sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

De boas intenções, Caetano Veloso também está cheio(FMB)

1.
 
Lula declarou em Cuba: ”Maduro é um homem muito bem-intencionado.”
 
É duro dizer o óbvio, mas… De boas intenções, o inferno, a esquerda, o socialismo, o Foro de São Paulo, a Venezuela, o Brasil e as privadas estão mais cheios do que os cofres do Lulinha.
 
2.
Caetano
Caetano Veloso declarou ao jornal El País:
 
Sempre olhei com desconfiança a ligação automática entre artistas e esquerdas. Mas sempre estive mais para a esquerda. Aprendi com meu pai, que temia os anticomunistas por ter visto a ação de grupos fascistas nacionais, que seguiam Mussolini e Hitler nos anos 1930. Além disso, desejo que se superem as estruturas opressivas de todo tipo. Não tenho temperamento conservador. Mas desde o final dos anos 1960 me vi obrigado a pensar com mais responsabilidade sobre essas questões. E percebi que o pensamento conservador pode abordar muitas coisas que as esquerdas recalcam. Acho perigoso e empobrecedor que esquerdistas só leiam autores de esquerda.
 
Também acho, mas nem isso eles leem mais. Nelson Rodrigues já captava parte do fenômeno:
 
“No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.”
 
O que era verdade para os brasileiros manipulados pela esquerda virou também para os próprios intelectuais manipuladores, a ponto de hoje ser até difícil distinguir entre ambos, como comprovam diariamente na internet os detratores do autor best seller Olavo de Carvalho.
 
Mas o problema não são apenas os esquerdistas que só leem autores de esquerda e aqueles que nada leem. São também os “mais para a esquerda”, como se confessa Caetano, que leem um par de autores conservadores para então afetar uma superior imparcialidade.
 
Como esquecer o artigo de 1 de setembro de 2013, no qual Caetano igualou o inigualável?
 
“Acho a proposta de Olavo de Carvalho de uma política (e não só uma economia) para os liberais muito presa à ideia de que o comunismo é como o diabo incansavelmente tramando contra o bem. Há boas intenções nos liberais e há boas intenções nos socialistas e comunistas. Embora ninguém duvide de que boas intenções podem levar ao inferno.”
 
Na ocasião, Olavo comentou o “artigo magistralmente oco” do compositor:
 
“Se ele tentasse alardear as boas intenções liberais num jornal de Cuba ou da Coreia do Norte, entenderia o tamanho da asneira que proferiu. Antes que ele se arrisque a tamanho desatino, seria melhor que tentasse explicar para si mesmo como pode haver igual quota de boas intenções em pemitir-lhe que escreva o que bem entenda, até remunerando-o por isso, e em enviá-lo ao pelotão de fuzilamento pelo crime de atribuir boa intenção aos malditos exploradores capitalistas em vez de reservar o monopólio dela, como se deve, aos comunistas. Ou a ‘boa intenção’ tal como a entende o sr. Veloso é pura fantasia subjetiva, desligada de todos os bens e males objetivos (e neste caso até o estuprador de uma menininha de três anos pode legitimamente alegar boas intenções), ou há uma equivalência moral objetiva entre matar um cidadão e preservar sua liberdade. ‘Tertium non datur.’ Com toda a evidência, o sr. Veloso usa o termo ‘boa intenção’ sem qualquer significado substantivo e apenas por ostentação de bom-mocismo convencional, fácil, leviano e radicalmente irrelevante. Não creio que ele compreenda este raciocínio, mas, para uso dos demais, que fique aqui registrado.”
 
Os autores conservadores, como se vê, abordam “muitas coisas que as esquerdas recalcam”, mas isto não quer dizer que os esquerdistas que reconhecem este fato assimilem e passem por uma contrarrevolução terapêutica ao “ler” essas coisas. O pavor de se ver associado ao lado demonizado pelos seus pares de vida inteira e até por seus familiares - como o pai, no caso de Caetano – costuma ser mais forte do que o próprio desejo de rebelar-se contra ou elevar-se acima deles, o que, somado a uma boa dose de vaidade, acaba resultando nessa imparcialidade destrambelhadamente afetada. Acho perigoso e empobrecedor que artistas “mais para a esquerda” posem de leitores dos dois lados, sem que sejam capazes de modificar seus comportamentos com base nos conhecimentos supostamente ganhos em um deles.
 
De boas intenções (para não dizer recalques), Caetano Veloso também está cheio.
 

Videoclipe de “O bando”, paródia de “A banda” de Chico Buarque, satiriza adestramento esquerdista nas escolas

O músico Filipe Trielli, meu parceiro na paródia “Águas de junho“, o videoclipe viral que satirizou o ano de 2013 no Brasil e continua dando o que falar na internet – só no endereço original foi visto mais de 250 mil vezes, tendo sido reproduzido também em diversos outros canais -, acaba de jogar no canal Chinchila do Youtube “O bando”, uma deliciosa paródia escrita por ele, com argumento do humorista Danilo Gentili, da música “A banda” de Chico Buarque, vencedora – junto com “Disparada”, de Geraldo Vandré e Théo de Barros – do II Festival de Música Popular Brasileira, em 1966, com a interpretação de Chico e Nara Leão.
 
Se nos tempos da ditadura militar “A banda” era “uma retomada do lirismo, proposital mesmo”, como declarou o compositor à Rádio do Centro Cultural São Paulo, “O bando” leva adiante a nossa retomada da paródia, “proposital mesmo”, como declaro eu, para despertar os brasileiros “lobotomizados” pela esquerda através do expediente musical de debochar “dêsti paíf” que o próprio militante petista Chico ajudou a construir, sem deixar de subscrever barbaridades internacionais como no abaixo-assinado “Se eu fosse venezuelano, votaria em Hugo Chávez“, pelo qual os cadáveres da ditadura chavista de Maduro agora lhe agradecem comovidos.
 
A banda passou, como se sabe. Mas o cinismo do bando esquerdista não passa jamais.

O BANDO
(Paródia de Filipe Trielli)
 
Estava à toa na classe, o professor me chamou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Me encheu de frase de efeito destilando rancor
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
 
O mensaleiro que contava dinheiro parou
E o blogueiro que levava vantagens pirou
A Namorada que gostava de Beagle
Parou para retocar a maquiagem
 
O Sakamoto que odiava o sistema curtiu
A Marilena que andava sumida Chauiu
E a esquerdalha toda se assanhou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
 
Estava à toa na classe o professor me chamou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
Me encheu de frase de efeito destilando rancor
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
 
Não tive saco pra encarar Bakunin nem Foucault
Gosto do Chico e acho que ele é um grande cantor
O Professor falou que a coisa mais bela
Era explodir bomba feito o Marighella
 
A Marcha rubra se espalhou e a direita dormiu
O Paulo Freire virou santo e fudeu com o Brasil
A Faculdade toda se enfeitou
Pra me lobotomizar, me transformar num robô
 
Eu vi que o capitalismo era feio e cruel
Eu vi que em Cuba era bom e que eu amava o Fidel
Anotei tudo no iPad e pus no computador
Depois eu vou te ensinar porque eu virei professor
 
*****
 
PS: Para se “deslobotomizar”, o melhor antídoto continua sendo o nosso best seller “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota“, eleito pela Arata Academy o melhor livro de 2013. Garanta já a sua dose – aqui.
 
