quinta-feira, 28 de maio de 2015

Banânia, o esquerdismo (PT/PSDB) está destruindo o pais. OU:"Brasil atinge a pior colocação da história em competitividade global com o PT"(RC)


Fonte: GLOBO
Nunca antes na história deste país! Agora sim, o ex-presidente pode usar seu bordão, mas para dar uma péssima notícia:atingimos o pior patamar da história no índice de competitividade global:
O Ranking de Competitividade Global 2015, divulgado nesta quarta-feira pelo International Institute For Management Development (IMD), traz mais uma má notícia para o Brasil. Pelo quinto ano seguindo o país perdeu posições no ranking, caindo da 54ª para a 56ª posição em um grupo de 61 países, a pior colocação desde que a pesquisa foi lançada, em 1989. O estudo, que no Brasil é realizado com a colaboração da Fundação Dom Cabral, analisa a capacidade dos países de criar e sustentar um ambiente sustentável para a competitividade das empresa.
Os Estados Unidos mantiveram-se no primeiro lugar, como a economia mais competitiva do mundo, seguidos por Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá. Entre os países latino-americanos, o Chile, no 35º lugar, é o mais bem colocado, à frente do México, que ficou em 39º.
À perda de posição na atual edição do estudo, ressalta o estudo, somam-se as perdas ocorridas nos últimos cinco anos, refletindo uma queda total de 16 posições desde 2010, último ano em que o país apresentou ganhos relativos de competitividade (alcançou a 38ª posição na lista), de acordo com a Metodologia do IMD. O resultado é que na edição de 2015 o padrão de competitividade do Brasil supera apenas os de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela.
[...]
Dos quatro pilares analisados para medir a competitividade dos países — desempenho da economia, eficiência do governo, eficiência empresarial e infraestrutura, considerados —, o Brasil perdeu posições em todos na avaliação deste ano.
Quanto ao desempenho da economia, o Brasil experimentou a maior perda, caindo oito posições em relação a 2014. Pesaram nesse recuo o crescimento de 0,1% do PIB, contra uma expansão de 2,3% do PIB mundial, a deterioração das contas públicas e a alta da inflação. Os escândalos de corrupção, especialmente o desvendado pela Operação Lava Jato, envolvendo a Petrobras, tiveram contribuição direta na piora desse indicador.
O que comentar? O PT tem se esforçado com esmero para destruir o Brasil, e vai conseguir! Éramos uma economia fechada? Conseguiu piorar isso. Éramos corruptos? Atingiu o estado da arte e institucionalizou a corrupção, além de banalizá-la. Tínhamos excessiva burocracia? Piorou. Nossa infraestrutura era capenga? Tente exportar seu produto por nossos portos hoje! Nossa carga tributária era muito alta e complexa? Calma que vai aumentar! E por aí vai.
É tudo isso uma vergonha! Um país que necessita urgentemente de reformas LIBERAIS coloca por 16 anos no poder um partido esquerdista, estatizante, que acredita no papel do estado empresário como locomotiva do progresso. O que esperar disso? Está aí o resultado: ladeira abaixo no ranking de competitividade. Depois preferimos culpar a “exploração” dos bem-sucedidos por nossa miséria e por seu sucesso, enquanto demandamos mais estado ainda. Haja paciência!!!
Rodrigo Constantino

"Vai pra Cuba!" e o crime de PT-fobia ( PERCIVAL PUGGINA )

Sugiro um programa “Harmonize PT”, para acabar com a semeadura de ódio que o partido, há anos, semeia onde quer que a imaginação humana possa vislumbrar uma fissura em grupos sociais.

Todos já sabem que o tal “Humaniza Redes” é jogada de marketing saída da cabeça do João Santana. Ou assemelhado. Resulta em bem concebida forma de censura a todos que não amam o PT, o petismo, o governo petista, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Portanto, é violência disfarçada. É a “criminalização” do antipetismo.
 As organizações, personalidades e práticas políticas construídas em torno do partido da estrela, na cabeça dos que conceberam o Humaniza Redes, devem ser objeto de devoção e reverência nacional. Saudados com “Hasta la vitoria, siempre!”.
A expressão “Vai pra Cuba!”, aliás, tem sido apontada como sólido indício de ódio contra o PT. Entretanto, poucas coisas tão ansiosamente desejadas por qualquer petista, da base ao topo da pirâmide partidária, quanto uma excursão a Cuba. Viajar a Havana, com ou sem a companhia de Lula, já foi prêmio disputado pela militância. Toda visita à ilha de Fidel Castro constitui ato litúrgico, uma espécie de batismo de fogo simbólico. Encontro-me frequentemente, em debates, com muitos desses “compañeros” que estudaram por lá com aval do partido, ou que fazem peregrinações periódicas à ilha, de onde retornam como quem transpôs os umbrais do paraíso socialista.
Portanto, todo petista que se preze deveria responder a um “Vai pra Cuba!” com um “Se Deus quiser!”, principalmente porque a expressão poderia substituída por coisa muito mais desagradável e ofensiva, tipo “Vai pra Miami!” ou “Vai pra Nova Iorque!”. Mas isso sim, seria coisa de gente mal-humorada, intolerante, do tipo que se irrita com o Mensalão, o Petrolão, os sucessivos escândalos, as mordomias, as “pedaladas”, a irresponsabilidade fiscal, as mentiras e mistificações, as explicações esfarrapadas, a carestia, a inflação, o aumento de impostos e o crescente desemprego. Para ficar no que se sabe.
Ódio não é um sentimento que se deva cultivar. Por isso, sugiro um programa “Harmonize PT”, para acabar com a semeadura de ódio que o partido, há anos, semeia onde quer que a imaginação humana possa vislumbrar uma fissura em grupos sociais. Foi por esse caminho que o PT foi jogando os brasileiros uns contra os outros até darem conta do que estava acontecendo.
Mas se o ódio faz mal, tampouco seria benéfica e respeitável a passividade tolerante que o petismo apreciaria neste momento. O fiapo de democracia que nos resta está sustentado nos movimentos de rua e nas redes sociais porque as instituições, bem, as instituições estão com a vida ganha. E o país tem um governo petista com uma oposição tucana. Pode haver infortúnio maior?

