quarta-feira, 30 de abril de 2014

PETRALHAS!!!!!!!!

30-04-14-charge-grande

Desarmamento e genocídios ( Gary North)


395264_268506006556285_894269043_n.jpgNo dia 24 de abril deste ano, o primeiro genocídio do século XX completou 99 anos: o governo turco dizimou mais de um milhão de armênios desarmados.  A palavra-chave da frase é justamente esta última: "desarmados".
Os turcos escaparam de uma condenação mundial porque utilizaram a desculpa de tudo ter sido uma 'medida de guerra'.  Findada a Primeira Guerra Mundial, eles não sofrerem nenhuma represália por este ato de genocídio.  É como se o governo turco não houvesse conduzido absolutamente nenhuma medida de homicídio em massa contra um povo pacífico.
Outros governos perceberam que o ardil funcionara e rapidamente tomaram nota do fato.  Era um precedente internacional conveniente demais para ser ignorado.
Setenta e nove anos após o início daquele genocídio, o famoso Hotel Ruanda abriu as portas.
Os Hutus também se safaram.  Ironicamente, pelo menos uma década antes do massacre em Ruanda — gostaria de me lembrar da data exata —, a revista americana Harper's publicou um artigo em que profetizava com acurácia este genocídio, e por uma razão muito simples: os Hutus tinham metralhadoras; os Tutsis, não.  O artigo foi escrito em um formato de parábola, sem se preocupar em fazer previsões especificamente políticas.  Lembro-me vivamente de, ao ler aquele artigo, ter imediatamente pensado: "Se eu fosse um Tutsi, emigraria o mais rápido possível".
O fato é que, em todo o século XX, não foi um bom negócio ser um civil.  As chances sempre estavam contra você.
Péssimas notícias para os civis
Tornou-se um lugar comum dizer que o século XX, mais do que qualquer outro século na história conhecida da humanidade, foi o século da desumanidade do homem para com o homem.  Embora esta frase seja memorável, ela é um tanto enganosa.  Para ser mais acurada, o certo seria modificá-la para "o século da desumanidade dos governos para com civis desarmados".  No caso do genocídio, no entanto, tal prática não pode ser facilmente descartada como sendo um dano colateral imposto a um inimigo de guerra.  Trata-se de extermínio deliberado.
O século XX começou oficialmente do dia 1º de janeiro de 1901.  Naquela época, uma grande guerra já estava em andamento; portanto, vamos começar por ela.  Mais especificamente, era a guerra iniciada pelos EUA contra as Filipinas, cujos cidadãos haviam sido acometidos da ingênua noção de que a libertação da Espanha não implicava uma nova colonização pelos EUA.  
Os presidentes americanos William McKinley e Theodore Roosevelt enviaram 126.000 tropas para as Filipinas para ensinar àquele povo uma lição sobre a moderna geopolítica.  Os EUA haviam comprado as Filipinas da Espanha por US$20 milhões em dezembro de 1898.  O fato de que os filipinos haviam declarado independência seis meses antes dessa compra era irrelevante.  Um negócio é um negócio.  Aqueles que estavam sendo comprado não podiam dizer nada a respeito, muito menos protestar.
Naquela época, era uma prática comum fazer a contagem de corpos dos combatentes inimigos.  A estimativa oficial foi de 16.000 mortos.  Algumas estimativas não-oficiais falam em aproximadamente 20.000.  Para os civis, tanto naquela época quanto hoje, não há estimativas oficiais.  O número mais baixo fala em 250.000 mortos.  A estimativa mais alta é de um milhão.
E então veio a Primeira Guerra Mundial e as comportas foram abertas — ou melhor, os banhos de sangue foram institucionalizados.
Turquia, 1915
genocídio armênio de 1915 foi precedido por uma limpeza étnica parcial, a qual durou dois anos, 1895—97.  Aproximadamente 200.000 armênios foram executados.
Os armênios eram facilmente identificáveis.  Alguns séculos antes, os invasores turcos otomanos os haviam forçado a acrescentar o "ian/yan" aos seus sobrenomes.  Como os armênios estavam dispersos por todo o império, eles não possuíam o mesmo tipo de concentração geográfica que outros cristãos possuíam na Grécia e nos Bálcãs.  Eles nunca organizaram uma força armada para oferecer resistência.  E foi isso o que os levou à destruição.  Eles não tinham como lutar e resistir.
Os armênios eram invejados porque eram ricos e mais cultos do que a sociedade dominante.  Eles eram os empreendedores do Império Otomano.  O mesmo ocorreu na Rússia.  O mesmo ressentimento existia na Rússia, embora não com a intensidade do ressentimento que existia na Turquia.
As estimativas não-turcas falam em algo entre 800.000 e 1,5 milhão de armênios mortos.  Embora a maioria destes homicídios tenha ocorrido com o uso de baixa tecnologia, os métodos eram extremamente eficazes.  O exército capturava centenas ou milhares de civis, levava-os até áreas desertas e inóspitas, e os deixava lá até que literalmente morressem de fome.
O nome Arnold Toynbee é bem conhecido.  Já na década de 1950 ele era um dos mais eminentes historiadores do planeta.  Seu estudo, compilado em 12 volumes (1934—61), sobre 26 civilizações não possui precedentes em sua amplitude.  Sua obra O Tratamento dos Armênios no Império Otomano foi sua primeira grande publicação.
Por que algumas organizações armênias não dão ampla divulgação e notoriedade a este documento é algo que me escapa completamente.  O livro está em domínio público.  A seção a seguir, que está na Parte VI, "As Deportações de 1915: Procedimento", é iluminadora.  Leia-a com atenção.  Trata-se do aspecto crucial de todo o genocídio.  O governo confiscou as armas dos cidadãos.
Um decreto foi expedido ordenando que todos os armênios fossem desarmados.  Os armênios que serviam no exército foram retirados das fileiras combatentes, reagrupados em batalhões especiais de trabalho, e colocados para construir fortificações e estradas.  O desarmamento da população civil ficou a cargo das autoridades locais.  Um reino de terror foi instaurado em todos os centros administrativos.  As autoridades exigiram a produção de uma quantidade estipulada de armas.  Aqueles que não conseguissem cumprir as metas eram torturados, frequentemente com requintes satânicos; aqueles que, em vez de produzir, adquirissem armas para repassá-las ao governo — comprando de seus vizinhos muçulmanos ou adquirindo por qualquer outro meio —, eram aprisionados por conspiração contra o governo.
Poucos desses eram jovens, pois a maioria dos jovens havia sido recrutada para servir o estado.  A maioria era de homens mais velhos, homens de posse e líderes da comunidade armênia, e tornou-se claro que a inquisição das armas estava sendo utilizada como um disfarce para privar a comunidade de seus líderes naturais.  Medidas similares haviam precedido os massacres de 1895—96, e um mau presságio se espalhou por todo o povo armênio.  "Em uma certa noite de inverno", escreveu uma testemunha estrangeira desses eventos, "o governo enviou soldados para invadir as casas de absolutamente todos os armênios, agredindo as famílias e exigindo que todas as armas fossem entregues.  Essa ação foi como um dobre de finados para vários corações".
Desarmamento
Lênin desarmou os russos.  Stalin cometeu genocídio contra os kulaks ucranianos durante a década de 1930.  Pelos menos seis milhões de pessoas foram mortas.
Como mostrou a organização Jews for the Preservation of Firearms Ownership (Judeus pela Preservacao da Propriedade de Armas de Fogo), o modelo do Decreto do Controle de Armas de 1968 nos EUA — até mesmo as palavras e o fraseado — foi copiado da legislação de 1938 de Hitler, a qual, por sua vez, era uma revisão da lei de 1928 aprovada pela República de Weimar.  Uma boa introdução a esta história politicamente incorreta da história do controle de armas pode ser vista aqui.
Quando as tropas de Mao Tsé-Tung invadiam um vilarejo, elas capturavam os ricos.  Em seguida, elas ofereciam a devolução das vítimas em troca de dinheiro.  As vítimas eram libertadas quando o pagamento fosse efetuado.  Mais tarde, o governo voltou a sequestrar essas mesmas pessoas, só que desta vez exigindo armas como resgate.  Ato contínuo, assim que as armas eram entregues, as vítimas eram libertadas.  Essa mudança de postura — exigir armas em vez de dinheiro — fez com que a negociação parecesse razoável para as famílias das próximas vítimas.  Porém, tão logo o governo se apossou de todas as armas de uma comunidade, os aprisionamentos e as execuções em massa começaram.
A ideia de que o indivíduo tem o direito à autodefesa era tão comum e difundida no século XVIII que ela foi escrita na Constituição americana: a segunda emenda.  Carroll Quigley, eminente historiador e teórico da evolução das civilizações, era também um especialista na história do uso de armas pela população.  Ele escreveu um livro de 1.000 páginas sobre o uso de armas como meio de defesa durante a Idade Média.  Em sua obra Tragedy and Hope (1966), ele argumenta que a Revolução Americana foi bem sucedida porque os americanos possuíam armas de poder de fogo comparável àquelas em posse das tropas britânicas.  Foi exatamente por isso, disse ele, que houve toda uma série de revoltas contra governos despóticos em todo o século XVIII. 
Tão logo as armas em posse do governo se tornaram superiores, os movimentos e manifestações em prol da redução do tamanho do estado deixaram de ter o mesmo êxito que haviam tido nos séculos anteriores.
Há uma razão por que os governos são tão empenhados em desarmar seus cidadãos: eles querem manter seu monopólio da violência a todo custo.  A ideia de haver cidadãos armados é apavorante para a maioria dos políticos.  Afinal, para que serve um monopólio se ele não pode ser exercido?  Cidadãos armados impõem um limite natural à tirania do estado. 
Conclusão
Genocídios acontecem.
Mas não há genocídio quando os alvos estão armados.