PS2: Vem mais videoclipe de paródia minha por aí. Aguardem.

Lewandowski e Dias Toffoli são zagueiros do petismo no STF; Barroso entrou para ser artilheiro (RA)

Huuummm… Parece que tem gente com peninha das críticas que fiz a Roberto Barroso, o queridinho das milícias politicamente corretas — esses bandos de fascistoides que saem pelas redes sociais gritando “Cortem-lhe a cabeça!” tão logo desconfiam que os jornalistas A ou B não concordam com suas teses. Se você não tiver a mesma paixão que eles têm pela dilaceração de fetos, por exemplo, logo o chamam de “fascista”. Se você não declarar que é preciso combater a “heteronormatividade”, então você é homofóbico. E vai por aí. Não dou pelota para o coro de “Rainhas de Copa”. Podem berrar sua histeria por aí.
Critiquei duramente Barroso em vários posts e também na minha coluna na Folha de hoje. E tenho mais alguns posts reservados a ele.
Aí um deles tira nervosamente as patinhas dianteiras do chão para me impressionar: “Você é jurista? Vai dar aula a um professor? O que você sabe sobre direito alternativo?”. Não sou jurista, não dou aula a ninguém, nem sei o bastante etc. O ponto é outro. O direito é importante demais para ser matéria que só interesse a advogados ou ministros do Supremo.
De resto, não é preciso ser grande especialista para perceber certas bobagens. Se meu médico recomendar que eu dê três pulinhos para curar, sei lá, hiperacidez, terei a certeza de que ele está maluco. Não obedecerei a orientação, mesmo sem ter cursado medicina, e vou procurar outro doutor. Ocorre que eu posso trocar de médico se quiser, mas não de ministro do Supremo. É evidente que, se pudesse escolher, Barroso não estaria lá.
Que é que há? Preciso ter estudado direito para saber que, na fase dos embargos infringentes, ou os que condenaram reveem a sua posição ou não reveem? É preciso ter estudado direito para saber que não se reforma dosimetria nessa fase? É preciso ter estudado direito para saber que aquelas contas sobre percentagens de agravamento de uma pena na comparação com outra são malabarismo e truque?
O ministro não sabia que estava fazendo uma batatada? Como idiota não é — ao contrário: é muito esperto —, acredito que soubesse. E digo isso até em seu benefício porque a alternativa é ainda pior. Ocorre que ele precisava daquele voto exótico para dizer o que pensa sobre o julgamento do mensalão e tentar desqualificar os seus pares.
No fim das contas, fez um repto em favor da impunidade, ainda que, nas considerações iniciais, tenha decidido posar de paladino da moral. E ele está só no começo. Com Barroso, começa a fase de petização mais profunda do tribunal, agora com ambições realmente teóricas. Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli são apenas operadores gratos. São apenas os zagueiros, que ficam à espera do atacante adversário para dar carrinho, agarrar a camisa, aplicar um pescoção, chutar a bola pro mato; Teori Zavascki é um gandula que serve a qualquer time, sem paixão. Com Barroso, o petismo ambiciona a altitude de um saber jurídico. Ele entrou para ser atacante.

O calvário dos empreendedores no país do Leviatã faminto (RC)

leviata
Já falei do martírio que é ser empresário no Brasil aqui. Hoje volto ao tema, que jamais deve ser esquecido, por conta de um excelente artigo publicado no GLOBO, pelo administrador de empresas Sergio Barcellos. Ele faz um relato preciso dos obstáculos absurdos que um empresário precisa superar no Brasil. Infelizmente, muitos são os que ignoram esta realidade, demandando sempre mais estado para solucionar os males criados pelo excesso de estado.
Um bom governo preservaria o valor da moeda e garantiria os contratos entre as partes, não muito mais do que isso. Quão distantes estamos disso! Nem nossa moeda anda muito estável, nem nossos contratos valem muito, pois o governo adora rasgá-los de tempos em tempos.
Fora isso, a quantidade de burocracia é asfixiante, o peso dos impostos é proibitivo, a infraestrutura é caótica, etc. O velho Custo Brasil, já conhecido pelos leitores do blog. O autor resume a loucura:
Neste ambiente, registrar uma empresa, colocar dinheiro do próprio bolso, contratar empréstimos para crescer, correr riscos e gerar mais empregos vira aventura no simples instante em que é emitido o famoso cartão do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica). E não importa qual o ramo de negócio. Em todos — sem exceção —, nosso audaz empreendedor vai dar de cara com quase 39% de impostos, o que o obrigará a ter que trabalhar de janeiro a maio de cada ano, todos os anos, para pagar o pedágio do Leviatã, do Hobbes.
Bem, ainda sobram cerca de sete meses para se virar e manter vivo o empreendimento. Coitado, não sabe o que o espera: de saída, o espera um pandemônio fiscal e trabalhista que muda completamente de sentido a cada 30 dias, ou menos, na medida da torrente de atos e instruções normativas que regulam a matéria, nos planos federal, estadual e municipal. A fome do Leviatã não tem limites.
E junto com o CNPJ vem a sopa de letrinhas: PIS, Cofins, FGTS, INSS, Dirfs, IPI, ICMS, ISS, IPTU, DUT, IPVA, IRPJ etc, embaralhada com alíquotas que podem variar da noite para o dia, mais os ditames da jurisprudência dos tribunais superiores, mais uma coorte de taxas criadas do nada, mais a parafernália dos carimbos, assinaturas, a nova invenção, entre outras, do reconhecimento de firma “por autenticidade” (uma contradição em termos), mais um desfile de invenções diabólicas do tipo. E, rapidamente, as pessoas e o tempo despendidos para controlar tudo isso superam largamente aquele dedicado aos objetivos sociais do empreendimento.
Em seguida, Barcellos lista os desafios extras do produtor rural, este que tem carregado nossa economia nas costas. Ainda deixa de fora as ameaças financiadas pelo próprio governo, como invasores do MST e grupos indígenas. O ambiente para o empreendedor brasileiro é hostil demais. Não tem como dar certo assim. Como diz o autor, “Estamos chegando ao limite da capacidade individual de resistência dos empreendedores privados do país”. Há que ser meio doido para empreender por aqui.
E quando os doidos tiverem desistido desta aventura insana, seremos todos funcionários públicos: “Já aconteceu em outros países e em outros períodos da História. E todos nós, mais o país em torno, nos transformaremos em uma horda de funcionários públicos. Inexoravelmente, e cada vez mais pobres”.

