quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O lento suicídio do Império Romano - gastos crescentes, assistencialismo, privilégios e inflação (Lawrence W. Reed e Marc Hyden)


Satellite.jpgSe acontece até mesmo com poderosos impérios, por que não pode acontecer com simples nações?
Muito antes de pacotes governamentais de socorro a empresas, programas assistencialistas e inflação monetária se tornarem uma rotina, os romanos já haviam vivenciado esquemas semelhantes. Há mais de 2.000 anos.
Naquela época, o governo romano socorreu instituições falidas, perdoou dívidas, gastou enormes quantias em programas assistencialistas e incorreu em uma grande inflação monetária.
E o resultado não foi bonito.
Naquela época, assim como hoje, os políticos romanos escolheram, segundo critérios próprios, quem seria socorrido e quem seria esquecido, quem seriam os "ganhadores" e quem seriam os "perdedores".  Obviamente, os "ganhadores" foram aqueles que usufruíam boas conexões políticas — uma prática que hoje está no cerne do nosso arranjo político-econômico.
Como já observaram vários pesquisadores da época, tais esquemas baseados em "tirar de Pedro para dar a Paulo" foram cruciais para a falência da sociedade romana.  Para mantê-los, o estado teve de recorrer a intervenções cada vez mais destrutivas. "Roma não foi construída em um dia", como diria o velho ditado — e seria igualmente necessário um bom tempo para destruí-la.  Quando a república se transformou em um despotismo imperial, os imperadores tentaram controlar toda a economia.
Perdoar dívidas na Roma antiga, embora fosse uma questão controversa, foi um ato que se repetiu diversas vezes. Um dos primeiros reformadores populistas romanos, o tribuno Licínio Stolo, aprovou uma lei, em 367 a.C, uma época de instabilidade econômica, que essencialmente declarava uma moratória sobre a dívida. A lei permitia aos devedores não mais pagarem os juros sobre principal caso o restante da dívida fosse pago dentro de um período de três anos.
Já em 352 a.C., a situação financeira de Roma continuava complicada, e o Tesouro resolveu arcar com inúmeras dívidas privadas que haviam sido caloteadas.  À época,  supunha-se que os devedores eventualmente reembolsariam o estado. E se você acredita que isso aconteceu, então você provavelmente deve pensar que emprestar para o atual governo grego é um investimento seguro.
Para se ter uma ideia, em 357 a.C., a maior taxa de juros permitida para empréstimos era de, aproximadamente, 8%. Dez anos depois, tal taxa foi considerada alta demais, e os administradores romanos reduziram o teto para 4%.  Em 342 a.C., tais as reduções sucessivas aparentemente não foram capazes de acalmar os devedores ou de satisfatoriamente atenuar as tensões econômicas.  Consequentemente, o governo teve a brilhante ideia de simplesmente abolir os juros.
O que houve então?  O óbvio: várias pessoas passaram a não mais emprestar dinheiro.  Tal situação perdurou até que essa lei que proibia juros simplesmente passou a ser ignorada.
Em 133 a.C., o então ambicioso e promissor político Tibério Graco decidiu que as medidas de Licínio ainda não eram suficientes.  Ato contínuo, Tibério aprovou uma lei que concedia grandes extensões de terras cultiváveis do estado para os pobres. Adicionalmente, o governo financiou a construção de novas moradias e a compra de ferramentas para essas pessoas. Estima-se que 75.000 famílias receberam terras totalmente grátis devido a essa legislação. Esse foi um programa governamental que forneceu, "gratuitamente", terra, moradia e até mesmo oportunidades de negócio, tudo financiado ou pelos pagadores de impostos ou pela pilhagem de nações recém-conquistadas.
Entretanto, tão logo foi permitido, muitos colonos ingratos venderam suas terras e retornaram à cidade. Mas Tibério não viveu para testemunhar esses beneficiários rejeitarem a generosidade de Roma, pois um grupo de senadores o assassinou em 133 a.C.  Só que seu irmão mais novo, Caio Graco, assumiu seu manto populista e aprofundou suas reformas.
Enquanto ainda era vivo, Tibério também aprovou o primeiro programa de alimentação subsidiada de Roma, o qual oferecia cereais a preços baixos para muitos cidadãos. Inicialmente, aqueles romanos que ainda se apegavam a ideais como auto-suficiência e independência ficaram estarrecidos com esse conceito de assistencialismo compulsório; no entanto, não demorou muito para que dezenas de milhares estivessem recebendo os cereais subsidiados, e não somente os necessitados. Qualquer cidadão romano que ficasse nas filas do posto de coleta de cereais tinha o direito à assistência estatal. Um cônsul rico chamado Lúcio Calpúrnio Pisão Frugi, que se opunha a esse programa, foi visto na fila. Ele alegou que, dado que era a sua riqueza que estava compulsoriamente financiando aquilo tudo, então ele pretendia obter sua fatia.
Já por volta de 300 d.C., esse programa já havia sido modificado diversas vezes. O cereal que até então era apenas subsidiado passou a ser totalmente gratuito; e, no auge, um terço de Roma já era contemplado pelo programa, o qual se tornou um privilégio hereditário, passado de pai para filho. Outros gêneros alimentícios, incluindo azeite de oliva, carne de porco e sal, eram foram continuamente adicionados ao programa. Este cresceu até se tornar o segundo maior gasto do orçamento imperial, atrás somente dos gastos militares.  O que havia começado como um programa assistencialista provisório se transformou, como muitos outros programas governamentais, em uma forma permanente de assistencialismo voltado para um eleitorado que considerava isso um direito adquirido.
Voltando a 88 a.C., Roma ainda estava se recuperando da Guerra Social, um debilitante conflito com seus antigos aliados na península italiana. Um dos generais vitoriosos foi Lucio Cornélio Sula, que no final do mesmo ano tornou-se Cônsul (a posição política mais importante nos dias da república) e depois, Ditador.
Para amenizar a catástrofe econômica, Sula decretou que até 10% das dívidas de cada cidadão deveriam ser canceladas, o que colocou os credores em uma posição difícil. Ele também restaurou e reforçou a lei que decretava que uma taxa máxima de juros sobre empréstimos, provavelmente similar à lei de 357 a.C. A crise foi piorando continuamente, e, para "resolver de uma vez a situação", em 86 a.C., outra lei que cancelava nada menos que 75% das dívidas privadas foi aprovada — sob o consulado de Lúcio Cornélio Cina e Mario Caio.
Menos de duas décadas após Sula (que morreu em 78 a.C.), Lúcio Sérgio Catilina, o infame populista radical e inimigo de Cícero, candidatou-se ao consulado com uma plataforma política de cancelamento total das dívidas. De alguma forma, ele foi derrotado, provavelmente pela oposição formada por banqueiros e por cidadãos romanos que já haviam quitado suas dívidas. Sua vida terminou logo depois em uma fracassada tentativa de golpe.
Em 60 a.C., o patrício Júlio César, uma estrela em ascensão, foi eleito cônsul, e continuou as políticas de vários de seus predecessores populistas, mas agora com algumas inovações pessoais. E, mais uma vez, Roma estava em meio a uma crise.
Neste período, alguns entes privados se dispuseram a cobrar os impostos para o estado, em uma espécie de terceirização. Tais entes participavam de licitações para ganhar os contratos.  Nessas licitações, estipulavam-se os valores totais a serem coletados.  Tudo o que ultrapassasse esse valor ficava como lucro para os contratantes.  Só que, em 59 a.C, essa indústria estava no limiar do colapso.  Não havia tido sucesso em suas coletas de impostos e, consequentemente, devia ao estado os valores prometidos. Ato contínuo, César perdoou praticamente 1/3 de suas dívidas para com o estado.  Isso afetou severamente o orçamento do governo romano e possivelmente os próprios pagadores de impostos (que tiveram seus impostos elevados para compensar essa escassez de receitas).  O fato de Cesar e seu comparsa Marco Licínio Crasso terem investido pesadamente neste setor do mercado certamente explica essa sua medida.
