Econômica Europeia", como costumava ser chamado — sabe que tal arranjo sempre foi um esquema para proteger e privilegiar determinados e poderosos grupos de interesse na Europa.  Dentre os grupos privilegiados com fartos subsídios e protegidos por tarifas de importação sobre os produtos de fora da Europa, destaque para o setor agrícola, especialmente o da França. 
Ironicamente, esse arranjo da União Europeia sempre foi promovido sob o rótulo de "livre comércio", dado que quem é membro da União Europeia tem de abrir suas fronteiras para todos os outros países que também são membros.  No entanto, isso ocorre à custa do comércio com o restante do mundo, pois os elevados níveis de burocracia, regulação e protecionismo estipulados pela Comissão Europeia em Bruxelas amarra as mãos dos países-membros que querem fazer comércio com a Ásia e com as Américas.
Não apenas os consumidores da União Europeia têm de lidar com um maior custo de vida — principalmente no que diz respeito ao preço dos alimentos — por causa das barreiras ao comércio com o resto do mundo, como também as indústrias lidam com maiores preços para seus insumos, como as indústrias que utilizam aço importado de fora da Europa e que, por isso, têm de pagar as tarifas de importação.  Isso torna os produtores da União Europeia menos competitivos e, consequentemente, menos inovadores que os do resto do mundo.  Como muito bem colocado pelo documentário Brexit — The Movie, "você só cria barreiras ao comércio porque há algum estrangeiro vendendo um produto melhor e mais barato".
Igualmente, a natureza altamente reguladora da União Europeia impôs um fardo sobre o empreendedorismo nos países-membros. (Tornaram-se mundialmente famosas as absurdas e enciclopédicas regulamentações sobre a abobrinha e o chuchu).  Após décadas de afiliação do país aos ditames da União Europeia, abrir uma pequena empresa no Reino Unido tornou-se mais difícil e oneroso do que jamais fôra em toda a sua história.  O furioso ataque de regulamentações e leis oriundas de Bruxelas tornou incrivelmente difícil para as pequenas empresas inovarem e crescerem, criando assim uma economia que favorece as grandes empresas já estabelecidas, protegendo-as da potencial concorrência de novos entrantes. 
Obviamente, sob este arranjo, as grandes empresas estão totalmente satisfeitas em ter burocratas em Bruxelas prontos para esmagar qualquer concorrência que possa eventualmente surgir.  Como nota o documentário supracitado, "as grandes corporações adoram a União Europeia porque ela cria regulamentações que destroem seus concorrentes menores".
Livre comércio
Ninguém precisa de acordos comerciais promulgados por burocratas para que as pessoas de um país possam comercializar com pessoas de outros países.  Os defensores do livre comércio de outrora, como Cobden e Chevalier, sempre se opuseram a acordos comerciais feitos por políticos.  Tudo o que é necessário para que o livre comércio ocorra é uma inação da parte do estado.
No entanto, inação do estado é exatamente o oposto do DNA da União Europeia.
Nesse quesito, não há nenhum aspecto negativo quanto à saída do Reino Unido, pois ninguém está falando em expulsar o Reino Unido da Europa e de sua área de livre comércio.  Ninguém em Bruxelas está afirmando que o Reino Unido sairá do mercado comum europeu — que vai desde a Islândia (que não é membro da União Europeia) até a Turquia (que também não é membro da União Europeia) — caso saia da União Europeia.
Todo o argumento dos defensores da permanência se resume a dizer que há empregos no Reino Unido que "dependem do nosso comércio com a União Europeia", o que significa dizer que "dependem da afiliação do Reino Unido à União Europeia".
O fato é que a prática de um genuíno livre comércio independe de afiliação a alguma zona aduaneira.  Os eventuais benefícios comerciais de se pertencer à UE são pequenos em comparação aos maiores benefícios que podem ser alcançados fora da União por meio da liberalização unilateral do comércio.  Com efeito, não há necessidade nem de acordos bilaterais e nem de multilaterais entre países, uma vez que a eliminação de barreiras ao comércio não precisa de ser recíproca para que a população do país usufrua todos os benefícios do livre comércio.  
Se o Reino Unido sair do mercado comum da UE, tudo o que o país tem de fazer para alcançar um genuíno acordo de livre comércio — aliás, isso vale para qualquer país — é passar uma ínfima legislação declarando simplesmente que:
Por meio desta, o governo [insira o nome do gentílico] elimina todas as vigentes barreiras, restrições e proibições à livre e irrestrita exportação e importação, compra e venda, de todos os bens e serviços entre [nome do país] e toda e qualquer nação do mundo.  O governo [insira o nome do gentílico] declara que todas as formas pacíficas e não-fraudulentas de comércio e troca são questões exclusivas do foro privado de cada indivíduo, e dizem respeito apenas aos cidadãos do [insira o nome do país] e do resto do mundo envolvidos na transação.  Esta lei entra em vigor imediatamente.
Se isso acontecesse, os importadores e exportadores de todo o mundo alegremente fariam comércio com o Reino Unido — como já fazem com Hong Kong, que não possui nenhuma barreira às importações.
Mas, como já dizia Mises, acordos comerciais feitos por governos sempre visam a estimular as próprias exportações e a tolher as importações.  O protecionismo é a regra dentro da UE: os interesses políticos deletérios ao livre comércio sempre encontram apoio entre os países-membros, e os grandes grupos empresariais e agrícolas estão continuamente clamando por ainda mais intervenções sobre o comércio. 