Stalin, amiguinho dos coletivistas esquerdopatas sociopatas, seus CRIMES NUNCA SERÃO ESQUECIDOS.Ou:"A fome na Ucrânia - um dos maiores crimes do estado foi esquecido"(Thomas Woods)


comunismo1.jpgComo ocorre em todos os regimes totalitários, a Rússia bolchevista temia toda e qualquer manifestação de sentimento nacionalista entre aqueles povos que eram reféns do regime.  A propaganda bolchevique relativa aos direitos das várias nacionalidades dentro da esfera de influência da Rússia mascarava o temor do regime em relação ao poder do nacionalismo.
No início de 1918, o líder russo Vladimir Ilitch Lênin tentou impor um governo soviético sobre o povo da Ucrânia, o qual, apenas um mês antes, em janeiro, havia declarado sua independência.  De início, o objetivo de Lênin havia sido aparentemente alcançado.  Esse governo soviético imposto à Ucrânia tentou de imediato suprimir as instituições educacionais e sociais ucranianas; há até relatos sobre a Cheka, uma precursora da KGB, matando pessoas pelo crime de falar ucraniano nas ruas.
Embora o povo ucraniano tenha, ao final de 1918, conseguido restabelecer sua república, essa vitória foi efêmera.  Lênin, sem dúvida, iria querer incorporar a Ucrânia ao sistema soviético de qualquer jeito, porém seu real desejo de assegurar o controle da Ucrânia era por causa de seus grandes recursos naturais.  Em particular, a Ucrânia ostentava o solo mais fértil da Europa — daí o seu apelido de "o manancial da Europa".
Já no início de 1919, um governo soviético havia novamente sido estabelecido na Ucrânia.  Porém, esse novo governo soviético acabou se tornando mais um fracasso.  Todos esses eventos estavam ocorrendo durante aGuerra Civil Russa, e a ajuda de facções rivais contribui para um segundo triunfo da independência ucraniana.
Com esses dois fracassos, o regime de Lênin aprendeu uma valiosa lição.  De acordo com Robert Conquest, autor do livro The Harvest of Sorrow (A colheita do sofrimento), "Concluiu-se que a nacionalidade e a língua ucraniana eram de fato um elemento de grande peso, e que o regime que ignorasse isso de maneira ostentosa estaria fadado a ser considerado pela população como uma mera imposição usurpadora." 
Quando os soviéticos adquiriram o controle da Ucrânia pela terceira e última vez em 1920, eles constataram que iriam enfrentar uma contínua resistência e incessantes insurreições a menos que fizessem grandes concessões à autonomia cultural ucraniana.  E assim, pela década seguinte, os ucranianos basicamente não foram incomodados em seu idioma e em sua cultura. 
Porém, uma facção dos comunistas russos se mostrou incomodada com isso, e seguidamente alertava que o nacionalismo ucraniano era uma fonte de intolerável divisão dentro do quadro militar soviético, e que, mais cedo ou mais tarde, a situação teria de ser confrontada de alguma maneira.
Avancemos agora oito anos no tempo.  Em 1928, com Josef Stalin firmemente no poder, a União Soviética decidiu implantar uma política de requisição compulsória de cereais — uma maneira polida de dizer que o governo iria tomar à força todo o cereal cultivado pelos camponeses, pagando em troca um preço fixado arbitrariamente pelo governo, muito abaixo dos custos de produção.  A liderança soviética, em decorrência tanto de informações equivocadas quanto de sua típica ignorância dos princípios de mercado, havia se convencido de que o país estava no limiar de uma crise de escassez de cereais.  A requisição compulsória funcionou, mas apenas no limitado sentido de que forneceu ao regime todo o volume de cereais que ele julgava ser necessário.  Porém, tal política solapou fatalmente a confiança futura dos camponeses no sistema.  Durante a Guerra Civil Russa, em 1919, para tentar combater a fome da população urbana, Lênin havia confiscado em escala maciça os cereais de vários camponeses, que foram chamados de especuladores e sabotadores.  Agora em 1928, a possibilidade de novos confiscos, algo que os camponeses imaginavam ser apenas uma aberração bárbara da época da Guerra Civil, passaria a ser uma constante ameaça no horizonte.
Os camponeses, naturalmente, passaram a ter menos incentivos para produzir, pois sabiam perfeitamente bem que, dali em diante, os frutos de seu trabalho árduo poderiam ser facilmente confiscados por um regime sem lei — o mesmo regime que havia prometido aos camponeses, quando da promulgação da NEP em 1921, que eles poderiam produzir e vender livremente.
Foi apenas uma questão de tempo para que o regime decidisse embarcar em um amplo programa de coletivização forçada das propriedades agrícolas, uma vez que a abolição da propriedade privada da terra era um importante aspecto do programa marxista.  Os camponeses despejados foram enviados bovinamente para enormes fazendas estatais.  Essas fazendas iriam não apenas satisfazer as demandas da ideologia marxista, como também iriam resolver o grande problema prático do regime: garantir que uma quantidade adequada de cereais fosse ofertada às cidades, onde o proletariado soviético trabalhava duramente para expandir a indústria pesada.  Fazendas coletivas estatais significavam cereais estatizados.
Alguns especialistas tentaram alertar Stalin de que seus objetivos, tanto industriais quanto agrícolas, eram excessivamente ambiciosos e estavam em total desacordo com a realidade.  Mas Stalin nem queria ouvir.  Um de seus economistas, diga-se de passagem, chegou a afirmar que "Nossa tarefa não é estudar a ciência econômica, mas sim mudá-la.  Não estamos restringidos por nenhuma lei.  Não reconhecemos leis.  Não há uma só fortaleza que os bolcheviques não possam atacar e destruir."
Paralelamente à política de coletivização forçada implantada por Stalin, ocorreu também uma brutal campanha contra os grandes proprietários de terras, fazendeiros ricos conhecidos como "kulaks", os quais o governo temia liderarem movimentos de resistência contra a coletivização.  Mas era uma fantasia de Stalin imaginar que apenas os kulaks se opunham à coletivização; toda a zona rural estava unida contra o governo.  (Até mesmo o Pravdanoticiou um incidente no qual uma mulher ucraniana tentou bloquear a passagem de tratores que estavam chegando para começar a trabalhar nas fazendas coletivizadas; a mulher gritara "O governo soviético está recriando a escravidão!").
Stalin falava abertamente de sua política de "liquidar toda a classe dos kulaks"; eles eram a classe inimiga da zona rural.  Com o passar do tempo, como era de se esperar, a definição padrão de o que constituía um kulak foi se tornando bastante ampla, até finalmente chegar ao ponto em que o termo — e as terríveis penalidades que eram aplicadas a todos aqueles infelizes a quem o termo era aplicado — podia ser aplicado a praticamente qualquer camponês.
Uma historiografia sobre o Partido Comunista, autorizada pelo próprio, relatou que "os camponeses caçaram impiedosamente os kulaks por toda a terra, tomaram todos os seus animais e todo o seu maquinário, e então pediram ao regime soviético para aprisionar e deportar os kulaks."  Como descrição do reino de terror imposto aos kulaks, esse relato não pode nem sequer ser classificado como uma piada sem graça.  O regime, e não os camponeses, é quem perseguiu os kulaks.  No final, de acordo com uma testemunha ocular, para que um homem fosse condenado a um destino cruel, bastava que "ele tivesse pagado algumas pessoas para trabalhar para ele como empregados, ou que ele tivesse sido o proprietário de três vacas."
As quase 20 milhões de propriedades agrícolas familiares que existiam na Rússia em 1929 estariam, cinco anos depois, concentradas em apenas 240.000 fazendas coletivas.  Ao longo de grande parte de toda a história soviética, não era incomum algumas pessoas obterem a permissão para ser donas, em locais distintos, de alguns poucos acres de terra para uso privado.  Quando Mikhail Gorbachev assumiu o poder em 1985, os 2% de terra agrícola que eram propriedade privada produziam nada menos que 30% de todos os cereais do país — uma resposta humilhante para todos aqueles que ignorantemente afirmavam que a agricultura socializada seria mais eficiente que a agricultura capitalista, ou que eles poderiam alterar a natureza humana ou reescrever as leis da economia.