Em 33 d.C., meio século depois do colapso da república, o imperador Tibério enfrentou uma corrida aos bancos.  Ele reagiu a isso com um grande pacote de socorro aos bancos por meio de empréstimos livres a juros zero na tentativa de estabilizar o mercado. Oitenta anos depois, o imperador Adriano unilateralmente perdoou 225 milhões de dinares em impostos atrasados, o que gerou um grande ressentimento entre as pessoas que já haviam dolorosamente se esforçado para pagar seus tributos por completo.
O sistema monetário
A integridade do sistema monetário romano permaneceu relativamente intacta até o reinado do Imperador Nero(54-68 d.C.).  Nero é mais conhecido por ter assassinado a própria mãe, por preferir as artes à administração civil, e por perseguir os cristãos.  Mas ele também foi o primeiro a depreciar o padrão monetário que havia sido estabelecido por Augusto (27 a.C. - 14 d.C.), o primeiro imperador de Roma.
Já em 64 d.C., Nero exauriu os cofres romanos por causa do Grande Incêndio de Roma e também por causa de sua predileção pela gastança depravada (a qual construiu um espalhafatoso palácio).
Nero recorreu à inflação monetária para financiar o império, inicialmente reduzindo o teor de prata do denário, de 98% para 93%, o que permitiu que mais moedas fossem fabricadas com um mesmo volume de prata.  Essa foi a primeira depreciação dessa magnitude em mais de 250 anos.  Isso gerou uma relativamente alta inflação de preços e temporariamente abalou a confiança dos cidadãos romanos.
Após Nero, vários sucessivos imperadores continuamente reduziram o teor de prata do denário.  A pior desvalorização ocorreu sob o imperador-filósofo Marco Aurélio (que reinou de 161 a 180 d.C.), que desvalorizou o denário para um teor de 79% de prata com o intuito de financiar suas constantes guerras e seus contínuos aumentos de gastos.
Esse era, até então, o mais impuro padrão monetário criado para o denário em toda a história romana.  Mas as coisas ainda iriam piorar.
O filho de Marco Aurélio, Lucio Aurélio Cómodo (que reinou de 177 a 192 d.C.), que gostava de se apresentar como Gladiador no Coliseu, também foi, assim como o pai, um adepto da gastança desmesurada.  Seguindo os mesmos passos dos seus antecessores, ele reduziu o teor de prata do denário para apenas 74%.
A cada desvalorização da moeda os preços eram pressionados para cima, e isso foi gradualmente diminuindo a confiança do povo no sistema monetário romano.  O aviltamento da moeda e a subsequente expansão da oferta monetária forneciam, no curto prazo, um alívio para as finanças do estado, mas isso durava apenas até o momento em que os mercadores, os legionários e as forças de mercado se dessem conta do que havia acontecido. 
Sob o Imperador Septímio Severo (que reinou de 193 a 211 d.C.), um número crescente de soldados começou a exigir que suas bonificações fossem pagas em ouro ou em mercadorias, para escapar da corrosão do poder de compra do denário.  O filho de Severo, Caracala (que reinou de 198-217) — embora seja mais lembrado por seus sanguinolentos massacres, pelo assassinato do seu irmão, e por ter sido assassinado enquanto urinava —, aprofundou a política de desvalorização da moeda até reduzir o teor de prata do denário para 50%.  Tudo isso para financiar a máquina de guerra romana e suas construções megalomaníacas.
Outros imperadores, como Pertinax e Macrino, tentaram retornar Roma a um sistema monetário mais sólido aumento o teor de prata do denário e fazendo algumas reformas no sistema.  Porém, sempre que um imperador fortalecia o denário, um rival conseguia conquistar a lealdade do exército, destruindo todo o progresso feito e frequentemente assumindo o trono. 
Com o tempo, o denário de prata foi abandonado, e o mais jovem imperador de Roma, Gordiano III (238 - 244 d.C.), substituiu o denário pelo seu concorrente, o antoniniano.
No entanto, já no reinado do Imperador Cláudio II (que reinou de 268 a 270 d.C.), que é lembrado por suas proezas militares e por ter quebrado os dentes de um cavalo com um murro, o antoniniano foi reduzido a uma levíssima moeda que continha apenas 2% de prata.  O antoniniano acabou sendo substituído pelo aurelianiano, e este acabou sendo substituído pelo nummo.  Já em 341 d.C., o Imperador Constante I (que reinou de 337 a 350 d.C.) diminuiu o nummo para apenas 0,4% de prata. 
O sistema monetário romano já estava em frangalhos e a inflação de preços já havia saído completamente do controle há muitas gerações.
Nesse ínterim, os gastos continuavam aumentando
No início do segundo século d.C., o imperador Trajano conquistou a Dácia (atual Romênia), lotando os cofres do estado romano com os esbulhos. Ao ver essa bonança, não tardou o lançamento de um novo programa social, oalimenta, o qual competia com instituições bancárias privadas ao oferecer empréstimos a juros baixos para proprietários de terras e utilizava os juros para beneficiar crianças desprivilegiadas. Os sucessores de Trajano deram continuidade a esse programa até que a supracitada desvalorização do denário colaborasse para a extinção do alimenta.
Em 301 d.C., enquanto o imperador Diocleciano estava reestruturando o governo, o exército e a economia, ele baixou o famoso Édito Máximo, que impunha um congelamento de preços. Ele estipulou um teto de preços para carnes, cereais, ovos, roupas e outros bens, e instituiu a pena de morte para qualquer um que vendesse seus artigos a um preço maior do que o estabelecido. 
Roma havia se tornado um estado totalitário que colocava a culpa dos problemas econômicos sob as costas de supostos aproveitadores egoístas.
O resultado, como não poderia deixar de ser, foi que as pessoas simplesmente pararam de colocar seus bens à venda no mercado, dado que elas não mais poderiam obter um preço sensato por eles.  Comerciantes estocaram seus bens, recusando-se a vendê-los pelo preço imposto pelo governo.  Outros estocaram simplesmente para não correr o risco de serem erroneamente acusados de estarem vendendo a preços acima do determinado, ficando assim sujeitos a execuções.  Os trabalhadores reagiram ao congelamento de salários desaparecendo do expediente ou simplesmente ficando sentados, sem fazer nada. 
Isso aumentou acentuadamente a escassez.
Após a morte de várias pessoas, os romanos simplesmente passaram a ignorar esse decreto, até que a lei foi finalmente revogada.
Colossais programas assistencialistas também se tornaram a norma na Roma antiga. No seu auge, a maior despesa do estado era com um exército de 300.000 a 600.000 legionários. Os soldados perceberam seu papel e importância dentro da política romana, e consequentemente suas exigências aumentaram. Eles passaram a exigir programas de aposentadoria exorbitantes na forma de hectares de terras cultiváveis e de grandes bonificações em ouro equivalentes ao somatório de mais de uma década de seu salário. Eles também exigiam bonificações consideráveis e periódicas apenas para controlar as revoltas.
Ao final, em um período de aproximadamente 370 anos, o denário e todos os seus sucessores, para financiar toda essa depravação, foram continuamente desvalorizados.  Uma moeda que começou com um teor de prata de 98% terminou com um teor de prata menor que 1%. 
Os maciços programas de gastos do governo, todos eles feitos com o intuito de "ajudar" os romanos, acabaram por impor um terrível fardo sobre seus cidadãos.
Conclusão
A experiência romana nos ensina lições importantes. Como comenta Howard Kershner, um economista do século XX:
Quando um povo até então independente confere ao seu governo o poder de tirar de uns e dar a outros, o processo não cessará até a última gota de sangue do último pagador de impostos ser sugada.
Colocar a sua vida nas mãos de políticos corruptos compromete não somente sua independência pessoal, mas também a integridade financeira da sociedade. Uma vez iniciado, é difícil impedir o crescimento do estado. E, normalmente, as coisas não acabam bem.
Completamente debilitada, Roma, o outrora poderoso, temível e invencível Império, quedou-se perante seus invasores bárbaros em 476 d.C. 
Mas o fato é que até hoje não sabemos quem eram os verdadeiros bárbaros: os invasores ou o povo romano que apoiava o estado e os políticos que debilitaram a economia ao ponto de o Império Romano cair como uma manga madura
Talvez os reais bárbaros eram os próprios romanos que haviam efetivamente cometido um suicídio econômico em câmera lenta.