Bolha automobilística na Banânia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Dívidas altas, inadimplência, demissões... Brasil pode ter "bolha automobilística" - InfoMoney


Leia aqui

Homenagem deste blog ao prof. Olavo de Carvalho que completou 67 anos no dia 29/04. Felicidades e obrigado... (Eugênio Rezende Dias)(FMB)

Olavo Mentecaptos
Olavo mentira brevidade
Olavo e o homem medíocre
HenryMiller_Montagem
foto(76)
Olavo inconsciência
Pim Contigo idiota
Olavo mínimo idiota citações foto
OlavoTemRazão
Olavo reino
Olavo comunismo
Olavo espírito
Olavo Tem Razão




Banânia?????????????

terça-feira, 29 de abril de 2014

Lula tem é ódio à democracia; seu mundo é o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas (RA)


Gilmar Mendes, do Supremo: ministros assim deixam Lula irritado; ele não os compreende
Gilmar Mendes, do Supremo: ministros assim deixam Lula irritado; ele não os compreende
Todo mundo sabe que os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, não formam exatamente uma “corrente” de pensamento. Ainda bem que não! Tribunal não é seita nem ideológica nem partidária. Eles estão lá para, instruídos pela Constituição e pelas leis, julgar de acordo com a sua consciência. Nem devem prestar atenção nem ao alarido das ruas nem aos bochichos de corredores. Só que Luiz Inácio Lula da Silva, que supõe encarnar em si mesmo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, não se conforma com isso. Nesta segunda, esses três ministros afinaram suas vozes para reagir aos ataques que Lula desfechou contra o STF.
Em entrevista ao programa “Os Pingos nos Is”, que estreou ontem, às 18h,  na rádio Jovem Pan, Mendes comentou a declaração de Lula, segundo quem o julgamento do mensalão foi “80% político e 20% jurídico”. Disse Mendes: “O tribunal se debruçou sobre esse tema já no recebimento da denúncia. Depois, houve várias considerações técnicas; houve rejeição da denúncia em muitos pontos; houve toda uma instrução processual, e o tribunal julgou com clareza e examinou todas essas questões”.
O ministro está afirmando, em suma, que se fez um julgamento técnico. Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, também reagiu: “O juízo de valor emitido pelo ex-chefe de estado não encontra qualquer respaldo na realidade e revela pura e simplesmente sua dificuldade em compreender o extraordinário papel reservado a um Judiciário independente em uma democracia verdadeiramente digna desse nome”.
Pois é… Este é o ponto: Lula não se conforma que a Justiça não ceda às injunções da política — e, claro!, da sua política. Ora, voltemos um pouquinho no tempo. Em abril de 2012, o chefão do PT convidou o ministro Gilmar Mendes para um bate-papo. Ele queria adiar a todo custo o início do julgamento do mensalão. Achando que tinha uma carta na manga contra o ministro — carta falsa, diga-se —, tentou nada mais nada menos do que chantagear um membro da corte suprema do país.Reproduzo em azul trecho de reportagem da VEJA de maio de 2012:
(…)
Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo agora”. O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.
Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido. Mas vá lá. Até aí, estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana. Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento. Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações. O recado foi decodificado. Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI. (…) “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a VEJA. O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes.
Retomo
Lula havia recebido a falsa informação de que Mendes teria relações com Carlinhos Cachoeira. Como se tratava de uma mentira inventada pela rede suja na Internet, seu esforço indecoroso caiu no vazio, e Mendes denunciou a tentativa de chantagem.
Com Barbosa, a relação passou a ser de ódio explícito. O chefão do PT não cansou de repetir nos bastidores que Barbosa devia a ele a sua nomeação; que só havia um negro da corte porque ele tomara essa decisão política. Esperava, em suma, para citar uma expressão do ministro Marco Aurélio, que o ministro lhe fosse grato com a toga. Eis Lula: ele não entende a democracia como a institucionalização de papéis. Seu mundo é o da troca de favores; do toma-lá-dá-cá; das relações viciosas que se amparam, se complementam e se justificam.
De resto, ninguém precisa ser muito bidu para supor que Lula certamente considera que agiram com correção os ministros Roberto Barroso e Teori Zavascki, por exemplo, que absolveram José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino do crime de quadrilha. E que errados estavam todos aqueles que condenaram os companheiros.
Em síntese, para Lula, quando um ministro absolve um amigo seu e condena um adversário, está agindo tecnicamente; se faz o contrário, então está movido por má-fé política.
Compreendo essa alma pura. Nestes dias que seguem, Lula deve é estar de olho no Vaticano. Está tentando entender por que cargas d’água Padre Anchieta, João 23 e João Paulo 2º foram canonizados, e ele, Lula, por enquanto, não foi ainda nem beatificado.

