terça-feira, 30 de junho de 2015

Caloteiros gregos têm “caráter”, diz historiador esquerdista (RC)

Mas o comunista não quer que os irresponsáveis gregos paguem por ela…
Daniel Aarão Reis, autor de uma biografia elogiosa do comunista Luiz Carlos Prestes, escreveu em sua coluna de hoje no GLOBO um texto enaltecendo a grande “coragem” e o “caráter” dos jovens socialistas gregos no governo. Para o historiador esquerdista, os credores “engravatados” querem “humilhar” todo um povo, que seria, então, vítima indefesa desses gananciosos insensíveis. A dívida grega, presume-se, caiu do céu, foi imposta aos pobres coitados. Diz o professor da UFF:
As lideranças políticas e tecnocráticas europeias e mais a senhora Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, têm preferido, porém, o caminho da chantagem. Imaginam-se “adultos”, confundindo velhice com sabedoria, uma associação nem sempre evidente. Comprazem-se em chamar à razão os “jovens” de Atenas. Estes insistem em dizer que não se trata de optar a favor ou contra a Europa, e sim pelo tipo de Europa que se quer construir. O que vai a votos é a concordância, ou não, com propostas que encurralam e humilham um povo.
No referendo próximo, o povo grego escolherá entre a submissão e a autonomia. Entre os velhos engravatados da Europa dos bancos e os jovens de Atenas, da Europa da solidariedade e das indumentárias informais. O comportamento deles evoca uma frase de Helio Pellegrino, referindo-se aos líderes estudantis das passeatas brasileiras de 1968, barrados no Palácio do Planalto por impropriamente vestidos: “eles não têm gravatas, mas têm caráter”.
Já comentei aqui a opinião de Joseph Stiglitz, muito semelhante a esta. É impressionante que essa turma da esquerda nunca cobre responsabilidade pelos atos das pessoas e governos. A Grécia se endividou como se não houvesse amanhã, bancou um insustentável modelo de bem-estar social, inúmeros privilégios para os servidores públicos, diversas obras suntuosas e desnecessárias, e com isso quebrou. Mas a esquerda aponta para a irresponsabilidade dos gregos, para extrair alguma lição valiosa, por acaso? Claro que não! O divertido é apontar para a “ganância” dos credores “insensíveis”, os “engravatados” da elite.
Para Aarão Reis, jovens demagogos e populistas que chegaram ao poder na Grécia com discurso de solução mágica para a crise são homens de caráter. Eis a mentalidade da esquerda: caloteiros viram pessoas de caráter, e aqueles que querem fazer cumprir os acordos e manter a palavra e os contratos são gananciosos insensíveis, que “humilham” um povo inocente. A esquerda flerta abertamente com tudo que há de errado, de desvio, de imprudência, de irresponsabilidade.
Para o professor, o referendo será entre submissão ou autonomia. Ora, ninguém colocou uma arma na cabeça dos gregos para eles entrarem no euro. Ao contrário: fizeram de tudo para isso, inclusive “pedaladas fiscais” que matariam o PT de inveja. Mentiram, adulteraram as contas públicas, tudo para pertencer ao “clube dos ricos”. Depois, tomaram dívida barata como se a dolce vita fosse durar para sempre. Não durou. Nunca dura. E na hora da fatura, os irresponsáveis se fazem de vítima.
O professor mais idoso parece idolatrar a juventude “rebelde”, talvez uma tentativa de resgatar seus próprios anos rebeldes de revolucionário comunista. Mas o fato é que esses jovens não têm nada de maturidade, muito menos caráter: são populistas, como todos os socialistas, que transferem responsabilidades e desejam sempre viver à custa dos outros, apropriar-se dos recursos alheios. Caloteiros, que sob a bizarra ótica esquerdista, viram homens de caráter. A esquerda é mesmo uma questão de caráter. De falta dele!

O BRAHMA, o BARBA, o merda,,,,,,,,

delator
TEM QUE DAR

A Suprema Corte americana e os gays. Questão legal nos EUA era diferente da nossa. Ou ainda: Uma boa decisão! (RA)

Nenhum Estado americano mais poderá dizer que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é inconstitucional. Ele já era considerado legal em 36 Estados e no distrito de Colúmbia. Era proibido em Dakota do Norte, Dakota do Sul, Nebraska, Michigan, Ohio, Missouri, Kentucky, Arkansas, Tennessee, Texas, Louisiana, Mississippi e Geórgia.  Ainda que tudo pareça a mesma coisa, é bom que fique claro em nome da precisão: por 5 votos a 4, a Suprema Corte dos EUA decidiu que os tribunais estaduais não podem declarar ilegal a união homossexual.
Faço a distinção porque a decisão americana é diferente daquela que ocorreu no Brasil. A enxutíssima Constituição dos EUA não define a forma do casamento ou da família, como faz a brasileira, no Artigo 226, Parágrafo 3º, onde está escrito: “§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”. Como a Constituição se ocupou disso, sempre entendi, e entendo ainda, sem entrar no mérito, que não poderia ter sido o Supremo a dizer que isso, na prática, não vale.
A decisão do tribunal americano foi diferente e, por isso, tão apertada. Tratava-se de saber se a Suprema Corte podia ou não impedir os entes federados — e os EUA são, de fato, uma federação — de considerar ilegal o casamento gay. E se decidiu, então, por um voto, que pode, sim. “É a mesma coisa!” Não é! A Constituição americana é omissa a respeito; a brasileira não é. A Corte Suprema decidiu que tribunais estaduais não podem proibir o casamento; a brasileira decidiu, ao arrepio do texto, que o casamento é legal.
Agora o mérito
É claro que considero boa a decisão do tribunal americano, como considerarei bom quando o Congresso brasileiro decidir mudar o Parágrafo 3º do Artigo 226 da Constituição, igualando as uniões civis. O exótico, em nosso país, é a Carta Magna dizer uma coisa, e o Supremo, outra.
Por que os homossexuais deveriam ser condenados à solidão, ainda que não queiram? É um direito achar que o casamento gay é pecado — não especulo sobre a fé alheia. O que é tolo é afirmar que gays sejam aberrações naturais ou sociais e que, portanto, devam viver segregados.  Fazem parte, felizmente, da grande família humana. Alguém acha a sério que uma pessoa escolheria ser homossexual se pudesse ser heterossexual? Não se trata de juízo de valor. Aplico ao caso apenas a LUF. O que é LUF? É a Lei Universal da Facilidade. Por que alguém optaria pelo mais difícil, enfrentando preconceitos seculares? Tenham paciência!
Isso nada tem a ver com o que chamo “sindicalismo gay”. Aí a questão é outra. Oponho-me, por exemplo, a chamada Lei Anti-Homofobia — como critiquei a bobagem do “feminicídio” — porque, por princípio, acho que grave é matar o humano. Mais: no caso da PLC 122, abre-se uma vereda para o preconceito às avessas. Aí estamos em outro departamento. A fragmentação da legislação que protege direitos universais em departamentos de minorias é um erro. Mas não entro agora nessas minudências porque já escrevi bastante a respeito em outros posts.
Em vez de ficar batendo boca com religiosos e promover manifestações públicas que buscam mais causar escândalo do que afirmar direitos — como têm sido, em muitos aspectos, as paradas gay —, os que militam em favor dos direitos dos homossexuais deveriam é iniciar um movimento para mudar a Constituição brasileira, ainda que, na prática, os direitos já tenham se igualado.
Há um erro adicional no Brasil, que não se verificou na luta dos gays americanos: aqui, a causa ganhou uma marca de esquerda — embora não sejam poucos os esquerdistas homofóbicos —, como se não houvesse homossexuais de direita ou conservadores. Ou por outra: esquerdistas sequestraram também essa causa.
A Suprema Corte tomou uma boa decisão. Ninguém pode ser privado de direitos e garantias por ser o que é, desde que não fira garantias e direitos alheios.

