sexta-feira, 31 de outubro de 2014

REPORTAGEM-BOMBA DE 'VEJA' REVELA A 'OPERAÇÃO MÃOS-SUJAS' DA TURMA DO PT. MANOBRAM PARA AFASTAR JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO, RESPONSÁVEL PELO PROCESSO QUE INCRIMINA LULA E DILMA, SEGUNDO O DELATOU O OPERADOR DO PETROLÃO!

Cinco dias depois da controvertida reeleição da 'presidenta' do PT, a revista Veja chega às bancas como mais uma reportagem-bomba. Desta feita revela com exclusividade tudo aquilo que a maioria dos jornalões e a famigerada Rede Goblo esconde dos leitores e telespectadores brasileiros, ou seja, a operação maos-sujas, com a qual a turma do PT, leia-se Lula, Dilma e seus sequazes, tentam desesperadamente acabar com o processo judicial em curso a partir da Operação Lava Jato, que fez estourar o maior escândalo de corrupção da história do Brasil.

O PT reúne neste momento todas as suas forças para tentar afastar o Juiz Federal Sérgio Moro, responsável pelo processo popularmente conhecido como "petrolão", ou seja, a fabulosa roubalheira na Petrobras.

O desespero é tanto que os black blocs do PT, na véspera da eleição deste segundo turno, atacaram a sede da revista Veja, tentando de todas as formas evitar que chegasse às bancas a edição do final da última semana, quando a matéria de capa revelava que Lula e Dilma sabiam de tudo que se passava na Petrobras.

O doleiro Youssef, o operador do petrolão, o pagador das propinas que eram encaminhadas em dinheiro vivo por meio de jatinhos e carros-fortes, entregou o Lula e a Dilma, no seu depoimento no regime de delação premiada. Logo em seguida, de forma misteriosa, Youssef sentiu-se mal e foi internado num hospital em Curitiba, mas já teve alta e voltou para carceragem da Polícia Federal na capital paranaense onde rola o inquérito. Nos próximos dias deverá continuar a depor.

Lula e Dilma ficaram endiabrados e tentaram por via judicial impedir a circulação da revista, pedido denegado pela Justiça. O ato seguinte foi mobilizar os seus jornalistas de aluguel na Folha de S. Paulo, Estadão, Rede Globo e outros menos vistosos, que a partir de então vêm propalando mentiras e tentando confundir a opinião pública; tentando desqualificar a delação feita pelo doleiro que incrimina Lula e Dilma.

Coube a jornal o O Globo a vergonhosa missão e propalar uma mentira sobre o fato para livrar a cara da Dilma e do Lula. Porém nesta quinta-feira, foi obrigado a se retratar. Este é o nível da grande mídia brasileira, toda ela também aparelhada pelo PT, sem contar que a maioria dos próprios jornalistas, que são militantes do PT, mentem por sua própria conta e são bem vindos por gente como Otávio Frias, o dono da Folha e pelos Marinho, os donos da Rede Globo. E precisou que a Veja fosse atacada pelos terroristas do PT, para que então o Jornal da Globo desse a denúncia que fora capa de Veja dois dias antes.

Vejam os caros leitores que o que venho denunciando há alguns anos aqui neste blog se confirma agora com todas as letras. Folha, Estadão, Rede Globo constituem lixo jornalístico. São usinas de mentiras e manipulações dos fatos em favor de Lula, Dilma e seus sequazes.

Portanto, está aí mais um espetacular furo de reportagem da revista Veja, a única publicação da grande mídia brasileira que tem confiabilidade. Se os leitores querem estar bem informados, assinem a Veja e acessem o seu site. Se desejam programas de TV de política, vejam de graça a TVeja no site da revista que é mil vezes melhor do que a Globo. Já nem me refiro às outras que são notórias porcarias.

Por tudo isso a edição de Veja que chega às bancas neste sábado é imperdível.

Ah! Ainda tem, de quebra outra ótima reportagem: o manual de sobrevivência para o mandato da Dilma. 

Finalmente, uma entrevista exclusiva com o Senador Aécio Neves. Boa leitura.

Socialismo católico? ( PE. JOSÉ EDUARDO)

Uma das maiores vitórias do movimento socialista foi, como queria Antonio Gramisci, o aniquilamento da resistência católica.

De fato, nos tempos do Papa Pio XI, havia uma tão grande consciência a respeito, que o mesmo pôde escrever que "socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista" (Quadragesimo anno). Na sequência, ele inclusive previniu a Igreja contra o socialismo cultural, que ele chamava de educacional, tão perverso quanto o anterior.

Contudo, as décadas se passaram e as advertências de Pio XI, Pio XII e João XXIII foram sendo ignoradas... Os socialistas entraram dentro da Igreja e começaram a confundir a mente dos fieis, até o ponto de que não apenas os mesmos não conseguiam mais discernir os porquês da Igreja em condená-los, mas passaram até a tornar-se seus defensores contra a mesma Tradição à qual diziam pertencer.
Chegamos à situação em que não apenas a contradição apontada por Pio XI parece anacrônica, mas poucos se encontram em condições de compreendê-la.

De um lado, alguns se prendem ao argumento de autoridade, dizendo que, se Pio XI falou, está falado, e pronto!, esquecendo-se de que aquilo é bom não porque o Papa mandou, mas o Papa mandou porque aquilo é bom. Os mais aguerridos se prendem à antiga pena canônica de excomunhão, que não vige do mesmo modo em nossos dias, desmoralizando, por fim, seus próprios postulados.

De outro lado, outros defendem a identidade entre o socialismo e o evangelho, criando uma confusão absurda, como se a própria doutrina social da Igreja fosse de raiz socialista. Como reação psíquica a isto, alguns destes chegam aos extremos da histeria, negando o óbvio simplesmente porque o querem, devotando às suas teses uma fé cega, injustificada, fanática, que os enclausura numa posição invencível, num engano hermético, patológico.
As reafirmações dos papas posteriores à doutrina de Pio XI foram ignoradas solenemente, dando a sensação, propositalmente causada, de que o socialismo era, enfim, harmonizado com a fé cristã.