Pesquisa mostra Dilma com 37%, Aécio com 21,6% e Campos, 11,8% Instituto MDA fez levantamento a pedido da Confederação do Transporte. Dilma perdeu 6,7 pontos percentuais em comparação com último estudo.(G1)



Pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (29) mostra que, a menos de seis meses das eleições, a presidente Dilma Rousseff (PT) registrou 37% das intenções de voto e se mantém na liderança da disputa pelo Palácio do Planalto, em um cenário que não inclui pré-candidatos de pequenos partidos. Na pesquisa anterior, feita com o mesmo critério e divulgada em fevereiro, Dilma aparecia com 43,7%, 6,7 pontos percentuais a mais que agora.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) aparece na segunda colocação, com 21,6% das intenções de voto. Em fevereiro, ele tinha 17%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) se manteve na terceira colocação, com 11,8% (contra 9,9% na pesquisa anterior).
A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O MDA ouviu 2.002 eleitores entre os dias 20 e 25 de abril, em 137 municípios de 24 unidades da federação. Por ser ano eleitoral, a pesquisa foi registrada sob o número BR00086/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como determinam as regras eleitorais.
egundo cenário
Em um cenário com seis pré-candidatos, que inclui nomes de pequenos partidos, o resultado foi o seguinte:
- Dilma Rousseff: 36,5%
- Aécio Neves: 21,5%
- Eduardo Campos: 11,2%
- José Maria Eymael (PSDC): 0,6%
- Levy Fidelix (PRTB): 0,4%
- Randolfe Rodrigues (PSOL): 0,4%
Nesse cenário, 19,2% dos entrevistados afirmaram que votariam em branco ou nulo, e 10,2% disseram que não sabiam ou não responderam.
Terceiro cenário
Em um terceiro cenário, no qual aparecem outros dois possíveis candidatos "nanicos", o levantamento mostra:
- Dilma Rousseff: 36,4%
- Aécio Neves: 21,2%
- Eduardo Campos: 11,1%
- Magno Malta (PR): 0,6%
- Pastor Everaldo (PSC): 0,4%
- Randolfe Rodrigues (PSOL): 0,4%
- José Maria Eymael (PSDC): 0,4%
- Levy Fidelix (PRTB): 0,3%
Dos eleitores ouvidos nesse cenário, 19% afirmaram que votariam em branco ou nulo, e 10,2% disseram que não sabiam ou não responderam.
Segundo turno
De acordo com os dados da pesquisa do Instituto MDA, em qualquer cenário, há tanto a possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno quanto a de ocorrer segundo turno.
Um candidato vence no primeiro turno se obtiver mais votos que a soma dos demais. Apesar de isso ocorrer em todos os cenários, a margem de erro impede qualquer afirmação.
Em um eventual segundo turno com Aécio Neves, Dilma teria 39,2% das intenções de voto, contra 29,3% de Aécio. Dos entrevistados, 22,8% votariam em branco ou nulo e 8,7% disseram não saber ou não responderam.
Contra Eduardo Campos, Dilma teria 41,3% das intenções de voto, contra 24% do ex-governador de Pernambuco. Votariam em branco ou nulo 24,4%, e 10,3% não sabiam ou não responderam.
Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados, Dilma lidera com 20,5% das intenções de voto. Aécio Neves aparece na sequência, com 9,3%.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em terceiro lugar, com 6,5% das intenções, e a ex-senadora Marina Silva, que deve ser vice de Campos pelo PSB, obteve 4,5%. Eduardo Campos apareceu em seguida, com 3,6% das intenções de voto.
Dos entrevistados, 1,4% votaria em outros candidatos, 14,1% votariam em branco ou nulo e 40,1% não sabiam ou não responderam.

Eles merecem um ao outro, além dos idiotas uteis...Lula e Collor juntos mais uma vez — agora, contra o Supremo. Que lindo! (RA)

Lula e o ex-presidente Fernando Collor são aliados políticos faz tempo. Em 2002, o “caçador de marajás” já apoiou o petista, que havia sido seu adversário em 1989. Não custa lembrar que o PT constituiu o núcleo duro da campanha que resultou na deposição de Collor.