Quando moradia deixou de ser mercadoria: o desastre soviético ( Anthony Ling)


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Blocos habitacionais da URSS, provavelmente da metade do século 20. Foto: mvstang @ Flickr
"Moradia não é mercadoria" é uma frase muito repetida entre ativistas em defesa da moradia popular.
Entendo aqui 'moradia' como unidades de habitação, principalmente casas e apartamentos. Já 'mercadoria' é algo produzido para ser vendido no mercado, destinado ao comércio, e que não é uso do produtor.
A vasta maioria das moradias hoje em dia pode ser considerada mercadoria, dado que é produzida e vendida por incorporadoras e imobiliárias que não moram nos edifícios que produziram. Assim, a proposta por trás dos ativistas que repetem essa frase é a de fazer com que a moradia deixe de ser produzida e vendida pelo mercado imobiliário, passando a ser planejada e distribuída pelo poder público. O objetivo seria torná-la mais acessível dado o atual déficit de moradias, que é uma das causas dos altos preços do mercado imobiliário.
Só que essa proposta não é nova.  Moradia já deixou de ser mercadoria durante um momento muito peculiar da nossa história, e de forma bem documentada, na União Soviética (URSS), abrangendo várias cidades da Europa Central e Oriental durante a maior parte do século passado. Hoje, é possível entender quais foram as principais consequências dessa política.
Várias cidades da antiga URSS aboliram o sistema de preços e implementaram uma economia planejada durante um período que durou entre 45 e 75 anos. Nesse espírito, também foi abolido o mercado imobiliário.  Consequentemente, o que determinava a alocação de densidades e de usos residenciais, comerciais e industriais não eram as demandas dos moradores na condição de consumidores imobiliários, mas sim decisões burocráticas feitas com o intuito de minimizar os recursos investidos em imóveis com o objetivo de prover "moradia universal".
É difícil entender este sistema, tão diferente ele era do que estamos acostumados atualmente. Deixando de ser mercadoria, imóveis e terrenos não tinham preços. O planejamento se iniciava com estudos técnicos que determinavam a quantidade de terra necessária para construir apartamentos e fábricas. Ato contínuo, uma vez que a terra fosse alocada para um determinado uso, ela não mais podia ser vendida ou alugada para um terceiro, apenas devolvida para o governo caso nada fosse construído.
Esse princípio teve um grande impacto em indústrias que sofriam mudanças tecnológicas: fábricas se expandiam, mas não podiam se realocar, pois teriam um custo de mudança de terreno que não podia ser compensado por uma venda da fábrica original.  Afinal, fábricas também não podiam ser tratadas como mercadorias.
Mesmo quando problemas tecnológicos e operacionais obrigavam administradores a mudar de local, os terrenos deste anel industrial não eram reciclados, mas sim mantidos industriais, só que com menos empregos e atividade industrial. A política industrialista da União Soviética levou a uma extrema concentração de indústrias dentro da região urbanizada.
Por exemplo, em Moscou, 32,5% da cidade construída é usada para fins industriais (embora parte esteja abandonada atualmente, pois a cidade ainda não conseguiu se regenerar).  Em Paris, Seoul e Hong Kong são apenas 5%.
O mesmo processo era feito na determinação do uso comercial. É importante lembrar que, na verdade, não deveríamos chamar tal atividade de "comércio", mas simplesmente de "serviços", pois o comércio (pelo menos nas vias formais, já que o chamado "mercado negro" funcionava de forma abrangente) não existe quando se abole o conceito de mercadoria. Assim, muitos serviços como bancos, corretoras de imóveis, seguradoras etc. simplesmente não existiam nessas cidades. Adicionalmente, muitos serviços de educação, saúde e distribuição de alimentos eram feitos dentro de instalações industriais e não necessitavam de uma alocação específica de uso do solo na cidade.
A alocação de moradia também seguia a mesma lógica, mas com um pequeno detalhe: a quantidade de terra alocada para uso residencial foi mudando ao longo do período soviético de acordo com o desenvolvimento de tecnologias que permitiam um melhor aproveitamento da terra: a verticalização.  Sistemas pré-fabricados de construção, que se tornaram universais para a construção de moradia nos países da Europa Central e Oriental dos anos 1960 em diante, permitiram blocos de apartamentos mais altos, diminuindo a necessidade de terra do ponto de vista dos planejadores e gerando cada vez densidades mais altas.
Os planejadores soviéticos avaliavam apenas quantitativamente as necessidades de moradia da população, sem se importar com a localização das construções na cidade. Ao mesmo tempo, os grandes terrenos em que ainda não haviam sido feitas construções eram encontrados mais facilmente nas periferias. Isso fez com que as zonas residenciais mais recentes — e mais distantes do centro — normalmente tivessem densidades mais altas por causa das alturas mais altas de edifícios que foram possibilitados ao longo do tempo.
O resultado urbano final em cidades nas quais isso teve maior impacto é o caminho oposto ao da cidade europeia tradicional, que possui maior densidade próximo do centro histórico — de maior demanda por moradia e por serviços — e que vai gradualmente diminuindo à medida que dele se distancia.
Moscou, onde essa política teve maior impacto, apesar de ainda possuir um centro histórico que concentra empregos e serviços, é uma das únicas cidades do mundo que possui periferias mais densas que as áreas centrais.
Ineficiência urbana
Uma das consequências urbanísticas deste tipo de planejamento foi o aumento das distâncias de deslocamento, uma vez que os moradores das periferias são obrigados a se deslocarem à área central onde se concentram os serviços. Se a maioria dos moradores se concentra nas periferias, o resultado agregado será pouco eficiente.
Se compararmos Moscou a Paris, a qual teve uma alocação espontânea de moradia e de serviços durante a maior parte do seu desenvolvimento urbano, a primeira possui 75% da área da segunda, mas com uma distância de deslocamento dos moradores 5% maior. Brasília, que também teve um planejamento totalmente centralizado, tem um desempenho ainda pior neste indicador: a distância de deslocamento dos seus moradores é semelhante à de Nova York, mas a capital brasileira tem uma área construída 10 vezes menor.
O custo de oportunidade de se manter terrenos abandonados ou subutilizados em regiões centrais da cidade — principalmente industriais, no caso de Moscou — também é muito significativo, contribuindo para a escassez de terra para moradia. Citando a economista Emily Washington, "Não faz sentido o uso industrial em terrenos onde as pessoas estão dispostas a pagar um prêmio para ter moradias".
O trabalho do urbanista Alain Bertaud mostra que, em 1991, quando o mercado imobiliário foi gradualmente sendo reintroduzido na Rússia após o fim da União Soviética, os preços de moradias próximas ao centro foram aumentando, mostrando uma clara falta de oferta de moradia nestes locais.
Escassez, burocracia e mercado negro
A falta de um sistema de preços — que é crucial para transmitir informações sobre oferta e demanda — também levou a uma grande escassez de moradias, principalmente durante a primeira metade do período soviético.
Durante a era Stalin, entre 1927 e 1955, a URSS não aumentou os baixíssimos índices de área construída per capita que já existia em 1917, de 4m2. A coabitação era frequente e necessária, com cerca de 35% da população vivendo em apartamentos compartilhados até o final da URSS. As filas de espera para se conseguir moradia levavam em torno de 10 anos. Era tanta burocracia envolvida no processo, que o governo russo identificou 56 tipos diferentes de moradia que poderiam ser conseguidos por 120 procedimentos distintos.
Dado que a compra, venda e troca de moradias era proibida (pois, lembremos, deixaram de ser mercadoria), estabeleceu-se um mercado negro de sublocação, que alguns autores estimam ter abrangido 10% de todas as unidades da cidade.
Também era frequente a transferência ilegal de endereço, já que também era necessário esperar alguns anos nas filas de registro para formalizar a troca. Apesar de não existirem estatísticas oficiais a respeito de moradores de rua, relatórios secretos da URSS reportam cifras em torno de 500 mil pessoas.
Mesmo assim, as principais cidades, como Moscou, eram símbolos para o resto do país e para o resto do mundo, recebendo um investimento desproporcionalmente maior em moradia quando comparada às demais cidades soviéticas. A quantidade e a qualidade da moradia produzida, por exemplo, em zonas rurais e industriais na Sibéria eram muito inferiores às dos centros urbanos. No entanto, para piorar a situação, o controle quantitativo de moradia e a constante escassez nas cidades devido à rápida industrialização criaram a política da propiska, uma espécie de passaporte migratório interno, que proibia os moradores de zonas rurais de migrarem para os centros urbanos.
O fim da arquitetura
Uma das propostas da política de moradia da URSS era promover a habitação coletiva e a igualdade de moradia para todos. Nesse sentido, havia um modelo de bloco habitacional a ser seguido durante cada época, e que não levava em conta as preferências e particularidades dos cidadãos. Isso resultou na pasteurização modernista da cidade soviética, a repetição de projetos assépticos visando à redução numérica do déficit habitacional — o qual, mesmo assim, não foi resolvido.
No contexto soviético, pode-se dizer que isso decretou o fim da arquitetura residencial, dado que uma única solução era escolhida para resolver a necessidade de todos.
Muitos podem criticar as "selvas de concreto" de cidades como São Paulo ou Nova York, nas quais há uma variação radical no tamanho, forma e estilo de cada projeto arquitetônico.  Mas o fato é que sua variabilidade de edifícios — mesmo que dentro das legislações estabelecidas — permite que cada cidadão possa escolher a arquitetura de sua preferência. O mercado imobiliário, neste cenário, visa a atender as diversas preferências de seus consumidores, as quais também mudam de forma dinâmica junto com os hábitos e com as tecnologias existentes a cada época.
Um forte indício disso é que, com o fim da vontade de se morar longe das regiões centrais — tendência essa que impulsionou o espraiamento urbano até os anos 1980 —, hoje existe uma tendência forte entre incorporadoras de produzir apartamentos menores, bem localizados e com um relacionamento mais conectado entre a edificação e a cidade. Tanto Nova York quanto São Paulo são protagonistas em seus respectivos países em liderar este movimento de transição.
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Vista da parte sul de Manhattan, em Nova York, do 102o andar do Empire State. 
Moradia é mercadoria
O relato sobre moradias na União Soviética mostra empiricamente algumas das consequências negativas de se fazer com que a moradia deixe de ser tratada como mercadoria. É importante ressaltar que os problemas observados não foram resultado de falhas técnicas no planejamento ou de um conceito errôneo de moradia adotado, mas sim da eliminação do sistema descentralizado de preços, o qual, quando funciona livremente, gera feedbacks constantes de informação entre oferta e demanda.
Por meio do sistema de preços, cada cidadão, ao voluntariamente alugar, comprar, desenvolver (ou não) um determinado imóvel em uma determinada localização, e fazer dele o que mais lhe aprouver, está fornecendo ao mercado informações cruciais sobre sua preferência.  E, ao fazer isso, ele envia aos outros indivíduos e empresas informações instantâneas sobre a situação deste mercado.
Tentar abolir novamente o mercado imobiliário com o intuito de planejar a cidade de uma forma diferente — e ao gosto de planejadores e burocratas — gerará problemas da mesma natureza do modelo imobiliário soviético, pois tal medida arbitrária não responde às demandas da população de forma dinâmica. Imóveis vazios ou subutilizados continuarão existindo, embora dispersos pela cidade em vez de estarem concentrados em uma região inteiramente zoneada.
O déficit habitacional e os altos valores das moradias, alvos da luta pela moradia popular, deveriam ser atacados em sua raiz, sem alterar a característica dinâmica de preços. O que, afinal, torna nossos imóveis tão caros? Um estudo realizado em 2005 pelos economistas Edward Glaeser e Joseph Gyourko intitulado "The Impact of Zoning on Housing Affordability" aponta forte correlação entre regulação do uso do solo e acessibilidade à moradia, podendo resultar em um aumento de até 50% no valor imobiliário de uma determinada região.
São inúmeros os motivos que contribuem para elevar os preços de moradia, desde restrições artificiais de oferta (limites de densidade; de altura de edificações; recuos de ajardinamento; leis de zoneamento) a alterações nos projetos (como número obrigatório de vagas de garagem e leis que incentivam a subutilização dos térreos), passando por custos na atividade de incorporação (custos legais de passar pela aprovação dos órgãos públicos; custo do risco legal de legislações que não deixam claro o que pode ou não ser feito em um determinado terreno; custo de oportunidade do tempo entre a compra do terreno e espera de um determinado projeto ser efetivamente aprovado na Prefeitura; impostos e encargos trabalhistas).   
[Nota do editor: além de todos esses fatores, é crucial também ressaltar, para o Brasil, a política de crédito fácil do governo federal voltada para o setor imobiliário.  Um financiamento de imóveis feito por bancos estatais — Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil — paga juros muito abaixo da SELIC.  Atualmente, a SELIC está em 13,25%, mas o BB cobra juros de apenas 6,15% no financiamento da compra de imóveis.  A Caixa cobra 7,34%.  Trata-se de um banquete para os especuladores imobiliários, e uma tragédia para os mais pobres, que sofrem as consequências do aumento dos preços]
Tudo isso contribui para um aumento significativo no preço dos imóveis em centros urbanos altamente demandados.
O resultado do estudo de Glaeser conclui que as cidades norte-americanas que possuíam menos restrições do uso do solo tinham seus preços mais próximos dos seus custos de construção, dado o equilíbrio de mercado entre oferta e demanda por moradia. Em um centro urbano inserido em uma economia de mercado é contraditório lutar contra uma grande oferta imobiliária e, ao mesmo tempo, a favor de preços acessíveis.
Enfim, para termos uma cidade eficiente, diversa, dinâmica e, ao mesmo tempo, acessível, não devemos fazer com que a moradia deixe de ser mercadoria, mas sim que ela seja uma mercadoria acessível a todos.
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Dom Helder, o santo do pau oco (*) Ipojuca Pontes


A mídia amestrada noticia com insistência o deslanche do processo de beatificação e canonização de D. Helder Câmara, antigo arcebispo de Olinda e Recife falecido em 1990. D. Helder, reconhecido urbi et orbi como o “Arcebispo Vermelho”, foi secretário-geral e um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB, uma espécie de ONG manipulada pelo comunismo internacional no seio da Igreja Católica para irradiar as propostas da decadente Teologia da Libertação, suprema pulha de apostatas declarados para subverter os valores espirituais do cristianismo.
(Segundo documentos dos arquivos ultra-secretos do Kremlin tornados públicos pelo dissidente russo Pavel Stroilov, a Teologia da Libertação é uma trama macabra dos mentores da KGB, na Era Stalin, para infiltrar na Igreja Católica o vírus do velho materialismo histórico, este, por sua vez, uma mistificação do furunculoso Karl Marx. De todo modo, a Congregação para a Doutrina da Fé, instrumento da Santa Sé, representante central da Igreja, condenou a herética Teologia da Libertação e seus militantes pela pretensão descabida de eliminar a transcendência religiosa a partir do fomento à luta de classes).
O atual arcebispo de Olinda e Recife, D. Fernando Saburito, outro militante da famigerada CNBB, empenhado até os ossos no processo de canonização, está nomeando uma comissão para ouvir pessoas que conviveram com o “Arcebispo Vermelho” e que possam falar de sua vida e trajetória. “Tudo será bem-vindo” – diz Saburito – “para que possamos juntar esse material e encaminhar para Roma daqui a um ano”. (Com o festivo Francisco como Papa, é bem possível que D. Helder vire santo, o santo do pau oco)
De minha parte, digo que convivi um pouco com D. Helder no final dos anos 1960. Em Recife, ele mostrou-se interessado em ver um dos meus documentários, “Os Homens do Caranguejo”, que abordava o tema da luta pela sobrevivência no Nordeste. Logo no primeiro contato, tomei um choque. Quando D. Helder chegou atrasado para ver o filme, mandou um assessor reiniciar a sessão. Em seguida, já sob holofotes, assumindo poses com requinte de popstar, entrou na sala de projeção saudando a todos com acenos e riso escancarado – no que foi triunfalmente aplaudido por uma platéia constituída de estudantes.
Depois da projeção, o arcebispo me levou para almoçar nos fundos da Igreja das Fronteiras, no Derby, transformada em sua residência particular. D. Helder era o que se pode chamar de “uma figura”. De início, associei-o ao “stariets” Zósima, o santo vivo de “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoiéviski. Com o tempo, vi que estava equivocado: D. Helder não apenas cultivava a glória, mas queria o poder. De fato, um olhar atento veria que nele tudo era preconcebido. A batina branca surrada, o halo da falsa humildade, o sorriso forçado, o olhar súplice e, sobretudo, a voz adocicada.
Ah, a voz de D. Helder! Seu tom floreado e macio encantava. Mas a cabo de minutos, além de aborrecer, pressentia-se que a usava como artifício para camuflar um orgulho doentio. A propósito, a tese infame de D. Helder era de que o sujeito nunca devia ser “orgulhoso de dentro para fora, mas de fora para dentro”. E acrescentava: “Para fora seja humilde, modesto. O orgulho interior Deus perdoa”.
Depois daquele almoço o padre pegou um livro de sua autoria, “A Revolução Dentro da Paz”, e fez a dedicatória em forma de catequese: “Para o cineasta Ipojuca Pontes compreender o papel da busca da justiça pela paz”. E de passagem, sem perder o tom melífluo, apanhou uma edição do jornal “Le Monde”. Encenando surpresa, comentou como se lesse aquilo pela primeira vez: – “Aqui diz que D. Helder Câmara foi indicado mais uma vez para receber o Prêmio Nobel da Paz”. O homem não conseguia esconder a vaidade mórbida e anticristã.
Em vida, o dramaturgo Nelson Rodrigues garantia que D. Helder só olhava para o céu para ver se levava ou não guarda-chuva. Para ele, o padre não tinha nenhum compromisso com o transcendental. Não passava de grotesco materialista que vivia para inocular na alma da pobre gente nordestina a crença fanática de que o regime da escassez planetária era um pecado estrutural do capitalismo. E cegando criminosamente para a fome que até hoje se abate sobre o povo cubano, eterna vítima da ditadura comunista dos Castro.
Vade retro, Satanás!
(*) Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

