terça-feira, 23 de setembro de 2014

Com mais armas, países mais pobres e menos educados têm menos homicídios que o Brasil

Com mais armas, países mais pobres e menos educados têm menos homicídios que o Brasil
armamento
Um assunto que me chama bastante atenção ultimamente é o do “desarmamento da população civil”. Os desarmamentistas (a maioria deles de esquerda) pregam que “armas matam e que, por isso, devem ser retiradas das mãos das pessoas” (seguindo esse raciocínio, carros devem ser proibidos, pois acidentes de trânsito também matam). Quando você argumenta que países cuja população civil possui mais armas per capita são mais seguros, o desarmamentista fala que não tem nada a ver, que esses países são seguros por que possuem mais educação, empregos, renda per capita etc, (nas entrelinhas, querendo dizer que bandido é bandido porque é pobre, mas não tem coragem de dizer isso numa favela).
Pois bem, fui conferir a validade deste argumento “educação-renda” e chego às seguintes conclusões:
- Sendo bastante rigoroso com os números, 10 países (África do Sul, Namíbia, Zâmbia, Paquistão, Iêmen, Tailândia, Peru, Paraguai, Macedônia, Bósnia e Herzegovina) possuem IDH, renda per capita e índice de educação da ONU igual ou inferior ao Brasil, mas possuem mais armas e menos homicídios per capita.
- No entanto, tomei a liberdade de incluir outros seis países (Jordânia*, Sérvia*, Montenegro**, Costa Rica***, Argélia**** e Barbados*****) que, apesar de ter o IDH levemente superior ao Brasil, possuem muito mais armas e taxas de homicídios ridiculamente baixas. Com isto, temos 16 nações de diferentes continentes (4 da África, 4 da Ásia, 4 da Europa, 2 da América Latina e dois da América Central) onde o argumento de que segurança tem a ver com a educação e qualidade de vida do povo simplesmente não se sustentam.
Encurralado por fatos sólidos, o desarmamentista tenta a sua última cartada (em vão), que é o fator cultural. Ele alega que o brasileiro não está preparado para ter armas, pois as pessoas são “esquentadinhas” (existe algum estudo antropológico mostrando isso?) e que todo mundo iria se matar em brigas de trânsito ou no bar.
Pois bem, então como explicar que os EUA, país com mais armas per capita no mundo e 100 milhões de habitantes a mais que o Brasil, possui cerca de 14 mil homicídios por ano, 1/4 em relação a nós, que já superamos as 56 mil mortes por ano? Melhor, como explicar como o estado Vermont, cuja legislação de armas é somente a Segunda Emenda, é um estado mais seguro que a Califórnia, que possui uma das mais rígidas legislações sobre porte de armas dos EUA? Estou falando do mesmo país, não adianta colocar a culpa no “fator cultural”.
A verdade é que, assim como os esquerdistas, desarmamentistas argumentam com base no mundo que eles gostariam que existisse, que é um mundo onde nenhuma pessoa possui armas. A realidade é que sempre existirão pessoas mal-intencionadas que utilizarão armas para realizar maldades como roubar, matar etc. Desarmar a sociedade civil, ou seja, entregar o seu direito de defesa ao estado, é uma burrice sem tamanho por dois motivos: a polícia não é onipresente e conceder o monopólio das armas ao estado abre margem para o surgimento de governos autoritários ou totalitários. União Soviética, Alemanha nazista, Venezuela, Cuba estão aí para comprovar isto.
Resumindo. Melhoras na segurança pública, endurecimento das leis e redução ou extinção da maioridade penal são importantes, mas lutar pelo direito de portar armas, sejam letais ou não-letais (aqui no Brasil, spray de pimenta é considerado arma química e só pode ser usado por militares; nos EUA vendem em qualquer loja de conveniência), é ainda mais. Isto vale não só para os homens, mas também para as mulheres, que poderiam evitar estupros e atos violentos de machões simplesmente fazendo como a moça da foto (OK, não precisa ser um fuzil, pode ser uma arma menor).

ERRATA: Por aviso de um internauta, a África do Sul foi retirada da lista, pois tem um Índice de homicídios maior que o Brasil, mas isto não invalida os argumentos apresentados.

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