domingo, 17 de novembro de 2013

Brasil: ministro cubano da Saúde joga lenha na fogueira (POR CUBDEST)


O tempo dirá em que medida os milhares de médicos cubanos aplicarão ou não no Brasil a trágica doutrina do “internacionalismo proletário”.

1. O ministro da Saúde de Cuba, Dr. Roberto Morales Ojeda, acaba de visitar o Brasil para tentar lançar água na fogueira de críticas e desconfianças suscitadas pela massiva chegada a esse país de milhares de médicos cubanos internacionalistas, que participarão do programa governamental Mais Médicos. Calcula-se que até o momento já estão no Brasil 2.400 médicos cubanos, porém esperam-se vários milhares mais nas próximas semanas.
2. Na realidade, o ministro da Saúde cubanos, em vez de água, lançou lenha na fogueira quando tentou justificar a literal invasão cubana como uma aplicação da doutrina do “internacionalismo proletário” (Folha de São Paulo, 11 de novembro de 2013).
3. “O internacionalismo proletário” é o sinistro fundamento com o qual o regime de Havana justificou durante décadas a exportação da revolução comunista à América Latina e África, causando tanta destruição e derramamento de sangue em tantos países. Essas palavras do ministro cubano, apesar de que falou também de “paz” e “colaboração”, não fizeram senão consolidar as desconfianças de muitos brasileiros sobre os reais objetivos da irrupção massiva de médicos cubanos.
4. Não é por acaso que o livro “Medicina Geral Integral”, usado para a formação dos chamados “médicos da família”, ensina aos médicos cubanos, através de métodos de psicologia social, a modificar as“atitudes não-desejáveis” daqueles desditosos pacientes que se afastem “dos princípios da moral socialista” (Editorial Pueblo y Educación, La Habana, vol. I, pp. 188ss.). Na realidade, o médico cubano recebe uma instrução que o transforma em uma mistura de agente de saúde com agente político e de controle social, a serviço do regime.
5. Segundo informou o diário Folha de São Paulo (12 de novembro de 2003), médicos cubanos estão sendo enviados para cumprir funções em “favelas” conflitivas do Rio de Janeiro e também em regiões de conflito entre fazendeiros e indígenas, como é o caso do distrito de Olivença, em Ilhéus, ao sul do estado da Bahia. Nesse estado, os índios tupinambás suspenderam temporariamente a agitação para receber festivamente os médicos cubanos. “Estamos em missão de paz”“não vamos interferir”, prometeu uma médica cubana enquanto era recebida pelos indígenas. Ver para crer. O tempo dirá em que medida os milhares de médicos cubanos aplicarão ou não no Brasil a trágica doutrina do “internacionalismo proletário”.
6. Conhece-se a data de chegada dos internacionalistas cubanos, mas não a saída. Apesar de que se havia fixado o ano de 2018 como data limite para a presença dos médicos estrangeiros no projeto Mais Médicos, o Dr. Morzart Sales, alto funcionário do Ministério da Saúde do Brasil, acaba de anunciar que na realidade“não existe uma data final” (Agência Estado, 13 de novembro de 2013).
7. O tempo também dirá em que medida os milhares de médicos cubanos que estão chegando ao Brasil terão liberdade para trazer suas famílias e eventualmente radicar-se no Brasil ou em outros países da região.
Aviso: estes apontamentos de Destaque Internacional são breves comentários interativos, de caráter oficioso, que não representam necessariamente a opinião de todos os membros de seu conselho de redação. Os comentários destinam-se a chamar a atenção sobre temas “politicamente incorretos” e que costuma ficar à margem, apesar de que são vitais para a sociedade. Nossa finalidade é a de estimular debates e remover anestesias.

São bem-vindas sugestões, opiniões e críticas. Mais comentários no site 
www.cubdest.orgApontamentos de Destaque Internacional - 13 de novembro de 2013 -
Responsável: Javier González.

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