
Escrevi em maio de 2012, época em que o PL 7.672/10, ora discutido, começou a ser analisado:
“Agora a 3ª Turma do STJ reconheceu o direito de uma mulher de 38 anos receber uma indenização de R$ 200 mil de seu pai. O ‘crime’ dele: ‘Abandono Afetivo’. Isso mesmo: não bastasse a Lei da Palmada, os filhos ainda podem processar os pais por não lhes dar a devida atenção. No fim das contas, é mais um incentivo ao aborto.”
Hoje, no Facebook, Olavo resumiu nessa mesma linha a “Moralidade petista: Não dê palmadas no seu filho. Mate-o antes do nascimento.” O radialista Guilherme Macalossi escreveu também: “O Brasil é o país onde se criminaliza a palmada e se inocenta a formação de quadrilha.” O que é uma quadrilha ou um aborto ”nêsti paíf” perto de uma palmada, não é mesmo? Nadinha…
Como não se faz revolução sem fomentar a criminalidade por todos os lados, é preciso investir tanto em impunidade quanto em indução ao crime.
Um dos principais fatores sociais de indução ao crime é justamente a desestruturação familiar. Tornar inócuas as famílias estruturadas, para que, na prática, elas se assemelhem às desestruturadas, é o que fazem os revolucionários, em nome de um “mundo melhor”. A lei da palmada – vendida por deputados como o petista Alessandro Molon como uma proteção contra espancamentos, torturas e assassinatos, como se as leis existentes já não dessem conta desses casos - é apenas uma das formas de atingir esse objetivo.

O melhor legado da carreira de Xuxa (o filme erótico com um adolescente, confesso que nunca vi) foi a popularização da expressão “Aham, Claudia, senta lá”, com que ela mostrava seu absoluto desinteresse de ouvir o que a criança Claudia tinha a dizer, querendo apenas que esta fosse se sentar para que ela pudesse prosseguir em paz o seu programa.
Não sei se faltou palmada à pobre Claudinha, mas quando a rainha dos baixinhos dos outros vem intervir na educação dos nossos, só nos resta parafraseá-la em seu tributo:
“Aham, Xuxa, senta lá.”
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