As consequências deste quiproquó podem ser vistas, hoje, a olho nu. Com a melhor das boa-vontades, muitos católicos bem intencionados dão a vida por um sistema totalitário, emprestam o nome e as causas pelas quais trabalham a uma ideologia que existe para destruí-los, não conseguem perceber que estão do lado errado do tabuleiro da história. E a resistência católica não apenas foi bloqueada, mas mudou de sentido, tornou-se resistência "católica" anti-católica. A dialética entrou dentro da Igreja.

A única alternativa para sairmos deste imbroglio é não nos limitarmos ao argumento de autoridade, mas estudarmos para que se consiga explicar a qualquer pessoa porque o socialismo é incompatível com a reta razão e, portanto, com a fé cristã; porque um sistema que existe para desconstruir a sociedade inteira (inclusive as famílias, a Igreja, as instituições) e reconstruí-la sobre novos fundamentos, que não a verdade e o bem, deve ser rejeitado com a máxima energia.

Nos tempos de Pio XII, quando os socialistas iriam vencer as eleições na Itália, ele se reuniu com o presidente da Ação Católica italiana e pediu que cada membro visitasse a casa de cada católico, explicando a malícia do socialismo com termos simples, catequéticos: -- o pobre tem duas vaquinhas, o rico tem oito; os comunistas dizem que as dividirão por igual, cinco para o rico, cinco para o pobre; isto é mentira, no final das contas, eles tomarão as dez vacas de ambos e darão a cada um apenas o que quiserem.

Com argumentos deste tipo, os comunistas italianos foram vencidos em 1948. Talvez, hoje, a razão de nossos contemporâneos esteja tão violentada que não consigam entender sequer isso. Cabe a nós inventarmos modos de pedagogicamente os instruir.
Digo apenas que, neste sentido, nosso maior esforço deve ser entender racionalmente isto e explicá-lo com simplicidade e clareza. Sem isto, Pio XI continuará sendo jogado para baixo do tapete, juntamente com todos os papas que o reverberaram ao longo da história, e a vitória será historicamente entregue às mãos de Antonio Gramisci et caterva.

Luis Nassif e um truque psicológico para (tentar) constranger quem denuncia o bolivarianismo