Agora, mais uma causa une os dois políticos. A luta contra o Supremo Tribunal Federal. Em Portugal, e nós ainda falaremos disso aqui, Lula afirmou que o julgamento do mensalão teve 80% de questão política e 20% de questão jurídica. É um despropósito total.
No Senado, Collor, que foi absolvido pelo tribunal de um processo iniciado há, calculem!, 23 anos, resolveu bater no peito e proclamar a sua inocência, dizendo que o STF, assim, reescreve a história do país. Apesar disso, atacou o ministro Joaquim Barbosa de maneira brutal, acusando o ministro de não respeitar a liturgia do cargo.
Com o devido respeito ao ex-presidente e hoje senador, declaro: uma ova, meu senhor! O STF não reescreve coisa nenhuma. O STF só o absolveu porque a denúncia feita pelo Ministério Público, à época, foi inepta e não conseguiu provar as vinculações de Collor com o esquema liderado por PC Farias.
O que pretende Fernando Collor? Negar que PC fizesse tráfico de influência? Negar que seu ex-caixa de campanha se movimentava nas sombras, cobrando, vamos dizer, uma taxa dos agentes econômicos que eram obrigados a se relacionar com o governo?
Vamos ser claros: o fato de o Ministério Público não ter conseguido evidenciar a culpa de Collor o torna inocente perante a Justiça, mas não elimina as lambanças do que se chamou, então, “República de Alagoas”.
A coisa tem a sua graça trágica. Quando Collor foi eleito, em 1989, as esquerdas disseram, então, que a pior elite tradicional do Brasil se reciclava na figura de um doidivanas. Quando Lula se elegeu, em 2002, esses mesmos grupos afirmaram que, finalmente, as elites tradicionais estavam sendo vencidas. Quis o destino, então, que a velha e a nova elites se unissem, ambas contra o estado de direito.






Recuperando um post de OUTUBRO DE 2013, Como são canalhas!!!!! Preço do ativo caiu 54,27% em 6 meses.....(Eugênio Rezende Dias)


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Oi deveria se chamar Ai.Ou.:Com a fusão preço da ação pode chegar a R$2,00, preço de fechamento dia 02/10 R$ 4,44.

Fusão da Portugal Telecom com a Oi marca mais um fracasso da política nacionalista do PT


A Portugal Telecom e a Oi anunciaram uma fusão que criará um gigante com R$ 40 bilhões de receita e 100 milhões de clientes. A notícia representa mais um golpe na política nacionalista que o PT vem adotando desde o governo Lula.
Não custa lembrar que o então presidente chegou a alterar o Plano Geral de Outorgas só para permitir a fusão da Telemar (Oi) com a Brasil Telecom, que era vetada pela Lei Geral de Telecomunicações. O caso foi repleto de suspeitas na época. Tratei do tema em meu livro Privatize Já:
Fábio Luís Lula da Silva, mais conhecido como Lulinha, é formado em biologia e recebia um parco salário até 2002. Menos de um ano após da posse de seu pai na Presidência da República, ele se tornou sócio de uma empresa especializada em jogos. Os filhos do político Jacó Bittar, um dos fundadores do PT, também participavam do negócio.
Em janeiro de 2005, a Telemar (Oi) fez um aporte de mais de R$ 5 milhões na empresa, já denominada Gamecorp. A operação que marcou a sociedade entre elas foi extremamente complexa. Em 2006, a Telemar injetou outros R$ 10 milhões na Gamecorp, como antecipação de compra de comerciais na TV, pois a empresa tinha um contrato de aluguel com a Rede Bandeirantes para programação diária na grade da emissora.
A suspeita era que a Telemar estaria ajudando o filho do então presidente Lula na esperança de ser atendida em sua demanda pela compra da concorrente Brasil Telecom. Para que esta transação pudesse ir adiante, seria preciso alterar a Lei Geral das Telecomunicações, que impedia tal fusão. Lulinha seria, portanto, um lobista.
Curiosamente, no final de 2008 a lei foi efetivamente mudada por decreto presidencial, e a Telemar finalmente conseguiu se unir à Brasil Telecom, recriando uma gigante de telecomunicações. Vale frisar que autoridades do governo e do PT sempre demonstraram interesse nessa união, que resgataria boa parte da antiga Telebrás, sob controle nacional e próximo do governo.
O sonho de criar a supertele nacional sempre esteve presente na cabeça de muitos membros do governo petista. Desejavam resgatar a antiga Telebrás, com cores bastante ufanistas. O BNDES, com sua política de seleção dos campeões nacionais também injetou bilhões na empresa.
O resultado: com um valor de mercado perto de R$ 7 bilhões, a Oi tem dívida líquida, hoje, perto de R$ 30 bilhões, sendo que quase R$ 6 bilhões apenas com o BNDES. Além disso, o banco estatal é sócio no bloco controlador da empresa, via BNDESPAR, com 13,05% do capital votante da TmarPart, empresaholding do grupo.
O saldo devido relativo aos financiamentos do BNDES, na data de encerramento do período findo em 30 de junho de 2013 era de R$ 1.753 milhões (31/12/2012 – R$ 2.202 milhões), na controladora e R$ 5.708 milhões (31/12/2012 – R$ 6.367 milhões) no consolidado.
BNDES na Oi
Fonte: Oi
O BNDES sob Luciano Coutinho intensificou essa postura de escolha dos campeões nacionais. O banco colocou cerca de R$ 10 bilhões no Grupo X, de Eike Batista, que agora está dando calote em suas dívidas. Colocou rios de dinheiro no setor de frigoríficos também, para criar a “Boibras”. A Oi foi apenas mais um caso, entre outros.
A empresa não conseguia melhorar muito sua rentabilidade, era recordista de reclamações dos clientes, e no mercado financeiro, seu grupo controlador era apelidado de “telegangue”. Não obstante, o BNDES foi jogando mais e mais recursos dos pagadores de impostos na companhia. O valor de mercado, em contrapartida, apresentava trajetória claramente declinante:
Fonte: Bloomberg
Fonte: Bloomberg
Qual o critério usado pelo governo? Será que foi o econômico? Ou o político? Talvez ideológico? O fato é que as mensagens do próprio mercado eram ignoradas pelo governo, que foi apostando cada vez mais na criação dessa “supertele” nacional. E eis que, agora, a empresa precisa se fundir aos portugueses, que passarão a deter a maior parcela do controle.
Fusões ocorrem o tempo todo no mercado. Faz parte. O que não deveria fazer parte de um modelo capitalista de livre mercado é um governo tão intervencionista, que usa o dinheiro dos nossos impostos para fazer apostas com base em seu viés político-ideológico. Essa mentalidade predominante no governo do PT já custou caro demais aos brasileiros.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Resenha: "Mentiram (e muito) para mim", de Flávio Quintela ( LUCIANO AYAN)


Mentiram-e-muito-para-mim
"Para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída."