Nesse sentido, o mercado comum da UE nada mais é do que uma bem-organizada camarilha de burocratas protecionistas que gostam de posar de defensores do livre comércio. 
Sem dúvidas, o comércio é muito mais livre fora dessa organização.
Ademais, para os defensores da permanência, a coisa se complica quando se observa que os dois países mais ricos da Europa nunca fizeram parte da União Europeia: Suíça e Noruega.  Isso vem fornecendo mais um argumento poderoso para os defensores da saída do Reino Unido.  "Você quer deixar de fazer parte da União Europeia, assim como os dois países mais ricos da Europa?"
Imitando a Suíça
Os suíços, obviamente, sempre praticaram um amplo comércio internacional e usufruem um padrão de vida que regularmente os coloca entre os três maiores do mundo.  Mais ainda: os suíços possuem um amplo comércio com a União Europeia sem jamais ter sido membro do arranjo.  E, dado que a UE se baseia majoritariamente em proteger as indústrias européias da concorrência não-européia, os suíços estão em uma melhor posição em termos de liberdade de comércio que seus vizinhos.
Politicamente, a Suíça também oferece uma dicotomia extremamente interessante em relação à UE.  A UE é uma organização secreta e totalmente isolada do povo europeu, o qual não detém absolutamente nenhum poder de supervisão sobre ela.  A UE não é gerida por pessoas eleitas.  O próprio Parlamento Europeu é totalmente impotente para impedir ou revogar os atos da Comissão Europeia (que é o corpo executivo da União Europeia). Os membros da comissão não são eleitos, mas sim designados pelos governos dos estados-membros. 
Sendo um conglomerado formado por dezenas de comissões anônimas e secretas, a UE é um paraíso para um burocrata.  Pessoas extremamente poderosas permanecem praticamente anônimas, seguras para impingir seus infindáveis esquemas intervencionistas sem jamais temer qualquer punição dos eleitores.  Praticamente ninguém é capaz de citar os nomes dos mais poderosos indivíduos da UE, seja dos cinco presidentes da UE ou de outros poderosos membros das organizações pertencentes à UE.
Como bem disse um observador: "De que adiantaria eu saber quem eles são?  Ninguém tem nenhum poder sobre eles."
Agora, compare isso ao sistema suíço, que é fortemente localizado, descentralizado, dependente de referendos feitos localmente, e sujeito a vetos dos eleitores.  A desconfiança do poder centralizado é algo fortemente arraigado nos suíços.  Já o sistema da União Europeia, por outro lado, é a própria encarnação da centralização burocrática.
O Reino Unido faria bem em sair da UE e ser mais como a Suíça.
Contas a pagar
Uma saída do Reino Unido da União Europeia seria totalmente diferente de, por exemplo, uma saída da Grécia.  Embora a Grécia faça parte da zona do euro e o Reino Unido não, a Grécia é uma recebedora líquida das transferências da UE, ao passo que o Reino Unido é um pagador líquido.
Em outras palavras, o Reino Unido, assim como a Alemanha e a França, representam as economias grandes e produtivas que pagam as contas da União Europeia, que conferem influência à União Europeia, e que produzem a riqueza que é redistribuída para os países menos produtivos da União Europeia, como Grécia, Espanha e Portugal.
Não é difícil entender por que alguns britânicos podem se cansar de pagar as contas dos governos de Portugal, Espanha e Grécia quando a própria Grã-Bretanha tem vários desafios econômicos para resolver.
O equilíbrio do poder na União Europeia seria dramaticamente alterado.  Com a saída do Reino Unido, a base econômica produtiva da UE — os "estados pagadores líquidos", como a Alemanha — seria ainda mais pressionada.  Alemanha e França teriam agora, majoritariamente, de arcar com o financiamento da UE.  Consequentemente, a saída do Reino Unido faria com que o equilíbrio do poder fosse deslocado ainda mais em prol dos mais numerosos estados recebedores de repasses. 
Poderia isso acelerar a saída da Alemanha da UE?  Possivelmente, embora seja difícil prever por quanto tempo os europeus conseguirão continuar invocando o sentimento de culpa do nazismo para continuar chantageando emocionalmente a Alemanha a subsidiar o resto da Europa.
Imigrantes
No entanto, a questão dos imigrantes muçulmanos continua sendo o tópico principal.
Com a recente enxurrada de refugiados e imigrantes entrando na Europa, a pressão dos cidadãos britânicos sobre o governo aumentou.  Os burocratas de UE propuseram espalhar os imigrantes por vários países da Europa de acordo com um plano de re-assentamento pré-definido.  Naturalmente, os britânicos não gostaram da ideia, pois, além das questões que envolvem a segurança nacional, os novos imigrantes gerarão uma pressão adicional sobre o estado assistencialista britânico. 
E, mesmo que absolutamente nenhum imigrante fosse realocado para o Reino Unido, os britânicos ainda assim teriam de financiar ao menos parcialmente o re-assentamento dos imigrantes no resto da Europa por meio dos impostos que pagam para sustentar a União Europeia. 
Uma solução parcial para tudo isso seria, novamente, apenas sair da União Europeia. Com a saída do país da UE, o Reino Unido teria agora mais soberania sobre suas fronteiras e não seria obrigado a direcionar dinheiro de impostos para sustentar imigrantes em outros países.   
Por tudo isso, as perspectivas de que o referendo opte pelo 'sim' são consideráveis.  Seria interessante.