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Uma das coisas mais importantes para um fraudador é fazer com que seus alvos não percebam que estão sendo vítimas de fraude.
Você talvez dirá: “Mas isso é óbvio, Luciano”. Mas será que essa lição que os auditores de fraudes aprendem logo nas primeiras aulas é tão intuitiva assim?
Na verdade, muitos acabam sendo enrolados exatamente nos momentos em que o fraudador usa truques para tentar convencer suas vítimas de que “tudo está indo de acordo com a normalidade”.
É por isso que alguns leitores ficaram indignados com o texto O mito da invasão bolivariana”, escrito pelo economista chapa branca Luis Nassif, do Jornal GN, outro recebedor de verbas estatais. Mas ali ele só faz uma coisa: tentar nos convencer de que “tudo está de acordo com a normalidade” enquanto o governo que ele apoia usa todos os truques sujos do bolivarianismo para tentar obter o poder totalitário.
Vamos começar:
Converso com um advogado, de um grande escritório, liberal e de cabeça aberta. E me surpreendo com seus receios: o de que a vitória de Dilma Rousseff possa ser o início de uma república bolivariana no país.
Por e-mail, um ex-executivo de banco me escreve manifestando o mesmo receio.
Aqui ele identifica o problema. Existem pessoas adquirindo a noção de que o governo petista está dando um golpe bolivariano. A tática inicial de Nassif é se fingir de surpreso pelo fato delas reconhecerem um fato, com o intuito de simular que elas não deviam pensar assim.
Segue:
São pessoas supostamente bem informadas pelos meios convencionais de informação: os velhos jornais e revistas do eixo Rio-São Paulo.
Aqui ele tenta nos convencer de que essas pessoas provavelmente são enganadas pelos meios de informação que leem.
Nada disso, Nassif. Basta fuçar na Internet que as provas do golpe petista já se avolumam…
Esclareço que os problemas do PT são os mesmos dos partidos convencionais: acomodamento trazido pelo poder, apego aos cargos públicos, burocratização, fechamento às manifestações da opinião pública.
Nada que o PSDB e mais partidos também não pratiquem em estados onde são poder.
O truque é o de sempre: o de relativizar as corrupções para salvar a pele do PT. Mas nada se compara ao que vemos no governo do PT exatamente pelo fato de ser um projeto bolivariano, onde o saqueamento de estados é uma prioridade.
Digo a ambos que o papel dos partidos é o de civilizar a disputa política, abrigando os diversos segmentos sociais dentro do esquadro partidário. Onde não acontece esse trabalho, a disputa política torna-se selvagem. Hoje em dia, a maioria dos movimentos sociais ganhou uma institucionalização, porque representados na esfera partidária. E o PT teve papel relevante nessa ação civilizatória.
Nós vimos a “ação civilizatória” da UJS, que praticou um atentado contra a sede da Editora Abril, assim como os diversos atos de terrorismo do MST. E que tal a invasão da Folha de São Paulo pelo MTST?
O uso de coletivos não-eleitos, especialmente aqueles treinados na retórica de ódio, são uma contribuição do PT para tentar nos levar de volta às eras tribais. Eles sempre rejeitam a civilização.
Seu defeito de hoje foi ter fechado as portas aos novos movimentos e burocratizado sua estrutura. Mas esses movimentos buscaram o Rede, de Marina – infelizmente servindo de escada para as ambições menores de Marina, que abriu mão de criar um partido pelo canto de sereia de um cargo em um futuro governo Aécio.
Agora temos a técnica da porta na cara. Basicamente, para legitimar as barbáries do presente ele pede barbáries ainda maiores no futuro.
Já vimos isso ontem no texto-truque de Sakamoto, certo?
Do lado do governo Dilma, houve o mesmo fenômeno do PT, do abandono dos conselhos de participação e outras formas de interação com a sociedade civil – incluindo os conselhos empresariais, que se manifestavam no Conselhão (o Conselho de Desenvolvimento Social) e nos conselhos reunidos em torno da ABDI (Agência Brasileira para o Desenvolvimento Industrial).
Gostaria de lembrar ao Sr. Nassif que ambos os conselhos citados surgiram por meio de projetos de lei, não de decreto com busca de obtenção de carta branca para a criação de conselhos à vontade.. pelo governo federal.
Então o que assusta meus interlocutores? O advogado explica que foi a reação de Dilma às ofensas do Itaquerão, quando generalizou e atribuiu as grosserias à elite branca. E também as manifestações populares, durante sua campanha.
Aha…
Aqui ele apela ao truque do espantalho. Inventa explicações para o tal advogado (provavelmente Nassif escreveu essas declarações como se escreve uma peça de ficção) e cita algo absolutamente nada a ver com o tema.
Que o uso da retórica de ódio divisionista do PT é um dos exemplos do comportamento bolivariano, quanto a isso não há dúvida alguma.
Mas o principal não é essa retórica de ódio, mas o uso de coletivos não-eleitos para a criação de um quarto poder, censura sutil e reforma da constituinte para aquisição de plenos poderes.
Seria o mesmo que considerar que a adesão a Aécio do submundo dos preconceitos e da intolerância transformaria sua vitória em uma Noite de São Bartolomeu.
Falsa analogia. O discurso de ódio veio da liderança do PT. Se surgiram intolerantes do lado do PSDB (e surgiram mesmo, de ambos os lados), eles não vieram da campanha oficial.
Nassif mente igual os jornalistinhas de Nicolas Maduro.
Na verdade, já era hora de ambos os partidos se desvencilharem desse radicalismo que só se manifesta na retórica dos palanques.
Engraçado ele vir falar isso somente depois do partidinho dele ter vencido as eleições com base em radicalismo…
É muito cinismo.
Por trás desses medos recíprocos, há um enorme déficit informacional, devido ao proselitismo cada vez maior do jornalismo atual e à incompetência cada vez maior dos partidos. A insistência em se falar de venezuelização do país mostra que o único ponto de convergência com a Venezuela é o nível de ambas as mídias.
O duro é que quanto mais obtemos informações de como as coisas funcionaram na Venezuela, mais a constatação de que já estamos em fases iniciais do bolivarianismo se solidifica.
Notem, aliás, que em um único parágrafo ele decide atacar a mídia duas vezes, de forma generalista, exatamente igual aos bolivarianos da Venezuela fazem.
Aliás, o discurso de que a mídia venezuelana era de “baixo nível” (agora, depois das leis de mídia, tudo está, segundo Maduro e sua turma, “uma beleza”) mostra que não há mais nada que Nassif possa esconder a respeito de suas intenções, certo?
O ponto de convergência é um só: governos fascistas começaram com um desesperado ataque à mídia, de forma injustificada, como forma de obtenção de sanção moral para censurá-las. A Venezuela conseguiu. Aqui não vamos deixar.
Os tropeços da política econômica de Dilma não podem ser comparados ao populismo desbragado do chavismo. A busca de relações comerciais com a América do Sul, ou com os BRICs, se prende a uma estratégia geopolítica – que pode e deve ser criticada enquanto estratégia, não como uma tendência bolivariana.
Claro que podem ser comparados, pois são exatamente iguais.
O intervencionismo econômico,  o aparelhamento estatal e o afugentamento de investidores é exatamente igual na Venezuela, Argentina e Brasil, pois isso é parte do projeto bolivariano.
A diferença é que no Brasil o PT teve que fazer alianças com partidos não-bolivarianos e não conseguiu fazer tudo que queria. Ademais, nosso país é muito mais complexo.
Mas só não se tornará uma nova Venezuela se nós, republicanos, agirmos contra os bolviarianos.
Temos também que tirar outra mentira da frente: a aliança com países da América do Sul. Quem foi que disse que Uruguai, Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela representam toda a América do Sul?
E por que esses tiranetes usaram o termo “Pátria Grande” após a vitória de Dilma?
Só essa questão da “pátria grande” já se configura como traição à Pátria, que deveria levar Dilma a ter que se explicar no Congresso.
Aí começaria o questionamento:
- Presidente Dilma, você acabou de ouvir o hino?
– Sim, ouvi. 
– Você reconhece que este é o hino nacional do Brasil?
– Sim.
– Não te ouvi…
– SIM!
– Muito bem. Em que parte desse hino é mencionada a expressão “Patria Grande”?
– …
O país cheio de comunistas escondidos no telhado das casas, prontos a atacar de noite, articulados pelo Foro São Paulo é uma criação midiática, pirações da sociedade do espetáculo, roteiros novelizados, assim como foi o fantasma da guerra fria que gerou o macartismo nos anos 50 nos Estados Unidos ou a Guerra dos Mundos, de Orson Wells.
Quem falou em comunistas? Aqui falamos de bolivarianos, as encarnações mais dissimuladas e cínicas do socialismo tradicional.
Como sempre, Nassif apela aos espantalhos mais canalhas possíveis.
O texto dele, vindo de um colunista cujo blog está repleto de anúncios de estatais, existe. Ninguém inventou nada disso. Não adianta fazer qualquer encenação, pois até mesmo as encenações usadas pelos bolivarianos são óbvias demais.
Aliás, se há uma “novela”, ela pode ser escrita pelas declarações de Dilma, Lula, Rui Falcão e outros líderes do PT falando desesperadamente em censura de mídia, uso de coletivos não-eleitos, assembleia constituinte, subordinação direta de todas as polícias e outros atentados contra a democracia.
Em tempo: que parte desse texto de Luis Nassif comprova que os pilares do bolivarianismo (censura de mídia, coletivos não-eleitos, transformação da polícia em milícias do governo e assembleia constituinte) não são os pilares do governo do PT?
Desse jeito, fica claro que estamos diante de um mito: o do PT que não segue o bolivarianismo.
Nassif, melhor sorte na próxima tentativa.
Por enquanto, só conseguiste mostrar o quanto são cínicos e embusteiros os jornalistas do aparelho estatal bolivariano.

PSDB cumpre apenas a sua obrigação; quem quer disputar terceiro turno em SP é o PT (RA)

O PT está boquejando por aí que, ao pedir auditoria nas urnas, o PSDB está querendo disputar o terceiro turno das eleições. Falso! Os tucanos não disseram que não reconhecem o resultado. Pedem é que se apurem as denúncias. Só isso.
Quem não reconhece o resultado das urnas em São Paulo são os companheiros. Ou a represidenta não disse, em entrevista, que a imprensa paulista escondeu o problema da água e só por isso o PSDB teria vencido no Estado? A afirmação é só uma bobagem, nascida de uma mentira.
No próximo post, mais uma denúncia grave, que chega com nome e CPF.

