sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O Perigo do Financiamento de Longo Prazo – Yoda

O que é financiar um bem? Na prática, é tomar dinheiro emprestado de um agente financeiro e comprá-lo por seu valor à vista.
Quando tomamos dinheiro emprestado, pagamos uma quantia acordada pelo período em que realizamos o empréstimo, denominada Taxa de Juros. Em inglês, o termo é conhecido como interest rate ou taxa de interesse. O termo em inglês fornece uma visão mais “completa” do que são os juros: São as taxas que fazem com que alguém se interesse em te emprestar o dinheiro.
Se você empresta R$ 100,00 ao seu filho prometendo descontar os mesmos R$ 100,00 da mesada do próximo mês, sua taxa de juros é de 0% e seu interesse em emprestar o dinheiro é meramente paternal.
Provavelmente, o interesse não seria o mesmo ao emprestá-lo a um desconhecido. Para este, você cobraria, por exemplo, R$ 110,00, resultando em 10% de juros no período (1 mês).
Esses R$ 10,00 a mais representam o pagamento que o tomador do empréstimo deve fazer por:
(1) Seu sacrifício em deixar de gastar o dinheiro com algo para si
(2) Seu risco de tomar um calote e perder tudo.
Ambos os fatos são analisados em conjunto por quem empresta. Dessa forma, se o sacrifício é grande (por exemplo, a quantia a emprestar é muito alta ou fará falta em futuro próximo) ou o risco é alto (o tomador do empréstimo pode não ser lá muito confiável), a taxa de juros é alta. Já se o sacrifício e o risco são baixos, é natural que os juros sejam menores.
Até aqui, nenhuma novidade. Tudo ok, certo?
O mundo financeiro seria um mar calmo, tranquilo e sereno se não fosse por um detalhe: os juros são compostos. Mas o que é um juro composto? São juros sobre juros. Tomando o caso anterior, se eu tomo emprestado R$ 100,00 hoje e devo pagar 10% ao mês, pagarei as seguintes quantias:
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Se escolher pagar o empréstimo no primeiro mês, pagarei os R$100,00 que tomei, mais 10% de R$ 100,00 a título de juros, resultando em R$ 110,00
Se escolher esperar mais um mês, minha dívida subiu de R$ 100,00 para R$ 110,00, pois nada paguei no primeiro mês. Assim, ao final do segundo mês, terei que pagar os R$ 110,00, mais os juros desse segundo mês: 10%*110 = R$ 11,00, resultando no total de R$ 121,00
Se escolher esperar para o terceiro mês, o saldo devedor inicial será de R$ 121,00 (R$100 originais + R$ 10,00 do primeiro mês, + R$ 11,00 do segundo mês) e mais os juros do terceiro mês, que agora são R$ 12,10 (10% de 121,00), resultando no total de R$ 133,10
Funções como esta são conhecidas em matemática como funções exponenciais (1+j)^n. Veja um exemplo de gráfico de uma função exponencial:
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Imagine que o eixo “X” representa o tempo do nosso empréstimo. O eixo “Y” representa os valores que devo pagar com o passar do tempo. Note o formato bastante peculiar desse gráfico: Perto de X = 0 (pontos próximos do eixo Y), o gráfico inclina levemente. Longe do eixo Y, o gráfico inclina assustadoramente.
A função exponencial irá “explodir” mais rapidamente quanto maior for a taxa de juros e mais lentamente quanto menor for.
Essa singela característica é a responsável por empobrecer todos aqueles que entram em financiamentos de longo prazo.
Vamos ao exemplo dado: Para uma taxa de juros de 10%, o gráfico da função exponencial deve ser bem parecido com o do desenho: os valores explodem rapidamente. Vamos testar?
Calculamos os valores até o 3º mês, correto? Então vamos imaginar que os R$ 100,00 que tomei emprestados hoje só serão pagos em 2 anos. Vamos criar uma tabela mostrando quanto cresce meu saldo devedor para esse caso:
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Note que após 24 meses, estou devendo quase 9 vezes o que devia inicialmente e, a cada mês, o saldo cresce quase 100% do valor do empréstimo inicial.
Devido a característica dessa função, a situação só tende a piorar e piorar. Nessa hora o senso comum diz: OK, mas se em 2 anos eu devo 9 vezes o que devia, isso significa que eu devo 4,5 o que devia inicialmente a cada novo ano, certo? Ou seja, após 3 anos deverei 13,5 vezes o que devia, ou R$ 1.350,00. Correto?
Errado! A função é exponencial, o que significa que o crescimento da dívida acelera. Vejamos o quanto a dívida aumenta em relação ao valor inicial, ano a ano:
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5 anos após o empréstimo original de R$ 100,00, a dívida só poderá ser quitada após pagar um valor 276 vezes maior.
Então você me diz: mas isso não existe no mercado. Isso é apenas um exemplo didático!! Será?
Os juros cobrados em cartão de crédito no Brasil variam entre 8 e 15% ao mês!!!
Ou seja, se você ficar devendo qualquer valor, ainda que ínfimo, as chances de sua dívida se tornar monstruosa são bem altas. Eu diria que é praticamente certo que você não conseguirá pagar uma dívida de cartão de crédito, uma vez tenha deixado de pagá-lo por mais de 1 ano, devido à “explosão” da função exponencial.
Como falávamos anteriormente, a única diferença entre juros altos e juros baixos é a curva da função exponencial. O que, na prática, vai mexer com o “tempo” que leva para a função explodir.