BANÂNIA, UM PAIS MISERAVELMENTE SOCIALISTA.OU:" Embora cotação do petróleo caia no mercado internacional, Petrobras aumenta a gasolina pela segunda vez no ano"

AUMENTO COMBUSTIVEISBrasília (DF) – Os brasileiros devem preparar o bolso para pagar mais pela gasolina e diesel. Pela segunda vez no ano, o combustível ficou mais caro nas refinarias brasileiras desde o início desta quarta-feira (30). De acordo com a Petrobras, a gasolina e o diesel tiveram alta de 6% e 4%, respectivamente. A decisão foi tomada pela estatal ontem (29) diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias.
A estimativa do Itaú Unibanco, divulgada na edição de hoje do jornal O Globo, aponta que o impacto dessa alta para o consumidor será de um reajuste de 3,6% no preço da gasolina na bomba. Quem pagava R$ 3,60 pela gasolina comum, por exemplo, deve começar a desembolsar R$ 3,72 pelo litro do combustível.
O litro do diesel, por sua vez, deve ter aumento de 3,1% no posto. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, deve sofrer um impacto de 0,14 ponto percentual.
Contradição
De acordo com análise da jornalista Miriam Leitão no “Bom Dia Brasil” desta quarta (30), o reajuste ocorre em um momento em que o petróleo está em queda no mercado internacional, o que reflete uma contradição do governo Dilma Rousseff.
“ É mais um contraditório do governo. Então ele aumenta agora, o governo alega que é porque o dólar subiu, mas o petróleo caiu muito. Normalmente, o preço do combustível é a soma de preço internacional do petróleo mais o câmbio”, explicou.
Mais uma alta
O aumento do combustível anunciado pela Petrobras se soma a uma série de outros aumentos já registrados ao longo do ano. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em agosto e que elevou a taxa básica de juros para 14,25%, o Banco Central indicava que o preço da energia elétrica deveria registrar um crescimento de 50,9% só neste ano. Para piorar a situação, o governo Dilma admitiu esta semana que deverá zerar os repasses para o Programa Farmácia Popular, o que deverá ter forte impacto no gasto dos brasileiros com medicamentos.