Chico, por qué no te callas? (RC)

Ele só aplaude o que não presta…
Ai ai, lá vamos nós. O ex-assaltante de carros estava um tanto sumido, mas resolveu voltar à cena. Primeiro colocando uma camisa contra a redução da maioridade penal no dia seguinte em que um marginal assassino “di menor” bancou o Jack estripador e resolveu expor as vísceras de um médico ciclista em plena Lagoa. Agora, dando uma entrevista ao El País para repetir que o PT fez muito pelos pobres e que é por essa razão que querem destruí-lo. O arsenal de bobagens é infindável. Falo do “queridinho” Chico Buarque, é claro.
Chico afirmou que oposicionistas ao governo querem “acabar” com o Partido dos Trabalhadores e desgastar Dilma para evitar a volta de Lula ao poder em 2018. “O alvo não é Dilma, mas o Lula; têm medo que ele volte a se candidatar”, declarou. Em entrevista ao repórter Antonio Jiménez Barca, Chico disse que, embora não seja filiado, não tem “qualquer problema” em “tomar partido”. “Sempre apoiei o PT, agora a Dilma Rousseff e antes o Lula”, disse. O compositor participou de gravações do horário eleitoral de Dilma e Lula.
Sim, ele nunca teve problema em “tomar partido”, e sempre tomou o partido errado! O rico compositor, que mora numa cobertura do Leblon, nunca teve problema em apoiar, de longe, o regime ditatorial cubano, o mais assassino do continente, que ceifou a vida de dezenas de milhares de inocentes e colocou os demais milhões de cubanos numa situação de penúria e escravidão. Chico toma partido mesmo, quando é para defender a escória humana!
Segundo ele, o PT não resolveu os problemas do país, mas atenuou os problemas sociais. “Apesar de não ser membro do partido, de ter minhas desavenças e de votar em outros candidatos e outros partidos em eleições locais. Mas sempre soube que o problema deste país é a miséria, a desigualdade. O PT não resolveu tudo, mas conseguiu atenuar. Isso é inegável. O PT tem melhorado as condições de vida da população mais pobre”, disse.
Tem melhorado mesmo? Não, Chico, não tem! Melhorou as condições de vida dos sócios da JBS, por exemplo, ou de Marcelo Odebrecht. Mas pobre, caso o compositor não saiba (e não deve saber mesmo, pois vive numa bolha de ricos), sofre mais do que ninguém com inflação. É o imposto mais perverso que existe. E caso o compositor também não saiba, talvez por passar tempo demais nos cafés de Paris ou jogando pelada em seu campo particular no Recreio, a inflação no Brasil está acima de 8%.
O que o PT fez chama-se populismo. Como Chávez fez na Venezuela e Kirchner na Argentina. Não melhora as condições de vida dos mais pobres coisa alguma, ao menos não no médio prazo. Distribui benesses estatais, possíveis ou pela alta das commodities ou pelas reformas mais liberais do governo anterior, e depois cobra em troca o voto. Antigamente era chamado pelo próprio Lula de “voto de cabresto”. Isso não melhora coisa alguma a “desigualdade”, que nem deveria ser o foco em si, pois riqueza não é jogo de soma zero (se Chico discorda, por que não distribui a sua própria fortuna para tornar o mundo menos desigual?).
Esse populismo petista criou uma ilusão de prosperidade, mas ela era, como vemos agora e os liberais apontavam antes, insustentável. Foi algo passageiro, um sonho de verão. Quando a maré baixou, ficou claro que o Brasil nadava nu. Teremos uma queda do PIB perto de 2% este ano, mesmo com uma inflação acima de 8%. Isso não é “intriga da oposição” ou uma conspiração das “elites” para impedir a volta do Lula, Chico. Isso é uma desgraça causada pelo governo do PT e seu “desenvolvimentismo” irresponsável e populista.
Até mesmo economistas ligados aos tucanos e, portanto, mais afeitos aos programais sociais como o Bolsa Família (nada mais do que a união de programas anteriores de FH), condenam o que o PT fez na economia por ter estragado os “acertos” na política social. É o caso de Mansueto Almeida, que escreveu em seu blog hoje um texto criticando a fala de Chico, e mostrando como o salto nas exportações, sem nenhum mérito do PT, é que explica a bonança passageira:
No mais, as principais políticas sociais antecedem o governo do PT, mas é claro que o PT expandiu o Bolsa Família, mas também o Bolsa Empresário e criou uma desequilíbrio fiscal enorme. O problema das criticas ao PT, pelo menos no meu caso, tem a ver não com a política social, mas sim com a política econômica. E não teremos condições  externas tão favoráveis como aquelas que, no governo Lula,  se traduziram em um crescimento do preço de nossas exportações de mais de 150% em relação à 1999, segundo a FUNCEX.
Ou seja, no período Lula, foi possível mais do que duplicar as exportações do Brasil apenas pelo efeito de aumento expressivo dos preços de nossas exportações. Nenhum governo ganhará novamente esse maná dos Deuses e, sem um conjunto de reformas microeconômicas, teremos mais de uma década de crescimento medíocre. Assim, o único medo do Lula é ele achar que tudo que aconteceu de 2003 a 2010 decorreu da política do seu governo, com muitos gostam, de forma equivocada, repetir.
Índice de preço das exportações do Brasil (1980-2014) – 1999=100
Fonte: FUNCEX
Como podemos ver, o PT ganhou um bilhete de loteria, usou a grana para comprar votos e se manter no poder, e não fez o dever de casa. Ao contrário: fez um monte de trapalhada e, por isso, destruiu esse maná que veio dos céus (ou mais especificamente da China).
Para Chico, a atual situação do país é “muito confusa” e o governo não tem como escapar de tomar medidas impopulares devido à crise econômica. O momento, avalia, também é de dúvida sobre o futuro do Brasil. “Não há nenhuma maneira de saber o que vai acontecer nos próximos anos.”
Mas uma coisa sabemos com mais convicção, quiçá certeza: que Chico e a esquerda caviar que ele tão bem representa continuarão mentindo, repetindo besteiras, atacando as “elites” das quais fazem parte, e defendendo o que há de pior na espécie humana, incluindo os maiores corruptos e tiranos do planeta. Só me resta, então, pegar emprestada a fantástica tirada do rei Juan Carlos direcionada ao bufão Hugo Chávez, outro desses que era reverenciado por gente como Chico: Por qué no te callas?
Rodrigo Constantino

