FHC está realmente preocupado em não parecer uma linha auxiliar do PT no resgate do governo Dilma. A tarefa do ex-presidente é enorme devido ao seu passado. FHC foi contra o impeachment de Fernando Collor até o último momento, como já mostramos no post “FHC e o impeachment de Collor“, e durante a crise do mensalão atuou para evitar o impeachment de Lula com o brilhante cálculo político de que Lula sangraria publicamente até perder as eleições de 2006 – faltou apenas combinar com o povo.
O mais curioso é que o ex-presidente tem se repetido nas negativas.
Em março deste ano FHC já teve que negar aproximação com o governo. Ele disse então, no dia 07 de março:
“O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça”.
Nesta semana, a mesma resposta foi dada após a notícia de que Lula estaria pensando em se encontrar com ele. A nota publicada em suas redes sociais foi repercutida em todos os sites de notícia. Aqui, a matéria do G1:
“O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo”, publicou Fernando Henrique.
Esperamos que FHC esteja se repetindo apenas nas notas públicas, não nos atos. Decisões tomadas em encontros reservados e reunião com o vice presidente meses após negar que o faria não cheiram bem. Estamos de olho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário