segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Por que Rodrigo Constantino está errado em descartar a direita cética? (LUCIANO AYAN )

Embora admirador dos textos de Rodrigo Constantino, e fã de carteirinha de seu livro “A Esquerda Caviar”, sou obrigado a discordar de seu mais recente texto, “A crise é algo deliberado por parte da esquerda revolucionária golpista?”, do qual comentarei alguns pontos.

Alguns leitores meus começaram a alegar que faço parte do time dos ingênuos que ainda não compreendeu que toda essa crise era prevista e faz parte de uma estratégia da esquerda revolucionária golpista. Ou seja, não seria resultado de incompetência, e sim parte dos planos diabólicos dessa esquerda global para a sua perpetuação no poder e a destruição da civilização ocidental.
Como sou defensor da tese de que a crise causada pela esquerda é intencional (e isso é ainda mais verdadeiro no caso da extrema esquerda), obviamente tenho que aparar algumas arestas.
Em relação à “destruição da civilização ocidental”, este não é um ponto em que, em particular, me apegue tanto. Na verdade, eu chamaria de “conquista de sociedades pertencentes à civilização ocidental”. Isto mostra que os céticos diante das alegações esquerdistas compreendem uma visão mais abrangente daquela proposta por Constantino.
Essa ala da direita adora teorias conspiratórias, enxerga comunista em todo lugar e adota o pensamento dialético, mesma arma usada ironicamente pela esquerda que combate
Para início de conversa, em muitos casos não existe isso de “teorias conspiratórias”. Acabei de publicar um texto mostrando Miguel do Rosário, um dos principais formadores de opinião do PT, confessando toda a estratégia gramsciana. Pegar as frases de Miguel, assim como de outros formadores de opinião, exibindo-as ao público, não é “teoria da conspiração”, mas um apontamento de fatos. Qualquer análise racional depende da observação dos fatos.
Ademais, se a extrema esquerda lança conspirações a partir do nada (como Sibá Machado fez recentemente ao dizer que a CIA estava por trás dos manifestos), isto não significa que denunciar o PT a partir de exposição de fatos seria usar de “teorias da conspiração” sem o menor fundamento.
Constantino também parece criticar o pensamento dialético, mas não há nada de errado com isso. Ele é de direita, e liberal, e eu sou de direita, também liberal, e meu texto expõe, dialeticamente, inconsistências em sua visão de como combater a esquerda. Aliás, a direita precisa ampliar o pensamento dialético.
O raciocínio dialético é útil pois pode estar sempre certo, vale em todas as ocasiões. Se a esquerda golpista governa numa fase de bonança, distribuindo esmolas estatais e crédito farto, então isso é parte de sua estratégia de poder; se a economia vira, a crise se instaura e caímos na estagflação, tudo também é parte da mesma estratégia de poder. Cara eu ganho, coroa você perde
Esta é outra visão simplória de como funciona uma perspectiva cética sobre o esquerdismo (que é como chamo minha visão menos benevolente da esquerda), junto ao pensamento dialético.
É um fato que o aparelhamento estatal, bem como o uso demagogo do assistencialismo, são parte do projeto de poder esquerdista. Porém, a crise é prevista para sistemas deste tipo, e os esquerdistas seguem ganhando, pois o objetivo principal é… o poder. E para chegarmos à essa conclusão, basta olharmos os fatos, que comentaremos ao longo desta análise.
Torna-se impossível refutar um raciocínio dialético desses, pois qualquer coisa que ocorra faz parte dos planos maquiavélicos do inimigo. Se ele vai para um lado, isso prova que ele pertence àquele lado; mas se ele vai para o outro, isso apenas prova que ele usa essa falsa migração para fortalecer aquele primeiro lado. A tal esquerda globalizante está por toda parte, e tudo foi milimetricamente ensaiado por ela na dança do poder
Nesta semana, assisti a série Narcos, mostrando como organizações criminosas se alinham por vários estados e até por vários países. Isto há mais de duas décadas. Ver a combinação de esforços criminosos em escala continental ou global não deveria causar espanto.