Bolivarianos em ação no STF!

 Bolivarianos em ação no STF!




terça-feira, 29 de setembro de 2015

E vocês foram trocar a monarquia por estes socialistas ladrões!













AULA DE ECONOMIA COM DOM BERTRAND DE ORLEANS E BRAGANÇA: TRÊS PRINCÍPIOS PARA A SANIDADE SOCIOECONÔMICA DE UMA NAÇÃO

Transcrição de entrevista concedida por Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, segundo na linha de Sucessão ao Trono Imperial.

“Há três princípios fundamentais para a sanidade socioeconômica de uma nação, que são a Livre Iniciativa, a Propriedade Privada e a o Princípio de Subsidiariedade. O que são estes princípios?

A Livre Iniciativa, porque o homem sendo livre e inteligente, por ser uma criatura de Deus, sabe o que deve fazer, ele não precisa de um Estado tutelando a ele. A prova que a Livre Iniciativa é necessária, basta comparar os países comunistas com os países livres. Nos países comunistas, onde não há livre iniciativa, se inibe a capacidade criativa de um povo. Deu um desastre nos países comunistas, uma experiência que custou 100 milhões de vidas à humanidade, mortos pelos comunistas.

A Propriedade Privada o que é? Se eu sou livre, eu sou o dono do fruto do meu trabalho. Agora, o que é propriedade? A definição mais curta, mais cristalina da propriedade foi dada pelo Papa Leão XIII: “trabalho acumulado”. Eu trabalho o necessário para o meu sustento, eu trabalho algo a mais que para o meu sustento, dia a após dia eu economizo este algo a mais - eu somo este algo a mais. Com isso eu tenho a minha propriedade, eu compro minha roupa, meu automóvel, minha casa, minha fazenda, minha empresa. É meu! Se eu não sou dono do fruto do meu trabalho, eu sou um escravo do Estado. A propriedade é a garantia da liberdade.

O Princípio da Subsidiariedade é o princípio segundo o qual um superior não deve fazer o que o inferior for capaz de realizar por si. Simplificando à realidade nacional, nós temos a família, que é  célula mater da sociedade, o município, o estado e a federação. O município só deveria fazer o que o conjunto das famílias que compõem aquele município (conjunto de famílias também são associações comercias, as empresas, os grupos culturais, etc., aquele todo orgânico de um município), o que esse todo orgânico não for capaz de fazer, o município deve fazer. Acima disso está o governo do estado, o governo do estado só deve fazer o que o conjunto das famílias e dos municípios não for capaz de fazer. Finalmente, o governo da União só
deve fazer o que o conjunto das famílias, dos municípios e dos Estados não forem capazes de fazer. De tal forma que no topo desta pirâmide, o governo da União seja pequeno, leve, ágil, capaz de indicar as grandes soluções para a nação, capaz de dar os grandes rumos. No Brasil, nós temos exatamente o contrário, nós temos a pirâmide de cabeça para baixo, com um governo da união hipertrofiado, que sangra os Estados, que corta os municípios, que depena as famílias. Nós temos a mais alta carga tributaria de um país. São 40% do PIB em impostos, se for considerar os serviços que o Estado promete dar, mais multas, loterias, taxas, etc., daria praticamente 60%, porque nós somos 60% escravos do Estado. Por quê? Porque não se respeita o Princípio de Subsidiariedade, não se respeita a Livre Iniciativa e não se respeita a Propriedade.”

No Brasil, a palavra “esquerda” continua sendo o “ópio dos intelectuais” (RC)