#LoveWins: a esquerda brasileira se encanta com o Tio Sam (RC)


Vivemos na era das redes sociais, logo, na era dos modismos, dos “memes” que, feito pragas, invadem nossa página no Facebook. Ontem foi assim: começou a pipocar por todo lado fotos com um arco-íris na frente. Quem sou eu para estragar esse momento de empolgação das pessoas com as leis americanas? Apesar, claro, de que Nelson Rodrigues talvez apontasse para certo complexo vira-lata, uma vez que o Brasil já possui legalização para casamento gay, e que, pelo visto, damos mais relevância para o que se passa nos Estados Unidos do que aqui. Eu, por exemplo, preferia ver todos colocando essa foto em seus perfis, em homenagem aos avanços da Operação Lava-Jato:
Lula arcoiris
Não vou entrar na questão em si da decisão da Suprema Corte. Basta dizer que tenho algum receio do precedente aberto, do crescente fortalecimento do governo central e, como consequência, do enfraquecimento do federalismo. A decisão da Suprema Corte americana pode ter sido positiva nesse caso em particular, mas representa mais uma – e grave – afronta ao federalismo, base de suas liberdades. Quase todos os estados já tinham aprovado o casamento gay. Quando a União passa por cima dos estados e começa a impor tudo do governo central, fortalecendo-o, isso pode ser perigoso. Hoje podemos festejar o que foi aprovado. Mas temo pelo amanhã, pelo processo de redução da descentralização de poder.
Outro aspecto que alguns conservadores têm todo o direito de levantar é onde isso vai parar. Sim, pois o amor foi celebrado nesta sexta (sendo que ninguém precisa de aprovação estatal para amar), mas quem acompanha mais de perto esses movimentos organizados de “minorias” sabe que sua pauta é bem mais abrangente. Não vai se dar por satisfeita nem a pau (sem trocadilho). Por exemplo: o poliamor. Por que, se tudo o que importa é o sentimento, limitar o casamento a duas pessoas apenas? Por que não a poligamia, como no mundo islâmico? Quem terá moral para negar tal “direito” se houver o “argumento” de que é o desejado pelo grupo, que se “ama”? Se seguirmos nessa linha, como ficam questões como a Previdência Social?
Há outras questões ainda mais indigestas, mas vou poupar o leitor. Vou apenas mencionar en passant que há uma ala muito maluca da esquerda relativista e “progressista” que considera abusiva a “perseguição” aos pedófilos, pois, com uma sexualização cada vez mais precoce, eles entendem que é “preconceito” restringir demais o amor com base na idade. Tem até um professor brasileiro que escreve de vez em quando na Folha que defende a pedofilia com base nessa visão (tosca) – e não está preso, mas sim dando aulas e escrevendo na imprensa.
É preciso só saber onde os movimentos que simplesmente odeiam a família tradicional e qualquer conceito de “normalidade” vão parar, se é que vão (o “progresso” que eles almejam levaria a humanidade a viver somente com base em apetites, no desejo do momento, o que nos tornaria muito parecidos com os animais irracionais). Vão quebrar todos os tabus, já que tabu é coisa de reacionário? Até o incesto pode entrar na fila: irmãos que se “amam” de forma diferente, por exemplo, ou filhos com pais, como os cachorros.
O leitor, nesse momento, poderá dizer que perdi o juízo, que sou um paranoico, que nada disso tem a ver com a união entre duas pessoas que se amam. Gostaria muito de crer nisso. Mas andei lendo vários livros e textos sobre essa turma, e não estou inventando nada aqui. Claro que não é a ala majoritária desses movimentos (ainda). Mas as revoluções morais começam aos poucos, com minorias organizadas. E a senha está dada: acusar tudo de preconceito e ir rompendo todas as barreiras existentes aos apetites e desejos. Nada pode ficar entre o desejo e a ação para a geração mimada sem limites.
Mas deixemos a “paranoia” de lado por um tempo e celebremos, sem os modismos do Facebook, a facilidade de duas pessoas do mesmo sexo que realmente se amam se casarem. A esquerda brasileira se descobriu encantada com o Tio Sam. #LoveWins, como usam por aí. Vale notar que essa mesma esquerda, que adora odiar os Estados Unidos, não pode comemorar uma conquista dessas na Venezuela ou em Cuba, que perseguem gays, muito menos na Palestina ou no Irã, que matam gays. É bonito, portanto, ver esses antiamericanos todos morrendo de amores pelos “imperialistas ianques”.
Mas pergunto: não querem aproveitar a onda e copiar, por exemplo, a redução da maioridade penal dos americanos também? Aqui, se moleque delinquente matar com 14 anos não tem conversa: vai em cana e pelo resto da vida em alguns casos. Ou, quem sabe, copiar o rigor das leis para com bandidos corruptos? Não tem moleza: foi pego com a boca na botija vai pro xilindró, não importa a renda ou o poder. Que tal copiar o capitalismo de livre mercado, num país em que o setor estratégico de petróleo, por exemplo, é totalmente privado? Vamos privatizar a Petrobras de uma vez e acabar com o petrolão?
Vamos, enfim, aproveitar essa fase de empolgação e encantamento com o Tio Sam e aprender algumas coisas úteis com os americanos? Com a palavra, a esquerda brasileira…

Alerta do Canadá: o "casamento" gay destrói os direitos fundamentais (DAWN STEFANOWICZ)

Do Veritatis Splendor:Você sabia que o Canadá é um dos primeiros países do mundo a reconhecer legalmente o casamento homossexual? Isso já faz mais de 10 anos! Muitas pessoas acreditam que o casamento homossexual apenas equipara direitos e não fere a liberdade de ninguém. Na realidade, ele redefine o próprio conceito de matrimônio, paternidade, educação e acaba tendo consequências muito práticas na vida de todo cidadão. O casamento gay é apenas a primeira linha de uma longa agenda ativista de metas que visa em última instância uma reorganização de toda a sociedade. Se você acha que isso não é do seu interesse, talvez se surpreenda com o relato abaixo.
 
