Os mesmos militantes esquerdistas que erguem a voz contra o trabalho infantil até na TV, em programas como o Esquenta, vulgo Esquerda, estão aí defendendo o Hamas, dizendo que ele não é o verdadeiro problema na equação, enquanto condenam Israel com aquele cinismo – veja no post anterior – de tomar o número relativamente baixo de mortos israelenses como sinal de que Israel é muito malvada ao reagir aos ataques sofridos.
Curioso é que pelo menos 160 crianças morreram durante as escavações dos túneis construídos pelo Hamas para atacar os israelenses, de acordo com o relatório “O fenômeno túnel de Gaza: A dinâmica involuntária do cerco de Israel”, do Instituto de Estudos Palestinos, de 2012. Segundo o relatório, o grupo terrorista islâmico – que o Globo chama de “militante” na matéria a respeito, como toda a imprensa mundial pautada pelo manual de etiqueta da ONU – não agiu para acabar com o trabalho infantil.
Em dezembro de 2011, o autor do estudo, Nicolas Pelham, acompanhou uma patrulha policial em Gaza e, segundo ele, “nada foi feito para impedir o uso de crianças nos túneis”. OJerusalem Post, em cuja matéria o qual o Globo se baseou, informa ainda que, desde o início da operação Limite Protetor contra o Hamas, há 21 dias, o Exército israelense descobriu 31 túneis do Hamas que levam até Israel.
Pois é. Não é só como escudo humano de terroristas e mísseis que o Hamas obriga as criancinhas a trabalhar. É também – como direi? – cavando o buraco do próprio túmulo.
Que a esquerda sempre indignada com o trabalho infantil coloque o Hamas no mesmo patamar moral ou até acima do de Israel, é apenas a enésima prova da sua cínica vigarice
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