Sempre apontei um erro em muitos autores (e demais formadores de opiniões) da direita quando estes apontavam inconsistências no discurso da esquerda e reagiam com condescendência e as vezes até uma injustificada compaixão para com o oponente. Enquanto os esquerdistas ficavam criando mentiras para que seus líderes aumentassem ou mantivessem seu poder, a direita reagia dizendo coisas como “ah, eles não tem jeito” ou “mais uma vez eles se enganam”.
Não, não é assim que se reage a fraudadores contumazes. A assertividade deveria ser uma das principais característica de quem é de direita. No mundo corporativo, não se passa a mão na cabeça de fraudadores. Por que no mundo dialético a coisa deve ser diferente?
“Mentiram (e muito) para mim” é o primeiro livro de Flávio Quintela, do blog Maldade Destilada, E logo de cara o autor já mostra que é daqueles que há tempos superaram o comportamento conivente com a mais desonesta das doutrinas criadas pelo homem, o socialismo.
O livro traz 20 capítulos (em apenas 166 páginas, o que significa que tratamos de algo rápido e direto), dos quais 19 são focados no desmascaramento de mentiras que a esquerda tradicionalmente nos conta, ou mesmo na exposição de situações criadas para enganar não só os direitistas como também os neutros.
Por exemplo, a mentira dizendo que “não existe mais direita ou esquerda” é desmascarada no capítulo 5. Logo no seguinte, vemos o desmascaramento de outra mentira feita para confundir a audiência: “O PSDB é um partido de direita”. Em seguida, o próximo capítulo desmascara a mentira dizendo que a direita é inerentemente promotora das maiores maldades humanas. Mentira, aliás, muito propagada com base em outra mentira (“O nazismo é de direita”), demolida no capítulo 8.
Diz Quintela:
[...] para uma pessoa que não possua fatos e argumentos que possam, de forma lógica, justificar sua ideologia – caso de todos os esquerdistas – a ofensa injustificada é a única saída, e não há maior nível de ofensa injustificada do que atribuir a alguém inocente a cumplicidade na morte de mais de vinte milhões de pessoas e a associação ao regime mais repudiado da história do mundo. Isso é o que, na gíria, se chama de “apelar”.
Daí, com uma sóbria demonstração dos fatos, ele fornece argumentos para mostrar que todo aquele professorzinho esquerdista afirmando que Hitler “é de direita” não passa de um mentiroso que só merece um tipo de reação: a refutação assertiva. E com o dedo apontado na cara, de preferência.
A esquerda toma como um valor fundamental a mentira como um meio de chegar aos seus objetivos. A direita, por outro lado, preza a honestidade, a sinceridade e a busca pela verdade, como frisa Quintela logo no começo de sua obra.
Mas, politicamente, de nada adianta prezar pela verdade e a integridade moral se não tivermos a capacidade de exprimir nosso ponto de vista de maneira assertiva, assim como comunicarmos para nossos público a diferença entre quem entra em campo para dizer a verdade e quem toma a mentira como um método.
Sem essa dureza dialética, o que nos resta é assistir a contínuas vitórias esquerdistas, não por que eles possuem qualquer forma de conteúdo, mas por usarem uma quantidade tão grande de mentiras que nós desistiremos de contra-argumentar, pelo tanto de desmentidos que precisaremos fazer.
O único antídoto a isso é a refutação contínua das fraudes que eles divulgam. Mas essa refutação precisa ser feita nos termos mais fortes possíveis, pois também precisamos sub-comunicar para o público em geral que há um abismo ético entre a direita e esquerda, e que estes últimos possuem “argumentos” e comportamentos dignos de ânsia de vômito.
Por acertar tanto ao apresentar uma argumentação coesa e direta como ao usar a assertividade necessária para combater as fraudes intelectuais do oponente, o livro de Quintela é um dos mais recomendados no ano.
Em tempo: Para quem tem pressa, “Mentiram (e muito) para mim” pode ser adquirido também em formato Kindle, na Amazon. E também está disponível nas principais livrarias do Brasil no formato tradicional.

Os donos do poder (Nelson Paes Leme/oglobo)

Saqueiam o Erário de forma torpe, solerte e desavergonhada. E nenhuma força do restante da sociedade civil lhes contrapõe qualquer resistência

Raymundo Faoro, em seu antológico “Os donos do poder”, faz um diagnóstico certeiro e preciso da origem do patrimonialismo brasileiro: a Casa de Aviz portuguesa no Século XIV. Os reis de Portugal se consideravam proprietários do país e da nação. Essa cultura atravessou mares e séculos e se enraizou com toda a força no Brasil e na nossa concepção de Estado soberano. Hoje já não há a Casa de Aviz. Outros são os tempos e outros são os donos do poder. A Petrobras que o diga.
O Estado brasileiro sempre foi um paquiderme a serviço desses “donos” eventuais do poder. Inicialmente foram os próprios reis portugueses, depois os imperadores, depois os militares positivistas da República Velha. Depois o ditador Vargas em duas etapas, sendo que na última já dividiu parte do poder (inclusive a Petrobras) com um peleguismo ainda incipiente e amadorista. Nada parecido com o atual, altamente sofisticado e requintado. São pelegos muitas vezes com PhD e que andam acompanhados, em jatinhos executivos, de poderosos empreiteiros e subempreiteiros de gigantescas obras públicas. Alguns com mandato popular nas câmaras, assembleias legislativas e até no Congresso Nacional. Pelegos que tomam vinhos caríssimos de safras de colecionador, mas não arredam pé de um sindicalismo em decadência porque alinhado a um socialismo que já não existe. Um socialismo que foi atropelado pela revolução científico-tecnológica e pela deterioração da vida planetária, de todas as espécies viventes a exigir rever as prioridades no campo do social e da própria economia de mercado.
Com a ditadura militar que tomou conta do Brasil de 1964 a 1984, esses líderes sindicais de outrora se organizaram com mestres acadêmicos, também sindicalistas públicos em estado de pureza ideológica, egressos das universidades estatais, na resistência democrática, e fundaram um partido político, com o placet dos militares, especialmente do general Golbery do Couto e Silva, pretenso ideólogo do regime militar. Estratificou-se assim uma tecnoburocracia de oposição à tecnoburocracia militar no governo e que passou a dominar o aparelho partidário do Partido dos Trabalhadores, desfraldando a bandeira do vestalismo na política e do igualitarismo no social.
Esse partido, aparentemente ingênuo e idealista, forjado ainda nos ideais distributivistas da pré-Guerra Fria e do trotskismo revolucionário do princípio do século passado tinha, no entanto, um projeto histórico de poder idêntico ao dos reis de Portugal, dos imperadores, dos militares positivistas, dos ditadores e dos militares golpistas: tomar conta do aparelho do Estado e tornar-se dono da República e de sua economia altamente estatizada e burocratizada. O próprio Faoro já vaticinara: “Sobre as classes sociais que se digladiam, debaixo do jogo político, vela uma camada político-social, o conhecido e tenaz estamento burocrático nas suas expansões e nos seus longos dedos.” Esses longos dedos hoje pertencem a esses novos donos do país.
Ascenderam ao poder. Locupletaram-se nas companhias e bancos estatais, reinventando o “presidencialismo de coalizão” com o pior do fisiologismo herdado da ditadura militar. E aí estão. Não há força que os remova. Saqueiam o Erário de forma torpe, solerte e desavergonhada. E nenhuma força do restante da sociedade civil lhes contrapõe qualquer resistência. Até quando irão corroendo o tecido republicano, ninguém sabe. Seu combustível é a ignorância, a indigência cultural e a miséria humana.
As próximas eleições gerais que se avizinham serão decisivas para o futuro desses novos “donos do poder” e sua percepção atrasada e ultrapassada de Estado. Mas, seja qual for seu resultado, esta República se esgotou. É ingente um novo pacto que inaugure a próxima, em que o poder seja realmente partilhado com o soberano: o restante do povo brasileiro que a tudo assiste perplexo e desorientado. Uma imensa tarefa de reconstrução do Estado brasileiro é o que se espera, mas ainda não se percebe no discurso dos candidatos.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Humor nos tempos modernos. Ou:"Valesca Popozuda lamenta morte de Gabriel García Marquez"(Joselito Muller)