Um alerta do Canadá
Dawn Stefanowicz N.d E: Para conhecer um pouco da história de Dawn Stefanowicz, leia o artigo 'Criada sob a guarda LGBT e contrária ao "casamento" gay'.

Nos é dito todos os dias que “permitir a casais do mesmo sexo o acesso a designação de casamento não irá retirar o direito de ninguém”. Isto é uma mentira.
Quando o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado no Canadá em 2005, a paternidade foi imediatamente redefinida. A Lei do Casamento Gay Canadense (Bill C-38) incluiu a determinação de apagar o termo “paternidade biológica” e a substituir por todo o país com o termo “paternidade legal” através de uma lei federal. Agora todas as crianças possuem apenas “pais legais”, como definido pelo Estado. Apagando através da força legal a paternidade biológica, o Estado ignora um dos direitos mais básicos das crianças: o direito imutável, inalienável e intrínseco de conhecerem e serem formados pelos seus pais biológicos.
Pais e mães trazem a seus filhos dons únicos e complementares. Muito ao contrário da lógica do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a identidade sexual dos pais importa muito para um desenvolvimento saudável das crianças. Sabemos, por exemplo, que a maioria dos homens encarcerados não tiveram a companhia de seus pais em casa. Pais pela sua própria natureza e identidade são seguros, estimulam disciplina e traçam limites, apontam direções claras ao mesmo tempo que sabem assumir riscos, se tornando assim um exemplo aos seus filhos para toda a vida. Mas pais não podem gerar crianças num útero, dar a luz e amamentar bebês em seus peitos. Mães criam seus filhos de uma maneira única e de uma forma tão benéfica que não podem ser replicados pelos seus pais.
Não é preciso um cientista espacial para sabermos que homem e mulher são anatomicamente, biologicamente, fisiologicamente, psicologicamente, hormonalmente e neurologicamente diferentes entre si. Essas características únicas proporcionam benefícios perenes para suas crianças e não podem ser replicados por “pais legais" do mesmo sexo, mesmo quando esses se esforcem para agir em diferentes papéis numa clara tentativa de substituir a identidade sexual masculina ou feminina faltante nesta casa.
Com efeito, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não apenas priva crianças de usufruir seu direito a paternidade natural, mas dá ao Estado o poder de sobrepor a autonomia dos pais biológicos, o que significa que os direitos dos pais foram usurpados pelo governo.
Crianças não são produtos que podem ser retirados de seus pais naturais e negociados entre adultos desconexos. Crianças em lares com pais homossexuais irão frequentemente negar sua aflição e fingir que não sentem falta de dos seus pais biológicos, se sentindo pressionados a falar positivamente graças as políticas LGBTs. Contudo, quando uma criança perde um de seus pais biológicos devido a morte, divórcio, adoção ou a reprodução artificial, eles experimentam um vazio doloroso. Foi exatamente isso quando nosso pai homossexual trouxe seu parceiro do mesmo sexo para dentro de nossas vidas. Seus parceiros não poderão nunca substituir a ausência de um pai biológico.
No Canadá, é considerado discriminatório dizer que casamento é entre homem e mulher ou até que cada criança deveria conhecer e ser criado por seus pais biológicos unidos em casamento. Não é apenas politicamente incorreto, você também pode ser multado legalmente em dezenas de milhares de dólares e mesmo forçado a passar por “tratamentos de sensibilidade”.
Qualquer pessoa que se sentir ofendido por qualquer coisa que você tenha dito ou escrito pode fazer uma reclamação para a Comissão de Direitos Humanos ou mesmo nos Tribunais de Justiça. No Canadá, essas organizações fiscalizam o que é dito, penalizando cidadãos por qualquer expressão contrária a um comportamento sexual em particular ou a grupos protegidos identificados como de “orientação sexual”. Basta uma única queixa contra uma pessoa para que esta seja intimada diante de um tribunal, custando ao acusado dezenas de milhares de dólares em taxas legais pelo simples fato de ter sido acusado. Essas comissões possuem poder para entrar em residências privadas e a remover qualquer item pertinente as suas investigações em busca de evidências de “discurso de ódio”.
O acusador que faz a queixa tem todas as suas custas processuais pagos pelo governo. Mas não o acusado que faz a sua defesa. E mesmo que este prove sua inocência ele não pode ter reembolso das custas processuais. E se é condenado, também precisará pagar por danos à pessoa que fez a queixa.
Se as suas crenças, valores e opiniões políticas forem diferentes daquelas endossadas pelo Estado, você assume o risco de perder sua licença profissional, seu emprego e até mesmo seus filhos. Veja o caso do grupo Judeu-Ortodoxo Lev Tahor. Muitos dos seus membros, que estiveram envolvidos numa batalha sobre a custódia de crianças aos cuidados de serviços de proteção tiveram de deixar a cidade de Chatham, Ontario, para a Guatemala em março de 2014, como uma forma de escapar da perseguição jurídica contra suas crenças religiosas, que não estava de acordo com as políticas regionais sobre educação religiosa. Dos mais de 200 membros deste grupo religioso, restaram apenas 6 famílias na cidade de Chatham.
Pais podem esperar interferência estatal quando se trata de valores morais, paternidade e educação - e não apenas lá nas escolas. O Estado tem acesso a sua casa para supervisionar você como pai para julgar sua adequação educativa. E se o Estado não gostar do que você está ensinando aos seus filhos, o Estado irá fazer o necessário para remover seus filhos de sua casa.
Professores não podem fazer comentários em suas redes sociais, escrever cartas para editores, debater publicamente, ou mesmo votar de acordo com suas consciências mesmo fora do ambiente profissional. Eles podem ser “disciplinados”, sendo obrigados a participar de aulas de re-educação ou mesmo de treinamentos de sensibilidade, quando não acabam demitidos por seus pensamentos politicamente incorretos.
Quando o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi criado no Canadá, a linguagem de gênero-neutro se tornou legalmente obrigatório. Essa “novílingua” proclama que é discriminatório assumir que um ser humano possa ser masculino ou feminino, ou mesmo heterossexual. Então, para ser inclusivo, toda uma nova linguagem de gênero-neutro passou a ser usado pela mídia, pelo governo, em ambientes de trabalho, e especialmente em escolas, que querem evitar a todo custo serem recriminadas como ignorantes, "homofóbicas" ou discriminatórias. Um curriculum especial vem sendo usado em muitas escolas para ensinar os alunos como usar apropriadamente a linguagem do gênero-neutro. Sem o conhecimento de muitos pais, o uso de termos que descrevem marido e esposa, pai e mãe, dia dos Pais e das Mães, e mesmo “ele” e “ela” estão sendo radicalmente erradicados das escolas canadenses.
Organizadores de casamento, donos de salões de festas, proprietários de pousadas, floristas, fotógrafos e boleiros já viram suas liberdades civis e religiosas bem como seus direitos a objeção de consciência destruídas no Canadá. Mas isso não está reduzido apenas a indústria do casamento. Qualquer empresário que não tiver uma consciência em linha com as decisões do governo sobre orientação sexual e suas leis de não-discriminação de gênero, não terá permissão de influenciar suas práticas profissionais de acordo com suas próprias convicções. No final das contas, é o Estado quem basicamente dita o que e como os cidadãos podem se expressar.
A liberdade para pensar livremente a respeito do casamento entre homem e mulher, família e sexualidade é hoje restrita. A grande maioria das comunidades de fé se tornaram “politicamente corretas” a fim de evitar multas e cassações de seus status caritativos. A mídia canadense está restrita pela Comissão Canadense de Rádio, Televisão e Telecomunicações. Se a mídia publica qualquer coisa considerada discriminatória, suas licenças de transmissão podem ser revogadas, bem como serem multadas e sofrerem restrições de novas publicações no futuro.
Um exemplo de cerceamento e punição legal sobre opinões discordantes a respeito da homossexualidade no Canadá é o caso de Bill Whatcott, que foi preso por “discurso de ódio” em abril de 2014 após distribuir panfletos com críticas ao comportamento homossexual. Independente se você concorda ou não com o que este homem disse, você deveria se horrorizar ante este ato de sanção estatal. Livros, DVDs e outros materiais também podem ser confiscados nas fronteiras canadenses se tais conteúdos forem considerados “odiosos”.
Os americanos precisam se preparar para o mesmo tipo de vigilância estatal se sua Suprema Corte decidir legislar e banir o casamento como uma instituição feita entre homem e mulher. Isso significa que não importa em que você acredite, o governo terá toda liberdade para regular suas opiniões, seus escritos, suas associações e mesmo se você poderá ou não expressar-se de acordo com sua consciência. Os americanos precisam entender que a meta final para muitos ativistas do movimento LGBT envolve um poder centralizado estatal - e o fim das liberdades previstas na primeira emenda constitucional.