Quanto menor a taxa de juros, mais tempo se consegue permanecer sendo cobrado sem que se atinja o ponto de impossibilidade de pagamento.
A taxa de juros não é sempre maligna.
A taxa de juros pode ser sua melhor amiga ou maior inimiga. Caso você seja o tomador do empréstimo, ela trabalhará para te empobrecer. Caso você seja o credor, ela irá te deixar mais rico, com o tempo e é aí que reside o lucro dos bancos.
Financiamento Imobiliário
As principais características do financiamento imobiliário são os longos prazos e juros menores que os demais tipos de empréstimos. Praticamente não se faz financiamentos para aquisição de imóveis por prazos inferiores a 5 anos. Os bancos tentam te convencer a tomar empréstimos longos, pois sabem que como a taxa de juros é baixa, o empréstimo deve ter prazo longuíssimo para que devidamente a função “exploda”.
OK, mas se a função explode, como as pessoas conseguem pagar? Bom, o banco se certifica que a “explosão” da função seja bem controlada, cobrando o pagamento (amortização) dos juros sobre a dívida todos os meses.
Assim, a relação Dívida atual / original fica alta, porém pagável.
Vejamos um caso prático:
Um jovem casal resolve adquirir seu primeiro imóvel. Com boa renda familiar e se aproveitando da estabilidade que possuem como servidores públicos, procuram a Caixa Econômica Federal e conseguem um financiamento para adquirir seu sonhado bem. O valor do apartamento é de R$ 350.000,00. Como a caixa só financia se o cliente der uma entrada de, no mínimo, 10%, o casal toma emprestado os seguintes valores:
Valor de financiamento: R$ 304.299,12 (90%)
Prazo: 420 meses
Valor da entrada: R$ 45.700,88
Juros: 7,8140% a.a
Os dados são reais e foram extraídos do simulador da CEF.
A Caixa adota o SAC (Sistema de Amortização Constante), que consiste em pagar, a cada parcela, uma Amortização constante do saldo devedor, somada com as demais despesas e os juros do mês. Veja o exemplo:
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Note que, todos os meses, o saldo devedor diminui: R$ 724,52, pois esse é o valor “constante” a ser amortizado. Essa é a característica desse sistema de pagamento. Como a caixa chegou a esse número mágico?
Simples: pegando o valor a emprestar R$ 304.299,12 e dividindo pelo número de meses: 420:
304.299,12 / 420 = R$ 724,52
Veja que, como o saldo devedor cai, os juros caem proporcionalmente, resultando em decremento da parcela. O seguro também decresce, pois ele é calculado na medida do risco do empréstimo, que obviamente diminui com a redução de seu tamanho.
O casal passa 35 anos pagando seu bem, feliz da vida pois está adquirindo algo que é seu, por uma parcela que pode pagar e que diminui mês a mês. Com o passar do tempo, o salário tende a subir, enquanto as despesas só caem. É o melhor dos mundos: o orçamento cada vez menos apertado!
Que mundo lindo, não é mesmo? Até que algum dia alguém resolve somar o valor das parcelas e verificar o quanto dá em relação ao valor original: R$ 776.081,00, ou 2,5 vezes o empréstimo!!
Ou seja, ao final de 35 anos, a família pagou o equivalente a dois e meio apartamentos.
Mas não é só isso. O que aconteceria após os 35 anos, se a família pudesse “investir” em poupança o exato valor da parcelinha mensal (nem mais, nem menos) ao invés de comprar o bem?
Preparem-se para o choque: Investindo apenas o valor mensal, desconsiderando a entrada de R$ 45.700,88 (ou seja, vamos partir do zero mesmo, para “dificultar”), ao final de 35 anos o casal teria a bagatela de R$ 3.081.223,02!!!!
É isso mesmo. Não tem um zero a mais nessa conta não. São mais de 3 MILHÕES de reais. Quantas vezes esse montante representa o saldo inicial? Mais de 10 vezes!
Ou seja, se o casal comprar um imóvel HOJE por R$ 350.000,00, deverá pagar 420 parcelas para enriquecer a C.E.F., durante 35 anos, gerando uma subtração “aparente” de R$ 776.081,00, mas que na realidade é de R$ 3.081.223,02.
De onde saiu essa diferença? De onde saiu R$ 3.081.223,02 – R$ 776.081,00 = R$ 2.305.142,02?? Essa diferença é o pagamento pelo SACRIFÍCIO e pelo RISCO. Sacrifício de deixar de consumir no presente e risco de tomar calote do banco.
Mas por que um valor tão alto?
Simples: estamos lidando com uma função exponencial. 35 anos é prazo suficiente para que a função “exploda”, gerando lucros exorbitantes para quem se beneficia dela. Para você, poupador, ou para o banco.
Aí você me afirma que “pelo menos o casal está pagando por algo que é seu” e eu te digo: Ao final de 35 anos, o casal tem um imóvel com 35 anos de depreciação a mais e saldo zero, podendo possuir dinheiro suficiente para comprar 10 imóveis novinhos.
E se o objetivo for realmente comprar um imóvel de R$ 350.000,00, o casal poderia obter o valor de 304.299,12 oferecido pela C.E.F. em apenas 92 meses, ou 7 anos e meio. Ou seja, compraria o imóvel próprio com um terço do tempo que levaria para adquirir um financiado.
Essa pequena regrinha vale para tudo: Imóveis, Carros, Eletrodomésticos… crédito é uma farsa. Mais vale comprar apenas aquilo que se pode pagar à vista. Mais vale estar sempre do lado credor!

2 comentários:

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