Tsunami monetário: nova rodada de estímulos do Japão anima mercados (RC)


O Yen, a moeda japonesa, desabou para uma mínima de seis anos, enquanto as ações do mundo todo dispararam após o Banco do Japão (BOJ) expandir inesperadamente os estímulos monetários. O BOJ disse que vai aumentar a compra de bonds do governo em mais de US$ 700 bilhões. Para adicionar lenha na fogueira, o fundo de pensão público japonês, o maior do mundo, subiu sua meta para a participação de ações em sua carteira.
Foi a primeira mudança de política desde que Haruhiko Kuroda iniciou seu programa de compras recordes de ativos em abril do ano passado. O anúncio pegou todos de surpresa. Apenas 3 dos 32 analistas pesquisados pela Bloomberg esperavam um aumento dos estímulos agora.
O índice de ações Topix subiu 4,3%, maior alta desde junho de 2013, e o Nikkei 225 fechou na máxima de sete anos. Em termos nominais, pois o Yen despencou em relação ao dólar (gráfico invertido, dólares em Yen):
Yen em dólar. Fonte: Bloomberg
Yen em dólar. Fonte: Bloomberg
Qual o efeito disso para o Brasil? A própria presidente Dilma já usou a expressão “tsunami monetário” no passado, e é a mais adequada mesmo. Esse tipo de estímulo comprova aquilo que venho dizendo há anos: essa “crise internacional” não afeta negativamente o Brasil, e sim o contrário: representa uma dádiva ao nosso país, ao menos no curto prazo.
Quando Dilma cita Japão ou Alemanha para “provar” sua narrativa de crise externa como causa de nossa estagflação, ela ignora que a crise, dessa vez, tem seu epicentro nos países desenvolvidos, e que a reação deles acaba beneficiando os mercados emergentes. O oposto do que aconteceu na era FHC, quando a crise tinha seu foco justamente nos países em desenvolvimento, afetando negativamente o Brasil, no meio do furacão.
Quando o Japão inicia uma nova rodada agressiva de expansão monetária, isso é como uma injeção brutal de liquidez nos mercados mundiais. Como há vasos comunicantes em um mundo globalizado, essa montanha de recursos passa a buscar alternativas mais atraentes em países emergentes, como o Brasil. Por isso o fluxo de investimentos diretos aumenta, apesar de nossa fragilidade.
Os melhores amigos de Dilma e do PT são os banqueiros centrais dos países ricos. São eles que criam esse excesso de liquidez no mundo, que vai desesperado atrás de oportunidades em outros quintais mais arriscados, que ainda têm yield, algum retorno sobre o investimento.
Como numa festa, o excesso de liquidez (álcool) costuma relaxar nos presentes o critério de julgamento dos ativos disponíveis, e os investidores passam a olhar com mais benevolência para as alternativas. Até mesmo uma “bruaca” consegue se dar bem num cenário desses, confundida com uma top model. Tudo graças ao excesso de liquidez.
Claro que isso não é impune. Com o tempo, essas medidas de estímulos monetários tendem a produzir uma bolha especulativa. Foi exatamente isso que aconteceu com o Nasdaq e a bolha de tecnologia, depois com a bolha imobiliária, e agora talvez com a bolha de mercados emergentes.
Sabemos que essas coisas não costumam terminar bem. Mas a euforia é boa enquanto dura. Há uma sensação de prosperidade que é ilusória, mas que seduz muita gente no processo. Duro é no dia seguinte, quando o sujeito acorda ao lado da “baranga” e descobre que sua aposta não foi fruto de análises racionais e ponderadas, e sim do desespero alimentado pela liquidez abundante.
Para quem tem apenas um martelo, tudo se parece com um prego. Os bancos centrais dos países ricos só sabem agir com base nesse instrumento, mas não é razoável achar que dá para colocar esses países na rota do crescimento sustentável novamente com criação artificial de dinheiro. Não existe almoço grátis.
Ou esses países partem para reformas estruturais que tornariam suas economias mais competitivas e reduziriam o fardo do estado inchado, ou essas rodadas de estímulo vão apenas comprar tempo, aumentando a fatura a ser paga à frente. Melhor Dilma surfar na onda enquanto for possível, pois quando for a hora do “caixote”, não vai ser nada bonito de se ver. O tsunami deixa um rastro de destruição por onde passa…








Chega dos BUNDÕES DO PSDB, onde ELES ESTAVAM NOS ULTIMOS 12 ANOS, POR UMA OPOSIÇÃO VERDADEIRA.OU:"Há algo de NOVO no ar… Ou: A energia veio para ficar e agora precisa se mobilizar"