Dawn Stefanowicz
 é autora e palestrante internacional. Ela foi criada por pais homossexuais, e foi ouvida pela Suprema Corte Norte Americana. Ela é membro do Comitê Internacional de Direito Infantil. Seu livro, Out from Under: O impacto da paternidade homossexual, está disponível em http://www.dawnstefanowicz.org

Petrobras corta pesado, mas a conta ainda não fecha (GS)

Ficou assim.
A Petrobras cortou seu plano de investimento para 2015-2019 em 37%, para 130,3 bilhões de dólares.
Como vai investir menos — porque seu balanço não suportaria tomar mais dívida — a Petrobras avisou aos investidores que, em vez de chegar em 2020 produzindo 4,2 milhões de barris por dia, estará produzindo apenas 2,8 milhões de barris/dia naquele ano.
(A produção estimada para 2015 é 2,1 milhões de barris por dia.)Aldemir Bendine
Este novo plano de investimento da Petrobras — o menor desde 2008, e o primeiro desenhado sem a euforia do petróleo a 100 dólares — deve garantir que a cadeia de fornecedores da Petrobras continue onde está: na lona.
E infelizmente, apesar de tudo isso, a conta ainda não fecha.
Se você tiver paciência, vamos aos números.
Com o petróleo e o câmbio nos níveis atuais, a Petrobras deve ter uma geração de caixa anual — o chamado EBITDA — entre 50 e 60 bilhões de reais.
Aí vem o Imposto de Renda, pega a sua parte, e deixa a empresa com 45-50 bilhões de reais.
Como a dívida total da Petrobras está em cerca de 400 bilhões de reais, essa dívida gera uma despesa com juros de cerca de 35-40 bilhões de reais/ano.
Subtraindo-se esta despesa com juros daqueles 45-50 bilhões anteriores, sobra na mão da Petrobras um ‘fluxo de caixa livre’ de 10 a 15 bilhões de reais.
Este é o dinheiro que ela tem para fazer investimentos e pagar dividendos.
Bom, vejamos os investimentos agora. O investimento da Petrobras não é linear — não é igual a cada ano — mas, apenas para facilitar os cálculos, vamos admitir que seja. Depois do corte de 37% anunciado ontem, a Petrobras disse que vai investir 130 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos. A um câmbio médio de 3,30 no decorrer do período, isso dá 430 bilhões de reais, ou… 85 bilhões de reais/ano.
Mas como vimos anteriormente, a Petrobras gera um caixa livre de “apenas” 10-15 bilhões de reais por ano. Como, então, poderá investir 85 bilhões/ano?
Faltam aí, na melhor hipótese, 70 bilhões de reais por ano. Onde arranjar esse dinheiro?
Há, em tese, três alternativas para se financiar esse buraco.
A primeira é levantar mais dívida, e o problema aqui é que a Petrobras já é uma das empresas mais endividadas do mundo.
A segunda é levantar dinheiro emitindo novas ações. O problema é que isso diluiria o Estado brasileiro, que controla a Petrobras, e constrangeria o Governo, que em 2010 ‘vendeu’ um mega aumento de capital na empresa como o melhor negócio do mundo. A Presidente Dilma e o CEO da empresa, Aldemir Bendine, vivem dizendo que esta alternativa está fora de cogitação.
Resta, então, vender ativos, exatamente o que Bendine se propõe a fazer.
O problema é que, para a conta fechar, Bendine disse que a Petrobras vai levantar 15,1 bilhões de dólares (entre 2015 e 2016) e mais 42,6 bilhões de dólares (2017-2018) com a venda de ativos.
A soma de todas essas vendas dá 57,7 bilhões de dólares — ou, num câmbio médio de 3,30 reais, 190 bilhões de reais. (Dividindo esse valor pelos próximos cinco anos, isso daria 38 bilhões de reais por ano.)
Ou seja, mesmo se a venda de ativos for um sucesso, ela cobre pouco mais de metade daquele buraco de 70 bilhões que mostramos ali em cima.
Para se ter uma ideia de quão agressivo é este número — ainda mais levando em conta que a Petrobras não pretende vender o controle da BR Distribuidora, seu ativo mais redondo — este valor que Bendine promete vender é um pouco maior do que o valor de mercado da empresa hoje, de 176 bilhões de reais. (O que é isso, companheiro? Privatização branca?)
Como a Petrobras simplesmente não tem tradição de vender ativos, e como o mar não está para peixe, a Petrobras precisará de sorte e engenho. E mesmo assim, a conta não fecha.
Este exercício matemático demonstra o óbvio: o câncer da Petrobras não é o seu nível de investimento, e sim o tamanho de sua dívida, um problema que só pode ser resolvido por meio de um aumento de capital. Enquanto empresas do setor como Exxon, Chevron e Shell devem, em média, 0,5 (zero vírgula cinco) vez a sua geração de caixa (EBITDA), na Petrobras este indicador ultrapassa cinco vezes seu EBITDA — ou seja, é dez vezes maior.
***
Curiosamente, depois de laborar furiosamente para chegar a este corte espinhoso em seu plano de investimento, a direção da Petrobras achou melhor não fazer uma conferência com os analistas de mercado ontem, e sim dar uma entrevista aos jornalistas que cobrem a empresa. Nenhuma conferência com analistas está marcada para esta terça.
A única conclusão possível é que a empresa está mais preocupada em administrar as manchetes do que em explicar aos investidores a matemática e a lógica por trás de seu plano estratégico.

