O que importa, ao contrário do que diz Constantino, é observar se os passos dados estão alinhados ou não com resultados que, se conquistados, beneficiem principalmente a aquisição de poder para um grupo específico. É assim que a polícia investiga cartéis de traficantes. Por que usar tal perspectiva seria inconveniente para nós?
Constantino está errado ao dizer que “torna-se impossível refutar um raciocínio dialético desses”. Na verdade, bastaria considerar a tese central (a de que o esquerdismo é focado somente na obtenção de poder, e de que a extrema esquerda almeja o poder totalitário), e daí buscar ações que a prejudiquem neste ideal. Estas ações seriam falseamentos da tese de que o esquerdismo é focado em busca de poder e nada mais.
Entra nessa visão de mundo o papel do PSDB, por exemplo, que seria apenas um instrumento na estratégia das tesouras da mesma esquerda global, talvez com George Soros dando as cartas lá de cima. O tucanato deixa de ser pusilânime, uma “oposição” acovardada por ter algum grau de simpatia pela trajetória petista e por ser também de esquerda, e passa a ser conivente propositalmente com os planos da esquerda global. Se alguns tucanos intensificarem o tom e a reação ao PT, não adianta: tudo foi ensaiado antes e é parte da conspiração
Podemos notar que Rodrigo comete algumas generalizações. Ainda que existam pessoas que usam o argumento de que o PSDB é apenas um instrumento na estratégia das tesouras, há outros na direita cética que discordam dessa visão.
Eu mesmo defendo a ideia de que o PSDB, se for pressionado adequadamente, vem para o nosso lado. Alguns dizem que “já está tudo combinado” com o PT. Há indícios de que se PT e PSDB estão alinhados em relação ao esquerdismo, também não estão coordenados no nível que os direitistas mais fatalistas afirmam.
Mas observem bem: renegar a tese de que PSDB e PT estão combinados (e que, portanto, não adianta pressionar o PSDB, o que é absurdo) não significa apoiar a tese mais absurda ainda, que é a de que o PT é um “coitadinho enganado”, que “tentou acertar economicamente, mas errou”.
Teorias conspiratórias seduzem pelo simplismo com o qual “explicam” o mundo complexo. Tudo se encaixa nesse modelo binário, maniqueísta, e toda a complexidade do mundo é deixada de lado
É exatamente por isso que todo o debate tático deveria se amparar em exemplos e fatos. Eu me sinto extremamente confortável em debater a favor da tese de que o esquerdismo bolivariano, por exemplo, é só focado na manutenção de poder, sabendo que com parte deste processo irá danificar nossa economia. Para contrapor esta tese, Constantino deveria abordar uma perspectiva igualmente racional, apresentando fatos em fator da tese de que “esquerdistas são coitados enganados”, ao invés de criar uma visão simplista do que é uma direita cética.
Sigamos:
Vejam bem: acredito numa esquerda global, mas que seria muito menos organizada do que essa ala da direita imagina. Sei da existência do Foro de São Paulo, que simboliza mais essa união de bolivarianos latino-americanos do que efetivamente um palco de decisões golpistas arquitetadas às escuras.Similis símili gaudet: os semelhantes regozijam-se entre si. A escória é atraída pela escória. Irã se junta a Putin que se une aos caudilhos bolivarianos. O mundo sempre foi assim.
Eu quase concordaria com este parágrafo. Porém, assusta a rapidez com que Constantino retirou as “decisões golpistas arquitetadas às escuras” do rol de hipóteses sob estudo. Será que o envio de verba à ditadura cubana para pagamento de escravos foi um acidente? Será que os empréstimos do BNDES a várias tiranias não passam de coincidências? Se abraçar a tese dos “acordos ocultos” sem provas é enganoso, igualmente o é ignorar vários fatos do mundo que só poderiam ter ocorrido por causa de acordos golpistas.
[…] a crise, se pode por um lado ser usada pela própria esquerda para avançar mais sobre nossas liberdades, também pode representar um enorme risco no projeto de permanência no poder dessa esquerda. Que, aliás, não custa lembrar, é formada por indivíduos com seus próprios interesses, muitas vezes conflitantes. Vide as delações premiadas de membros da quadrilha.