ImagemA cantora, compositora e escritora, Valesca Popozuda, em entrevista exclusiva à nossa equipe na tarde de hoje, lamentou a morte do escritor colombiano, Gabriel García Marquez.
“Ele foi, indubitavelmente, um dos maiores escritores do século XX”, declarou.
Valesca afirmou que leu várias obras do escritor, e disse que seus livros “sempre me deixaram impressionada. Em um dos livros mais recentes dele, ‘Memórias de minhas putas tristes’, me identifiquei com aquela jovem meretriz que sempre está dormindo na história”.
Valesca também confidenciou que “quando li ‘A triste história de Cândida Erêndira e sua avó desalmada’, pensei que aquilo tinha sido escrito para mim. ‘Crônica de uma morte anunciada’, por sua vez, me fez lembrar das tretas lá na favela, embora lá ninguém use faca para matar os inimigos”.
A cantora revelou que pretende traduzir algumas obras de Gabriel García Marquez para o português, e prometeu “Uma versão de ‘Cem anos de solidão’ melhor do que a original”.

Ventos de mudança: o começo do fim do PT (RC)


O Brasil quer ser a próxima Venezuela?
No Brasil as coisas são assim: leva muito tempo até a ficha cair. Mas um dia ela cai! É o que parece estar acontecendo quando se trata do PT e seu discurso de “nós contra eles”, tentando monopolizar a ética. Parece até piada de muito mau gosto logo o PT falar de ética, o partido mais corrupto de todos. Mas até bem pouco tempo atrás essa falácia colava.
Em sua coluna de hoje na Folha, Reinaldo Azevedo lança um prognóstico otimista: o PT começou a morrer. Justamente porque essa blindagem que o partido usa, de demonizar qualquer crítico de sua gestão como se fosse inimigo do país, rompeu-se. Chega a ser ridículo alguém apelar para essa tática hoje. Como diz Reinaldo, “Desta vez, parece, os larápios não vão usar o relincho ideológico como biombo”. Ele acrescenta:
Há nas ruas, nas redes sociais, em todo canto, sinais claros de enfraquecimento da metafísica petista. Percebe-se certo cansaço dessa estridência permanente contra os adversários, tratados como inimigos a serem eliminados. Se, em algum momento, setores da sociedade alheios à militância política profissional chegaram a confundir esse espírito guerreiro com retidão, vai-se percebendo, de maneira inequívoca, que aquilo que se apresentava como uma ética superior era e é apenas uma ferramenta para chegar ao poder e nele se manter.
A arte de demonizar o outro, de tentar silenciá-lo, de submetê-lo a um paredão moral seduz cada vez menos gente. Ao contrário: há uma crescente irritação com os estafetas dedicados a tal tarefa. Se, antes, nas redes sociais, as críticas ao petismo eram tímidas, porque se temia a polícia do pensamento, hoje, elas já são desassombradas. E se multiplicam. Os blogs sujos viraram caricatura. A cultura antipetista está em expansão. E isso, obviamente, é bom.
Como o próprio Reinaldo reconhece, isso não é o mesmo que prever a derrota nas urnas em outubro. Está mais para uma “agitação das mentalidades” que, segundo o autor, “costuma anunciar as mudanças realmente relevantes”. É o que tenho chamado de ventos de mudança, claramente perceptíveis em todo lugar.
Há um clima novo no ar, e cada vez mais gente tem coragem de sair da toca e criticar o modelo ou o método petista. O senso de moralidade vem despertando muitos que hibernavam antes. A crise venezuelana ajudou, ao mostrar o destino final do país caso nada seja feito para impedir o “projeto” do PT.
Fernando Gabeira, em seu artigo publicado hoje no Estadão, foi por uma linha parecida, ao alertar que os petistas ainda sonham com uma onipotência que não existe e cuja sensação era derivada da bonança econômica. Diante da realidade cada vez menos favorável, o PT tenta controlar os fatos e eliminar a oposição. Diz Gabeira:
Bom dia, Cinderela. O mundo mudou. Dilma e o PT não perceberam, no seu sono, que as condições são outras. Brigar com os fatos num contexto de crescimento econômico deu a Lula a sensação de onipotência, uma crença do tipo “deixa conosco que a gente resolve na conversa”. Hoje, em vez de contestar fatos, o PT estigmatiza a oposição como força do atraso. Ele se comporta como se a exclusão dos adversários da cena política e cultural fosse uma bênção para o Brasil. A concepção de aniquilar o outro não é vivida com culpa por certa esquerda, porque ela se move num script histórico que prevê o aniquilamento de uma classe pela outra. O que acabará com os adversários é a inexorável lei da história, eles apenas dão um empurrão.
Sabemos que a verdade é mais nuançada. O governo mantém excelentes relações com o empresariado que financia por meio do BNDES e com os fornecedores de estatais como a Petrobrás. Não se trata de luta de classes, mas de quem está se dando bem com a situação contra quem está ou protestando ou pedindo investigações rigorosas contra a roubalheira, na Petrobrás ou na Copa.
[...]
Até nas relações exteriores o viés partidário sufocou o nacional, atrelando o País aos vizinhos, alguns com sonhos bolivarianos, e afastando-o dos grandes centros tecnológicos. Contestar esse caminho quase exclusivo é defender interesses americanos; denunciar corrupção na empresa é ser contra a Petrobrás; assim como questionar a Copa é torcer contra o Brasil.
Bom dia, Cinderela, acorde. Em 2014 você pode se afogar nos próprios mitos.
Não é possível enganar todos o tempo todo. É verdade que o PT distribuiu muito dinheiro – nosso – para comprar apoio. Também é verdade que sempre contou com uma narrativa messiânica disseminada por nossos “intelectuais” de esquerda. Mas há uma clara fadiga do poder. O choque de realidade é brutal. O PT é um fracasso econômico e um fracasso ainda maior na ética.
Não será possível se proteger de tantos escândalos e tanta incompetência apelando para sempre ao fator ideológico ou demonizando seus críticos. Essa estratégia hipócrita engana cada vez menos gente. São os ventos de mudança, que anunciam o começo do fim dessa seita chamada PT…







quinta-feira, 24 de abril de 2014

Vai embora petralha e leva o PT junto.....