“Favela não é lugar para ninguém”, diz Seu Jorge, que veio de uma delas em Belford Roxo


A esquerda caviar adora glamourizar as favelas, ou melhor, as “comunidades”. São lugares vistos como de vanguarda, onde há uma simplicidade maior, uma camaradagem espontânea, algo que nos remete ao “bom selvagem” de Rousseau, pessoas mais “puras”, enfim, pois não totalmente contaminadas pela “ganância capitalista” e a impessoalidade das cidades. Basta assistir a um programa “Esquenta!”, de Regina Casé, ou ler umaentrevista de Miguel Falabella, enaltecendo o estilo de vida mais descolado e divertido de lá, para se ter quase vontade de vender tudo e ir morar numa favela.
Na prática, não é nada disso. O que temos é um cotidiano de surras e pobreza, os “gatos” da Net feitos por “esperteza” e excesso de “malandragem”, e um clima de total insegurança, em que os pais vivem constantemente apavorados com o risco de seus filhos serem atraídos pelo tráfico de drogas, que domina quase todas as favelas cariocas. O gerente de tráfico da favela da Maré chegou a afirmar que matava um por dia, se quisesse. É esse o ambiente insalubre dos moradores dessas “comunidades”, sem falar da falta de saneamento adequado e tudo mais.
Enquanto o beautiful people dos bairros chiques elogia essa condição de vida de longe, muitos favelados (termo jamais usado por essa gente) desejam aquilo que os outros têm: consumir mais produtos modernos, viver com mais segurança, oferecer uma condição de vida melhor para seus filhos. Na resenha que escrevi de Um país chamado favela, tentei encontrar um ponto de equilíbrio entre a glamourização feita pela elite da esquerda e o preconceito destilado por muitos, sem deixar de criticar o viés esquerdista dos autores.
Mas tudo isso foi para chegar à entrevista recente que Seu Jorge concedeu à revista Rolling Stone. Ele, que veio de Belford Roxo e sabe do que está falando, ao contrário dos artistas e “intelectuais” nascidos em berço de ouro, como Chico Buarque e companhia, foi enfático ao dizer:
Favela não é lugar para ninguém. Favela não é legal. Não tem segurança, não tem saneamento, não tem hospital, não tem porra nenhuma. Favela só sofre preconceito. Eu quis sair mesmo. Eu não quis ficar enterrado na favela. Nasci lá, mas não quis ficar enterrado lá. Favela não é meu mundo, meu tudo, porra nenhuma. A favela é o abandono que o governo deixou pra gente. E hoje eu não quero tocar na favela para não me envolver com tudo que está errado lá dentro.
Sinceridade, algo que tanto falta aos nossos artistas da esquerda caviar. Ao contrário daqueles que elogiam Cuba, Venezuela e o socialismo, mas escolhem passar férias ou viver em Nova York ou Paris, Seu Jorge elogia os Estados Unidos mesmo, um “país diferenciado”, não por acaso onde escolheu viver. Quando questionado por que foi para Los Angeles, respondeu: “Tranquilidade. Eu precisava ser pai. No Brasil o Seu Jorge estava dentro de casa. Eu não conseguia levar minhas filhas para passear, ir à escola delas sem ter a aclamação do público. Nos Estados Unidos não tem isso. Lá eu tenho uma vida normal de pai, que sai, dá uma volta com o cachorro”.
Não é apenas a fama que o mantinha em casa, naturalmente. Pode ter sido o fator principal em seu caso, mas não foi o único. É o que faz muita gente, cada vez mais, temer um simples passeio no parque, ou andar de bicicleta pela orla: a violência, o risco de assalto, de levar uma bala perdida, de ser abordado por um marginal que depois é tratado como “vítima da sociedade” pelos sociólogos e poetas. Não há isso nos Estados Unidos. Aqui em Weston vemos vários ciclistas pelas ruas, e se eu perguntar se temem algum assaltante, não vão compreender minha pergunta. Posso sair de um restaurante às 23h de vidros abertos e parar em qualquer sinal sem medo. Tranquilidade, é a palavra certa, usada por Seu Jorge, que lamenta a perda de identidade do brasileiro:
Acho que a política brasileira está passando por uma crise de identidade muito grande. Não reconhecemos mais quem nos representa. É um problema muito sério, porque atinge a percepção da capacidade de o Brasil ser um país colossal, como ele merece e tem condições para ser. O mundo todo torce para o Brasil e para o brasileiro, eu percebo isso [lá fora]. Os programas sociais não são um problema, mas causam um rombo muito grande e fazem com que as pessoas não se movam para alcançar outro plano. As contas do governo também não batem. Acho que uma série de ministérios deveria ser suprimida e que precisamos de gestores mais sérios. Está cada vez mais difícil representar o Brasil fora daqui, e essa é minha função. Não saí do Brasil para me tornar um gringo – eu saí para afirmar o Brasil. Mas está difícil, porque nossas mazelas e feridas estão expostas e as pessoas não acreditam na gente. Isso interfere diretamente no meu trabalho e carreira.
Sobre aqueles que atacam o cantor por ele ter se mudado para os Estados Unidos, a típica elite da esquerda caviar que vive numa bolha, Seu Jorge solta o verbo em desabafo:
O patrulheiro que fica me enchendo o saco, dizendo “Pô, o Jorge agora mora nos Estados Unidos”, tem que se lembrar do seguinte: eu era morador de rua, um fodido e meu dinheiro eu fiz centavo por centavo sem sacanear ninguém, sem roubar ninguém. O Brasil em que eu acredito é esse que está na Avenida Paulista ralando; é o Brasil do motoboy, das mães solteiras fazendo faxina como diaristas, dos garçons, dos seguranças. Esse é o meu Brasil, eu vim daí. Agora, vem essa galerinha de Facebook e de Twitter [falar de mim]. Pô, morre e nasce de novo para poder chegar perto de mim, morou?
Morei. Entendo perfeitamente o desabafo de Seu Jorge, mesmo jamais tendo passado pelo que ele passou na infância. Isso nunca me impediu de ter sensibilidade para tentar me colocar no lugar do outro, e por isso mesmo minha revolta com essa elite hipócrita, que glamouriza o que é, para o outro, um fardo concreto. Se Seu Jorge tivesse ficado na favela até hoje, tendo que fazer parceria ou com o tráfico ou com a milícia, a esquerda caviar ia adorar, ia repetir que ele não perdeu os laços com sua essência humilde, enquanto, na prática, ele estaria prejudicando sua família e agredindo sua ética.
Em Los Angeles ele não precisa de nada disso. Pode oferecer uma qualidade de vida bem melhor para as filhas, pode dormir em paz, sair com tranquilidade, e não tem que contemporizar com bandido para fazer seus shows. E isso é condenado por aqueles que vivem no Leblon ou no Jardins, gente que vai para Paris ou Nova York todo ano, mas adora odiar os Estados Unidos, e “ama” as favelas, de preferência bem de longe, vendo-as como uma simples abstração, enquanto os favelados são apenas mascotes para alimentar sua vaidade fruto da autoimagem de abnegados e altruístas. Para esses “psicólogos sakamotianos“, Seu Jorge quer apenas o gozo da inveja alheia. Não é mole não!



