quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Indústria: um espeto de US$ 105 bilhões, mas com muito prestígio político! (veja.com/RA)

No post anterior, falo sobre o desempenho do agronegócio brasileiro e de como o setor é tratado em áreas formadoras de opinião. Como se pode ler, o superávit comercial do setor em 2013 foi de fantásticos US$ 82,91 bilhões. Como a balança brasileira, no ano passado, ficou positiva em ridículos US$ 2,5 bilhões, alertei que o desempenho dos demais setores tinha sido muito fraco. Era óbvio, não?
Vieram a público os dados da indústria. Pois é! Se o superávit do agronegócio está querendo entrar na reta dos US$ 100 bilhões, o déficit da indústria já superou esta marca: foi de US$ 105 bilhões no ano passado. No anterior, tinha sido de US$ 94,162 bilhões. Vale dizer: está piorando.
Como se vê, apesar do incentivo do governo em várias áreas, é evidente que a indústria brasileira está perdendo competitividade. Assim, é mesmo uma sorte que o agronegócio tenha se profissionalizado, garantindo que o país não vá, célere, para o buraco.
Pode-se argumentar que a indústria é mais suscetível aos erros de operação de política econômica do que o agronegócio. Uma coisa, no entanto, é certa: este segundo setor busca a modernização e a independência com mais determinação do que o outro. E já nem se fale, então, do, como vou chamar?, prestígio político, não é?
Os grandes da indústria brasileira costumam ser paparicados pelo governo como patriotas, independentemente de seu desempenho. A agricultura e a pecuária, ao contrário, têm de enfrentar a campanha difamatória da secretaria-geral da Presidência, dos ambientalistas, dos sem-terra, dos quilombolas, dos índios, dos naturebas e, claro!, dos especialistas em agronegócio do núcleo de teledramaturgia da TV Globo… Lá se encontra a maior concentração por metro quadrado de estudiosos da balança comercial…

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