deus marx
Muitos perceberam ao longo do tempo o teor religioso do socialismo. A ideologia utópica era, no fundo, uma tentativa de substituir as religiões, só que oferecendo de forma mais oportunista o paraíso terrestre, em vez de aquele além-mundo.
Isso ajudou a criar uma seita fanática de seguidores totalmente blindados contra os fatos e a realidade. Se a religião era o “ópio do povo”, como acreditavam os marxistas, então o socialismo seria o “ópio dos intelectuais”, como resumiu Raymond Aron.
Esse viés de seita religiosa dos socialistas mereceu destaque em meu Esquerda Caviar, e citei vários exemplos dessa recusa em aceitar qualquer raciocínio lógico por parte dos adeptos dessa ideologia. As provas são irrefutáveis.
Esse foi o assunto da coluna de Arnaldo Jabor hoje. A fé inabalável dos esquerdistas brasileiros é impressionante. Eles creem porque absurdo, independentemente de fracasso após fracasso dos experimentos esquerdistas. Diz Jabor:
Como podem ignorar os escândalos evidentes de uma quadrilha de corrupção que está levando o país à bancarrota? Ninguém fala nada? Por que se negam a detalhar os caminhos dessa “religião” que professam? Será que não viram a queda do muro de Berlim, o fim vergonhoso do socialismo real? Será que a mistura de leninismo com bolivarianismo que apoiam tem alguma lógica inquestionável que ignoramos? Haverá alguma equação que decifre o emaranhado de suas mentes, algo assim como “penso assim, por isso e por isso, logo…”?
Não; não dizem nada — só apoiam e creem. Será que nos deixam babando de curiosidade porque não querem dar luz aos cegos da “pequena burguesia”? Por isso tento entender seu labirinto de ilações, de deduções, de reviravoltas com que constroem o “Caminho de Santiago” que teimam em percorrer. Em primeiro lugar, eu acho que renegar as evidências é uma maneira de se sentirem portadores de uma verdade inatingível pelos homens comuns. Nos olham com o desprezo de homens superiores.
[…]
Bem… sua fé ideológica pode nascer por antigas humilhações a serem vingadas por um voluntarismo neurótico que prove sua grandeza imaginária. São em geral fracassados e professam essas ideias para ocultar seu fracasso absoluto. A certeza férrea que os habita pretende evitar dúvidas sobre sua ignorância arrogante, sem “vacilações pequeno burguesas”, como eles chamam. A ideologia os conforta. Como sentenciou um dia Nelson Rodrigues: “Só os canalhas precisam de uma ideologia que os absolva e justifique”.
necessidade de se sentir um ser superior naqueles que são, de fato, inferiores, pode explicar boa parte da adesão à esquerda. Como a palavra continua sendo o “ópio dos intelectuais”, como basta se dizer de esquerda no Brasil para ser visto como alguém preocupado com os mais pobres, com as desigualdades, com as “minorias”, essa turma incapaz encontra um atalho para compensar sua mediocridade.
Os socialistas precisam da miséria alheia, cultivam-na como uma flor, como diz Jabor, focam na desigualdade em vez de analisar quantas centenas de milhões de pessoas o capitalismo tirou da miséria, pois é esse populismo demagógico que justifica todo tipo de atrocidade, uma vista grossa a todo o rastro de sangue que o socialismo produz, toda a sua incompetência em gerar riqueza.
O socialismo é um dogma, nada mais. “Diante dele, abole-se o sentido crítico. É como duvidar da virgindade de Nossa Senhora”, compara Jabor. E como fracasso após fracasso histórico não foram capazes de despertar esses “intelectuais” de sua insanidade, Jabor conclui se tratar, talvez, de uma anomalia incurável. Para certas pessoas, não há fato no mundo capaz de derrubar suas ilusões!

Hélio Bicudo é esquerdista, portanto, pouco confiável, mas falou verdades.Ou:"PT contaminou o Brasil de ponta a ponta" (oantagonista)

Hélio Bicudo, no Roda Viva, disse que o projeto de Lula sempre foi o enriquecimento pessoal:
"Eu conheci o Lula quando ele era um postulante ao governo de São Paulo. Era um panorama completamente diferente do que se vê hoje no Lula quando ele fala. Ele falava para obter o poder e usar o poder em benefício próprio e dos seus, da sua família, e todo mundo sabe disso”.
Hélio Bicudo disse também que acabou:
“Acho que o PT não tem futuro. Acho que o PT, como partido, desapareceu. Tem uma pessoa, que é o Lula. O resto não é nada. Quer dizer, é o partido do 'sim, senhor'. Eu saí do PT exatamente por causa dessa questão da hegemonia das pessoas".
Embora tenha acabado como partido, o PT “contaminou o Brasil de ponta a ponta”, segundo Hélio Bicudo:
"O processo para você constituir um juiz do supremo é um processo completamente viciado. O PT contaminou o Judiciário e o Ministério Público”.

A ELITE DE LIXO.OU:" Um banqueiro, o caos na economia e uma curiosidade sobre as elites que votam na esquerda"(RC)