Na mesma época em que Stalin começou a coletivização forçada, em 1929, ele também recriou a campanha contra a cultura nacional ucraniana, campanha essa que estava dormente desde o início da década de 1920.  Foi na Ucrânia que a política de coletivização stalinista deparou-se com a mais ardorosa e violenta resistência — o que não impediu, entretanto, que o processo já estivesse praticamente completo por volta de 1932.  Stalin ainda considerava a contínua e inabalável presença do sentimento nacionalista ucraniano uma permanente ameaça ao regime, e decidiu lidar de uma vez por todas com aquilo que ele via como o problema da 'lealdade dividida' na Ucrânia.
A primeira etapa de sua política foi direcionada aos intelectuais e personalidades culturais da Ucrânia, milhares dos quais foram presos e submetidos a julgamentos ridículos e escarnecedores.  Após isso, tendo retirado de circulação aquelas pessoas que poderiam se transformar em líderes naturais de qualquer movimento de resistência, Stalin passou então a atacar o próprio campesinato, que era onde estava o real núcleo das tradições ucranianas.
Mesmo com o processo de coletivização já praticamente completo na Ucrânia, Stalin anunciou que a batalha contra os perversos kulaks ainda não estava ganha — os kulaks haviam sido "derrotados, mas ainda não exterminados."  Stalin começaria agora uma guerra — supostamente contra os kulaks — direcionada aos poucos fazenderios que ainda restavam e dentro das próprias fazendas coletivas.  Dado que, a essa altura, qualquer pessoa que por qualquer definição cabível pudesse ser classificada como um kulak já havia sido expulsa, morta ou enviada para campos de trabalho forçado, essa nova etapa da campanha soviética na Ucrânia teria o objetivo de aterrorizar os camponeses comuns.  Estes deveriam ser física e espiritualmente quebrados, e sua identidade de seres humanos seria drenada deles à força.
Stalin começou estipulando metas de produção e entrega de cereais, as quais os ucranianos só conseguiriam cumprir caso parassem de se alimentar, o que os faria morrer de fome.  O não cumprimento das exigências era considerado um ato de deliberada sabotagem.  Após algum tempo, e com a produção e entrega inevitavelmente abaixo da meta, Stalin determinou que seus ativistas confiscassem dos camponeses todo o volume de cereais necessário para o governo ficar dentro da meta estipulada.  Como a produção era baixa, os camponeses frequentemente ficavam sem nada.  O desespero se instalou.  Um historiador conta que uma mulher, por simplesmente ter tentado cortar para si um pouco do seu próprio centeio, foi levada presa junto a um de seus filhos.  Após conseguir fugir da prisão, ela coletou, com a ajuda do seu filho, alguns poucos itens comestíveis e foram viver na floresta.  Morreram após um mês e meio.  As pessoas eram sentenciadas a dez anos de prisão e a trabalhos forçados pelo simples fato de colherem batatas, ou até mesmo por colher espigas de milho nos pedaços de terra privada que elas podiam gerir.  Tudo tinha de ser do governo.
Os ativistas comunistas afirmavam que os sabotadores estavam por todos os lados, sistematicamente retendo e escondendo comida, impedindo o abastecimento das cidades, e desafiando as ordens de Stalin.  Esses ativistas invadiam de surpresa as casas dos camponeses e faziam uma varredura no local em busca de alguma comida escondida.  Aqueles ativistas mais bondosos ainda deixavam algum resquício de comida para as famílias, porém os mais cruéis saíam levando absolutamente tudo o que encontravam.
O resultado foi totalmente previsível: as pessoas começaram a passar fome, em números cada vez maiores.  Um camponês que não tivesse a aparência de alguém que estava esfomeado era imediatamente considerado suspeito pelas autoridades soviéticas de estar estocando comida.  Como relata um historiador, "Um ativista comunista, após fazer uma busca minuciosa pela casa de um camponês que não aparentava a mesma fome dos demais, finalmente encontrou um pequeno saco de farinha misturada com casca de árvore e folhas.  O material foi confiscado e despejado em um lago do vilarejo."
Robert Conquest cita o testemunho de outro ativista:
Eu ouvi as crianças... engasgando sufocadas, tossindo e gritando de dor e de fome.  Era doloroso ver e ouvir tudo aquilo.  E ainda pior era participar de tudo aquilo.... Mas eu consegui me persuadir, me convencer e explicar a mim mesmo que aquilo era necessário.  Eu não poderia ceder; não poderia me entregar a uma compaixão debilitante .... Estávamos efetuando nosso dever revolucionário.  Estávamos obtendo cereais para a nossa pátria socialista....
Nosso objetivo maior era o triunfo universal do comunismo, e, em prol desse objetivo, tudo era permissível — mentir, enganar, roubar, destruir centenas de milhares e até mesmo milhões de pessoas...
Era assim que eu e meus companheiros raciocinávamos, mesmo quando... eu vi o real significado da "coletivização total" — como eles aniquilaram os kulaks, como eles impiedosamente arrancaram as roupas dos camponeses no inverno de 1932-33.  Eu mesmo participei disso, percorrendo a zona rural, procurando por cereais escondidos.... Junto com meus companheiros, esvaziei as caixas e os baús onde as pessoas guardavam seus alimentos, tampando meus ouvidos para não ouvir o choro das crianças e a lamúria suplicante das mulheres.  Eu estava convencido de que estava realizando a grande e necessária transformação da zona rural; e que nos dias vindouros as pessoas que viveriam ali estariam em melhor situação por minha causa.
Na terrível primavera de 1933, vi pessoas literalmente morrendo de fome.  Vi mulheres ecrianças com barrigas inchadas, ficando azuis, ainda respirando mas com um olhar vago esem vida.... Eu não perdi a minha fé.  Assim como antes, eu acreditava porque eu queria acreditar.
Em 1933, Stalin estipulou uma nova meta de produção e coleta, a qual deveria ser executada por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome, que havia começado em março daquele ano.  Vou poupar o leitor das descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui.  Mas os cadáveres estavam portodos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente sobre o ar.  Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados.  As diferentes famílias camponesas reagiam de maneiras distintas à medida que lentamente iam morrendo de fome:
Em uma choupana, era comum haver algum tipo de guerra entre a família.  Todos vigiavam estritamente todos os outros.  As pessoas brigavam por migalhas, tomando restos de comida umas das outras.  A esposa se voltava contra o marido e o marido, contra ela.  A mãe odiava os filhos.  Já em outra choupana, o amor permaneceria inviolável até o último suspiro da família.  Eu conheci uma mulher que tinha quatro filhos.  Ela costumava lhes contar lendas e contos de fadas com a intenção de fazê-los esquecer a fome.  Sua própria língua mal podia se mover, mas mesmo assim ela se esforçava para colocá-los em seus braços, ainda que ela mal tivesse forças para levantar seus braços quando eles estavam vazios.  O amor vivia dentro dela.  E as pessoas notaram que, onde havia ódio, as pessoas morriam mais rapidamente.  Entretanto, o amor não salvou ninguém.  Todo o vilarejo sucumbiu; todos juntos, sem exceção.  Não restou uma só vida.
Normalmente é dito que o número de ucranianos mortos na fome de 1932-33 foi de cinco milhões.  De acordo com Robert Conquest, se acrescentarmos outras catástrofes ocorridas com camponeses entre 1930 e 1937, incluindo-se aí um enorme número de deportações de supostos "kulaks", o grande total é elevado para entorpecentes 14,5 milhões de mortes.  E, mesmo assim, se apenas 1% dos alunos do ensino médio já tiver ouvido falar sobre esses eventos, isso já seria um pequeno milagre.
Durante o artigo, referi-me várias vezes a Robert Conquest, um excelente historiador da União Soviética.  Conclamo, insisto e exorto qualquer pessoa com interesse nesses eventos a ler seu extraordinário livro The Harvest of Sorrow.  A leitura flui como se fosse um romance — mas a história relatada é excessivamente real.
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O problema do Brasil é um bom analista (Contra a correnteza)