Fui agora há pouco em mais um evento do Partido Novo, no Teatro do Fashion Mall. Mais lotado do que da última vez. Quando foi perguntado quem estava ali pela primeira vez em algum evento do partido, a imensa maioria levantou a mão. Há um crescente interesse pela novidade, pelas ideias refrescantes que o partido tem apresentado. Algo alvissareiro.
Teatro lotado: ventos de mudança
Teatro lotado: ventos de mudança
Primeiro falou o diretor do diretório do Rio, Roberto Motta, explicando os principais valores que norteiam o partido. Pediu a todos que entrassem no site e lessem o estatuto, pois é o primeiro grande diferencial em relação aos demais. Há muitos “partidos” no Brasil, sem dúvida; mas a grande maioria não passa de legenda de aluguel, e mesmo os maiores se tornaram fisiológicos, sem foco nos programas.
Roberto Motta: um partido diferente de tudo que está aí
Roberto Motta: um partido diferente de tudo que está aí
O Novo busca o poder para reduzir o poder do próprio estado, uma missão sem dúvida difícil e repleta de obstáculos. Enfrentar o status quo nunca é tarefa simples, pois confronta muitos interesses organizados. Mas é possível. E começa pela percepção de que o estado, muitas vezes, é o problema, não a solução. O importante é devolver o poder para o cidadão, para o indivíduo, que é quem efetivamente cria riqueza.
O presidente nacional João Dionísio fez sua tradicional explanação dos passos tomados até aqui, e o que vem a partir de agora. O TSE deverá validar as mais de 500 mil assinaturas ainda este ano, e aí o partido nasce de fato, podendo ter filiados. João prefere chamá-los de “sócios”, pois a ideia é justamente a de que as soluções dependem de cada um de nós, não do estado enquanto abstração.
João Dionísio: visão de longo prazo x curto prazo
João Dionísio: visão de longo prazo x curto prazo
A espinha dorsal das crenças do Novo está cravada na importância do indivíduo, cobrando dele responsabilidade também, no reconhecimento do mérito, na igualdade de todos perante as leis, no foco nos direitos em vez de privilégios. É uma mensagem liberal que tanto nos falta, em um país dominado pelo coletivismo estatizante que deposita no estado, ou seja, nos políticos, uma fé desmedida para agir como locomotiva do progresso e da justiça social.
Uma mudança revolucionária em nossa cultura
Uma mudança revolucionária em nossa cultura
Três exemplos deixam bem claro qual o objetivo do Novo. Ele defende a liberdade em vez de igualdade, pois reconhece que indivíduos são diferentes em suas habilidades, vocações, sorte. É preciso respeitar que haverá diferenças, inclusive de renda. O importante é reduzir a miséria, não a desigualdade. Ele quer incentivar o sucesso, não o discurso de vitimização, tão comum em nosso país, o dos “coitadinhos”. E quer defender direitos, não privilégios.
A palestra final coube ao publicitário Alexandre Borges, que mostrou como é preciso, agora, manter viva essa energia que foi despertada na eleição mais polarizada de todos os tempos, que ganhou as redes sociais. Para isso, é preciso ter mobilização, e dedicação. Todos aqueles que desejam um país mais livre e próspero devem lutar desde já, informar-se mais, debater, e não esperar até as próximas eleições.
Alexandre Borges: mobilização começa hoje
Alexandre Borges: mobilização começa hoje
Borges enfatizou ainda que não podemos aceitar sermos pautados pelo lado de lá, que não quer debater ideias e propostas, mas sim pessoas, sempre nos rotulando com base em nossas supostas intenções perversas, monopolizando as virtudes e os fins nobres. Acusam-nos de fascistas pois sabem que não somos; acusam-nos de racistas pois sabem que não somos. E não toleram um debate sério sobre os melhores meios para melhorar a vida de todos, inclusive e principalmente a dos mais pobres.
A enorme e crescente demanda pelo discurso do Novo me enche de esperanças. Os brasileiros cansaram desse avanço do estado sobre nosso bolso, nosso cotidiano, nossas empresas, nossas escolhas, e até nossas tomadas. Não queremos mais intervencionismo, paternalismo e um estado obeso e ineficiente. E claro, ninguém suporta mais o PT acelerando na contramão daquilo que o país precisa: reformas que reduzam o papel estatal na economia e em nossas vidas.
O mais importante no momento é impedir o Brasil de virar a próxima Argentina ou Venezuela. Mas é fundamental uma visão de longo prazo também. O que o Novo oferece é justamente isso. Sua missão é transformar o Brasil em um país admirado. Por que não podemos mirar nos melhores exemplos, nos Estados Unidos, na Austrália, no Canadá, na Alemanha? Sim, é possível um dia chegarmos lá. Mas para tanto é necessário começar a batalha hoje. Já!

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Como uma genuína austeridade gera crescimento econômico (Peter St. Onge)


