Jandira: A nossa indignação e a nossa contundência é contra a política sionista do governo de Israel e do Estado de Israel que assassina de forma absolutamente beligerante, com um poder bélico, com apoio dos Estados Unidos, de forma absolutamente desigual, de forma genocida, crianças, mulheres, idosos, população civil, de forma absurda… Há um poder bélico inigualável, contra uma população desarmada, assassinada, humilhada e presa num território cada vez menor, sendo aniquilada do mapa, perdendo suas vidas de uma forma inaceitável. Nós não podemos ter omissão diante de uma situação como essa, quanto ao extermínio de povo nenhum em nenhum lugar do mundo. É essa a posição do PCdoB e certamente de muitos outros.
Bolsonaro: Abaixo o terrorismo da Palestina! Chega de terrorismo!
Jandira: Quero dizer ao deputado Jair Bolsonaro, como representante dos torturadores que ele é, que o PCdoB tem voz e voto.
Bolsonaro: Comunista matou 10 milhões no mundo! Comunista!
Jandira: Quando o líder do PCdoB estiver falando, que ele cale a boca, porque nós temos voz e voto.
Bolsonaro: Lava a sua boca para falar meu nome! Lava a sua boca para falar meu nome!
Muito bem. A deputada Jandira Feghali, só para lembrar, é aquela comunista dona de restaurante que, servindo de testa-de-ferro (ou seria escudo humano?) do PT, lutou paracensurar a apresentadora do SBT Rachel Sheherazade por uma “apologia ao crime” que nunca existiu, mas – como fiel seguidora da máxima de Herbert Marcuse “toda tolerância para com a esquerda, nenhuma para com a direita” - não deu um pio contra a deputada petista Luísa Helena Stern quando ela desejou a morte do jogador colombiano Camilo Zúñiga pela joelhada nas costas que deu em Neymar. Os esclarecimentos posteriores de Sheherazade não foram suficientes para interromper a sanha autoritária de Jandira, mas as desculpas de Stern após a reação crítica do público certamente bastaram (ou talvez nem fossem necessárias…).
Agora, aproveitando também que um grupo de muçulmanos e simpatizantes organizou um protesto na Praça Cinquentenário de Israel em Higienópolis-SP em favor dos palestinos e contra a ação israelense na Faixa de Gaza, queimando bandeira e tudo, vamos desenhar para todas as Jandiras do Brasil o conflito do Oriente Médio? Vamos!**
Escrevi há cinco anos e meio, em 15 de janeiro de 2009:
“Antigamente, o manual de jornalismo ensinava que, quando o cão morde o homem, não há notícia, mas, quando o homem morde o cão, sim. Agora, quando as Farc mordem a Colômbia ou quando o Hamas morde Israel, não há notícia (imaginem – que porre! – noticiar a mesma coisa 1.386 vezes em 8 meses), mas quando a Colômbia ou Israel reagem, sim, claro, “que absurdo”! “Pouco importa” – para lembrar Ricardo Noblat no caso Colômbia X Farc* – que o país seja vítima constante de ataques homicidas. Seu exército não deve reagir em hipótese alguma e, ao ver seu agressor proteger-se atrás de seu (dele) filhinho – em vez de escondê-lo – para transformá-lo em mártir no jornal de amanhã, todo soldado deve baixar as armas, retornar a seu país e aguardar em silêncio por mais 1.386 foguetes na cabeça de seus próprios filhos.”
Em fevereiro daquele ano, citando um conto infantil da Alemanha nazista em que um jovem chamado Franz é ensinado a considerar os judeus “o cogumelo venenoso da humanidade”, Diogo Mainardi também escreveu:
“A paz no Oriente Médio depende, antes de tudo, do reconhecimento de Israel. Os palestinos precisam rejeitar a ideia mais monstruosa de todos os tempos: a de que um judeu é um cogumelo venenoso. Um cogumelo venenoso que tem de ser erradicado.”
O que mudou nos últimos cinco anos? Nada. O que mudará nos próximos cinco? Nada, provavelmente. Mas agora, pelo menos, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, confessou em entrevista à Al-Aqsa TV que o Hamas adota a prática dos escudos humanos e, pior do que isso, faz dela uma política oficial, como noticiou Reinaldo Azevedo.
Entrevistador – As pessoas estão adotando o método dos escudos humanos, que foi bem-sucedido nos tempos do mártir Nyzar Rayan…
Porta-voz – Isso comprova o caráter dos nossos nobres, dos nossos lutadores da Jihad. São pessoas que defendem seus direitos e suas casas com o seu corpo e com o seu sangue. A política de pessoas que enfrentam aviões israelenses de peito aberto, a fim de proteger as suas casas, provou ser eficaz contra a ocupação (israelense). Além disso, essa política reflete o caráter dos nossos bravos, que são pessoas corajosas. Nós, do Hamas, convocamos o nosso povo para que adote essa política, a fim de proteger as casas palestinas.