quarta-feira, 15 de junho de 2016

10 maneiras de um estudante sobreviver a uma universidade dominada pela esquerda (spotinik)

Você é um estudante liberal em uma faculdade esquerdista. E agora?
Não é segredo para ninguém que o pensamento de esquerda domina o ensino superior brasileiro. De professores com claras preferências políticas e até partidárias a chapas de DCE que sonham com os tempos da União Soviética, parece que quanto mais de esquerda, mais legal.
Isso está mudando aos poucos. 12 anos atrás, quando eu entrei na faculdade, só um ou outro professor tinha ouvido falar de Mises. Hoje em dia, não há praticamente um aluno que desconheça os grandes nomes do pensamento liberal. Talvez por isso mesmo, a pressão esteja aumentando.
Formando minhas ideias no calor de debates estudantis, com colegas e professores, dentro e fora da sala de aula (no caso, Filosofia na USP), aprendi muito, ganhei muita experiência e cometi muitos erros também. Por isso, pensei nessa lista de 10 conselhos para os estudantes liberais que se veem em meio a uma faculdade dominada pela esquerda. No final das contas, cada um aprende mesmo por conta própria, mas se isso servir de guia geral para alguém, já ficarei feliz.
1) Em primeiro lugar, lembre-se que você não deve explicações a ninguém pelas crenças que defende. A esquerda buscou monopolizar a preocupação social, mas falhou completamente em traduzir boas intenções em melhora de vida para milhões de pessoas. Você já parte de uma base de entendimento social e propostas políticas muito mais sólida. Colegas e até professores têm muito a aprender com você.
2) E você tem muito a aprender com eles. Não tem problema admitir que não sabe, reconhecer méritos em outras visões e aceitar indicações “do outro lado”. Idealmente, você e seus colegas de esquerda serão parceiros em uma competição honesta de adquirir conhecimento e de melhorar o mundo.
3) Leia muito. Você nunca mais vai ter o tempo livre que você tem nesses anos. Vá atrás dos seus interesses, pesquise na biblioteca, discuta com seus amigos, forme suas posições sem medo de errar. Seja no silêncio da biblioteca, no debate em sala de aula ou na mesa do bar, suas paixões e ideias podem contagiar outras pessoas. Só não deixe que a política fale mais alto do que as amizades.
4) Ocupe os espaços. Poucas coisas estão tão necrosadas quanto a política estudantil. A esquerda nunca teve o monopólio da virtude, agora perdeu também o monopólio da representação. Ninguém mais aguenta os mesmos slogans batidos de sempre, a indignação exagerada, o autoritarismo, para as greves que prejudicam o curso. A maioria dos estudantes não está nem aí para a política estudantil tradicional, justamente porque não se sentem representados. Procure outras pessoas que partilhem de suas ideias. Participe ou inicie grupos de estudo, chapas eleitorais, sessões de cinema, debates, festas, etc. É hora de grupos organizados com visões modernas, liberais, propositivas, tomar a dianteira e dar uma nova cara ao movimento estudantil, tendo como ideais uma sociedade mais próspera para todos e uma faculdade onde todos aprendam mais.
5) Ao debater em sala de aula, lembre-se sempre que a aula não é sua. Discussões e uma postura crítica (desde que positiva) contribuem para melhorar a aula e aumentar o engajamento de todos, mas você não deve monopolizar o tempo do professor em sala. Ele está ali para trabalhar, para expor um conteúdo que ele preparou, e cabe aos alunos respeitar isso. Discussões mais longas podem sempre ocorrer fora do horário de aula.