quarta-feira, 27 de maio de 2015

Brasil já é, em números absolutos, o País em que mais se mata no mundo: 60 mil mortes por ano (Alerta Total)



O uso de armas de fogo na prática homicida aumentou depois do estatuto dos 10 anos do "desarmamento legal" no Brasil. Com quase 60 mil homicídios por ano, o Brasil já é, em números absolutos, o País em que mais se mata no mundo, embora não estejamos em guerra (militar ou civil) declarada. Os pregadores do desarmamento da população civil - e não dos criminosos profissionais - tiveram seus inocentes argumentos assassinados pelo resultado do Mapa da Violência 2015 comparado com os números de anos anteriores.

O Mapa da Violência 2015 revela que foram registrados no Brasil 395.435 homicídios entre 1995 e 2003. Destes, 256.844 foram praticados com armas de fogo. Já entre 2004 e 2012, foram registrados 455.146 assassinatos, dos quais 322.310 praticados com arma de fogo.  No Brasil, 10 anos após a aprovação do estatuto do desarmamento — considerado um dos mais rígidos do mundo —, o comércio legal de armas de fogo caiu 90%. No entanto as mortes por armas de fogo aumentaram 346% ao longo dos últimos 30 anos.

Antes do estatuto do desarmamento, de todos os meios possíveis para matar um indivíduo, armas de fogo foram as utilizadas em 64,95% dos casos. Depois do estatuto, este meio, continuou sendo empregado em 70,81% do total de casos de homicídio. Os crime institucionalizado, cada vez mais organizado, não deixou de ter armas para a ofensiva. Já a população ficou privada, legalmente, do direito legítimo de ter capacidade armada de defesa.

O Brasil é um barril de pólvora. O aumento da violência, principalmente urbana, mas que já apavora o meio rural, é uma das grandes preocupações dos cidadãos. A crise econômica, com desemprego e extinção de postos de trabalho, tende a agravar a situação de tensão social. Só não se pode perder de vista que a barbárie no Brasil é um problema civilizatório. A violência é o resultado de uma estrutura Capimunista, que nunca priorizou investimentos em Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento - preferindo seguir o caminho fácil do rentismo em uma relação promíscua entre o sistema financeiro e a máquina estatal perdulária e corrupta.

Se não rompermos e mudarmos a estrutura Capimunista rentista, continuaremos sendo o País subdesenvolvido e cada vez mais violento, até que chegue ao estágio da desagragação e desintegração. Se não fecharmos a torneira da fábrica de marginais, gerenciada por uma superestrutura estatal que patrocina a corrupção e retroalimenta a violência, tudo em nome da manutenção no poder, rapidamente chegaremos ao agravamento do caos em uma nação que mata dezenas de milhares de pessoas por ano, sem estar em guerra declarada.

Cadê a turminha dos direitos humanos que não cuida de tais questões? Tratar, cínica ou burramente, dos "direitos dos manos" vai inviabilizar completamente o Brasil. Será que a má intenção deles é realmente esta?

Pelo que se vê, temos assunto muito mais importante que a mera saída de uma Dilma ou do enxugamento de gelo no combate à corrupção em um Brasil estruturalmente criminoso...

As violências política, econômica e aquele que todo mundo percebe mais facilmente (dos margiranhas) estão acabando com a gente...




terça-feira, 26 de maio de 2015

‘Não é cristão quem é covarde’ (Leonardo X:)

O pastor Silas Malafaia é um homem religioso. Para muitos, que se julgam cultos, ele é obtuso. Porque é um homem religioso e a religião é incompatível com a razão. A esse respeito cito um poeta satírico — católico e romano — que escreveu sob o pseudônimo de Trilussa: “Os racionalistas afirmam que é preciso duvidar de tudo; então eu comecei por duvidar da razão”.
Hoje, Trilussa estaria defendendo, com sua deliciosa ironia, não a igreja católica que os bispos da CNBB abastardaram na doutrina herética da teologia da libertação, mas a igreja que esse pastor lidera contra a mentira e o ódio implícito no marxismo ateu.
Seria uma forma de celebrar o que disse santo Agostinho sobre a sociedade humana – que se funda no amor: “Ser cristão sempre foi e será um desafio à nossa coragem. Não é cristão quem é covarde”.