As delações premiadas de membros da quadrilha encontram seu par nas delações premiadas de mafiosos. E nem por isso olhamos os mafiosos como pessoas de boas intenções, e que apenas não conseguiram criar o mundo ideal.
Outro erro é dizer que a crise pode “representar um enorme risco no projeto de permanência no poder dessa esquerda”. Nada mais falso, uma vez que a base de conhecimento que adquirimos ao assistir os casos da Venezuela e da Argentina mostram que a crise é quase irrelevante desde que o governo consiga censurar a mídia. Alias, aproveito para lembrar que o candidato de Cristina Kirchner é o favorito para as eleições deste ano.
Como será que Constantino explicaria que quase todos esses governos bolivarianos censuram a mídia? Será que é mais um engano que cometem? Ou será que há um objetivo neste tipo de comportamento? Por que criar uma mídia que transfira os problemas do país para a CIA? Não seria porque a censura de mídia é parte de um projeto no qual os donos de poder socialistas sabem que terão que esmagar as economias de seus países, a partir de saqueamentos estatais (pelo qual comprarão apoio, como fazia Pablo Escobar na Colômbia) e afugentamento de investidores? E como este é um resultado inexorável, eles dependem da censura de mídia para seguir no poder. É exatamente por isso que o PT tinha como projeto central censurar a mídia no início do segundo mandato de Dilma. Quando Eduardo Cunha brecou este processo, o PT entrou em pânico, pois aquilo que sustentaria o partido no poder (a censura de mídia) saiu do radar.
Para um direitista cético, como eu, isto tudo é um resultado óbvio e esperado. Mas quem quiser entender a esquerda sul-americana como uma legião de “coitadinhos enganados”, vai se surpreender. Em minha defesa, digo que é uma vantagem ver os fatos da política sempre com a expressão “por que não estou surpreso?”.
Logo, a crise ameaça o projeto de poder desses esquerdistas, e serve como oportunidade para movimentos de oposição. O próprio crescimento da nova direita brasileira é prova disso. Seria tudo orquestrado pela esquerda global? Sério? Quem estaria por trás disso tudo então? Pois se Dirceu, Lula e companhia têm alguma representatividade na célula brasileira, fica claro que não estão felizes com os acontecimentos. Lula anda desesperado, com medo de ser preso, e Dirceu já está no xilindró. Quem, então, usaria até esses líderes da esquerda nacional como simples peões sacrificáveis para seus grandiosos e ultra-secretos projetos
É um tanto diferente: Lula e Dirceu só não estão felizes por que o PT não conseguiu censurar a mídia. É a pressão popular que levou Dirceu em cana. É a mesma pressão popular que pode levar Lula a ver o sol nascer quadrado. Ambos estariam vivendo como sultões se o PMDB não tivesse se tornado uma prostituta rebelde. O PMDB, no fim das contas, é a pedra no caminho do PT, que não existiu no caminho de Maduro, Correa, Morales e Kirchner.
Não é apenas a crise que ameaça o projeto do poder do PT. É a crise em um ambiente de liberdade de imprensa (ou ao menos de uma imprensa não toda controlada, e nem controlada de forma oficial, com umaLey de Medios, por exemplo). Caso contrário, a crise não seria um problema para o PT. Seria um problema a ser tratado pelos órgãos de mídia censurados. Eles ganhariam muito bem para isso. E usariam boas técnicas de spin para revolver o problema. Simples assim.
Não, meus caros, a crise não era desejada pela esquerda revolucionária golpista. Ela pode, ao contrário, sepultar seu projeto ambicioso de poder. Ela pode colocar seus líderes atrás das grades. Ela pode destruir o PT, sem que isso represente crescimento expressivo para o PSOL, sua “linha auxiliar”. Ela tem permitido o avanço de um Ronaldo Caiado da vida, com discurso mais liberal. Ela tem impulsionado vários movimentos liberais e conservadores, para o pânico da esquerda. E isso tudo seria algo deliberado, parte esperada de um plano mirabolante qualquer
A questão é diferente. Não é que a crise é “desejada pela esquerda bolivariana”. Ela é apenas um passo necessário em um projeto baseado em saqueamento estatal e controle do fluxo de informações em prol do único objetivo: conquistar e manter poder.