6) Muitos professores são abertos a outras perspectivas e sabem reconhecer bons argumentos mesmo quando deles discordam. Alguns, contudo, são verdadeiros ditadores do aprendizado, e só passam quem se curva a sua ideologia. Se, em alguma avaliação, você tiver que escolher entre dizer o que você acredita ou repetir o que o professor quer ouvir, não se faça de mártir: escreva o que for preciso e siga em frente. O seu futuro vale mais do que uma resposta de prova. Exceto se você e outros colegas enxergarem uma boa chance de virar o jogo…
7) Divergência política não precisa virar antipatia pessoal. Muitas desavenças seriam evitadas se cada um soubesse defender suas posições com mais serenidade e sem demonizar o outro lado. Na hora de discutir, lembre-se de manter a cabeça fria e o bom humor; o que não significa ser menos firme em suas posições. Reconhecer quando o outro lado tem o argumento mais forte também não é desonra nenhuma; é só mais um incentivo para você se aprofundar mais.
8) Nem só de discussão intelectual é feita a sociedade humana. As pessoas, na maioria das vezes, não são movidas apenas por argumentos. Retórica, simbologia, visões de mundo, narrativas, estética; tudo isso é essencial para tocar o coração de qualquer pessoa. Não negligencie esses componentes menos racionais do ser humano. Os liberais se deram muito mal nos últimos 150 anos ao se restringirem à superioridade argumentativa e entregar de bandeja todo o resto a seus adversários. Está na hora de mudar isso.
9) Ideias e posicionamentos não têm gênero, raça, credo ou orientação sexual. Não deixe que ninguém te diga o que você pode ou não pode defender por causa de suas características físicas, psicológicas ou comportamentais. Além de completamente irracional, essa tentativa de intimidação é uma forma muito baixa de preconceito.
10) Mantenha sua independência. Não é porque você não se identifica com a claque da esquerda que o “seu” grupo sempre terá razão. Saiba julgar atitudes e posicionamentos com isenção. Parte importante de ser um liberal é cultivar a própria individualidade em oposição à pressão dos mais variados grupos.

TERRORISTA DE ORLANDO ERA MUÇULMANO, ESQUERDISTA E FILIADO ATIVO DO PARTIDO DEMOCRATA DE HILLARY CLINTON.(AA)

O terrorista Omar Mateen, que matou 50 pessoas e feriu outras 53 em uma boate gay na cidade de Orlando, Flórida, era muçulmano e filiado ativo do Partido Democrata, o principal partido de esquerda dos Estados Unidos. Omar nasceu nos Estados Unidos e seus pais são do Afeganistão.
O terrorista foi morto em um tiroteio com forças policiais às 5 da manhã deste domingo (12). Ele estava armado com um rifle de assalto, uma pistola e um “dispositivo suspeito”, possivelmente um explosivo, e chegou a fazer reféns entre as mais de 300 pessoas que estavam na boate, dado que havia apenas um segurança armado no local. Omar morava na cidade de Fort Piece, o que o fez alugar um carro e viajar 200 quilômetros até Orlando para cometer o ato terrorista. A boate onde aconteceu a tragédia, a Pulse, era uma “gun free zone” (local onde a entrada de armas é proibida).
O pai de Mateen, Mir Seddique, disse à NBC que seu filho começou a ter raiva de homossexuais há alguns meses, quando viu dois homossexuais se beijando em Miami