A tal "classe média" sofre de síndrome de Estocolmo em relação à esquerda farofeira. 

Essa mesma esquerda que debocha de valores como família, propriedade, mérito, segurança pública, que são as próprias bases do modo de vida da classe média.

Essa esquerda que é cortejada e admirada pela classe média desde sempre, mas enche de aspas seu discurso quando se refere às "pessoas de bem', já que definir-se assim, como pessoa de bem, é "feio", ainda que a pessoa seja realmente de bem.

A esquerda foi colocando na cabeça da "burguesia" que ser de classe média é não só um pecado mortal, como razão para se envergonhar. Que botou na cabeça dessas pessoas que sentir raiva de assaltantes é egoísmo com os "excluídos", é colocar bens materiais acima da vida de uma vítima da sociedade.

E é essa classe média dita esclarecida que elege ou ajuda a eleger seus próprios carcereiros.

O povão, esse que a esquerda diz defender, vota mesmo é no Sarney, no Collor, no Renan Calheiros, no Joaquim Roriz.

Quem elege a esquerda e convence o povão muitas vezes a embarcar na sua onda é a classe média.

A classe média que viu suas cidades serem favelizadas pela esquerda, que viu a criminalidade ser cevada pela esquerda, que viu bordões fáceis e verdades burras virarem lei pela doutrinação ideológica da esquerda.

"A solução de tudo é a educação", "favela não é problema", "bandidos são excluídos", "a imprensa é golpista", "violência só gera violência", "todos os políticos são farinha do mesmo saco", etc, etc.


Foi essa classe média acuada, vítima principal da tunga de governantes e de deboches dos seus puxa-sacos - "classe média sofre" - que elegeu e elege gente como Brizola, Chico Alencar, Marcelo Freixo, Ivan Valente, Maria do Rosário, entre outros. É a classe média que sai por aí votando nas mesmas pessoas cujo seu estilo de vida é a missão de cada um destruir. 



Quem transformou o uso de uma estrela do PT na lapela em símbolo de "esclarecimento político", vejam só vocês, um partido liderado por um sujeito que sempre fez questão de desprezar o estudo, foi a classe média universitária, que depois, arrependida, correu para o PSOL, que é o PT sem senso do ridículo.

São os engajados que deixam uma barbinha ou o cabelo no sovaco crescer e vão berrar contra seus próprios pais, os burgueses que pagam todas aquelas viagens, livros, cervejinhas no bar da faculdade, smartphones, laptops e demais luxos capitalistas.

Idolatram comunistas e pseudo-comunistas que só querem algum naco de poder para viverem o luxo que só o dinheiro público subtraído pode proporcionar.

Defendem cota racial porque se acham devedores de uma dívida imaginária, Trocam o sobrenome para Guarani-Kaiowá, porém o mais perto que chegaram de um índio na vida foi num bloco de carnaval. Apoiam a ditadura de Cuba, mas até hoje só conhecem Miami. Acham o tio que vai pro trabalho de Fusquinha um alienado que não se preocupa com o meio ambiente, mas vão para a faculdade numa bicicleta importada de 3 mil reais.

São a incoerência personificada num chinelo de couro, bolsa peruana e precisando de um banho.

São, entre outros, brancos de bairros de classe média que ouvem e idolatram músicas dos Racionais, que dizem coisas como "enquanto isso playboy folgado, anda assustado, deve tá pagando algum erro do passado, assaltos, sequestros, é só o começo
a senzala avisou, o mauricinho hoje paga o preço". Mas tudo bem, eles tem "consciência social".

Detestam o bandido de terno (com razão), mas morrem de amores pelo bandido da favela, porque acham aquilo tudo "romântico".