a charge Rosa Weber

A inflação do povo e dos economistas (Carlos Alberto Sardenberg)

Estão subindo bem acima da média preços que afetam todos: comida e serviços, de corte de cabelo a mensalidade escolar

Em fevereiro deste ano, o Datafolha perguntou em uma de suas pesquisas nacionais: você acha que a inflação vai aumentar ou vai cair? “Vai aumentar”, responderam 59% dos entrevistados. Já mostrava uma expectativa negativa.
No mesmo mês, analistas de fora do governo, consultados pelo Banco Central, estimavam que a inflação chegaria ao fim deste ano em 5,9%, medida pelo IPCA, índice do IBGE. Não chegava a ser uma novidade, pois a média de inflação nos últimos anos tem ficado em torno dos 6%. Mas continuava sendo um número alto, considerando que a meta oficial é de 4,5%, podendo ir até 6,5%, na margem de tolerância.
Vamos para abril. O Datafolha fez a mesma pergunta. E nada menos que 65% disseram que a inflação vai aumentar. Uma alta de seis pontos percentuais.
O BC, como faz toda semana, consultou novamente os analistas. No último dia 17, eles elevaram a previsão de inflação para este ano para 6,51%, conforme mostra o Boletim Focus, que pode ser acompanhado no site do BC. É só um pouquinho acima do teto da meta (a margem de tolerância), mas o movimento tem sido de alta direto. Além disso, é a primeira vez no ano que passa do teto.
Logo, especialistas e povo têm a mesma expectativa. Os economistas não acreditam que a alta de juros promovida pelo Banco Central e a promessa de corte de gastos do governo farão o efeito de bloquear a inflação. As pessoas ou os eleitores não acreditam nas repetidas afirmações da presidente Dilma, do ministro Mantega e do presidente do BC, Alexandre Tombini, segundo os quais o governo vai derrubar o IPCA.
Do ponto de vista técnico, se diz que o BC não está conseguindo “ancorar” as expectativas. No regime de metas, é meio caminho andado quando o mercado acredita que a “autoridade monetária” está mesmo empenhada em colocar a inflação no alvo e tem instrumentos e autonomia para fazer isso. No caso, autonomia para elevar os juros o quanto for necessário. O mercado acha o contrário, neste momento, e opera, negociando taxas de juros, por exemplo, na expectativa de que a inflação é alta e resiliente.
De ponto de vista da população, vale a experiência de compras. Índice de inflação de 6% é uma média entre preços que sobem e caem. Tem cigarro e cerveja no índice. Se você não fuma nem bebe, não percebe a inflação desses itens. Ocorre que estão subindo mais, bem acima da média, preços de itens que afetam todo mundo: comida e serviços em geral, desde corte de cabelo a mensalidade escolar. E, mais recentemente, tarifas de energia elétrica e de transporte público.
Até chegaram a cair preços de alguns eletrodomésticos, por causa da demanda mais fraca e do crédito mais difícil. Muitas pessoas perceberam, mas você não compra geladeira todo ano. Já supermercado e salão de beleza...
Nesse ambiente, acontece algo muito conhecido: quando todos acham que a inflação vai subir... ela sobe.
O empresário trata de colocar no preço a expectativa de alta. Os sindicatos começam a pedida salarial de 7% para cima. Se o mercado está aquecido, o prestador de serviço eleva seus preços mais frequentemente.
A persistência da inflação relativamente alta vai incomodando aos poucos. A pessoa está empregada, com salário em dia, mas toda semana vê que algo ficou mais caro. O dono do negócio, a um determinado momento, não sabe mais que preço estimar — e dá uma parada. O próprio governo vai ficando incomodado, pois seus integrantes percebem que precisam elevar alguns preços e salários.
A sensação de desconforto econômico se transforma em disposição de voto contra o governo. Esse é o maior risco para a presidente Dilma, além, claro, do caso Petrobras: entrar na campanha em ambiente inflacionário.
Mas, pergunta o leitor, não seria possível combater e derrubar essa alta de preços? Sim, é possível, mas, como o governo errou na política econômica, colhendo inflação alta e crescimento baixo, e como tolerou por muito tempo o ritmo elevado dos preços, o remédio necessário é cada vez mais amargo. E de efeitos demorados. Trata-se de juros ainda mais altos e de um forte corte nos gastos públicos, atitudes politicamente negativas e nas quais, a rigor, a presidente Dilma e o ministro Mantega nem acreditam.
Por isso, tentam controlar alguns preços “no braço” e ganhar a batalha das expectativas no grito. Toda hora repetem que a inflação está sob controle. Mas não é o que dizem os analistas e o povo, numa rara combinação.

Brincando perigosamente com a inflação (RC)