MAIORIA DOS BRITÂNICOS VOTARÁ PELA LIBERDADE! DIRÁ 'NÃO' AOS MANDARINS ASSASSINOS DA UNIÃO EUROPÉIA.(AA)


Ganha força a campanha para salvar o Reino Unidos dos assassinos da União Europeia. (Foto: Veja)
Se o mega investidor-comunista (hehehe...) George Soros, o Obama e David Cameron, o premiê britânico "conservador light" defendem a permanência do Reino Unido na União Europeia então, logicamente, isto não interessa ao povo inglês que vem sofrendo o esbulho islâmico e ameaças terroristas permanentes. Ainda mais depois que Cameron fez vistas grossas à eleição de um muçulmano a Prefeito de Londres. 

O povo do Reino Unido deve puxar o barbante da arapuca montada pela quadrilha da União Europeia. Depois da Inglaterra outros países cairão fora, como a República Tcheca sendo a bola da vez. Optarão por se verem livres dos grilhões desse malfadado "bloco" fundado nos princípios do neocomunismo do século XXI destinado a liquidar o direito individual e a manter enormes contingentes humanos sob severo controle e vigilância. O jornalismo a soldo dessa gentalha da UE alega que essa brutal realidade é apenas 'teoria conspiratória'. Quem diz isso está comendo caraminguás concedidos pelos vagabundos que controlam a UE.

O plano dos globalistas, pós-queda do Muro de Berlim e o fim da URSS, foi a criação imediata da União Europeia, algo acalentado, vejam só, por Adolf Hitler. A diferença é que Hitler planejava essa unidade na base dos canhões e dos campos de matança de judeus. Os burocratas da União Europeia pretendem alcançar o mesmo objetivo não como uma guerra declarada, mas com um esquema que conta com a importação de islâmicos para manter submissos, sob o terror, todos os europeus.

O povo inglês foi um dos primeiros a sentir o cheiro de carne queimada e partiu para o ataque e está disposto a mandar para o inferno aquela meia dúzia de mandarins que controlam a burocracia da União Européia.

Não é para menos que nos próximos dias que antecedem o referendo que selará o futuro do Reino Unido, se verificará matérias e reportagens chorosas, emocionadas e outras agressivas prevendo a catástrofe geral se os ingleses pularem fora desse barco pirata. É que a maioria dos jornalistas é pena alugada dos chefetes da União Européia, baita cabide de emprego e uma fonte inesgotável de propinas. A vassalagem da grande mídia em nível internacional à União Européia não é de graça. Não mesmo!

Veja-se, por exemplo, esta matéria postada no site da revista Veja:
O DESESPERO DOS VAGABUNDOS
A campanha que defende a saída do Reino Unido da União Europeia ampliou sua vantagem sobre os que defendem a permanência do país no bloco, mostraram duas sondagens de opinião publicadas pela agência de pesquisa ICM nesta segunda-feira. O resultado foi divulgado dez dias antes da realização do referendo que decidirá a questão, marcado para 23 de junho.
De acordo com as pesquisas, uma feita pela internet e a outra por telefone, os defensores da saída da UE têm 53% de apoio e a campanha pela permanência do país no bloco tem 47% de adesão, noticiou o jornalThe Guardian, que patrocinou a consulta telefônica. Duas semanas atrás, os mesmos levantamentos mostravam uma diferença inferior - 52% e 48% respectivamente, segundo o jornal. As duas pesquisas excluíram os entrevistados que responderam "não sei". A ICM disse ter consultado 1.000 adultos por telefone e 2.001 adultos on-line, entre os dias 10 e 13 de junho.
As pesquisas da ICM são as mais recentes a sugerir que a campanha pela saída ganhou força, o que vem perturbando os investidores. Um levantamento divulgado na sexta-feira, que apontou uma dianteira de 10 pontos porcentuais para a saída, aumentou a pressão sobre a libra esterlina e provocou uma alta recorde no custo do hedging, sistema de proteção das grandes oscilações da taxa de câmbio.
Do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Fundo Monetário Internacional (FMI), uma série de lideranças mundiais e organizações internacionais tem alertado o eleitorado britânico sobre os riscos de romper com a união à qual seu país se juntou em 1973. O Banco da Inglaterra disse que a desfiliação, apelidada de "Brexit", em inglês, pode lançar o país numa recessão econômica