Me digam, tem coisa mais estúpida do que isso? É como um dono de fazenda usar boné do MST, é ter uma paixão degenerada por quem te odeia e quer te destruir.

Concluo que o problema do Brasil não é educação, é falta de um bom analista.

Cúpula petista usou o Mensalão para transformar o STF em “puxadinho” do Palácio do Planalto (ucho.info)


mensalao_12Vergonha nacional – A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por seis votos a cinco, de livrar do crime de formação de quadrilha os principais envolvidos no Mensalão do PT já era esperada, mas mostra ao País que a principal instância do Judiciário está dominada e a serviço de um partido que ao longo dos anos tem exibido sua incontestável vocação para o banditismo político.
Encerrada a fase do julgamento dos embargos infringentes, muitas foram as declarações por parte dos ministros, mas a fala do ministro Celso de Mello chamou a atenção. Disse o decano do Corte que a Ação Penal 470 deixou claro que o crime não compensa. Magistrado com notório saber jurídico, Celso de Mello está enganado em relação ao julgamento do caso do Mensalão do PT, pois são brandas as penas impostas aos articuladores do maior escândalo de corrupção da história nacional.
Livres do crime de formação de quadrilha, os principais mensaleiros poderão deixar a cadeia dentro de alguns meses, no vácuo da progressão do regime, conforme dispõe a Lei de Execução Penal. Quando isso acontecer, ficará reforçada a sensação de impunidade ou, então, confirmar-se-á o que muitos já sabem: que no Brasil leis são feitas para serem descumpridas.
O legado peçonhento dessa equivocada decisão do STF é que os mensaleiros, que vinham insistindo tese de julgamento político, deixarão o cárcere na condição de heróis, condição que ajudará o Partido dos Trabalhadores a estender sua permanência no poder e a implantar o golpe que transformará o Brasil em uma versão agigantada da vizinha e combalida Venezuela.
Aliás, o pífio espetáculo protagonizado por seis dos onze ministros da Corte mostra que o Supremo foi transformado em uma espécie de “puxadinho” do Palácio do Planalto. Ou seja, faz o que o Executivo manda, até porque cabe à presidente da República indicar os ministros do STF.

Em defesa do casamento(RC)


Véspera de Carnaval, a festa da carne (como o nome diz), do hedonismo, e lá vou eu remar contra a maré e escrever um longo texto em defesa do casamento tradicional, aquele entre homem e mulher “até que a morte nos separe”. Trata-se de uma resenha do livro What is Mariage?, de Sherif Girgis, Ryan Anderson e Robert George, que traz reflexões interessantes.
Os autores sustentam que uma união completa entre um homem e uma mulher é boa em si mesma, mas que é seu elo com o bem-estar das crianças que torna o casamento um bem público que deve ser reconhecido e estimulado pelo estado. É o que chamam de visão conjugal do casamento, em contrapartida à visão revisionista, que chama de casamento uma união emocional entre quaisquer adultos.
Casamentos, segundo os autores, sempre foram os meios mais eficazes de se gerar crianças saudáveis, felizes e bem educadas. E a saúde da própria sociedade, alegam, depende de crianças saudáveis, felizes e bem educadas. O livro não é sobre a homossexualidade ou algo do tipo, e sim sobre a tentativa de se redefinir este conceito tradicional de casamento, que os autores consideram importante para o bem comum.
Tampouco é um livro com uma defesa religiosa do casamento tradicional. Os autores lembram que todas as culturas acabaram desenvolvendo leis sobre o casamento, uma instituição natural, e que ele é que acabou ajudando a moldar nossas religiões ou tradições filosóficas. A defesa que fazem do casamento, portanto, é filosófica e sociológica, não religiosa.
Mesmo em culturas amigáveis ao homoerotismo, como na Grécia antiga, uma visão similar a que existe hoje de casamento já prevalecia, e nada como casamento de pessoas do mesmo sexo era sequer concebido.
Para os autores, isso se deve ao fato de que as sociedades dependem de famílias criadas em casamentos sólidos para produzir aquilo que necessitam, mas não podem garantir por outro meio, inclusive o estatal: crianças saudáveis que se tornam cidadãos conscientes.
O casamento conjugal, portanto, deve incluir esta visão familiar, atrelada à procriação. Por isso que os códigos legais sempre consideraram o coito como indicativo do casamento consumado. A ausência do coito permitia a anulação do casamento por parte da mulher. Uma união completa, de corpo e alma, com um propósito comum ao homem e à mulher que pretendem dar início a uma nova família: eis o que defendem como casamento.
Se casamento, como querem os revisionistas, passa a significar apenas uma união centrada na emoção, ao invés de inerentemente voltada à vida familiar, fica muito mais difícil mostrar porque o estado deveria se intrometer nele e não nas amizades, por exemplo. O sexo se torna fundamental para definir um casamento e separá-lo de outros relacionamentos, como mesmo os revisionistas concordam. Mas os autores argumentam que apenas o elo com a família, as crianças, justificaram a intromissão estatal nos casamentos, em quase todas as culturas.
Quando ocorre essa mudança de conceito da família para as emoções, fica impossível, mesmo para os revisionistas, explicar porque o casamento ficaria restrito a duas pessoas. E o “poliamor”? E aqueles que desejam mais companheiros, e gostariam de casar com todos eles? Por que eles deveriam ficar impedidos de também participar do que chamamos casamento?
De fato, como mostram os autores, vários revisionistas mais radicais já têm partido para essa defesa, julgando que o casamento deve abarcar também parceiros múltiplos. Relacionamentos não-sexuais também seriam incluídos como casamento. Os revisionistas não conseguem explicar porque pessoas do mesmo sexo poderiam casar, mas amigos que não praticam sexo, mas vivem juntos, não.
A defesa que o livro faz, portanto, é do casamento como uma união completa de duas pessoas, um homem e uma mulher, em sua mais básica dimensão, em suas mentes e corpos, com exclusividade e de forma permanente. Em segundo lugar, ele as une com a intenção de procriar também, criar uma nova família.
Tanto a sociologia como o bom senso mostram que a estabilidade familiar é positiva para os filhos. Vários estudos apontados no livro corroboram com a conclusão de que filhos de pais biológicos casados apresentam, na média, desempenho melhor em vários quesitos, e menos risco de problemas de agressividade, com drogas ou suicídio. Não é uma realidade para todos, e sim uma tendência, uma regra que comporta suas exceções.
Justamente por isso o casamento tradicional cria dificuldades para o divórcio e demanda fidelidade (exclusividade) entre marido e mulher. O divórcio subtrai muitas vezes a estabilidade familiar e retira as crianças do convívio diário com seus pais biológicos, e a infidelidade divide a atenção das crianças com outra pessoa, reduzindo seus cuidados.
Se por um lado o casamento é tão importante para a sociedade, por outro lado, argumentam os autores, ele é custoso e frágil, e necessita de uma cultura forte que o defenda e da pressão social para que as pessoas casem e permaneçam casadas. O sociólogo James Q. Wilson definiu o casamento como “uma solução social arranjada para o problema de fazer as pessoas continuarem juntas e cuidarem das crianças, que o mero desejo por crianças, e o sexo que torna as crianças possíveis, não resolvem”.
Pode ser uma visão pouco romântica da coisa, mas a verdade é que, sem uma cultura que enalteça e valorize o casamento, sua manutenção pode ficar prejudicada. E, como os estudos dos sociólogos mostram, isso não é isento de custo para a sociedade como um todo. Filhos de mães solteiras, por exemplo, enfrentam dificuldades maiores do que filhos com ambos os pais em casa, de forma geral. Esse fardo costuma ser muito maior nas comunidades mais pobres, afetadas de maneira desigual. O livro Coming Apart, de Charles Murray, mostra claramente isso.
Não é preciso concordar com todos os pontos dos autores para compreender a importância do casamento tradicional e os riscos que ele corre atualmente. Um reductio ad absurdum pode ser útil aqui: se todos passassem a desprezar o casamento tradicional, qual seria o efeito disso para a sociedade? Talvez a melhor resposta esteja na distopia de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, onde os bebês são criados em incubadoras estatais e o próprio conceito de mãe biológica é estranho e desperta até ojeriza. Lembrem que há revisionistas que já querem retirar “pai e mãe” de documentos oficiais, para não “ofender” aqueles com configuração “familiar” diferente.
Também não é preciso abraçar in toto os argumentos dos autores, muito menos ter alguma inclinação religiosa, para lamentar o crescimento exponencial na taxa de divórcio das sociedades modernas. Eu mesmo, que já me divorciei, sei como o processo é traumático para os envolvidos, especialmente os filhos (felizmente, após 3 anos, nos casamos novamente – e a juíza, nos dando bronca, disse que nunca mais queria nos ver ali novamente, o que pretendo obedecer).
A flexibilização do conceito de casamento, portanto, para focar apenas em seu aspecto emocional e nada mais, pode ter conseqüências não-intencionais que a sociedade não consegue ainda vislumbrar. Um dos riscos que os autores levantam é o aumento excessivo do estado, convocado a se intrometer cada vez mais nos assuntos íntimos para preencher o vácuo deixado pela ruptura do casamento. Inúmeras formas diferentes de conjugação demandam mais e mais regras e arbítrio estatal para selar disputas de toda natureza: herança, visitas, guarda, barrigas de aluguel, pais biológicos e adotivos, pai e “mãe” gays, relacionamentos com múltiplos parceiros, etc.
Os autores não rejeitam praticamente nenhuma vantagem típica do casamento para os homossexuais ou mesmo os que praticam o “poliamor”. Apenas entendem que há contratos privados que um estado laico pode resguardar nesses casos, preservando, assim, o conceito legal de casamento para sua visão tradicional, um contrato de um tipo muito especial, o que seria vantajoso para a sociedade como um todo. Não são poucos os gays que compreendem esse ponto de vista. No Brasil mesmo, Clodovil era um que costumava elogiar a família tradicional, lembrando que todo homossexual vem de uma, e chegou a rejeitar abertamente a libertinagem.
Em uma época quando muito se fala sobre diversidade, seria bom cobrar justamente a responsabilidade pelas diferentes escolhas e suas conseqüências. Por que os adeptos do “poliamor” precisam ser enquadrados no conceito de casamento também? Não bastaria ser livre para viver com seu estilo de “amar”? Tem que ser igual aos casais tradicionais? Vão querer entrar em grupo na igreja ao som da magnífica marcha de Mandelssohn? Adotar filhos em conjunto?
Enfim, entendo que o tema seja polêmico, e nem eu tenho forte opinião formada sobre quais deveriam ser os aspectos legais que definem um casamento. O que não me impediu de apreciar a leitura e as reflexões que ela suscitou. Afinal, valorizo o casamento tradicional como um ideal a ser seguido. Em tempos de Carnaval e hedonismo, de apetites e emoções como os únicos guias das ações individuais, de promiscuidade total, não deixa de ser confortante ler uma visão clássica sobre o bom e velho casamento. Que seja eterno enquanto dure. E que dure para sempre!
Rodrigo Constantino