sexta-feira, 26 de junho de 2015

KEYNESIANOS E ESTADO, TUDO A VER.OU:" Inflação pode continuar alta mesmo com recessão se acentuando"(RC)


Curva de Phillips: um insistente dogma keynesiano
Talvez a falácia econômica mais repetida seja a de que a inflação depende do aquecimento da atividade econômica. Por um lado é até intuitivo: se há forte atividade, a demanda deve estar em alta, e isso pressiona os preços para cima. Logo, é até desejável, para alguns, ter “um pouco mais de inflação” para gerar “um pouco mais de crescimento”. Essa é, porém, uma falsa dicotomia.
Muito já se falou sobre o trade-off entre inflação e desemprego: mais inflação implica menos desemprego, e vice-versa. A curva de Phillips, que mostra essa relação, é famosa nos meios econômicos. Seu criador, Alban Phillips, derivou-a de um um estudo empírico realizado em 1958, cujos resultados foram usados por economistas keynesianos, rápidos em defender o controle do nível de emprego por meio de políticas governamentais.
Na verdade, Phillips tratou da relação entre aumento de salários e desemprego, mas as conclusões foram extrapoladas para a inflação e o desemprego. Ainda hoje, muitos economistas acreditam nesta suposta dicotomia, aceitando o aumento da inflação como forma de promover o aumento do nível de emprego e, consequentemente, de crescimento da economia. Ou então alegando que a inflação vai ceder porque a atividade está fraca. Foi justamente o que concluiu Luiz Carlos Mendonça de Barros em sua coluna de hoje na Folha.
O leitor da Folha pode perguntar por que acredito que a inflação vai começar a ceder nos próximos meses e contrariar as pesquisas de opinião que mostram uma expectativa majoritária de que ela vai continuar a se elevar. Por uma razão simples, respondo eu: porque acredito na teoria econômica em momentos como o que estamos vivendo.
Foi o excesso de consumo no primeiro mandato da presidenta Dilma, estimulado pela expansão do crédito e pela segurança do emprego, que iniciou a escalada da inflação. Vivemos agora, em toda a sua plenitude, um processo oposto e que vai levar à sua queda. Medo do desemprego, renda em queda e restrições fortíssimas ao endividamento do consumidor são uma combinação perfeita para a redução da demanda privada na economia.
Somada a esse efeito temos também a redução dos investimentos e dos gastos do governo. Não há inflação que resista a esse cenário e por isso vai começar a ceder em poucos meses.
Não mesmo? Inflação, não custa lembrar, é sempre um fenômeno monetário. Durante a República de Weimar na Alemanha, a atividade despencou e a hiperinflação continuou. Na década de 1970 nos Estados Unidos houve acentuada inflação mesmo com atividade bem fraca. No Brasil somos campeões em refutar a curva de Phillips. A lição já deveria ter sido aprendida, se ao menos o economista keynesiano não tivesse preconceito contra a Escola Austríaca, o que o leva a aplaudir justamente um dos grandes responsáveis por essa inflação: o BNDES.
A Escola Austríaca de economia, da qual fizeram parte Ludwig von Mises e Friedich Hayek, rejeitou as implicações da curva de Phillips, demonstrando que o desemprego é fruto de restrições criadas pelo próprio governo, que não permitem o livre funcionamento do mercado de trabalho. Murray Rothbard, seguidor de Mises, chegou a afirmar que a relação proposta pela curva Phillips era inversa, na verdade.
Os economistas keynesianos, no entanto, não se deram por vencidos: adaptaram a curva e criaram o conceito de NAIRU (non-acelerating inflation rate of unemployment), dando a entender que a partir de um certo nível de desemprego é que a inflação seria detonada. Tamanha é a influência do NAIRU que até mesmo o Fed, banco central americano, o utiliza. Segundo alguns estudos, a taxa de desemprego a partir da qual o nível geral de preços começaria a subir nos EUA seria de 5,5%. A crença nesta teoria, entretanto, tem sido abalada pela observação dos dados americanos, que apontam cada vez menos desemprego sem correspondente aceleração da inflação.
Não são poucos os economistas que condenam as rígidas metas de inflação no Brasil, como se um pouco mais de inflação fosse desejável para reduzirmos o desemprego. Os chamados desenvolvimentistas são os principais proponentes dessa dicotomia, a qual considero falsa, pois podemos crescer de forma acelerada, reduzindo drasticamente o desemprego, sem que a inflação seja um problema. Da mesma forma que podemos ter alta inflação mesmo com atividade em queda, como ocorre hoje, justamente como resultado das políticas desenvolvimentistas.
Afrouxar as metas de inflação não é o caminho e, sim, reduzir os gastos públicos de verdade (não em cima de um orçamento inflado), aprovar reformas estruturais, atacar a burocracia e abrir mais o nosso comércio. Vários países seguiram essa trajetória e colheram os frutos, crescendo aceleradamente, sem inflação. Enquanto isso, outros mantiveram as armadilhas criadas pelo excesso de estado e buscaram um crescimento calcado na maior tolerância com a inflação. O resultado foi infinitamente pior. Em alguns casos, catastrófico até.
Parte da alta inflação no Brasil é resultado do término do congelamento de preços administrados, o que tem efeito temporário. Mas boa parte é fruto da política monetária frouxa e da política fiscal ainda expansionista, sem falar de um Banco Central que perdeu a credibilidade por ficar tempo demais leniente com a inflação. Isso desancorou as expectativas, e agora o BC precisa correr atrás do prejuízo. Muitos já reclamam da alta dos juros, mas ela é o efeito direto das medidas do passado, como um viciado que precisa enfrentar uma penosa abstinência para convencer que está sóbrio e recuperado.
A atividade econômica está sofrendo bastante, não resta dúvida. O desemprego deve subir mais, o PIB vai cair bem. Mas isso, por si só, não garante a vitória sobre a inflação, que pode continuar em patamares bastante altos a despeito disso tudo. A crença contrária de keynesianos como Mendonça de Barros é apenas prova de que alguns economistas nunca aprendem as lições devidas. Mendonça, afinal, estava um tanto otimista antes, durante os equívocos do governo Dilma que ele não considerava erros, mas sim acertos. Vai errar novamente agora, por utilizar instrumentos equivocados, por rejeitar a Escola Austríaca ou mesmo a de Chicago em troca dos dogmas keynesianos.