6944.jpgO termo "austeridade" continua sendo utilizado na Europa.  E a Alemanha continua sendo criticada por promover essa visão.  Afinal, a austeridade pode fazer uma economia crescer?
Em primeiro lugar, é necessário deixar claro alguns conceitos.  A palavra "austeridade" normalmente é utilizada para descrever duas coisas totalmente opostas e contraditórias: reduzir os gastos do governo ou elevar impostos. 
Por que essas duas medidas são opostas?  Porque reduzir gastos do governo significa que menos recursos escassos da economia serão apropriados pelo governo; significa que haverá mais recursos disponíveis para pessoas e empresas. 
Quando o governo gasta, ele está consumindo bens que, de outra forma, seriam utilizados pela população ou mesmo por empreendedores para fins mais úteis e mais produtivos.  Bens que foram poupados para serem consumidos no futuro acabam sendo apropriados pelo governo, que os utilizará sempre de forma mais irracional que o mercado, que sempre se preocupa com o sistema de lucros e prejuízos.  Portanto, os gastos do governo exaurem a poupança (por ''poupança'', entenda-se ''bens que não foram consumidos no presente para serem utilizados em atividades futuras''). 
Logo, uma redução nos gastos do governo permite que haja mais recursos disponíveis na economia.
Já uma elevação de impostos significa o contrário: mais recursos da economia — principalmente o capital de pessoas e empresas, que seriam utilizados para consumo e investimento — serão apropriados pelo governo.
E esse é justamente o cerne da questão: deveríamos dar mais ou menos recursos para o governo?
Como na fábula em que o escorpião dá uma ferroada no sapo, keynesianos sempre inventam razões para explicar por que gastos do governo são bons para todos.  Um de seus principais argumentos é o de que é "impossível alcançar a prosperidade cortando".  Como todas as propagandas, essa afirmação é enganosa — austeridade não é sobre "cortar"; é sobre transferir.  Mais especificamente, retirar o controle de recursos produtivos de burocratas e transferi-los para indivíduos e empresas.
Vamos analisar os argumentos keynesianos.  Segundo eles, os gastos do governo são bons para todos — o que significa que a austeridade baseada no corte de gastos é ruim — porque esses gastos governamentais criam um "efeito multiplicador".  Sendo assim, cada $1 gasto pelo governo cria, digamos, $2 de valor. 
Isso de fato seria ótimo — e está na mesma categoria dos unicórnios, do moto-perpétuo e do sorvete grátis para sempre.  Tal raciocínio implica que o colapso da União Soviética permanece sendo um mistério econômico, uma vez que o sistema soviético deveria estar repleto desse multiplicador produtivo.
Para refutar essa ideia de multiplicador, nem é necessário entrar em detalhes técnicos.  Aliás, podemos inclusive supor que de fato exista tal multiplicador.  Basta apenas dizer que qualquer multiplicador que porventura possa existir é necessariamente cancelado pelo "multiplicador negativo", uma vez que os recursos necessariamente tiveram de vir de algum lugar.  Assim, se você dá $1 para o governo, você necessariamente ficou com $1 a menos, o que significa que você agora terá menos $1 para gastar no restaurante.  Ambas as unidades monetárias possuem um "multiplicador" em direções opostas.  Elas se cancelam.
Tchau, sorvete grátis.
Porém, tudo ainda piora: ha fortes motivos para crer na existência de um multiplicador negativo.  Ou seja, o governo confisca via impostos $1 e o transforma, digamos, em $0,80.  Ou até mesmo em $0,05.  Por quê?  Porque o governo é extremamente eficaz em desperdiçar recursos.
Apenas pense na economia real — em suas "microfundações", como dizem os teóricos.  A produção não é um fenômeno que cai do céu.  Ao contrário, a produção é feita de recursos — fábricas, matérias-primas, trabalhadores, empreendedores, concreto e aço.  Esses fatores são combinados de modo a gerar bens de consumo ou bens de capital.  Ou eles podem simplesmente ser poupados para serem utilizados no futuro.  Isso significa que há apenas 3 ações que você pode fazer com um recurso produtivo: consumi-lo, investi-lo ou poupá-lo para uso posterior.
Simultaneamente, há apenas três categorias de pessoas para fazer alguma dessas ações (consumir, investir ou poupar): indivíduos consumidores, indivíduos empreendedores ou indivíduos políticos/burocratas.
Portanto, todo o debate sobre se austeridade é bom ou ruim é simplesmente um debate sobre se os governos são melhores gerenciadores de recursos.  Só isso.  Os governos farão investimentos mais sensatos e mais produtivos?  Os governos irão poupar recursos de maneira mais prudente que indivíduos e empresas?
A menos que você tenha acabado de chegar de Marte, você já sabe a resposta: governos são inacreditavelmente ineficientes e esbanjadores.  É impossível que "investimentos" do governo sejam eficazes (ver detalhes aquiaquiaqui) e é irreal imaginar o governo como um "poupador prudente".
Sendo assim, se o governo é um péssimo gerenciador de recursos, conclui-se que cada recurso que conseguimos impedir que seja apropriado pelo governo nos torna mais ricos.  Tendo menos recursos, o governo fará menos guerras, dará menos subsídios a empresas, e financiará menos grupos de interesse.  Em vez disso, esses recursos serão utilizados por indivíduos em investimentos mais produtivos, mais prudentes e mais sensatos.  E será assim porque essas pessoas estarão utilizando seu próprio dinheiro, e não um dinheiro que foi confiscado de terceiros.
Essa definição de austeridade — os recursos devem ficar com indivíduos e empresas em vez de serem entregues ao governo — implica que a austeridade fará crescer a economia, e não que irá encolhê-la.  No entanto, se a "austeridade" se basear meramente em aumento de impostos, como está ocorrendo na Europa, então de fato não está havendo austeridade nenhuma.  Ao contrário, está havendo o oposto de austeridade.
Cortar os gastos do governo, permitindo que indivíduos e empresas tenham mais recursos à sua disposição, é o caminho mais sensato para a prosperidade
30-10-14-charge-grande

A história do PT: como o poder corrompe um partido (RS)


(Ilustração: colegioweb.com.br)
“Movimento que poderia ser virtuoso, se aberto a todos, pois seria a consequência do desenvolvimento social. Mas, na prática, vem sendo uma odiosa discriminação, pois é processo atado à filiação partidária”, diz Zander Navarro (Ilustração: colegioweb.com.br)
A TRAGÉDIA PETISTA
Artigo de Zander Navarro* publicado no jornal O Estado de S. Paulo
Peço licença, inicialmente, para um breve relato pessoal. Nos anos 1980 contribuí mensalmente com parte do meu salário para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os depósitos duraram de dois a três anos, quando a campanha foi encerrada, por falta de adesão. Com sacrifício, cheguei a oferecer até 10% do meu ganho e ainda guardo os recibos.
Por que fiz isso? Naqueles anos, saindo do ciclo militar e ansioso pela democracia, ingenuamente entendi ser o MST uma força que renovaria a oligárquica política rural. Como os seus militantes passaram a ameaçar as famílias em assentamentos, o sonho desmoronou e retornei à vida universitária.
Na época, quase todos nós apoiávamos o PT, mesmo não sendo filiados. Imaginávamos que o partido também forçaria transformações em alguma direção positiva. Ou a reforma social ou, ao menos, a democratização da sociedade.
Vivíamos então um período febril de debates plurais e de experiências práticas. Lembram-se do “modo petista de governar”? Era simbolizado pelo orçamento participativo, que prometia a livre participação dos cidadãos em decisões públicas sobre os orçamentos municipais. Na campanha de 2002, contudo, o candidato petista mal falou do assunto e, no poder, o tema se esfumaçou.
O assombroso escândalo da Petrobras, que nos deixa estupefatos, é apenas o efeito inevitável da história do Partido dos Trabalhadores. A causa original é um mecanismo que o diferencia das demais agremiações partidárias. Trata-se de um processo de mobilidade social ascendente, inédito em sua magnitude. Movimento que poderia ser virtuoso, se aberto a todos, pois seria a consequência do desenvolvimento social. Mas, na prática, vem sendo uma odiosa discriminação, pois é processo atado à filiação partidária.
O núcleo pioneiro do PT recrutou segmentos das classes baixas e mais pobres, mobilizados pelo campo sindical, pelos setores radicalizados das classes médias, incluindo parte da intelectualidade, e pela esquerda católica, ampliando nacionalmente o grupo petista inicial. À medida que o partido, já nos anos 90, foi conquistando nacos do aparato estatal, vieram os cargos para os militantes e, assim, a chance arrebatadora de ascender às vias do dinheiro, do poder, das influências e do mando pessoal. Esse foi o degenerativo fogo fundador que deu origem a tudo o que aconteceu posteriormente.
Inebriados, cada vez mais, pelo irresistível prazer do novo mundo aberto a essas camadas, até mesmo impensáveis formas de consumo, todos os sonhos fundacionais de mudança foram sendo estilhaçados ao longo do caminho, incluídos a razoabilidade e os limites éticos.
O PT gerou dentro de si uma incontrolável ânsia de mobilidade, uma voragem autodestruidora inspirada na monstruosa desigualdade que sempre nos caracterizou. Conquistado o Planalto, não houve nem revolução nem reforma e o fato serviu, particularmente, para saciar a fome histórica dos que vieram de baixo.
Instalou-se, em consequência, o arrivismo e a selva do vale-tudo: foi morrendo o padrão Suplicy e entrou o modelo Delúbio-Erenice. Logo a seguir, ante a inépcia da ação governamental, também foi necessário impor a mentira como forma de governo.
Por fim, o PT mudou de cabeça para baixo o seu próprio financiamento. Abandonou o apoio miúdo e generoso dos milhões que o sustentaram na primeira metade de sua história, pois se tornara mais cômodo usar o atacado para ancorar-se no poder. Primeiro, o mensalão e, agora, os cofres da Petrobrás.
Nessa espiral doentia de mudanças, a partir de meados dos anos 1990 o partido enterrou o seu passado. Sua capacidade de reflexão, por exemplo, deixou de existir e o imediatismo passou a prevalecer. Assim, um projeto de nação ou uma estratégia de futuro não interessavam mais. O pragmatismo tornou-se a máxima dessa nova elite e sob esse caminho o subgrupo sindical e seus militantes vêm pilhando o que for possível dentro do Estado.
Examinados tantos escândalos, invariavelmente a maioria veio do campo sindical. E foi assim porque da tríade original dos anos 80, a classe média radicalizada e os religiosos abandonaram o partido. Deixaram de reconhecê-lo como o vetor que faria a reforma, sobretudo moral, da política brasileira.
*Zander Navarro é sociólogo e professor aposentado da UFRGS

