terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dívida pública recua 3,6% em janeiro, para R$ 2,04 trilhões, diz Tesouro

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, teve queda de 3,6% em janeiro, para R$ 2,04 trilhões, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (25) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em dezembro, o endividamento público estava em R$ 2,12 trilhões.
No mês passado, ainda segundo informações do governo, a dívida pública registrou queda por conta, principalmente, do vencimento de títulos públicos acima do volume de emissões no montante de R$ 100 bilhões. Por outro lado, a despesa com juros impactou para cima o débito público do país em R$ 20,3 bilhões em janeiro deste ano.
Somente a dívida interna teve diminuição de 3,85% no mês passado, para R$ 1,95 trilhão, contra R$ 2,02 trilhões no fechamento do ano passado. A dívida externa, por sua vez, teve aumento de 1,67% em janeiro, passando para R$ 96,2 bilhões – contra R$ 94,6 bilhões em dezembro de 2013.
Programação para 2014
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,32 trilhões no fim deste ano – R$ 198 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2013.
O Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$ 2,17 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma alta de R$ 48 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.
Em 2014, os vencimentos de títulos públicos previstos somam R$ 544 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da dívida pública totalizam R$ 54 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de R$ 121,8 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.
Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 778 bilhões em janeiro, ou 39,91% do total, contra R$ 878 bilhões, ou 43,3% do total, em dezembro de 2013. A queda na participação decorre do resgate líquido de R$ 106 bilhões em papéis prefixados no mês passado.
Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação elevada em janeiro. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 11,47% do estoque total da dívida interna, ou R$ 223 bilhões, contra 11,35% do total (R$ 230 bilhões) em dezembro de 2013.
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 38,16% em janeiro deste ano, ou R$ 744 bilhões, contra 36,14% do total em dezembro do ano passado – o equivalente a R$ 732 bilhões.
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 10,47% do total em janeiro (R$ 204,9 bilhões) em janeiro, contra R$ 186,9 bilhões, ou 9,22% do total, em dezembro de 2013. O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de contratos de swap cambial – que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro.

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