Ideologia de gênero: é ingenuidade desprezar seu poder de estrago (RC)


Helio Schwartsman falou em sua coluna de hoje sobre a ideologia de gênero, e julgou um tanto paranoica a reação dos conservadores. Schwartsman tem muita fé na ciência, e sua postura me parece um tanto ingênua ao desprezar o imenso poder de estrago dessa agenda nas crianças, confiando demais da conta na biologia. Além disso, ainda faz uma concessão indevida aos que querem impor essa pauta nas escolas públicas, como se apenas uma minúscula minoria tivesse intenções estranhas. Diz ele:
Ao contrário de alguns padres e pastores, não vejo mal nenhum no fato de escolas públicas tentarem ensinar à criançada que é moralmente errado discriminar gays, lésbicas, travestis etc. Não estou tão certo quanto à eficácia dessa empreitada, mas me parece melhor tentar do que não tentar.
Os que se opõem à proposta costumam afirmar que ela tira a autonomia dos pais para educar seus filhos da forma que preferirem e falam numa ideologia de gênero que destruiria a identidade sexual das crianças e, de quebra, arruinaria a família. A primeira acusação me parece infundada, e a segunda, inócua.
[...]
Quanto à ideologia de gênero, não nego que ela exista. Certas alas do movimentos feminista e gay sustentam que as diferenças comportamentais entre meninos e meninas não passam de construções culturais que a sociedade machista lhes impõe. Não sei se é esse o espírito que anima os vários planos de educação, mas a ideia é tão despropositada que não tem muita chance de funcionar.
Há hoje um oceano de evidências científicas a sugerir que as diferenças comportamentais entre os sexos não são artificiais. Das preferências de meninos e meninas por certos brinquedos e até por cores, tudo parece ter um dedo da biologia, mais especificamente de uma combinação dos genes com a exposição a hormônios durante a gravidez. Não é que não haja espaço para a cultura operar, mas ela não consegue transpor alguns dos limites que a biologia coloca.
A maioria da humanidade está fadada a ser predominantemente heterossexual. Os defensores da família podem, portanto, ficar sossegados. 
Ora, será mesmo assim? Tenho certeza de que Helio Schwartsman entende que, por conta de nossa “natureza humana”, ou seja, de nossa biologia, estamos fadados ao egoísmo também, que colocaremos nossos próprios interesses e o de nossos familiares acima dos de distantes estranhos. Ou seja, o “novo homem” abnegado e altruísta que os comunistas desejavam (e ainda desejam) criar jamais poderia vingar. Não é de nossa natureza, pois não somos, felizmente, insetos gregários.
No entanto, quem diria que a tentativa de fazer do homem algo que ele jamais poderá ser foi inócua, ineficaz, e que podemos, portanto, ficar sossegados? Somente alguém muito cego para os fatos históricos. Dezenas de milhões de cadáveres foram o resultado direto dessa experiência ideológica, sem falar da miséria e da escravidão que reinaram em todas as sociedades socialistas.
Não se brinca impunemente com a natureza humana, eis a lição. Schwartsman deposita uma confiança quase infantil nos fatores biológicos, como se apenas o fato de que temos clara tendência a persistir na configuração tradicional fosse suficiente para evitar tragédias nos experimentos que tentam nos desviar de tal curso “natural”. Não é bem assim. As ideias têm consequências. Muitas vezes catastróficas.
A ingenuidade do colunista é também impressionante no que tange às intenções desses movimentos, como se fosse realmente algo para combater o preconceito, e não para impor uma nova forma de preconceito: aquele contra tudo que era visto como “normal”, como tradicional, que tem no núcleo familiar seu principal alvo. Schwartsman parece viver em outro planeta, não no mesmo que eu, onde essas “minorias” vêm tentando, com discurso de ódio, destruir a verdadeira tolerância em nome da tolerância.
A “marcha dos oprimidos” e a “revolução das vítimas” são fenômenos bastante evidentes em nosso mundo moderno, e muito me espanta a incapacidade do colunista de enxergar isso. Ao comprar o argumento de que querem apenas apresentar pontos de vista diferentes e combater o preconceito, o autor cai na falácia desses grupos e cede ao seu monopólio das virtudes, como se o conservador realmente odiasse o gay, a lésbica ou o transexual. E pior: como se essa invasão nas escolas fosse somente para mostrar aos jovens que há o diferente!
Nada mais falso. O que estamos vendo é uma estratégia bem definida de ataque aos valores básicos ocidentais, não uma batalha entre “defensores das minorias” e “conservadores reacionários preconceituosos”. O pai que comprar um carrinho para o filho e uma boneca para a filha, ou que pintar de azul o quarto do filho e de rosa o da filha, será logo acusado de “preconceituoso machista”, que segue de forma alienada a construção social dos “opressores”.
É lamentável ver alguém inteligente como Helio Schwartsman entrar nesse jogo dos grupos radicais de esquerda e fazer o papel de “inocente útil”, ainda por cima relaxando porque a biologia fará o papel de obstáculo aos anseios dos extremistas. Abre o olho, meu caro!



quinta-feira, 25 de junho de 2015

portas abertas
MULHER SAPIENS

Nem Cristo nem Judas: 10 perguntas para Levy (Geraldo Samor)

