Um intelectual orgânico esquerdista não se ancora em princípios imutáveis, mas segundo as conveniências do movimento revolucionário.
Leonardo Sakamoto é um digno representante desta categoria.
Leonardo Sakamoto é um digno representante desta categoria.
Quando da fundação do comunismo em Cuba, massiva propaganda alardeava que o novo regime viera para dar um fim às casas de jogo e de prostituição burguesas que infestavam aquela ilha. Havana não tinha mais cabarés que Paris ou Buenos Ayres, mas hoje eles estão de volta, na forma de modernos resorts, enchendo as burras dos Castro, e a prostituição das cubanas (e cubanos) tornou-se endêmica. No Brasil, o Ministério do Trabalho literalmente ensina como ser uma puta. Duvida? Acesse o site da Classificação Brasileira de Ocupações – CBO, pesquise com a palavra “sexo” e no resultado 5198, e clique no painel esquerdo em “Relatório da Família”. Mas,olhe, eu não estou sugerindo nada, hein?
No livro “O Jardim das Aflições”, o filósofo Olavo de Carvalho denunciava a estratégia de criar uma campanha pela moralidade na política com a finalidade de angariar o apoio popular para a conquista do poder pela democracia para derrubá-la e instaurar a corrupção institucionalizada em um grau jamais visto na história.
Karl Marx pregava abertamente a aniquilação de povos considerados inferiores tais como mexicanos, irlandeses, escoceses, poloneses e até certas comunidades francesas rurais, que não tinham sequer passado da fase pré-capitalista, mas hoje o discurso é pela ideologia do movimento negro.
Caridade? Isto era considerado um dos maiores cinismos da classe burguesa. Mas veio Betinho e mudou tudo com o Fome Zero.
Barba por fazer, falta de banho, mulheres sem batom, chinelo de pneu e bolsa de lona? Deem uma olhada na turma e vejam como hoje gostam de coisas boas, assim como vinhos Romanée-Conti, ternos Armani e bolsas Hermés.
Para o movimento comunista, não há nada que hoje se condene que amanhã não possa ser louvado e vice-versa, e os intelectuais orgânicos são os trombeteiros dos voláteis humores dos altos comissários.
Leonardo Sakamoto cumpre sua função com afinco! Sob o título “Médicos Cubanos: Pode criticar, mas não é trabalho escravo”, de 23/08/2013, põe-se a tentar convencer que os médicos cubanos não são escravos modernos porque os que assim acusam alegam que eles ganham pouco, e que se assim for, todos os que ganham menos de um salário mínimo também o seriam. É o truque recorrente: escolhem uma argumentação esdrúxula, geralmente inexistente, para então bater nela à vontade, sem alguém que lhes apresente uma objeção.
Então, se não nos custa lembrar, vamos aos fatos:
1 - Os médicos cubanos foram trazidos ao Brasil à base do “vai quem quer e quem não quer”. Se algum deles quis, isto é apenas um acidente;
2 - Foram proibidos de trazerem suas famílias, para evitar que fujam e peçam asilo político;
3 – Tiveram seus passaportes confiscados; de novo, para evitar fugas;
4 – Foram aquartelados em batalhões do Exército, enquanto seus colegas de outros países instalaram-se em hotéis;
5 – Durante o confinamento sob severa vigilância, foram proibidos de sair e conhecer a capital brasileira;
6 – Relatos de onde já atuaram dizem que têm permissão somente para locomoverem-se do trabalho para o alojamento e vice-versa, bem como de travar qualquer contato com os cidadãos nativos, a não ser durante o horário de trabalho, onde são obrigados a fazer propaganda do regime comunista. Ora, o cerceamento do direito de ir e vir e dos direitos de expressão e de reunião e associação não são os maiores corolários de toda a cultura legislativa contra a escravidão moderna?
7- Não faltam aos escravos modernos nem sequer seu capitão do mato: perguntado o que o governo faria se algum deles viesse pedir asilo (que vejam bem, constitui um princípio fundamental na nossa Constituição), o ministro Alexandre Padilha, seguindo o rito sumário fundado por Tarso Genro, respondeu sem meios termos: “-serão devolvidos”.
Se ainda há espaço para apostar toda boa fé ao regime comunista cubano, relembremos o que afirmou o próprio Fidel Castro com seu artigo “La Constancia Escrita”, publicado no dia 08 de agosto de 2007 em todos os jornais cubanos, sobre a captura dos pugilistas Gullermo Rigondeaux e Erislandy Lara: “...Cuba dispone de muchos buenos deportistas pero no se los ha robado a nadie.” . Ora, como se vê, (“...Cuba dispõe de muitos bons esportistas, mas não os roubamos de ninguém!”) o entendimento do “Comandante” é que os dois boxeadores quase lhes foram roubados! Portanto, não são os jovens atletas seres humanos e donos de seus próprios corpos, dotados do direito natural de decidir sobre a própria vida, mas literalmente, são tratados como uma “coisa”. Se Fidel possui propriedade sobre os atletas cubanos, não são eles escravos?
Numa coisa concordo com Leonardo Sakamoto, mas não pelos mesmos motivos: “Não espero que o corporativismo tacanho de alguns representantes de associações médicas entendam isso.” Bem, como o corvo que bica os olhos de quem o criou, não há muito tempo atrás o CFM publicou uma parecer defendendo a realização do aborto até a 12ª semana de gravidez, em um memorável ato de traição ao juramento médico.
