O Papa Francisco fixou uma clara estratégia de neutralização da guerra psicológica promovida, permanentemente, pela Oligarquia Financeira Transnacional – que sempre identificou, no poder secular da Igreja Católica, um inimigo a ser superado para a implantação da chamada Nova Ordem Mundial. A Igreja Católica, em crise, parte para o contrataque.
O Pontífice resolveu usar táticas que poderiam ser definidas como “contragramscistas” para reverter os efeitos negativos dos ataques globalitários aos fundamentos cristãos. Francisco dá sinais de que o Vaticano pode rever antigos conceitos para não acabar engolido pela ditadura do “politicamente correto”. A principal intenção é saber como os fiéis entendem e lidam com a doutrina católica, mostrando que dificuldades encontram para colocá-la em prática.
Eis o motivo pelo qual a Santa Sé enviou a todas as Conferências Episcopais pelo mundo afora um formulário para uma inédita pesquisa, com 38 perguntas sobre temas variados e polêmicos. O levantamento das respostas deve ser concluído até janeiro de 2014. Tudo será analisado até outubro do ano que vem, quando está marcado um sínodo de bispos de todo mundo.
O tema central do encontro com Francisco será: “Desafios pastorais das Famílias”. O principal objetivo Católico é defender a célula mãe para garantir o respeito e o direito à vida – claramente atacados pelo globalitarismo. O Papa já agendou outro encontro extraordinário de bispos, para 2015, quando serão traçadas linhas de ação com base nas propostas que forem votadas na reunião de 2014. Nos pontificados de João Paulo II e Bento XVI, os bispos se reuniam a cada dois anos. Francisco resolveu encurtar o intervalo entre os encontros, para tomadas rápidas de decisões estratégicas.
Na prática, o que a Igreja Católica vai fazer é usar a base de sua doutrina para construir um discurso e definir ações concretas de combate ao globalitarismo – que tem o claro projeto de uma “nova religião” ou “pretensa nova religiosidade universal” para se contrapor e superar o secular poder do Vaticano. A recente visita do Papa ao Brasil, como ação comunicativa (e por que não dizer de marketing) conseguiu neutralizar o declínio e a perda de prestígio da Igreja – o que animou a Companhia de Jesus a partir para a “guerra santa” aberta contra os anti-valores pregados pela oligarquia globalitária.
Por isso, além da elaboração de uma plano estratégico doutrinário, a partir da pesquisa deste ano, a Igreja Católica vai investir, pesadamente, em duas frentes: comunicação e ensino. A intenção do Papa Francisco é criar um modelo de gestão profissionalizado, em escala econômica global, para manter escolas, universidades e meios de informação. Por isso, a juventude será, cada vez mais, o foco da Igreja. Geopoliticamente falando, o plano dos jesuítas – que têm Francisco na ponta de lança – é retomar a hegemonia global, claramente ameaçada desde o século 20.
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