Certa vez eu tive uma infecção abaixo da unha do pé, após tê-la quebrado em um jogo de futebol. Tive que extrair a unha. Para isso, tive que tomar uma injeção de anestesia debaixo da unha. É isso que você leu: debaixo de unha. A dor é horripilante, mas dura alguns segundos apenas. Mas eu tinha que fazer. Será que podemos dizer que eu “ambicionava tomar injeção debaixo da unha”? Não. Mas eu sabia que tomar esta injeção é um passo necessário para que o médico pudesse fazer a cirurgia de extração de toda a unha. Da mesma maneira, os bolivarianos provavelmente não adorem ver a economia se esfarelar, mas eles sabem que terão que fazê-lo em um continente pobre (ou seja, é diferente de implementar o socialismo na Suécia, por exemplo), pois se o saqueamento estatal e o ataque aos investidores não conquistarão o poder, que é o objetivo central. Logo, assim como eu tive intenção de tomar anestesia debaixo da unha antes de uma cirurgia, os líderes bolivarianos tem a intenção de esmagar economias para que consigam sustentar seu projeto de poder.
Ademais, o  impulso de vários movimentos liberais e conservadores é causado unicamente por que o PT cometeu equívocos em seu projeto de poder, caso contrário estaríamos vivendo como venezuelanos.
O PSOL tem plenas condições de se dar bem e crescer muito se não ficarmos vigilantes, pois, ao menos na visão da direita cética, sabemos como serão os próximos passos que tentarão.
Hoje mesmo há uma 
reportagem no GLOBO questionando qual o futuro do PT, e mostrando que o partido deve minguar, perder capilaridade e sair bem menor das próximas eleições.
Isto vai depender de nossa competência em jogar o jogo político, assim como de nosso potencial de predição e reação às táticas da extrema esquerda. Se os continuarmos visualizando como “coitados enganados”, nos daremos mal. Se visualizarmos os possíveis sucessores do PT como parte de um esquema bolivariano, não teremos surpresa alguma ao reparar os próximos projetos de lei que apresentarem e, com isso, estaremos muito mais preparados para reagir.
Podem acreditar: não era isso que os petistas queriam, tampouco a esquerda em geral, mesmo a “globalista”. A turma é golpista sim, mas é também incompetente, e seus equívocos ideológicos, assim como sua obstinação asinina, causaram esse caos econômico que coloca em xeque sua permanência no poder. Seu único projeto era ficar no poder, e a crise pode destruir esse sonho
Aqui quase concordamos. Mas o fato do PT ter sido incompetente em uma fase do projeto não muda o fato de que o projeto existe. E vai continuar existindo após a derrubada do PT. Mas não será a crise que destruirá o sonho de poder petista. É unicamente o fato do partido não ter conseguido implantar o totalitarismo e censurado a todos nós.
Portanto, menos simplismo na análise, menos teoria conspiratória, e menos dialética que serve para justificar tudo como parte de uma engrenagem maior voltada justamente para seus objetivos finais. A realidade é mais complexa, e também mais prosaica muitas vezes. A crise não foi produzida de propósito por revolucionários golpistas numa sala no Palácio da Injustiça; ela é resultado de muita roubalheira, de muita incompetência, e será a pá de cal do projeto totalitário petista.
Se a crise é resultado de “muita incompetência”, o que explica a vida maravilhosa que vivem Nicolas Maduro e Cristina Kirchner, assim como seus sicários? Eles foram “incompetentes”? Não é a crise que impacta o projeto de poder do PT. A crise é parte deste projeto. Mas a crise só pode ser utilizada como forma de um governo socialista manter e ampliar a servidão se a mídia estiver censurada. Uma dica de leitura é The Dictator’s Learning Curve: Inside the Global Battle for Democracy, de William J. Dobson.