Ricardo Lacerda, ex-presidente do Goldman Sachs no Brasil e do Citigroup na América Latina, concede uma impressionante entrevista à Folha desta terça. Impressiona pela dureza no diagnóstico, pelo destemor do prognóstico e pela clareza das medidas que pretende profiláticas. Mas eu não canso de me surpreender. Antes que faça um comentário que parece procedente, vamos a trechos de sua entrevista.
Folha – O sr. estava mais otimista em 2014 e votou na presidente. Errou nas previsões?
Ricardo Lacerda – Fui um dos primeiros empresários a apontar publicamente os erros do ex-ministro Guido Mantega. Previ a reeleição da presidente Dilma e uma condução mais ortodoxa da política econômica. Mas errei ao achar que a presidente faria isso com convicção, que optaria por um ajuste claro e profundo, que poderia resgatar rapidamente a confiança dos mercados. Hoje está claro que prevalece na cúpula do governo a crença de que existem saídas menos dolorosas para a crise. É justamente essa distância da realidade que aprofunda ainda mais a crise.
Há risco de o país ser rebaixado por outra agência?
A menos que haja um comprometimento imediato e claro com um profundo ajuste fiscal, o que já não parece provável, é certo que o Brasil será rebaixado por todas as agências. Seus critérios são similares e há rápida deterioração dos indicadores econômicos. Creio que esse efeito já está em boa parte refletido no preço dos principais ativos brasileiros –mas claro que um rebaixamento em cadeia será muito negativo.
Como os investidores estrangeiros estão vendo o Brasil?
Há uma enorme perplexidade com a completa inabilidade do governo em propor um caminho viável para sair da crise. O ambiente de negócios vive momento de caos absoluto. O governo perdeu completamente a credibilidade e houve uma paralisação de gastos e investimentos. Os empresários estão com medo de quebrar, e os trabalhadores, com medo de perder emprego. Esse sentimento negativo reverbera mundo afora e afeta nossa credibilidade com o investidor estrangeiro.
(…)
Até onde vão os juros?
Num ambiente de total falta de credibilidade da política econômica, o único elemento que pode tranquilizar investidores é a taxa de juros. Mantido o cenário atual, eu diria que não só não encerramos o ciclo de aperto monetário, como é provável que ainda seja necessário um novo choque de juros, de mais 200 a 300 pontos-base. Os juros futuros mostram isso e podemos ver a Selic próxima a 20% ao ano. Pagaremos caro por termos mantido juros artificialmente baixos por tanto tempo.
Mudaria algo no ajuste?
Acho que a proposta do governo é absolutamente desconexa. A manobra de enviar ao Congresso um Orçamento com déficit foi desastrada e em seguida o governo não conseguiu articular nenhum raciocínio lógico para defendê-la. Em segundo lugar, o governo pode pedir que a sociedade faça sacrifício, é justo, mas tem que fazer sua parte e mostrar com clareza o que defende. Ele foi eleito para liderar, mostrar caminhos, não para enviar um Orçamento e pedir que se virem para equilibrá-lo. Acho que a sociedade não aceita mais alta de imposto, o governo terá de cortar mais gastos. Senão, a inflação cortará por ele.
Como combater a inflação?
Com políticas fiscal e monetária sérias. O Brasil não foi o único no mundo a relaxar tais políticas diante da crise de 2008. O erro foi exagerar em estímulos excessivamente de curto prazo e não propor reforma estrutural. O governo não soube a hora de recuar nos incentivos para garantir a saúde das contas. Essa barbeiragem nos levou a uma combinação tóxica de baixo crescimento, explosão da dívida pública e inflação alta. Para reverter, é preciso competência e determinação por parte do governo. Não estamos vendo uma coisa nem outra. O controle da inflação foi a maior conquista social do brasileiro nas últimas décadas e é lamentável que a presidente nunca tenha dado a ele a sua devida importância.
(…)
Retomo
Vale a pena ler a íntegra. A entrevista é boa, com uma correção. Não houve relaxamento de política monetária em 2008. O mundo baixou juros, mas o Brasil elevou os seus, de forma, então, pareceu-me, desnecessária. Podem procurar. Foi assim. Mas isso é um detalhe. A minha curiosidade é de natureza intelectual.
Lacerda votou em Marina Silva no primeiro turno em Dilma no segundo. Exceção feita à promessa de um BC independente, por quê? Um dia eu ainda vou querer investigar a psique dos banqueiros. Tenho uma tese: eles se deixam contaminar pela crítica que as esquerdas lhes fazem e se sentem culpados por lucrar tendo o dinheiro como mercadoria. Aí começam a se interessar por bagres, pererecas, bicicletas, essas coisas que simulam profundezas insuspeitadas d’alma. É uma brincadeira, claro! Banqueiro vote em quem quiser.
Até na Dilma. Mas por que na Dilma? Releiam o que diz Lacerda: “O governo não soube a hora de recuar nos incentivos para garantir a saúde das contas. Essa barbeiragem nos levou a uma combinação tóxica de baixo crescimento, explosão da dívida pública e inflação alta”. Caramba! E ele votou na petista mesmo assim?
E não que isso constituísse uma exceção no petismo. Vejam os documentos produzidos pela Fundação Perseu Abramo! A crença do PT é o que Dilma fez em seu primeiro mandato. Eu me pergunto: “O que terá feito Lacerda acreditar que ela iria realmente fazer o necessário? Ele ouviu suas promessas de campanha?”. E olhem que o estelionato já não é pequeno.
Não quero pegar no pé de quem nem conheço. Mas eu sempre me pergunto o que fez a elite brasileira se encantar com o PT. Certamente não foi sua retórica socialista. Alguém se atreve a explicar? E não que eu ache que as elites devam votar necessariamente na direita porque esquerda é para os pobres. As esquerdas não são para ninguém. Seu pacto é com o autoritarismo e com o atraso.






segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Carta aberta de uma austríaca formada no keynesianismo ( Vanesa Vallejo)


