Um grupamento humano atinge o auge da decadência quando a autofagia suicida se instala plenamente em seu seio. Em alguns casos são evidentes para o observador, noutros o impulso suicida social não é evidente, precisa ser descoberto sob uma camada de bondade e compaixão. Um exemplo dos primeiros foi a República de Weimar que, no dizer de John Steiner [1], chegou ao ponto em que a sociedade foi tomada por grande ansiedade (arruaças constantes das SA e dos comunistas, hiperinflação, desemprego, desmoralização dos valores religiosos e das instituições republicanas) que os indivíduos passaram a se preocupar com o significado e o propósito de sua própria existência.
“Uma solução relativamente fácil e conveniente para satisfazer as prementes necessidades das massas em tempos de desorganização geral e desorientação (anomia), quando todas as soluções comuns falharam, é o escape para ideologias sobrenaturais”.
Evidente que tal “solução sobrenatural” nada tem a ver com as religiões tradicionais: Steiner se refere à sobrenaturalidade de um homem ou de um partido.
“Desesperado por uma vida caótica, o homem sente-se dependente de uma força externa e superior a si mesmo encarnada em alguém que se ofereça como a ‘Providência’, como no caso Hitler, com quem se identifica e a quem segue cegamente. Esta busca sobrenatural nada tem a ver com procura de insight ou reconhecimento de sua existência sub specie aeternitatis, mas pelo contrário para obter poderes (terrenos) adicionais que tornem sua existência mais tolerável”.
O Brasil já se parece muito com Weimar: as arruaças constantes conduzidas por “manifestantes pacíficos” que nada mais são do que a comissão de frente para depois entrar a bateria, batendo mesmo pra valer! E sempre foram, desde junho, não acreditem na balela de que começaram pacífica e espontaneamente contra tarifas de ônibus. Valores religiosos e morais são vilipendiados pela permissividade e deboche, instituições pervertidas – aqui o Reichstag não precisará ser queimado: seus integrantes já tocaram fogo em sua moral transformando-se numa quadrilha apadrinhada pelo Executivo e protegida pelo Judiciário. Forças Armadas e policiais obrigadas à cumplicidade mesquinha que só as desmoraliza.
O impulso homicida e suicida se esconde sob um manto de falsa dignidade: orgulho gay, uniões do mesmo sexo equiparadas às normais, dignidade dos professores, das prostitutas e até de ladrões, assassinos e arruaceiros santificados pelas “comissões de direitos humanos” da OAB e outras ONGs, e até compaixão por belos cãezinhos, baleias, micos leão dourado, pererecas, meio ambiente e o que mais queiram.
Assistimos há poucos dias um bando de “ativistas” – nome politicamente correto para terroristas, ladrões, invasores, quebradores de bancos, laboratórios e agências de automóveis - invadir um centro de pesquisa para salvar cães beagle de maus tratos. Todas as evidências levam a crer que não havia maus tratos, os animais eram apenas usados para experiências laboratoriais que não podem ainda ser realizadas em anima nobili (alma nobre e não animal nobre). O termo se refere a experiências realizadas em seres humanos. A evolução de uma pesquisa laboratorial leva aproximadamente 25 anos e só depois de comprovada a possibilidade de testes finais em seres humanos com risco mínimo é que se pode passar então para a parte final da pesquisa. Em carta ao Globo [2], o pesquisador (Ph. D.) Octávio Menezes de Lima Júnior refere
“que a experimentação animal é um mal necessário. Não existe forma satisfatória de substituir o uso animal em pesquisas sem interromper estudos fundamentais para o futuro da humanidade e para saúde e sobrevivência do ser humano. (...) Mas, caso os defensores árduos dos direitos animais insistam em defender essa tese (que fere os direitos humanos, o que, aparentemente para os "zooxiitas" importa menos que os direitos animais), sugiro que, sendo coerentes com essa idéia, sejam todos voluntários para tais testes, incluindo seus filhos e outros parentes na lista também”.
Exatamente. Por que não se entregam voluntariamente a algum candidato a Dr. Mengele?
O pior de todos os crimes, o aborto de fetos humanos é defendido em assembleias, passeatas e atos públicos – já se grita despudorada e tresloucadamente “abaixo o feto” – tudo sob o manto da digndade do “direito da mulher”. Todos têm direitos, menos os fetos humanos e os demais seres humanos que necessitam drogas bem testadas para se salvar de doenças fatais.
Aborto e em breve a eutanásia – abaixo os velhos e doentes improdutivos! – somado ao impedimento de pesquisas e o estímulo a relações homossexuais estéreis. O que une tudo isto, senão um impulso suicida e homicida – ou melhor, genocida?
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