segunda-feira, 19 de maio de 2014

Palco não é palanque! Lobão contra os militantes do PT (RC)


Pode um crítico do governo participar de um evento que conta com dinheiro público? Essa questão surgiu após o cantor Roger Moreira, do Ultraje a Rigor, ser atacado por militantes petistas virtuais, liderados por aquele ator global (o do lixão), por ter participado de um show que tinha patrocínio do governo. Roger se justificou, alegando que quem paga suas contas é o público. Lobão voltou ao tema em sua coluna da Veja desta semana.
Claro, sabemos que a turma do MAV (militantes em ambiente virtual) quer só ofender, difamar, tentar arranhar a imagem daqueles que são independentes e, por isso, podem criticar o governo do PT. Sabemos como eles atuam. Incapazes de debater focando em argumentos, resta a eles esse tipo de estratagema, para “vencer no grito”. Mas o caso oferece uma boa oportunidade de os liberais esclarecerem de uma vez essa questão.
Não vejo incoerência alguma em ser crítico de um determinado governo e participar de um evento público com dinheiro de prefeitura ou governo. Lobão explica bem o motivo: patrocínio cultural tende a ser prática de estado, não de governo, e seria absurdo o critério de participação ser a adesão partidária ou a afinidade ideológica. Isso sim, seria um absurdo completo, um descalabro.
É justamente por esse risco de proselitismo, quando o mecenas é o estado, que muito liberal condena a própria existência do Ministério da Cultura, e critica qualquer patrocínio envolvendo recursos públicos. Quando um governo confunde partido com estado, como o PT é mestre em fazer, esse risco cresce muito, e todo cuidado é pouco, para impedir que nossos impostos virem apenas máquina de propaganda partidária.
Mas, uma vez que há o uso de recursos públicos, seria completamente sem sentido exigir que somente artistas engajados participassem. Os esquerdistas querem o monopólio das verbas públicas? É muita cara de pau mesmo! Sem se dar conta (ou se dando, o que é indiferente, pois são pulhas), essa gente admite abertamente que todo show e evento patrocinado em parte pelo governo deve ser para promover aqueles que defendem o governo. Lobão toca no ponto certo:
Lobão
Concordo: o jogo não está ganho para o lado dos cachorrinhos estatais, e vamos virá-lo. A reação ridícula deles demonstra que estão com medo, que temem perder as boquinhas e mamatas. Que tal acabar com todo patrocínio cultural do estado logo de uma vez? Topam? Aceitam competir de igual para igual com os demais artistas, aqueles que não gozam da estima dos governantes poderosos de esquerda?
Querer que somente os defensores do governo participem desses eventos é o cúmulo da canalhice, e entrega o verdadeiro objetivo deles: ter todos os recursos públicos, obtidos por nossos impostos, para sua patota apenas. Querem transformar a coisa pública em cosa nostra. É como se um liberal não pudesse fazer um concurso público, pois todo funcionário de carreira do estado tem de ser um petista.
O ataque coordenado dos militantes ao cantor Roger deixa claro como eles “pensam”: o estado é propriedade particular deles, e as verbas públicas existem para agraciar aqueles que, como bons cordeirinhos, fazem propaganda do PT em seguida. É um negócio (ou negociata), uma compra e venda, e o uso do termo cultura serve apenas como pretexto para a transação. Esse tipo de mentalidade é parida no esgoto, no lixão. Das hienas e chacais, só nos resta rir: Hihihihihihihi…

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