Sei que muitos dessa ala da direita são seguidores de Olavo de Carvalho, e esse tipo de mentalidade sempre foi uma das maiores críticas que fazia (e faço) ao filósofo. Continuo com meu projeto de união da direita toda (e de parte da esquerda civilizada também) contra um inimigo maior, e essa estratégia está simbolizada na minha campanha do Panaceia, meu primeiro livro de ficção em que há essa união tática contra o inimigo maior. Mas não posso deixar de expressar o que penso sobre o assunto, até porque julgo que essa teoria conspiratória em nada ajuda na luta contra o PT.
Para finalizar, aqui vai uma síntese.
Existe uma ala da direita que usa o discurso “está tudo dominado”. Preocupam-se tanto com questões globais, que esquecem a luta atual. Todavia, este grupo está certo em um ponto: saber que o esquerdismo é um embuste, que não dá a mínima para a economia e sim para a tomada de poder. Infelizmente, muitos discursos fatalistas e até escatológicos que eles ouvem os levam ao desespero, inabilitando muitos deles para o efetivo combate político. Se o texto de Constantino fosse focado neste tipo de comportamento derrotista, eu o apoiaria integralmente. Já escrevi muito sobre este tipo de comportamento. (Em tempo, eu não diria que o pensamento de Olavo de Carvalho leva ao derrotismo. Eu mesmo tenho Olavo como uma de minhas influências e não descambei para uma escatologia de direita. Podemos dizer que alguns de seus leitores, por outro lado, podem descambar para o direitismo derrotista, mas somente por fazerem uma leitura mais apressada e pouco crítica do material de Olavo).
O problema é quando Constantino mistura as coisas e passa a criticar a noção de que os esquerdistas causam a crise intencionalmente como parte de seu projeto de projeto. É a simples recusa em aceitar a má intenção esquerdista, passando a apostar em boas intenções “que não deram certo”. Esta via de pensamento desenvolve, de maneira subconscientemente, vários sentimentos de compaixão diante dos “coitadinhos enganados” da esquerda. Muitos escrevem textos dizendo que eles “erraram”. Mas aí quando vemos as fotos dos ditadores da Venezuela, da Argentina, do Equador e da Bolívia, eles não nos parecem tão incomodados com seus “erros”. Estão sorridentes até demais.
De modo mais simples, o que vemos aqui é a contraposição de uma direita derrotista com uma direita benevolente. A primeira entende que tudo ocorre em escalas globais, com tal nível de organização que daí só resta a conclusão de que o “futuro já está escrito”. A consequência adversa é o derrotismo, e uma sucessão de erros na execução de táticas políticas. A segunda entende que os esquerdistas são pessoas bem-intencionadas, “mas um tanto atrapalhadas”. A consequência adversa é a benevolência, além de uma absurda incapacidade de previsão sobre os próximos passos da esquerda.
Acho extremamente louvável a intenção de Rodrigo em unificar as direitas atuais com seu novo projeto, para o qual não havia contribuído ainda, mas o farei imediatamente. Entretanto, a partir do momento em que os direitistas estejam unidos, que seja mais fácil direcionarmos a crítica à ilusão de que os esquerdistas “se equivocaram na condução de sua economias”, mas sim adotarmos a tese mais do que comprovada e amparada pelos fatos de que tudo se baseia em projetos de poder (e controle da mídia, do estado, e da livre expressão), sabendo que com isso destruirão economias intencionalmente.
Enfim, concordo com alguns pontos da abordagem de Constantino, e discordo de tantos outros. Estas contradições de discursos de direita é algo que devemos fazer cada vez mais. É assim que a esquerda se estruturou tão bem para seus projetos totalitários. E é assim que uma direita pode reverter este tipo de processo.
Em tempo: por direita cética, defino a direita que não está interessada no que os esquerdistas dizem de si próprios, mas somente em como eles se comportam. Isto levará, inevitavelmente, a uma menor benevolência diante de suas “boas intenções”.

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