SUCESSÃO DE FRAUDES (Olavo de Carvalho)

Houve fraude nas eleições presidenciais de 2014? Sem o menor temor de errar, afirmo categoricamente: Houve não uma, nem duas, nem mil, mas a mais longa e assombrosa sucessão de fraudes que já se observou na história eleitoral de qualquer país, em qualquer época.

Essa afirmação, que soará hiperbólica aos ouvidos de quem não conhece os fatos o suficiente para poder medi-la, traduz uma verdade literal e simples que qualquer um, se quiser investigar um pouco em vez de julgar sem conhecimento de causa, poderá confirmar por si próprio.
Primeira série de fraudes:
A Lei dos Partidos Políticos de 1995, Art. 28, alínea II, afirma taxativamente que será cassado o registro de qualquer partido que se comprove subordinado a uma organização estrangeira.
O PT, segundo a propaganda do seu III Congresso, reconhece o Foro de São Paulo como “coordenação estratégica da esquerda latino-americana”. Ao subscrever e colocar em prática as decisões das assembléias gerais do Foro, esse partido reconhece sua subordinação a um plano internacional que não somente jamais foi discutido ou aprovado no nosso Parlamento, como também advoga, sem dar disto a menor ciência ao povo brasileiro, a dissolução da soberania nacional mediante a integração do país num monstrengo internacional chamado “Pátria Grande”, cuja capital é Havana e cuja língua oficial é o portunhol.
A sra. Dilma Rousseff, em especial, chegou a ser louvada pelo ditador venezuelano Hugo Chávez como “grande patriota... patriota da Pátria Grande”. Será possível não entender que ninguém pode ser ao mesmo tempo um patriota da pátria brasileira e um servidor leal da organização internacional empenhada em engolir essa pátria e governá-la desde assembléias e em reuniões secretas realizadas em Havana, em Caracas ou em Santiago do Chile?
Quando digo “reuniões secretas”, não é uma interpretação que faço. É o traslado direto da confissão cínica apresentada pelo sr. Luís Inácio Lula da Silva, não numa conversa particular, mas em dois discursos oficiais transcritos na página da Presidência da República (v. um deles emhttp://www.olavodecarvalho.org/semana/050926dc.htm).
Se ainda vale o princípio de que de duas premissas decorre uma conclusão, esta só pode ser a seguinte: O PT é um partido ilegal, que não tem o direito de existir nem muito menos de apresentar candidatos à presidência da República, aos governos estaduais ou a qualquer câmara estadual ou municipal.
Segunda série de fraudes:
Tão óbvia e gritante é essa conclusão, que para impedir que o cérebro nacional a percebesse foi preciso ocultar da opinião pública, durante dezesseis anos seguidos, a mera existência do Foro de São Paulo, para que pudesse crescer em segredo e só se tornar conhecido quando fosse tarde demais para deter a realização dos seus planos macabros. Nesse empreendimento aliaram-se todos os órgãos da “grande mídia”, reduzindo o jornalismo brasileiro a uma vasta e abjeta operação de desinformação e forçando o povo brasileiro, em sucessivas eleições, a votar em candidatos cujo programa de ação desconhecia por completo e, se o conhecesse, jamais aprovaria.
Terceira série de fraudes:
O Foro de São Paulo é a mais vasta, mais poderosa e mais rica organização política que já existiu no continente. Seu funcionamento – assembléias, grupos de trabalho, publicações, viagens e hospedagens constantes para milhares de agentes – é inviável sem muito dinheiro que até hoje ninguém sabe de onde vem e cuja origem é feio perguntar. É praticamente impossível que verbas do governo brasileiro não tenham sido desviadas em segredo para essa entidade. É mais impossível ainda que grossas contribuições não tenham vindo de organizações de narcotraficantes e seqüestradores como as Farc e o MIR chileno, que ali são aceitas como membros legítimos e tranqüilamente discutem, nas assembléias, grupos de trabalho e encontros reservados, a articulação dos seus interesses criminosos com o de partidos políticos como o PT e o PC do B.
Quarta série de fraudes:
A sra. Dilma Rousseff, servidora dessa geringonça imperialista, jamais poderia ser candidata a qualquer cargo eletivo no Brasil. Urnas que votam sozinhas ou que já chegam à seção eleitoral carregadas de quatrocentos votos para a candidata petista, como tantos eleitores vêm denunciando, são apenas subfraudes, ou pedaços de fraudes, em comparação com a fraude magna que é a presença, na lista de candidatos presidenciais, da agente notória e comprovada de um esquema estrangeiro empenhado em fagocitar e dissolver a soberania nacional.
Quinta série de fraudes:
Eleição com contagem de votos secreta não é eleição, é fraude. O sistema de ocultações montado para isso, sob a direção de um advogadinho chinfrim sem mestrado, sem obra notável publicada e sem qualquer currículo exceto serviços prestados a um dos partidos concorrentes, viola um dos princípios mais elementares da democracia, que é a transparência do processo eleitoral. Como observou uma advogada que tentou denunciar em vão a anomalia imposta ao eleitor brasileiro, “é o crime perfeito: o acusado se investiga a si próprio”.
Que mais será preciso para concluir que, sob todos os aspectos, a eleição presidencial de 2014 foi em si uma fraude completa e majestosa, coroamento da longa sucessão de fraudes em série em que se transformou a política brasileira desde o ingresso do PT no cenário eleitoral?