A confissão do Hamas apenas confirma a veracidade das palavras do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netenyahu (em tuíte e vídeo) sobre a diferença moral entre ambos os lados:
Se alguém ainda precisa de desenho, temos os cartoons de Mike Smith de 2008 e 2012:
Se alguém precisa de vídeo, temos legendado o de Dennis Prager de 2014 (original aqui).
[Em suma, como também já sintetizou Benjamin Netanyahu: "Se o Hamas abrir mão do conflito armado, a guerra estará extinta. Se Israel o fizer, Israel estará extinto."]
Se alguém precisa de desenho animado, temos ainda este de 2013:
ambém é comum, aliás, que os pais palestinos mandem seus filhos provocarem os soldados israelenses – treinados para não reagir – e os filmem fazendo isso para depois espalharem pelo mundo a imagem de truculência do inimigo. É o mesmo recurso – conforme já mostrei aqui- usado por militantes de extrema-esquerda como Sininho, que, por ora, felizmente está presa.
Nas últimas semanas, aconteceu o de sempre – que pode ser sintetizado nessas imagens:
A última imagem foi feita logo após os caças de Israel despejarem bombas sobre a Faixa de Gaza em retaliação à morte dos três jovens israelenses: Naftali Frenkel e Gilad Shaer, de 16 anos, e Eyal Yifrach, de 19. O alvo?
É verdade que colonos judeu, em represália à morte dos três israelenses, sequestraram e mataram um adolescente palestino, como numa espécie de justiçamento brasileiro. Mas sabe o que aconteceu com eles? Foram presos, é claro. Se fosse ao contrário, nem preciso dizer que os autores do crime seriam os “bravos, nobres e corajosos” heróis do Hamas.
O Hamas chegou a disparar 1.200 foguetes contra Israel em uma semana, a maioria deles interceptada pelo sistema antimísseis israelense, batizado de “Domo de Ferro”. Quando alguém alega que, de um lado há 1 israelense morto, do outro 190 palestinos, é preciso ter em mente esta óbvia diferença: enquanto Israel defende seu povo dos ataques do Hamas, o Hamas usa os palestinos de escudo humano contra as reações da vítima – escondendo inclusive armamentos e lançadores de foguetes entre a população civil, por vezes em escolas e hospitais -, para que até a matemática lhe favoreça na guerra propagandística de narrativa. Vai ver é isto que Jandira chama de “população desarmada, assassinada, humilhada”. Tudo isso pelo Hamas, é claro. Como reiterou o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, em entrevista ao UOL:
“[O] Hamas está atacando civis israelenses, está utilizando seus cidadãos como escudos humanos. Israel está usando armas para proteger a vida. Eles estão usando vidas para proteger as armas ou o arsenal terrorista. (…) Eles têm, na sua instituição, [o objetivo] de matar todos os israelenses, os judeus. (…) Se o Hamas quer ver uma possibilidade de um acordo, ele tem de reconhecer a existência de Israel e deixar totalmente o caminho do terrorismo e da violência e desmantelar todo o seu armamento. Há quase dez anos, Israel deixou toda a Faixa de Gaza. Os palestinos tiveram uma oportunidade de ouro de criar uma pequena Cingapura. E o que fizeram? O único que fizeram foi acumular e acumular um arsenal de mísseis.”
O Hamas rejeitou a iniciativa egípcia de cessar-fogo dessa semana, que havia sido aceita por Israel, e as hostilidades continuam a todo vapor.
Mas não posso negar que Jandira é sincera quando diz que “Nós não podemos ter omissão diante de… extermínio de povo nenhum em nenhum lugar do mundo”. Seu partido, que idolatra Lenin, Stalin, Mao e Fidel, de fato nunca se omitiu quanto a extermínios protagonizados pela extrema-esquerda e seus aliados. De um jeito ou de outro, sempre ficou ao lado dos exterminadores. Com o Hamas, não haveria por que ser diferente.
Só falta agora a deputada enviar aos terroristas uma marmitinha do seu restaurante.
Felipe Moura Brasil - http://www.veja.com/felipemourabrasil
* O caso Colômbia X Farc foi o bombardeio promovido pelo então presidente Álvaro Uribe que, após seu país sofrer mais de quarenta ataques das Farc a partir do Equador, eliminou em território equatoriano o terrorista Raúl Reyes, aquele parceiro confesso do PT que Hugo Chávez admitiu ter conhecido em encontro do Foro de São Paulo, em 1995, e que estava sendo abrigado pelo presidente Rafael Correa, também membro do Foro. O ato do governo Uribe foi apoiado por 83% dos colombianos, que obviamente têm horror às Farc. Ricardo Noblat, na ocasião, escreveu que “pouco importa (…) que o governo do Equador apoie as Farc e lhes conceda abrigo, assim como o da Venezuela. A Colômbia infringiu, sim, leis internacionais”.
** Desenhar PARA Jandira é modo irônico de dizer, é claro. Jandira é incurável. A gente desenha para desmascarar esquerdistas como ela, a fim de que ninguém caia em seus engodos.
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