Joaquim Levy recebe hoje para uma conversa informal economistas que trabalham no mercado financeiro, os caras que são pagos para projetar do PIB ao buraco nas contas públicas, do câmbio à taxa de desemprego.
Joaquim Levy
O bate-papo, que Levy pretende repetir com outros grupos, deve focar na agenda necessária para o País retomar o crescimento.
O ministro estará mais no espírito de ouvir do que falar, mas, em havendo tempo, a coluna sugere as seguintes perguntas.
***
1) As pedaladas fiscais deste ano são por absoluta falta de dinheiro e não por vocês acharem, como seus antecessores, que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem a importância de um abajur. Devemos nos sentir melhores por isso?
2) Quando se trata de projetar a queda do PIB, todos aqui nesta sala nos sentimos um pouco que nem o BC e a inflação: correndo atrás da curva. Cá entre nós — só nós 20 — quanto você cravaria pro PIBinho este ano?
3) Quanto o Tesouro deve ao BNDES e aos demais bancos públicos? A dívida de verdade, não aquela oficial, que nem o TCU acredita.
4) Na Petrobras, o Bendine diz ter “mandato” para subir o preço da gasolina “se precisar”. Você já viu este mandato? É para brasileiro ou para inglês ver?
5) Neste debate sobre o BC e a Selic, quem você demitiria se pudesse?
6) A gente sabe que segurar o rojão do ajuste já é um ‘full-time job’, mas vai sobrar tempo e energia para colocar de pé uma verdadeira agenda de microrreformas? Desburocratizar, abrir a economia, unificar o ICMS…?
7) Você compraria ações da Petrobras? E, na renda fixa, mesmo que alguém estivesse apontando uma arma pra tua cabeça, você emprestaria ao BNDES em troca dos juros que ele paga ao FAT?
8) Por que o Governo não cria coragem, quebra um tabu, e faz o IPO da Caixa inteira, em vez de abrir apenas o capital da Caixa Seguridade? Não dá pra mostrar que a vigilância dos acionistas faz bem ao Banco do Brasil?
9) O que você prometeu às agências de risco para impedir o inevitável? (Isso é talento!)
10) Como você tá, cara? Algum risco de ficar gripado de novo?

“Eu voto no PT”, diz autor do habeas corpus preventivo em favor de Lula (FMB)

“Eu voto no PT e voto sempre no Ivan Valente, do PSOL. Mas veja bem, não tem nada a ver (o habeas corpus) com política, não. Quando eu acredito numa coisa, eu faço a coisa, entendeu?”
A declaração ao Estadão é de Mauricio Ramos Thomas, de 50 anos, autor do habeas corpus preventivo em favor de Lula, o “Brahma”, de quem diz ter apertado a mão “uma vez em 1982, 1983, sei lá o quê”.
Mauricio também disse:
“Existe uma ameaça concreta de que o Lula pode ser preso.”
Pois é. O próprio Brahma, espumando de raiva, já admitiu que é o “próximo alvo”.
Parece que seus eleitores entenderam o recado.
mauricioramostomaz
Maurício toma Heineken, mas veja bem: defende Brahma

Dilma e a mandioca....

CHEFE DOS PETRALHAS, SUA HORA TÁ CHEGANDO.

Lula quer ser solto antes de ser preso? “Habeas corpus preventivo prova que o ‘chefe’ foi identificado” (FMB)

HC Lula claroUm habeas corpus preventivo impetrado na Justiça Federal no Paraná nesta quarta-feira (24) pede que Lula não seja preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, caso o juiz federal Sérgio Moro tome uma decisão nesse sentido.
A notícia está na Folha.
O Instituto Lula negou a autoria do pedido e “estranha que sua divulgação parta do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)”, como se um ato de defesa do petista – imagine - tivesse sido plantado pela oposição.
(Será que foi FHC?)
Caiado postou no Twitter o documento e escreveu as seguintes frases:
“Temendo ser preso pelos malfeitos que cometeu – disso ninguém mais duvida – Lula apresenta habeas corpus preventivo.”
“Lula ‘Brahma’ quer escapar da responsabilidade no escândalo do Petrolão/Lava Jato. Habeas Corpus prova que o ‘chefe’ foi identificado.”
“Alguém vazou para Lula ‘Brahma’ que ele seria preso nos próximos dias…”
“Confiamos – eu e todo o país – na Justiça. Aguardando o posicionamento do TRF, mas com a convicção de que a lei valerá pra todos.”
Entre os assuntos relacionados na solicitação — feito em uma ação que envolve o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró —, constam “‘lavagem’ ou ocultação de bens, direitos ou valores oriundos de corrupção” e “prisão preventiva”.
O autor da solicitação, na verdade, é Maurício Ramos Thomaz, de Campinas, que se apresenta como consultor e já ingressou com outros pedidos de HC em casos de repercussão, um deles em favor de Cerveró.
Mas o fato (independentemente da autoria) é que Lula está com medo de se juntar aos comparsas na cadeia.
Ele quer ser solto antes de ser preso.

Sair do euro não é a cura para a Grécia - adotar uma moeda fraca só piora a situação (Frank Hollenbeck)