keynes-gegen-hayek.pngComo a maioria dos economistas do mundo, fui educada na firme crença de que alguns indivíduos alojados no Ministério da Fazenda e no Banco Central devem conduzir, mediante a manipulação dos gastos do governo, da oferta monetária e das taxas de juros, o futuro de um país.
O keynesianismo nos ensinou que o estado deve desempenhar um papel ativo, estimulando a demanda agregada mediante o aumento do gasto público. Consequentemente, nós economistas nos formamos com a ideia de que, diante de uma crise, enquanto as pessoas não querem investir nem consumir, somente o estado pode conseguir a reativação da economia.
Tal crença dura até o dia em que alguns de nós saímos do obscurantismo e descobrimos que sempre estivemos errados. E que Keynes, ao escrever sua Teoria Geral, esqueceu de que as variáveis da demanda agregada não são independentes.
Aprendemos que, se a demanda agregada é tida como "insuficiente", alguns poucos indivíduos, que aparentemente são mais sábios do que a população inteira, devem redirecionar a economia mediante o aumento do gasto público. Entretanto, o mundo inteiro parece estar cego ao acreditar que esse dinheiro que é utilizado para "reativar" a economia cai do céu ou aparece magicamente nas mãos dos ministros que fazem esse planejamento central.
Não ocorre esse milagre.
Keynes, aqueles de nós que já fomos keynesianos e todos os que antes dele já utilizavam a fórmula de aumentar o gasto público para sair da crise, negligenciamos que um aumento dos gastos do governo somente pode decorrer de uma diminuição do consumo das famílias ou do investimento privado. Pode-se aumentar os impostos sobre o consumo, ou pode-se aumentar a tributação das empresas e, com isto, incrementar o gasto público. Pode-se também aumentar os déficits do governo e consequentemente seu endividamento, mas os juros dessa dívida serão pagos também mediante tributação.
Ou seja, o que os keynesianos propõem nada mais é do que uma transferência de recursos.
[N. do E.: é por isso que quem afirma que gastos do governo geram crescimento está afirmando que tomar dinheiro de uns para gastar com outros pode enriquecer a todos.  Está afirmando que tirar água da parte funda da piscina e jogá-la na parte rasa fará o nível geral de água na piscina aumentar.]
Depois de compreender este grave erro, tudo parece ficar mais claro. Suponho que os antigos seguidores de Keynes, assim como eu, perguntam-se como fomos capazes de incorrer em tal engano. Bastiat diria, com muita razão, que há que exercitar a visão para conseguir ver aquilo que à primeira vista não se vê.
É claro que um aumento do gasto público aparentemente gera emprego. Quando um governo decide construir uma estrada, todos vemos os operários trabalhando e ficamos satisfeitos de que agora há trabalho para os que anteriormente estavam desempregados. Porém, o que não vemos, simplesmente, é que por conta desses impostos que nos foram cobrados para fazer a estrada, outras famílias deixarão de consumir e os vendedores desses produtos não-consumidos ficarão sem emprego. Deu-se trabalho a alguns operários, é verdade, porém em troca de outros ficarem sem emprego.
É, portanto, um erro fatal chamar de ganho aquilo que é um simples deslocamento.
Nenhum homem trabalha para guardar seu dinheiro dentro da gaveta para sempre.  O dinheiro oriundo do trabalha sempre será destinado ou ao consumo, ou a aplicações financeiras (que irão financiar empreendimentos) ou ao investimento direto.  Com esse dinheiro fruto do trabalho e da produção, criam-se empregos.  Vale enfatizar: mesmo quando poupa-se o dinheiro em um banco, outro utilizará este capital para investir.
Portanto, cobrar impostos utilizando o argumento de que isso criará emprego é algo que não faz sentido.
Pense em um governante que cobra impostos para, por exemplo, subsidiar um museu. É verdade que dezenas de empregos serão criados apenas para gerenciar este museu, porém dezenas de outros também serão destruídos, pois diminuirá o consumo de alimentos, roupa, serviços e outros bens que aqueles que pagam o imposto não poderão mais comprar. Ademais, se você não gosta de arte, terá sido privado de consumir algo de que realmente gosta, para construir um museu ao qual não irá.
E tudo isto sem que se tenha criado um só emprego a mais do que existiria caso não tivessem cobrado o imposto.
Não seria mais sensato que você desfrutasse do dinheiro que conseguiu com o seu trabalho, comprando o que você quisesse, e que somente aqueles que valorizam ir ao museu pagassem para consumir esse serviço? Neste caso, o aumento do gasto público, como em qualquer caso, não criou emprego. O que realmente foi feito foi privar você de consumir um bem que realmente valoriza e lhe obrigar a gastar seus recursos em algo que o governo considerou conveniente, mesmo que ninguém vá ao museu e este não seja rentável.
Assim, o keynesianismo conseguiu mostrar-nos como se fosse um ganho aquilo que não passa de um mero rearranjo. Não ocorre a tal criação de emprego.
Mas, além disso, amparados nesta mentira, os governantes nos privam de desfrutar, naquilo que consideramos conveniente, o dinheiro que ganhamos honestamente.  E fazem isso ao mesmo tempo em que criam um grande sistema parasitário, o qual se sustenta com os nossos impostos.
Não precisamos de um exército de burocratas que ganham a vida confiscando nosso dinheiro para criar aqueles empregos que nós mesmos criaríamos — e de uma maneira muito mais eficiente — ao direcionarmos nossos gastos àquilo que realmente desejamos.  Não há maneira mais eficiente e moral do que essa para se criar empregos.
É imperativo que sigamos o conselho de Bastiat, e que de uma vez por todas acabemos com os mitos que nos fazem tanto dano. É dever dos que compreendemos esse erro abrirmos os olhos dos que ainda acreditam na mentira do gratuito. O gasto público não se aumenta com dinheiro que cai do céu, mas sim com dinheiro que sai de nossos bolsos.



















quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Pode o dólar passar de R$ 6? ( Fernando Ulrich)


