Enterrado lá no fundo do site do Census Bureau [a agência governamental encarregada do censo nos Estados Unidos] está um número que cada cidadão americano, e especialmente aqueles aos quais foram confiados cargos públicos, deveria saber: 86.429.000.
Este é o número de americanos que, em 2012, levantou-se de manhã e foi para o trabalho – no setor privado – e fez isto semana após semana após semana.

Não são um fazendeiro com algumas centenas de cabeças de gado nem uma empresa de energia a desenvolver um combustível fóssil que estão atacando seu habitat. É o governo grande e sua principal arma – um estado de bem-estar social em constante expansão.
Isto é a minha tradução de parte de um artigo de Terence P. Jeffrey na Cnsnews.com, no qual ele ainda analisa o número dos trabalhadores, categoria por categoria, e depois os de beneficiários, programa por programa, até chegar ao resultado e às conclusões abaixo.
(Tão familiares, não é mesmo?…)
Ao todo, incluindo tanto os beneficiários da previdência social quanto os demais, 151.014.000 “receberam benefícios de um ou mais programas” no quarto trimestre de 2011. Subtraia os 3.212.000 veteranos, que serviram o seu país da maneira mais profunda possível, e sobram147.802.000 recebedores não-veteranos de benefícios.
Os 147.802.000 beneficiários não-veteranos excedem os 86.429.000 trabalhadores de tempo integral do setor privado à taxa de 1,7 por 1.
O quanto mais esses 86.429.000 podem suportar?

Eventualmente, haverá bem poucos levando muitos, e a América irá quebrar.
Nem todos esses 148 milhões estão desempregados: alguns trabalham em período parcial ou o que seja, mas este é o número de pessoas recebendo algum tipo de benefício federal e, obviamente, para que alguém o receba, os que trabalham têm de ser tributados.
Se os 86 milhões viram 80, 75, 70, tendo de sustentar 155, 160 milhões, eles tendem cada vez mais a desistir, recusando-se a pagar o imposto ou mesmo a trabalhar.
Com o mercado anêmico, até os “millenials” [nascidos entre 1980 e o início dos anos 2000] já estão de saco cheio de não encontrar trabalho… Como disse Rush Limbaugh:
Eles têm o seu diploma universitário, e onde está o casarão? Onde está a Ferrari? Eles fizeram o que todo mundo dizia; eles foram para a faculdade. Este era o caminho para tudo. Agora eles vão para a faculdade, saem e não têm nada. Não conseguem encontrar um emprego, uma carreira. O que vai acontecer quando eles descobrirem que independentemente do trabalho que façam, seus impostos vão sustentar as pessoas que não estão trabalhando? Bem, vamos ver.
De acordo com um relatório do Fed de Nova York, 44% dos recém-formados estão subempregados, ou seja, eles têm empregos que não exigem o seu diploma universitário, o que, por sua vez, deixa a situação ainda pior para quem não tem diploma algum. Só falta agora eles entenderem que este é o futuro que Obama e a esquerda americana lhes prometeram.


No Brasil, até outro dia havia uma voz na TV aberta que ao menos incentivava os mais de 50 milhões de eleitores do PT, digo, de beneficiários do Bolsa-Família a trabalhar, dizendo: “Não se sai da pobreza sem trabalho, sem salário, sem ganhar com o suor do rosto o pão de cada dia. Assistência? Tem de ser provisória. Senão vira dependência. Senão gera parasitismo. Quem vive do Bolsa-Família precisa subir a outro patamar. Ganhar profissionalização, conquistar um emprego, cuidar da própria vida. Um dia o poço pode secar. É preciso agora aprender a pescar.”

Sobe rapidamente, como se vê, tanto aqui como nos EUA, ainda mais em ano eleitoral. Se a América se “brasilianiza” com Obama, o Brasil se americaniza no pior sentido da coisa.

A propósito: o SBT Brasil já começou a falar dos ursos polares?
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