Estão rindo do quê? Enquanto os dois acham graça, o povo brasileiro sofre com a alta inflação…
editorial do Estadão de hoje subiu o tom ao alertar para a perigosa tolerância do governo com a escalada inflacionária, e disse, logo na abertura:
O vilão da inflação é o governo, como provou mais uma vez o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em sua patética entrevista sobre a disparada dos preços. “Eu tenho certeza de que vamos terminar o ano dentro do limite de 6,5%. Não vamos ultrapassar”, assegurou. A meta oficial é de 4,5%, mas as falas do ministro e da presidente Dilma Rousseff geralmente passam longe desse detalhe. A preocupação efetiva, como têm confirmado os números nos últimos quatro anos, é alcançar qualquer ponto até o limite da margem de tolerância. Tanto melhor se o resultado ficar em torno de 6%, de preferência pouco abaixo, como em 2012 e 2013. Mas esse pormenor é meramente decorativo.Mais de uma vez a presidente negou qualquer tolerância à inflação. Mais de uma vez a política oficial desmentiu suas palavras e desmoralizou suas promessas. Igualmente desmoralizante, a entrevista do ministro Mantega ainda acrescentou um toque grotesco ao cenário.
Após mostrar com números as absurdas declarações do ministro Mantega, o jornal concluiu de forma bastante direta:
Diplomado em economia, o ministro parece desconhecer fatores como as limitações da oferta e o excesso de demanda alimentado pelos estímulos ao consumo e pela gastança pública. Quem leva em conta esses fatores identifica o verdadeiro vilão.
Que Mantega é diplomado em economia nós sabemos. Mas isso apenas comprova que certos diplomas não valem nada! Infelizmente, vivemos sob a “cultura do diploma”, e por isso que tantos economistas da Unicamp, mesmo após tantos equívocos históricos, ainda desfrutam de espaço na imprensa ou estão no poder. Quem paga o pato é o povo brasileiro, claro.
A inflação foi também o tema da coluna do economista Fernando Rocha no Valor. Rocha trabalha em uma grande gestora carioca, e por isso mesmo precisa se preocupar com as previsões que faz, ao contrário do ministro Mantega, que pode divulgar um crescimento de 4,5% do PIB e se fazer de bobo (sem muito esforço, é verdade) quando o número oficial nem chega a 2%. Rocha faz importantes alertas:
A chamada nova matriz macroeconômica, implementada no governo Dilma, consistiu em baixar o nível da taxa de juros, adotar uma política fiscal mais acomodativa, turbinar o crédito dos bancos públicos, promover uma desvalorização da taxa de câmbio, aumentar as tarifas de importações e fomentar fusões empresariais com o apoio do BNDES na busca de “campeões nacionais”. Acreditava-se que isso traria um novo vigor ao setor produtivo, principalmente ao setor industrial, o que resultaria em maior crescimento econômico. No entanto, os resultados foram pífios em termos de crescimento e provocaram, como era de se esperar, um aumento da inflação.
[...]
Atualmente, os preços estão rodando, em média, acima de 6%. Isso significa que alguns preços, principalmente de serviços, estão subindo perto de 10% ao ano, enquanto outros, como as tarifas públicas, sobem bem menos – em 2013, a alta foi de apenas 1,5%. Outro dado preocupante: excluindo os itens de alimentação, que são muito voláteis, 72% dos itens do IPCA subiram no mês de março de 2014. Esse percentual, em 2006, era próximo de 50%. Isso mostra que a inflação está mais disseminada. A disseminação da inflação favorece o surgimento de distorções de preços relativos. Recentemente, popularizou-se nas mídias sociais os chamados “preços surreais”, que nada mais são que uma expressão da distorção de preços relativos, quando um determinado bem ou serviço fica muito caro comparado a outros bens da cesta de consumo. Estamos em um estágio muito incipiente, mas essa distorção de preços relativos é muito perigosa, uma vez que gera má alocação de recursos. Na Argentina, isso fica muito claro. Os setores que têm poder de repassar preços mais rapidamente se defendem enquanto outros setores, principalmente os regulados, ficam com grandes defasagens de preços, prejudicando os investimentos.
O Brasil tem o DNA da inflação alta. Nossa estabilização é muito recente. Um exemplo ilustra como a evolução da inflação pode ser rápida. Em 2002, acreditava-se que o candidato Lula, se eleito, promoveria uma série de mudanças na economia, entre elas o calote da dívida pública, que vinha sendo propugnado pelo PT. Os poupadores domésticos, detentores dos títulos da dívida pública, venderam seus papéis e partiram para o consumo de bens, principalmente duráveis e imóveis. O que ocorreu então foi uma disparada da inflação para 17% ao ano. A partir de certo ponto, a evolução da inflação deixa de ser gradual e linear e passa a ser exponencial.Todo cuidado é pouco, portanto. O governo atual está se descuidando perigosamente dessa questão.
Já usei essa analogia aqui e repito: o governo Dilma parece um adolescente brincando de riscar fósforos em um paiol repleto de pólvora. O povo brasileiro está sentado em cima deste paiol…
Rodrigo Constantino

CARLOS BRICKMANN: Mercenários, eles cometeram barbaridades no Iraque e no Afeganistão. Agora, o governo do PT os covoca para treinar policiais para a Copa


Mercenários -- eufemisticamente chamado de "contratistas privados" -- da Blackwater antes de a empresa, envolvida em sérias violações de direitos humanos, mudou de nome: agora, treinando policiais no Brasil (Foto: motherboardtv.com)
Mercenários — eufemisticamente chamado de “contratistas privados” — da Blackwater antes de a empresa, envolvida em sérias violações de direitos humanos, mudou de nome: agora, treinando policiais no Brasil (Foto: motherboardtv.com)
Duas boas notas da coluna que Carlos Brickmann publica hoje em vários jornais.

AS VÍTIMAS NO PODER
carlos_brickmannParece destino – um cruel destino de que nós, brasileiros, não conseguimos livrar-nos.
Na ditadura, os especialistas em interrogatório (também conhecidos como “torturadores”) da Escola das Américas, instituição americana com sede no Panamá, vieram ao Brasil ensinar o que sabiam aos militares brasileiros.
Os torturados, os mortos, os mutilados fazem parte de seu legado.
E que é que fizeram os atuais governantes petistas, também vítimas dos instrutores internacionais?
Fizeram denúncias fortes, duras, muitas delas comprovadas.
E, no poder, trouxeram ao Brasil os mercenários da Blackwater, sucessores privados da Escola das Américas.
A Blackwater – que hoje, para tentar desvencilhar-se da fama das barbaridades cometidas no Afeganistão e Iraque, mudou de nome para Academi – foi contratada pelo governo federal petista para treinar os grupos especiais de polícia que devem garantir a segurança da Copa.
O pessoal da Blackwater, ou Academi – ou United Secret Services International, outro nome que usa – deve ser competente.
A dúvida é: em que área reside sua maior competência? A turma da Escola das Américas era também macabramente competentíssima.
A Blackwater, seu antigo nome, mereceu um interessante livro, A Ascensão do Exército Mercenário Mais Poderoso do Mundo, do repórter Jeremy Scahill.
No livro aparecem as ligações da Blackwater com a CIA e com a Halliburton, empresa do ramo petrolífero que esteve sob o comando de Dick Cheney, secretário da Defesa e, mais tarde, vice-presidente dos EUA. A Halliburton opera no Brasil.
O nome das coisas 
Blackwater, água negra.
Halliburton, ouro negro.
Petrobras, águas turvas.