A KGB inventou a Teologia da Libertação? Simples demais… (Luiz Sérgio Solimeo)

Um ex-membro do Serviço Secreto da Rumania comunista que fugiu para o Ocidente nos anos 1970, Ion Pacepa (foto acima), concedeu recente entrevista à Catholic News Agency, na qual descreve como a KGB  (serviço secreto e polícia política soviética) teria criado a Teologia da Libertação.

“O movimento nasceu na KGB e tinha um nome inventado pela KGB: Teologia da Libertação”, afirma Pacepa. E conta como Krushev e um general russo infiltraram agentes no Conselho Mundial das Igrejas e por esse meio manobraram um grupo de bispos sul-americanos reunidos em Medellin, Colômbia, em 1968.

A realidade é mais complexa

Embora não se possa descartar a ação de Moscou na difusão desse movimento revolucionário, a realidade, no entanto, é muito mais complexa: a Teologia da Libertação foi fruto de um longo processo no interior de setores da Igreja, trabalhados peloModernismo e pelas filosofias imanentistas modernas, bem como pela influência do protestantismo liberal.

Assim, devemos traçar suas origens, para não ir mais longe, aos pontificados dos Papas Leão XIII (1878-1903) e São Pio X (1903-1914).

Heresia Modernista

Por meio de vários documentos e medidas disciplinares, o Papa São Pio X condenou um conjunto de erros filosóficos, teológicos, morais e sociais que fermentavam há tempos em instituições de ensino eclesiásticas. A esse conjunto ─ que ele afirma ser “a síntese de todas as heresias” ─, deu o nome de Modernismo.Trata-se da heresia Modernista.

Modernismo ─ descrito especialmente na Encíclica Pascendi Dominici Greges, de 1907 ─ é uma versão mais radical do liberalismo católico, que tenta infiltrar na Igreja o espírito e a mentalidade do mundo. O Modernismo é fundamentalmente naturalista e imanentista, negando o sobrenatural e a transcendência divina, e reduzindo a religião a um mero sentimento, sem verdades dogmáticas nem preceitos morais imutáveis.
Embora o Modernismo tenha sido condenado por São Pio X, infelizmente, seu espírito e muitas de suas doutrinas e metas continuaram a serpentear nos meios eclesiásticos e leigos. Em 1910 o santo Pontifice publicou o Motu Proprio Sacrorum Antistitum, no qual afirmava: “Os modernistas, mesmo depois que a Encíclica Pascendi dominici gregis arrancou-lhes a máscara com que se cobriam, não abandonaram seus desígnios de perturbar a paz da Igreja. Eles, com efeito,  não cessaram de procurar e agrupar em uma sociedade secreta novos adeptos… [Eles] estão injetando o virus de sua doutrina nas veias da sociedade Cristã”. [1]

“Nouvelle Théologie”

Os erros teológicos e filosóficos disseminados por essa sociedade secreta modernista foram condenados mais tarde, em 1950, pelo Papa Pio XII, por meio da Enciclica Humani Generis. Entre os erros condenados está o naturalismo e o “evolucionismo místico” de Teilard de Chardin, o qual identificava Jesus Cristo com a evolução, tornando assim irrisória qualquer verdade dogmática ou moral ensinada pela Igreja. Essa corrente tornou-se conhecida como “Nouvelle Théologie”, por serem seus mentores sobretudo franceses.

Modernismo sócio-político-econômico

O aspecto sócio-econômico dessa fermentação teológica modernista foi representada no começo do século XX por Le Sillon(“o sulco”), de Marc Sangnier. Esse movimento leigo pregava um igualitarismo sócio-economico radical, tendo por isso sido condenado igualmente por São Pio X, em 1910, através da Carta Apostólica Notre Charge Apostolique.

Essa tendência foi sistematizada mais tarde em termos filosóficos por Jacques Maritain, filósofo francês convertido ao Catolicismo, no seu livro Humanismo Integral (1936), que o Pe. Anonio Messineo S.J. qualificou de “naturalismo integral” nas páginas da Civiltá Cattolica.[2]

Em seu livro, embora Maritain critique o ateísmo e o totalitarismo do comunismo, ele elogia “a profunda intuição” de Marx; intuição que Maritain acredita “ser o grande fulgor de verdade que percorre toda a obra de Marx.” Esse “fulgor de verdade” é a tese de Marx da “alienação imposta pela sociedade capitalista à mão de obra e a desumanização que atinge tanto o proletariado como os proprietários.” [3]

Ou seja, Maritain aceita a essência do marxismo, que é a luta de classes e o papel “redentor” do proletariado. E ele diz ser papel dos católicos desengajarem o “fulgor de verdade” da doutrina marxista, de seu arcabouço filosófico ateu. Porque, diz ele “por maior que fosse a aversão pessoal de Marx pelo cristianismo,essa intuição, em si mesma, é impregnada dos valores judeo­-cristãos.”[4]

Contrariando o anticomunismo católico que então imperava, Maritains sugere uma “Terceira posição” ou “Terceira via” nem capitalista nem comunista.

Esse livro tornou-se a como que a “cartilha” do movimento da Ação Católica e de seu braço político, a Democracia Cristã, em especial na América Latina.

Essa pretensa neutralidade entre o capitalismo e o socialismo foi conduzindo a Ação Católica e a Democracia Cristã cada vez mais para a esquerda.

A “Terceira Posição”: “Nenhum inimigo à esquerda; nenhum amigo na Direita”

Em 1947 reuniu-se em Montevidéu, Uruguai, o I Congresso da Democracia Cristã na América, com o fito de expandir  a “Terceira Posição” maritainiana. A declaração final do evento afirmava que os democrata-cristãos baseavam-se na doutrina social da Igreja e no “Humanismo Integral” de Maritain. O documento criticava o fascismo, o comunismo e o capitalismo. Mas mostrava sua aversão pelo anticomunismo, visto como “promotor de discórdia.[5] Em suma, a “Terceira Posição”, nem capitalista nem comunista, era sobretudo anti-anticomunista, segundo a fórmula “Pas d’ennemis à gauche, pas d’amis a droite;” ou seja, nenhum inimigo entre os esquerdistas nem amigos entre os direitistas.

Da Ação Católica à guerrilha comunista

Com a morte do Papa Pio XII (outubro 1958), a Democracia Cristã começou, na Itália e por toda a parte, a chamada “apertura a sinistra”, aliando-se a partidos socialistas e chegando a falar em um “socialismo cristão.” No Brasil, por exemplo, a juventude da Ação Católica ─ que constituía a base da Democracia Cristã ─ foi mais longe e, a partir de 1960 fez aliança com os comunistas no movimento estudantil. Essa aliança foi tão longe que, em 1962, ela se destacou, completamente da Igreja e deu origem a um movimento político socialista, a Ação Popular. Esse movimento levou os antigos jovens católicos a entrar na guerrilha urbana comunista do fim dessa década.

