terça-feira, 19 de novembro de 2013

Banânia, carga tributária dinamarquesa e serviço públicos de Uganda, até quando isso?Ou: "Arrecadação federal: anticíclica?"(RC)

A arrecadação do governo federal, divulgada hoje pelo Ministério da Fazenda, passou de R$ 100 bilhões em outubro:
A despeito das desonerações e outros benefícios fiscais que têm deteriorado as contas públicas, o governo federal arrecadou 100,999 bilhões de reais em impostos e contribuições em outubro, resultado recorde para meses de outubro. Segundo dados da Receita Federal, divulgados nesta terça-feira, esta é uma alta real (com correção da inflação pelo IPCA) de 5,43% sobre igual mês do ano passado. Em relação a setembro houve crescimento de 19,25% – no nono mês a Receita havia apurado 84,21 bilhões de reais
Analistas ouvidos pela agência Reuters esperavam uma arrecadação de 98 bilhões de reais no mês passado, de acordo com a média das expectativas. As projeções variavam entre 93 bilhões e 102 bilhões de reais.
No acumulado do ano, o recolhimento de impostos chega a 907,44 bilhões de reais, alta de 1,36% em termos reais ante igual período do ano passado – número também é recorde para o período.
Se tem um local onde nunca há crise, esse lugar é Brasília. A tendência da carga tributária brasileira é claramente de alta. A equipe econômica utiliza o discurso keynesiano de ação anticíclica, mas, como podemos ver no gráfico abaixo, isso é balela:
Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg
A linha rosa é a média móvel de 36 meses, mostrando que todo ano o governo aumenta suas receitas, apesar de serviços sofríveis prestados. Há, inclusive, uma aceleração na tendência de alta nos últimos meses. Trata-se de um leão muito faminto, que devora o bolso dos cidadãos, e depois os deixa a ver navios.
A classe média é duplamente punida: paga os olhos da cara, e depois precisa pagar novamente pelos serviços privados, melhores, que supostamente estariam contidos nos impostos. Segurança privada no condomínio, escola particular para os filhos, plano de saúde privado, etc. Pagamos tudo dobrado! Até quando?

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