Esgotosfera petralhas chapa branca, site PETRALHA BRASIL 247.Ou:" Documentos apreendidos pela Polícia Federal mostram a anotação do doleiro Youssef: ‘Leonardo Attuch 6×40.000,00"


“No monitor de uma das meses (sic) havia um post it com a anotação‘Leonardo Attuch 11-950206533 6×40.000.00 24/02/2014′”, informa o trecho do relatório em que a delegada Paula Ortega Cibulski resume o que foi encontrado, num dos imóveis utilizados pela quadrilha de Alberto Youssef, por agentes da Polícia Federal incumbidos de cumprir o mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. No fim do texto reproduzido abaixo, datado de 17 de março de 2014, a delegada acrescenta que anexou ao relatório um registro fotográfico do documento que vincula o alvo principal da Operação Lava Jato ao blogueiro Leonardo Attuch, proprietário do site Brasil 247.
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As letras e os algarismos que constam do anexo 3, confrontados com outras peças da montanha de documentos capturados pela Polícia Federal, revelaram que o próprio Youssef fez as anotações manuscritas que incorporam Attuch ao bando de políticos, governantes, empresários, funcionários públicos, além de indivíduos, que se apresentam como “jornalistas” envolvidos de alguma forma com um dos comandantes do mais portentoso propinoduto montado no Brasil desde o Descobrimento.
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São tantos os integrantes do esquema forjado para saquear a Petrobras que, como faz a CBF com os times de futebol, os responsáveis pelo esclarecimento dos crimes dividiram informalmente os investigados em duas categorias. Na série A figuram presidentes da República (embolados no G4), ministros de Estado, governadores, figurões do Congresso, megaempreiteiros, diretores da Petrobras e gatunos de alta patente. Na série B aglomeram-se empreiteiros e fornecedores menos graúdos, parlamentares do baixo clero, funcionários do segundo escalão e jornalistas estatizados ou arrendados pela organização criminosa.
Compreensivelmente, a série A tem monopolizado tanto as investigações de campo quanto os interrogatórios de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, que toparam contar o que muito que fizeram ou sabem em troca dos benefícios da chamada delação premiada. Sorte de Attuch: a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal ainda não encontraram tempo para devassar as catacumbas da classe B. Mas chegará o dia em que as suspeitíssimas anotações manuscritas terão de ser elucidadas.
O blogueiro costuma desperdiçar seu tempo com a edição de textos abjetos sobre jornalistas independentes, aos quais se seguem “comentários” que difamam, caluniam e afrontam a honra de quem ousa criticar o governo lulopetista. A prudência recomenda que suspenda o serviço sujo e procure a ajuda de um advogado especialmente imaginoso. Vai precisar de um álibi e tanto para escapar do enquadramento no Código Penal.

Economista do BNDES chama alta de preços de serviços de “inflação do bem” e quer mais impostos (RC)


É um espanto! Em sua coluna de hoje na Folha, Marcelo Miterhof insiste em todas as falácias petistas de luta de classes, de pobres contra ricos, para concluir que o governo tem feito um ótimo trabalho para ajudar os mais pobres, e que a classe média e os pequenos empreendedores sofrem no processo com a alta de preços, especialmente no setor de serviços, mas que isso é uma “inflação do bem”. E depois propõe mais imposto, inclusive de renda, como solução para o problema do baixo crescimento.
O trabalhador de classe média vai ao mercado e sente no bolso a alta dos preços? Isso é parte do processo de “justiça social”, segundo o economista. Vai cortar o cabelo, vai no restaurante, vai ao médico, tudo subindo de preço? Mas é porque agora o pobre finalmente pode fazer essas coisas também, inclusive viajar, diz o economista do BNDES.
Não explica como vários outros países retiraram milhões da pobreza sem inflação, com medidas liberais que ele condena. Não explica como exatamente a inflação pode ser benéfica para alguém além dos governantes e seus apaniguados, os “amigos do rei” que recebem verbas públicas inflacionárias. Não explica como haverá menos inflação simplesmente por ter mais crescimento, e muito menos como terá mais crescimento.
Acha que é com mais gastos públicos, mais crédito público, ou seja, mais do mesmo, mais do veneno que nos trouxe até aqui. Insanidade é repetir tudo e esperar resultados diferentes. Pessoas inteligentes aprendem por observação, os medíocres aprendem apanhando na própria pele, e os muito limitados não aprendem jamais.
Não bastaram os erros do passado, ou os recentes de nossos vizinhos. Esses economistas desenvolvimentistas vão mesmo tentar destruir o Brasil para provar que estão “certos”. Não estão! Longe disso. Adotam uma ideologia completamente fracassada, depositam no estado um papel preponderante como locomotiva do progresso, e não entendem como a economia funciona de verdade.
Não perderia meu precioso tempo se fosse apenas mais um economia com sérias limitações escrevendo besteiras por aí. Mas não é. É um economista do BNDES, justamente um dos principais instrumentos dessa política equivocada que tem prejudicado tanto nossa economia, escrevendo no maior jornal do país. Assim fica difícil refutar Roberto Campos, quando disse jocosamente que não corremos o menor risco de dar certo…
Rodrigo Constantino