O PT está eufórico com a grande notícia: os companheiros presidiários não são quadrilheiros. São apenas corruptos (AN)



“O PT não róba nem dexa robá”, recitava José Dirceu antes da descoberta do mensalão. Hoje, como resumiu Joelmir Betting, o partido dos ex-presos políticos se tornou um partido de políticos presos.
Antes do julgamento do mensalão, Dirceu reinava na Casa Civil, governava o PT e sonhava com a presidência da República. Hoje só reina na cela S13 da Papuda e sonha com a vida fora da cadeia.
Antes do mensalão, a seita que tem como único Deus um palanque ambulante posava de detentora do monopólio da ética. Nesta quinta-feira, a notícia de que os companheiros presidiários escaparam do regime fechado foi suficiente para antecipar o Carnaval dos devotos de Lula.
O PT, quem diria, está grávido de felicidade com a decisão que anulou a condenação de Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares pelo crime de formação de quadrilha. Graças à bancada dos ministros da defesa, o STF resolveu que os três delinquentes não devem ser qualificados de quadrilheiros. Vão continuar engaiolados porque são apenas corruptos

Banânia,piorando MUITO a cada dia graças aos PETRALHAS. Ou:"O alerta de Joaquim Barbosa" (RC)


Que o alerta feito pelo ministro Joaquim Barbosa possa ecoar pelo Brasil todo, para que ninguém diga, depois, que não foi avisado:
Esta é uma tarde triste para este Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi reformada, jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012. Peço vênia à maioria que se formou e voto pela rejeição dos embargos infringentes.
Uma maioria de circunstância, formada sob medida para lançar por terra todo o trabalho primoroso levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012. É a isso que nós acabamos de assistir. Inventou-se inicialmente um recurso regimental totalmente à margem da lei com o objetivo específico de anular, de reduzir a nada um trabalho que fora feito.Sinto-me autorizado a alertar a nação de que este é apenas o primeiro passo. Essa maioria de circunstância tem todo o tempo a seu favor para continuar na sua sanha reformadora.
Muitos já tinham visto a fala do ministro, claro, mas não poderia deixar de registrá-la aqui também. Infelizmente, em poucas horas o Brasil todo estará pulando Carnaval, curtindo a folia, entorpecendo-se até não poder mais, para esquecer os problemas e viver como se não houvesse amanhã.
Há. Sempre há. E, no nosso caso, poderá ser bastante sombrio se o alerta de Joaquim Barbosa encontrar ouvidos moucos pelo país. Acorda, Brasil!