As teorias da Nouvelle Théologie e a filosofia política de Maritain penetraram também nos Seminários por todo o mundo, influenciando os jovens sacerdotes e Religiosos. Ainda no Brasil, em 1969, três noviços Dominicanos, oriundos da Ação Católica, foram presos pela polícia por suas ligações com a guerrilha comunista.

O caldo de cultura da Teologia da Libertação

Foi nesse ambiente de intensa fermentação modernista e esquerdista que teólogos como o uruguaio Juan Luis Segundo, S.J., os brasileiros Hugo Assmann e Frei Leonardo Boff, O.F.M. e o peruano Gustavo Gutierrez lançaram as bases da chmadaTeologia da Libertação. Na Argentina essa “teologia” teve um caráter mais populista por causa da influência peronista, tendo como corifeus os padres Juan Carlos Scannone, S.J. e Lucio Gera.

Uma “teologia” latino-americana?

Embora se diga que a Teologia da Libertação seja uma “teologia” latino-americana, na verdade ela é toda calcada em autores europeus, católicos e protestantes, e nos teóricos comunistas Karl Marx e Antonio Gramsci.

O ponto central dessa “teologia” é o endeusamento do pobre, como fez Marx em relação ao “proletário”, apresentando-o como o “Redentor” da humanidade.

A Teologia da Libertação não pretende ajudar o pobre, como os grandes santos da Igreja sempre fizeram, mas apenas servir-se dele. O pobre é apenas uma arma usada contra os “ricos” (todo aquele que goza de boa posição econômica ou social), segundo a teoria marxista da luta de classes.

Da mesma forma, também não deseja melhorar a situação econômica dos países onde atua, mas conduzi-los à miséria, que esses pseudo-teólogos identificam com a “perfeição evangélica”. O seu modelo é Cuba, endeusada como uma espécie de “paraíso na terra,” onde a miséria assumiria um caráter como que “sagrado”. Eles seguem as heresias “miserabilistas” da Idade Média decadente, segundo testemunho de Leonardo e Clodovis Boff: “Inspiradores são também para a Teologia da Libertação, as experiências evangélicas singulares de tantos profetas heretizados … sem esquecer a contribuição preciosa dos movimentos pauperistasmedievais de reforma, bem como as postulações evangélicas dos grandes reformadores” [6].

Por este rápido apanhado histórico, vê-se que, com KGB ou sem KGB, a crise interna que grassa na Igreja há tanto tempo teria levado logicamente à Teologia da Libertação.

“Baldeação Ideológica Inadvertida”

É possível que a KGB tenha contribuído na disseminação dessa ideologia político-religiosa, que se apresenta como teologia católica: ela é muito útil para a expansão comunista, sobretudo em meios católicos, e para a manutenção desse regime nos infelizes países que caíram sob seu domínio.

Entretanto, o fator decisivo nos surgimento e proliferação da Teologia da Libertação, e de sua aplicação prática na América Latina, foi a verdadeira “baldeação ideológica inadvertida” [7] ─para usar a célebre expressão cunhada pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira ─ sofrida por jovens idealistas que entravam para os Seminários ou a Ação Católica e foram sendo conduzidos paulatinamente, de um fervor religioso e da ortodoxia católica, para a afinidade com as teorias marxistas do igualitarismo e da luta de classes.

Portanto, o comunismo, e a KGB, não se encontram no começo do processo que conduziu ao aparecimento da Teologia da Libertação, mas sim no seu final, como consequência necessária da aceitação dos princípios igualitários e evolucionistas dos teóricos heréticos dos inícios do século XX

O que é um SOCIAL-DEMOCRATA(TUCANO)?NÃO PASSA DE UM ARROGANTE PREPOTENTE QUE SE ACHA INDISPENSÁVEL ÁS NOSSAS VIDAS.OU:" O impeachment é o desperdício da cumplicidade tucana" (FMB)


FHC Aécio
Calma, FHC, pode ser que não dê certo
Miguel Reale Júnior disse ao Estadão que o PSDB “já tem pronto um parecer jurídico justificando o pedido de impeachment, mas ele não será usado agora”, porque “isso seria desperdiçar a bala de prata”.
Ele disse também que “os meninos” do Movimento Brasil Livre, que insistem em pedi-lo, não têm “informação e cultura política”.
Eu prefiro ouvir delatores a um jurista tucano que apoiou o petista Luiz Edson Fachin para o STF.
Gerson Almada, da Engevix, disse à Polícia Federal, segundo o Estadão:
“Políticos ou candidatos de várias esferas compareciam à empresa a fim de pedir recursos para campanha, sendo a maior parte desses pleitos negada. No caso de pleitos oriundos do PT, a situação era encaminhada a pessoa de Milton Pascowitch a quem competia examinar se tal candidato deveria ou não receber algum auxílio financeiro.”
Em 2014, Milton Pascowitch examinou a candidatura de Dilma Rousseff e decidiu que ela deveria receber da Engevix 1,5 milhão de reais de auxilio financeiro.
Pascowitch também examinou o Diretório Nacional do PT e decidiu que ele deveria receber 3,6 milhões de reais.
Pascowitch é um dos 11 operadores de propina acusados de ligação com a Diretoria de Serviços da Petrobras, na época ocupada por Renato Duque, o homem de José Dirceu preso pela Operação Lava Jato.
O operador do PT está sendo interrogado sobre os pagamentos a Dirceu, Duque, Pedro Barusco, João Vaccari Neto e Brasil 171, e também sobre os pagamentos do Estaleiro Rio Grande à Sete Brasil, para obter contratos das sondas do pré-sal.
Se Pascowitch falar tudo que sabe, até o PSDB seria capaz de ter “informação e cultura política” para pedir o impeachment.
Ok, ok. Não vamos exagerar. Isso seria desperdiçar a cumplicidade tucana.

Humor nos tempos modernos, OAB Bolivariana. Ou:"Para Evitar Estupros, OAB Quer Criminalizar Porte Irregular De Piroca"(JoselitoMuller)


RIO DE JANEIRO – A Seccional do Estado do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil voltou a tratar do tema violência na manhã de hoje, por meio de um de seus conselheiros que, informalmente, teria declarado a um flanelinha que a “autarquia sui generis” defenderá a criminalização do porte irregular de pirocas para reduzir os casos de estupro no Brasil.
Segundo o advogado, “em direito penal se diz que o crime é impossível quando há impropriedade absoluta do meio, ou ineficácia absoluta do objeto para praticá-lo. Deste modo, se o porte de piroca se tornar crime, decerto vai dificultar as ações dos estupradores”.
A proposta foi bem recebida por juristas das mais variadas estirpes, muitos dos quais têm se empenhado para formulação de propostas no âmbito da política criminal objetivando reduzir os alarmantes índices de violência no país.
Recentemente, a seccional da OAB no RJ propôs criminalizar o porte de arma branca.
“Também estamos pensando em sugerir aplicação de pesadas multas para quem cometer crimes, porque aí o sujeito vai pensar duas vezes antes de praticar um delito, já que será atingido onde mais dói: no bolso.”