dolar5.jpgPronto. Dobramos a meta. O dólar ultrapassou a marca de R$ 4, quebrando mais um recorde no Plano Real – a maior marca de toda a história da moeda brasileira –, outro feito nada invejável do atual governo.
Para muitos economistas, câmbio a R$ 4 já uma realidade difícil de mudar. Os prognósticos variam apenas na intensidade com que o dólar irá subir nos próximos meses.
Há pouco mais de um mês escrevi um artigo para analisar se o dólar estava caro ou barato e até onde poderia ir. A conclusão então é a mesma que segue: o real já está bem subvalorizado, bem abaixo do que seria o seu valor justo, ou correto, de acordo com a teoria da paridade de poder de compra. O preço de "equilíbrio" do dólar estaria situado ao redor de R$ 3,15.
Como cheguei a essa conclusão? Utilizando a taxa de câmbio real (TCR), a qual considera a variação do poder de compra das duas moedas — real e dólar, calculados pelos índices de preços ao consumidor de cada país (IPCA e CPI) —, podemos aferir qual seria o valor justo para o câmbio. Isso não significa afirmar que o dólar a R$ 4,13 esteja errado. O preço praticado pelo mercado neste momento é esse e ponto.
O que a análise da TCR evidencia é o quão descolado dos fundamentos está o câmbio. Em outras palavras, levando em conta apenas a variação da depreciação relativa entre duas moedas — a velha teoria da paridade de poder de compra —, um dólar acima de R$ 3,15 não pode ser explicado apenas pelos fundamentos, há outras forças em jogo levando o câmbio para longe do que seria razoável.
Atualizado o gráfico da taxa de câmbio "correta" com os dados de julho e agosto, vemos que o dólar de equilíbrio subiu de R$ 3,11, em junho, para R$ 3,15.
USDBRL Correto.png
E como evoluiu a própria TCR calculada pelo Banco Central (Bacen)?
TCR.png
Ao fim de junho, a TCR estava em 99,8; mas após a subida incansável do dólar, o índice fechou o mês de agosto em 111,61, apontando um desalinhamento considerável em relação ao valor justo — quanto mais distante de 100, mais em "desequilíbrio" estaria a taxa de câmbio.
E assumindo que a cotação da moeda americana permanecerá no nível atual por mais alguns dias, ao fim de setembro a TCR indicará um descolamento ainda mais proeminente.
De fato, o câmbio atingiu a marca histórica de R$ 4, superando a cotação alcançada lá no final de 2002 quando o dólar quase chegou nesse patamar. Mas o câmbio a R$ 4 em 2015 é comparável ao câmbio a R$ 4 em 2002? Para responder essa pergunta, analisemos novamente o gráfico da TCR.
A maior marca registrada pelo índice foi de 206,11 em outubro de 2002, mês das eleições presidenciais quando o câmbio disparou para cerca de R$ 4. Era o auge da turbulência dos mercados, fruto do temor de um futuro governo de esquerda ansioso para avacalhar com o Plano Real e minar os fundamentos da economia.
Hoje, porém, o dólar sendo negociado a R$ 4 não levará a TCR para 206. Considerando que em agosto o índice alcançou 111, quando o câmbio estava ainda ao redor de R$ 3,50, a TCR atualmente deve situar-se entre 120 e 130.
O exercício interessante a fazer, então, é: se tivéssemos hoje o mesmo descolamento entre câmbio vigente e câmbio correto lá de 2002, qual seria o dólar atualmente? Dito de forma mais direta, se a TCR fosse hoje 206,11, o mesmo patamar de outubro de 2002, qual seria o dólar implícito hoje? Nada menos que R$ 6,50!
Essa é a resposta da pergunta feita anteriormente: o dólar a R$ 4 em 2002 equivale a um dólar ao redor de R$ 6,50 hoje.
Isso quer dizer que em 2002 o descolamento do câmbio de mercado do seu valor justo foi uma absurdidade, o que comprova o quanto o mercado desconfiava de um futuro governo petista no poder.
A pergunta que ninguém sabe responder é: será que o dólar passa de R$ 5? Será que passa de R$ 6?
No artigo anterior, concluí dizendo que: "Em 2002, as contas estavam ajustadas internamente, mas um tanto vulneráveis no front externo. Ao contrário daquele ano, hoje o desajuste está nas contas internas. Mas de forma semelhante àquele ano, o câmbio virou novamente um termômetro da desgovernança política brasileira".
De fato, a rápida subida do termômetro do dólar reflete rigorosamente o que ocorreu desde então. Em menos de 30 dias o governo Dilma Rousseff fez lambança atrás de lambança — como o orçamento com déficit primário enviado ao congresso, algo inédito na história contemporânea do país —, levando o mercado a questionar cada vez mais a saúde fiscal do governo e a reduzir as projeções de crescimento econômico e, de quebra, antecipando o rebaixamento da classificação de risco do país pela agência Standard &Poors.
Confesso ter subestimado a capacidade do governo de desgovernar em tão pouco tempo. A aptidão desse time para aprofundar ainda mais a crise política e econômica é ímpar. Isso o mercado não perdoa, e o câmbio é o reflexo direto do caos institucional e econômico que vivemos.
A situação atual é semelhante à de 2002? Em parte sim, pois há uma enorme incerteza quanto aos rumos políticos, cujos desdobramentos afetarão diretamente a economia brasileira. Mas há diferenças importantes também.
Naquela época, as contas externas estavam bastante vulneráveis, hoje não estão. Mas em 2002, a economia real não estava tão bagunçada quanto hoje está. Não estávamos diante da forte recessão que hoje bate à porta de todos os cidadãos.
A alta do dólar de 2002 deveu-se a uma crise de confiança clara e bastante pontual. A correção daquela conjuntura não era uma tarefa hercúlea. Bastava o governo Lula sinalizar ao mercado que manteria a política econômica longe das heterodoxias propostas pela ala radical do Partido dos Trabalhadores e a confiança retornaria para acalmar o câmbio. Foi justamente o que aconteceu. Felizmente.
Hoje estamos em uma situação muito mais complexa, pois o quadro político é mais imprevisível que o de 2002, e os ajustes necessários para reconduzir a economia ao crescimento são muito mais profundos. Por isso tudo esta já é a pior crise da história do Plano Real com alta probabilidade de agravar-se ainda mais.
Pode o dólar chegar a R$ 6? Sinceramente, pode. É claro que pode. É provável? Teimarei mais uma vez em afirmar que não. A verdade é que na atual conjuntura, qualquer previsão é especulação pura. Wild guessing.
Mas em vez de prever se o câmbio superará R$ 5 ou R$ 6, a resposta mais precisa, talvez, seja afirmar que o dólar dificilmente volta para R$ 3 tão cedo — se é que voltará algum dia. Ao que tudo indica, dificilmente baixará de R$ 4.
prosperidade ilusória da última década acabou. Estamos de volta à realidade.
Mas, em caso de dúvida, compre dólar.






quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Lewandowski, o cínico (oantagonista)

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Ao justificar o seu voto, Ricardo Lewandowski disse cinicamente que o fatiamento da Lava Jato tem "caráter profilático", "saneador" e que o objetivo é justamente afastar no futuro qualquer acusação de nulidade das investigações e punições.
Ricardo Lewandowski, aquele que teve um encontro secreto com Dilma Rousseff em Portugal.

O STF é uma vergonha. OU: A OAB,UNE,CNBB, PSDB,também. (oantagonista)

Como O Antagonista antecipou, o STF concluiu por unanimidade desmembrar o inquérito da operação Pixuleco II que investiga Gleisi Hoffmann e, por maioria, redistribuir a investigação sobre os réus sem foro privilegiado para a Justiça Federal de São Paulo.
Dessa forma, Sérgio Moro e a força-tarefa da Lava Jato acabam de perder a competência sobre o inquérito. A decisão compromete as provas já acostadas nos autos e o termo de delação negociado por Alexandre Romano.

LULA, O CHEFE DOS QUADRILHEIROS PETRALHAS... LIXO ESQUERDISTA!!!!

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