Ainda sobre a reação da nossa esquerda, em polvorosa com a afirmação de Paul Krugman de que a situação brasileira está tranquila, vale resgatar o que o Prêmio Nobel de Economia escreveu sobre a Argentina em 2012. Para ele, tudo no país estava muito bem, obrigado. Para Krugman, populista não era o governo Kirchner, mas sim a imprensa que alardeava os problemas do país:
And conversely, articles about Argentina are almost always very negative in tone — they’re irresponsible, they’re renationalizing some industries, they talk populist, so they must be going very badly.
Como evidência de que tudo ia bem com nosso vizinho, melhor até que com o Brasil, Krugman publicou um gráfico com base nos dados oficiais do governo, inclusive de inflação:
Fonte: Paul Krugman
Krugman, na ocasião, elogiou o Brasil também, mas disse não compreender, do ponto de vista econômico, porque fazíamos parte dos BRICs, mas a Argentina não:
Just to be clear, I think Brazil is going pretty well, and has had good leadership. But why exactly is Brazil an impressive “BRIC” while Argentina is always disparaged? Actually, we know why — but it doesn’t speak well for the state of economics reporting.
Tim Worstall, escrevendo para a Forbes, derrubou os “argumentos” de Krugman. Chega a ser constrangedor o autor ter de lembrar a um Nobel de economia que confiar nos dados oficiais de um governo que manipula tais dados é um equívoco. Por essas e outras – como afirmar que se preparar para uma hipotética invasão alienígena seria positivo para a economia global – que Krugman não é mais levado a sério por ninguém sério.
Mas o NYT continua adorando as suas falácias esquerdistas, assim como muitos jornais e revistas brasileiras que traduzem seus textos. E a nossa esquerda celebra seu otimismo com a economia brasileira. Seria bom lembrar do que ele acha da situação argentina…
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