grexit.jpgO drama grego continua se desenrolando, com a possibilidade de uma "grexit" — junção de "Greece" e "exit", significando a saída da Grécia da zona do euro — se tornando cada vez real. 
No entanto, a grande maioria da população grega — 70% — quer continuar com o euro.  O povo grego, justamente por já ter vivenciado devastadores casos de hiperinflação, e por só agora estar vivendo um período relativamente longo de estabilidade de preços, sabe que a saída do euro e a eventual adoção de uma nova moeda traria justamente o risco de ressuscitar o fantasma da destruição diária do poder de compra.
Só que continuar no euro requer que o governo grego passe a viver estritamente dentro de seus meios — algo que ele não tem feito há décadas.  E, com partidos políticos anti-austeridade ganhando musculatura em todo o continente europeu, a Grécia pode se tornar o primeiro, mas não o último, a sair do euro.
Durante muitos anos, virou moda entre alguns economistas culpar o euro por todos os problemas da Europa.  No entanto, o problema da Europa não é ter uma moeda comum, mas sim estar submetida a excessivas regulamentações governamentais, a leis trabalhistas inflexíveis (veja, por exemplo, a diferença entre o mercado de trabalho na Alemanha e na Espanha), a altos gastos governamentais e, consequentemente, a uma alta carga tributária.
Economistas que dizem que sair do euro irá solucionar os problemas econômicos da região são como curandeiros que vendem produtos exóticos que prometem uma substancial redução no peso sem que a pessoa tenha nem de cortar carboidratos ou fazer exercícios.  Eles querem ganhos sem dor.
Na prática, o que esses economistas querem é apenas dar aos governos que saírem do euro mais flexibilidade para que eles possam, agora de maneira autônoma, inflacionar suas moedas (atualmente, a política monetária de todo o bloco é comandada pelo Banco Central Europeu).  Segundo esses economistas, é muito melhor reduzir as dívidas governamentais por meio da destruição do poder de compra da moeda do que por meio de doloroso ajuste que limite o tamanho do governo estritamente àquilo que ele é capaz de tributar.
A manipulação da moeda é o segredo que permite crescentes intervenções governamentais
Imagine duas regiões sob um mesmo sistema monetário.  Por exemplo, São Paulo e Rio de Janeiro.  Suponha que há um boom econômico em São Paulo gerado por uma expansão inflacionária do crédito e, ao mesmo tempo, um crescente desemprego no Rio de Janeiro.
Nesse cenário, os salários iriam cair no Rio e disparar em São Paulo.  Consequentemente, a mão-de-obra (pelos menos a mais flexível) tenderia a sair do Rio e ir para São Paulo em busca de empregos.  Por outro lado, uma fatia do capital sairia de São Paulo, onde o preço da mão-de-obra é crescente, e iria para o Rio, onde a mão-de-obra está mais barata.
Entretanto, se o capital não puder se movimentar livremente de São Paulo para o Rio, e se a mão-de-obra não puder se movimentar livremente do Rio para São Paulo, então o Rio ficará permanentemente nessa situação de salários em queda ao passo que os capitalistas de São Paulo estarão amarrados a uma mão-de-obra cara.
Uma simples solução de livre mercado para esse problema é permitir a ampla liberdade de movimento tanto para a mão-de-obra quanto para o capital — de modo que eles possam ir aos lugares em que estejam mais demandados —, e também permitir uma maior liberdade no uso dessa mão-de-obra e desse capital. 
Porém, se os respectivos governos de cada cidade possuíssem um Banco Central próprio, eles repentinamente se tornariam capazes de evitar o "ônus" de ter de permitir tamanha liberdade de mercado.  Se Rio e São Paulo agora estiverem sob dois arranjos monetários distintos, a política monetária de cada cidade pode ser manipulada para tentar lidar com os problemas econômicos específicos de cada cidade.
Nesse caso, o Rio poderia adotar uma política monetária inflacionista para tentar igualar o boom econômico gerado pela expansão do crédito em São Paulo.  E, caso a moeda do Rio se desvalorizasse perante a moeda de São Paulo, essa taxa de câmbio desvalorizada poderia fornecer um estímulo temporário às exportações do Rio, trazendo uma melhoria de curto prazo ao emprego na cidade.
Logo, é fácil ver que, em vez de desregulamentação e reformas, os governos preferirão recorrer a uma política de crédito fácil para tentar corrigir seus problemas econômicos.
Por outro lado, se Rio e São Paulo utilizam a mesma moeda e estão sob uma mesma política monetária, de modo que o Rio não pode simplesmente inflacionar sua moeda à vontade, então a cidade só poderá resolver seus problemas econômicos tornando-se mais economicamente atrativa para empreendedores por meio de cortes de impostos, desburocratização e desregulamentação.
Este é o tipo de pensamento que prevalece na Europa hoje.  Os europeus sabem que um controle autônomo da política monetária pode ser utilizado para encobrir (ou, pelo menos, arrefecer) as consequências de políticas fiscais e regulatórias irresponsáveis.  Sendo assim, não é surpresa nenhuma que justamente os mais fiscalmente desastrosos governos da Europa estejam hoje falando sobre sair do euro e criar uma moeda própria. 
Cada governo quer ter o controle de sua própria moeda para que, por meio de manipulações na política monetária, possa adiar as reformas econômicas necessárias.  Inflação monetária é aparentemente mais indolor do que austeridade, e promete o milagre de colocar uma economia em crescimento permanente sem jamais ter de fazer correções. 
No exemplo dado, a moeda comum restringe os governos de Rio e São Paulo naquilo que realmente podem fazer.  O fato de ambos os governos não poderem manipular suas ofertas monetárias os obriga a adotar reformas de mercado caso queiram sanar suas economias.  Naturalmente, economistas seguidores da Escola Austríaca veem essa limitação como algo positivo — desde que, obviamente, a moeda seja forte.
Por que o bloco do sul da Europa quer sair da União Europeia
Defensores de uma saída do euro nunca falam sobre altos os custos trabalhistas dos países do sul da Europa, e nunca comparam esses custos aos da China e da Índia, por exemplo.  Eles gostam de centrar seus ataques na Alemanha, cuja mão-de-obra é mais produtiva e mais eficaz em termos de custos.  Os italianos não gastam de ter concorrer com a Alemanha — na produção de carros, por exemplo — sob um mesmo sistema monetário. 
Se os italianos tivessem seu próprio sistema monetário, eles poderiam manipular a oferta monetária e a taxa de câmbio em prol de sua própria indústria automotiva.  Com um Banco Central próprio, os italianos poderiam deixar de lado a incômoda pergunta do motivo de a indústria automotiva deles ser pouco competitiva na Europa (dica: tem a ver com as regulamentações italianas e com os subsídios).  
Defensores de uma saída do euro esperam ganhar competitividade por meio da desvalorização da moeda.  Só que uma desvalorização da moeda cria, na melhor das hipóteses, apenas um benefício temporário para os exportadores (e só para eles).  Todo o resto da sociedade perde, e muito, com uma desvalorização da moeda.
Uma solução para a Alemanha
Uma unidade de conta e de troca estável é uma grade ideia, mas só funciona se o governo estiver disposto a se submeter às disciplinas que ela impõe (ou a uma população que exija uma moeda forte).
Com efeito, se há um país que de fato deveria sair do euro é a Alemanha.  Sua atual estratégia de proteger o euro é utilizando o dinheiro de impostos de seus cidadãos para tentar socorrer — por meio de empréstimos a juros baixos — os países endividados do sul da Europa.  Na prática, o país está aumentando o endividamento dos governos periféricos para resolver um problema que foi causado pelo endividamento deles.
A Alemanha faria melhor caso se juntasse aos outros países que estão mais alinhados a ela em termos de política monetária (como Holanda, Áustria, Suíça, Luxemburgo, Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia) e criar uma nova moeda comum lastreada em ouro.
Os países do sul da zona do euro crescentemente vão se revelando uma causa perdida.  As pessoas não vão às ruas protestar por menos governo, mas sim por mais governo.  Sendo assim, a Alemanha deveria se retirar do euro e entregar o controle da moeda para esses países.  Deixem-nos ter o que querem: uma moeda sem nenhum poder de compra.

PETRALHASSSSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!

PF cumpre mandado de busca na casa do governador de Minas Gerais



A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira (25) mandado no apartamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), no bairro da Serra, em Belo Horizonte.
As buscas, feitas no âmbito da operação Acrônimo, foram autorizadas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Por volta das 7h30, a reportagem do Valor flagrou dois automóveis da PF estacionados em frente ao imóvel de Pimentel.
A investigação corre sob sigilo porque envolve suspeitas de irregularidades na campanha do governador de Minas Gerais. O inquérito apura lavagem de dinheiro e a origem de cerca de R$ 100 mil encontrados em um jatinho no aeroporto de Brasília no ano passado. São investigados desvios de verbas em contratos com o governo federal de 2005.

PETRALHASSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK (FOLHA DE SAO PAULO)

Habeas corpus preventivo pede que Lula não seja preso na Lava Jato. 


QUE ALEGRIAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!