Tudo pela família, nada pelo Estado ( FLAVIO QUINTELA)

O deserto moral da esquerda é como qualquer outro deserto. Em terras áridas quase nada sobrevive, o que sobrevive geralmente rasteja, e a beleza é exceção.

O mundo ideal de um esquerdista é algo muito triste e horrível de se imaginar. Nele as crianças não nasceriam mais do relacionamento entre um homem e uma mulher – seriam sintetizados a partir do DNA de dois homens ou de duas mulheres. As famílias também não existiriam mais, pois desde o nascimento o Estado tomaria as crianças para si e cuidaria de sua criação e educação. A liberdade de expressão não seria possível, pois todo exercício de livre pensamento seria classificado como crime contra a boa ordem da sociedade. A fé religiosa seria substituída pela adoração dogmática e incondicional ao Partido, e todas as pessoas viveriam num estado constante e eterno de mediocridade, patrocinado porcamente pela única classe dominante que restou, a cúpula do Partido.

Por mais improvável e inacreditável que pareça, existem muitas pessoas que, ao lerem o parágrafo acima, terão orgasmos múltiplos só de se imaginarem vivendo em tal mundo. A subversão moral e cultural que vem sendo aplicada desde há mais de três décadas em nosso país, no maior experimento gramscista de que se tem notícia na história, tem produzido uma classe de pessoas que se destaca por uma característica única e abominável: a negação da humanidade do ser humano.
A descoberta recente de uma página do Facebook chamada Marcha Contra a Família me mostrou um pouco do que são essas pessoas que negam a nossa humanidade. A página apresenta como subtítulo a seguinte frase:
Movimento pela subversidade contra os valores tradicionais da família, contra a moral e os bons costumes

São mais de sete mil pessoas que acompanham e apoiam postagens esdrúxulas e irracionais, recheadas de ódio à mais humana e ao mesmo tempo mais divina de todas as realizações do homem, a família. A tiracolo vêm a desqualificação da moral, a apologia à baixeza, o culto à mediocridade e o desprezo por tudo o que possa ser considerado nobre, clássico, estético ou bonito. É um pequeno exemplo do grande objetivo da esquerda – destruir todas as bases sobre as quais nossa história foi construída, na tentativa insana de criar uma nova sociedade da qual a grande maioria das pessoas não gostaria de fazer parte. É uma sociedade pensada e planejada por uma minoria de psicopatas e lunáticos para escravizar uma maioria de pessoas que querem somente viver em paz.

O ataque à família é e sempre foi a prioridade máxima das doutrinas de esquerda. A identificação de seu maior inimigo tem um quê de genialidade diabólica: os esquerdistas aprenderam desde muito cedo que são poucas as forças contra as quais vale a pena lutar, e a maior delas continua sendo a família. A família reúne em si as melhores qualidades animais do homem, ao mesmo tempo que dá vazão ao que há de mais divino em cada um de nós. É pela união biológica de um homem e uma mulher que são criados novos homens e novas mulheres. E é justamente essa criação, de um ser que nasce totalmente dependente de seus pais, que excede o ser animal e adentra o ser humano. Formar uma família é plantar a imortalidade, é criar o futuro, é mudar para sempre o destino do mundo. Não se forjam grandes homens no isolamento macabro da utopia comunista, e sim no seio da família tradicional.

O deserto moral da esquerda é como qualquer outro deserto. Em terras áridas quase nada sobrevive, o que sobrevive geralmente rasteja, e a beleza é exceção. Quando o homem se priva da moralidade, quando abre mão de princípios importantes sobre os quais foram erguidos os pilares de sustentação da sociedade, o efeito é como o de um jardim privado de água: com o tempo a beleza das flores começa a desaparecer, e as plantas mais vistosas acabam por morrer; em seu lugar brotam outras, espinhosas e resistentes à falta de água. Estas irão sobreviver até que a última gota d’água seja sugada do solo seco. Quando este momento chegar, não haverá mais nenhuma vida.

Se deixarmos nossas vidas serem comandadas politicamente por psicopatas de esquerda, que é nossa realidade hoje, o processo de desertificação de nosso mundo prosseguirá de forma acelerada. O Estado quer sempre mais de nós, mais impostos, mais controle, mais servidão, mais restrições, mais leis, mais jugo, enfim, quer nos secar, nos tirar tudo. O povo brasileiro parece não perceber que a pouca água que tem disponível tem sido tirada de seus filhos para saciar a sede de corruptos e criminosos, que em troca distribuem uma porção racionada, destinada à sua morte, lenta e controlada. Tudo o que é bom, bonito e desejável tem passado ao largo do Brasil. Aqui não se produz alta cultura; aqui a honestidade é considerada idiotice; aqui não se respeitam as leis; aqui não se louva o melhor, muito pelo contrário; aqui a mediocridade é o padrão; aqui se faz tudo pelo mínimo esforço; aqui as punições são risíveis; aqui a vida deu lugar à morte.

Não há luta mais importante nesses dias em que vivemos do que a luta pela família. Se há um resgate possível de nossa sociedade, ele só virá de dentro deste núcleo tão pequeno mas tão essencial. Cientes disso, os políticos e agentes da subversão esquerdista têm focado suas energias na destruição desse núcleo. Mas eu pergunto ao leitor: desde quando deixou de ser bonito ver um pai, uma mãe e seus filhos juntos? Desde nunca! A sociedade, em sua grande maioria, continua desejando o mesmo de sempre: meninos querem casar com meninas, meninas sonham em casar com meninos, casais sonham em ter filhos, filhos sonham em ter bons pais, e assim por diante. Tudo o que a esquerda, com suas minorias sectárias, tem nas mãos é a tentativa de imposição de uma falsa realidade, que só funciona porque as pessoas têm medo de dizer o que realmente pensam. Isso não fere, absolutamente, o direito de meninos que querem ficar com meninos, ou de meninas que querem ficar com meninas. Mas estes serão sempre uma minoria biologicamente comprovada. E é graças a essa tendência biológica, de que a maioria dos meninos deseja meninas e vice-versa, é que existe humanidade, pois ainda não inventaram outra maneira de se fazer um ser humano que não seja com um óvulo de uma mulher e um espermatozóide de um homem.

Vençamos o medo de nos manifestarmos em favor da família tradicional. Não existe nada mais bonito que a chegada de um bebê, que transforma um casal em uma família. Não existe nada de errado em louvar essa instituição humana. Ninguém deveria se preocupar em ser tachado de preconceituoso somente por dizer que a família tradicional é a melhor coisa que já aconteceu ao homem. Afinal, não se pode ser preconceituoso quando se fala a verdade, e a verdade é uma só: família é tudo. Tudo pela família, nada pelo Estado.