O CFM nasceu como uma entidade corporativista, descendente direto que é das antigas guildas medievais, e nisso reside a essência de todo e qualquer movimento sindicalista, da qual Sakamoto sempre foi um apaixonado defensor. Como toda autarquia aparelhada ideologicamente, serviu até o momento em que seus interesses corporativistas chocaram-se com uma determinação superior. Agora é hora de o CFM ser acusado por aquilo que realmente é e desde sempre foi, mas com o particular de o sê-lo por quem sempre o incentivou a isto. Não pode mesmo moral para defender o Brasil contra o trabalho escravo cubano.
Caridade? Isto era considerado um dos maiores cinismos da classe burguesa. Mas veio Betinho e mudou tudo com o Fome Zero.
Barba por fazer, falta de banho, mulheres sem batom, chinelo de pneu e bolsa de lona? Deem uma olhada na turma e vejam como hoje gostam de coisas boas, assim como vinhos Romanée-Conti, ternos Armani e bolsas Hermés.
Para o movimento comunista, não há nada que hoje se condene que amanhã não possa ser louvado e vice-versa, e os intelectuais orgânicos são os trombeteiros dos voláteis humores dos altos comissários.
Leonardo Sakamoto cumpre sua função com afinco! Sob o título “Médicos Cubanos: Pode criticar, mas não é trabalho escravo”, de 23/08/2013, põe-se a tentar convencer que os médicos cubanos não são escravos modernos porque os que assim acusam alegam que eles ganham pouco, e que se assim for, todos os que ganham menos de um salário mínimo também o seriam. É o truque recorrente: escolhem uma argumentação esdrúxula, geralmente inexistente, para então bater nela à vontade, sem alguém que lhes apresente uma objeção.
Então, se não nos custa lembrar, vamos aos fatos:
1 - Os médicos cubanos foram trazidos ao Brasil à base do “vai quem quer e quem não quer”. Se algum deles quis, isto é apenas um acidente;
2 - Foram proibidos de trazerem suas famílias, para evitar que fujam e peçam asilo político;
3 – Tiveram seus passaportes confiscados; de novo, para evitar fugas;
4 – Foram aquartelados em batalhões do Exército, enquanto seus colegas de outros países instalaram-se em hotéis;
5 – Durante o confinamento sob severa vigilância, foram proibidos de sair e conhecer a capital brasileira;
6 – Relatos de onde já atuaram dizem que têm permissão somente para locomoverem-se do trabalho para o alojamento e vice-versa, bem como de travar qualquer contato com os cidadãos nativos, a não ser durante o horário de trabalho, onde são obrigados a fazer propaganda do regime comunista. Ora, o cerceamento do direito de ir e vir e dos direitos de expressão e de reunião e associação não são os maiores corolários de toda a cultura legislativa contra a escravidão moderna?
7- Não faltam aos escravos modernos nem sequer seu capitão do mato: perguntado o que o governo faria se algum deles viesse pedir asilo (que vejam bem, constitui um princípio fundamental na nossa Constituição), o ministro Alexandre Padilha, seguindo o rito sumário fundado por Tarso Genro, respondeu sem meios termos: “-serão devolvidos”.
Se ainda há espaço para apostar toda boa fé ao regime comunista cubano, relembremos o que afirmou o próprio Fidel Castro com seu artigo “La Constancia Escrita”, publicado no dia 08 de agosto de 2007 em todos os jornais cubanos, sobre a captura dos pugilistas Gullermo Rigondeaux e Erislandy Lara: “...Cuba dispone de muchos buenos deportistas pero no se los ha robado a nadie.” . Ora, como se vê, (“...Cuba dispõe de muitos bons esportistas, mas não os roubamos de ninguém!”) o entendimento do “Comandante” é que os dois boxeadores quase lhes foram roubados! Portanto, não são os jovens atletas seres humanos e donos de seus próprios corpos, dotados do direito natural de decidir sobre a própria vida, mas literalmente, são tratados como uma “coisa”. Se Fidel possui propriedade sobre os atletas cubanos, não são eles escravos?
Numa coisa concordo com Leonardo Sakamoto, mas não pelos mesmos motivos: “Não espero que o corporativismo tacanho de alguns representantes de associações médicas entendam isso.” Bem, como o corvo que bica os olhos de quem o criou, não há muito tempo atrás o CFM publicou uma parecer defendendo a realização do aborto até a 12ª semana de gravidez, em um memorável ato de traição ao juramento médico.
O CFM nasceu como uma entidade corporativista, descendente direto que é das antigas guildas medievais, e nisso reside a essência de todo e qualquer movimento sindicalista, da qual Sakamoto sempre foi um apaixonado defensor. Como toda autarquia aparelhada ideologicamente, serviu até o momento em que seus interesses corporativistas chocaram-se com uma determinação superior. Agora é hora de o CFM ser acusado por aquilo que realmente é e desde sempre foi, mas com o particular de o sê-lo por quem sempre o incentivou a isto. Não pode mesmo moral para defender o Brasil contra o trabalho escravo cubano.
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