sábado, 30 de novembro de 2013

Humor em tempos modernos.Ou:"Após prisões, procura por filiações ao PT aumenta mais de 2.000%. Papuda já tem diretório"(Joselito Muller)

ImagemA prisão de Genoino e Dirceu, duas lendárias personalidades do Partido dos Trabalhadores, fez com que o interesse por filiações ao partido aumentasse mais de 2.000%.
Em razão da enorme procura, novos filiados fundaram na manhã de hoje o Comitê da Papuda do PT, presidido pelo presidiário Marcleido da Chapa, que cumpre pena por tráfico de drogas.
“O Dirceu é nosso presidente de honra”, disse Marcleido, que também explicou que o enorme interesse dos presidiários em se filiarem à agremiação se deu “em razão dos privilégios que os companheiros mensaleiros estão tendo, como ter visitas todo dia, tomar banho quente e ter tratamento médico”.
Marcleido explica que “a rapaziada aí, no primeiro momento, reclamou dos privilégios, mas depois percebeu que bastava se filiar ao PT para ter tratamento isonômico”.
Na manhã de hoje, durante a solenidade de fundação do comitê local, presos fizeram fila para se filiar.
“Já pensamos em fundar sub-diretórios no pavilhões”, afirma Marcleido com empolgação, “caso o plano dê certo, vamos ter que distribuir os cargos de chefia às  facções que comandam cada unidade”.

Petralhas asquerosos.Ou:"Defensores da impunidade"(PERCIVAL PUGGINA)


ptlulamensalão 
Em nosso país, a mentira é direito humano.


Você está surpreso? Eu não. Nunca levei a sério políticos e partidos que centravam sua estratégia rumo ao poder no ataque impiedoso à honra dos adversários e na afetação de virtudes excelsas. Muito escrevi sobre a conduta irresponsável dos que, sem qualquer escrúpulo ou discernimento, se apresentavam com lança-chamas e tonéis de gasolina ao menor sinal de fumaça que surgisse nas proximidades de seus oponentes. Mas a estratégia foi exitosa. A sociedade sentiu-se inclinada a crer na virtude dos acusadores, desatenta para o fato de que onde estiver o ser humano estarão presentes as potências do mal e do bem. E o que melhor detém a ação do mal é a certeza da punição. Na política não existe imunidade natural frente ao poder de corrupção. Nem frente à corrupção nos escalões do poder. O que funciona é a certeza de que as instituições estão moldadas de forma a identificar e punir os culpados. E o Brasil não chega em 63º lugar no ranking da honestidade sem uma bem consolidada cultura de impunidade.

Em nosso país, a mentira é direito humano. A impunidade é cuidadosa construção. Lança fundações nos meandros de leis e códigos em cujos labirintos se orientam os bons advogados. Ergue paredes nos flagrantes não homologados por motivos irrelevantes. Lança pilares e vigas na permissividade das execuções penais e na benevolente progressão das penas. Ganha telhado quando a criminalidade é tanta que muitos delitos ficam banalizados, inclusive sob a ótica da sociedade e de seus julgadores. A maioria dos crimes praticados no país sequer é notificada pelas vítimas. O telhado protetor da impunidade foi, assim, posto e bem posto. Somos um estranho país onde é acusado de criminalizar os movimentos sociais quem comete a inaudita violência de descrever o que fazem. Somos um país onde condenados passeiam livremente nas ruas porque não há vaga nos presídios. E não se constroem presídios.

Pois o rumoroso processo do Mensalão realiza a façanha, depois de sete longos anos, de chegar ao período de sentenças definitivas, transitadas em julgado. Não faria o menor sentido discutir, aqui, a correção das condenações. Quase todas foram proferidas por ministros do STF indicados pelo governo do partido dos réus. Ambos, governo e partido reconheceram os crimes. O próprio Lula, em 12 de agosto de 2005, no auge do escândalo, falou à nação: "Eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis, das quais nunca tive conhecimento. (...) Não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos que pedir desculpas. O PT tem que pedir desculpas. O governo, onde errou, tem que pedir desculpas" (há vídeo no YouTube com o título "Lula pede desculpas"). No mesmo dia, Tarso Genro, no exercício da presidência do PT, anunciou a refundação do partido e disse que este iria punir cada um dos envolvidos em denúncias de corrupção e caixa dois para financiamento de campanhas (Agência Brasil, 12/08/2005). O atual Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na edição da revista Veja de 20/02/2008, em longa entrevista às Páginas Amarelas, reconheceu: "Teve pagamento ilegal de recursos a partidos aliados? Teve. Ponto Final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade".

Agora, desmentem a si mesmos! Adotam uma estratégia desesperada, que fala em "presos políticos", tenta criminalizar o STF, pretende denegrir a imagem do ministro Joaquim Barbosa, e deseja vitimizar os presos perante a opinião pública. É o derradeiro desserviço prestado pelos réus do Mensalão e seus companheiros a uma nação que precisa vencer a impunidade. Talvez pretendessem sair deste processo sentenciados a fazer o que melhor fazem: distribuir algumas cestas-básicas ao povo.

Ainda estamos aqui, seus desgraçados...(MILTON SIMON PIRES)


É fundamental apontar entre os médicos brasileiros a existência de uma classe de canalhas, de um grupo de médicos capazes de fazer qualquer coisa (na prática deixar de fazer) a fim de receber uma “gratificação por cargo de chefia” no contracheque.
1500 a 2500 reais por mês são suficientes para que essa ralé esqueça tudo que aprendeu, para que traia tudo que jurou e para que abandone seus colegas de profissão a mercê das patrulhas de “profissionais da saúde” dentro dos hospitais.
A guerra que os médicos brasileiros estão enfrentando dentro da administração pública está muito longe de ter um fim.

As três frases que um médico brasileiro precisa conhecer para se tornar chefe de seus colegas no serviço público são: “isso sempre foi assim”, “eu não estava sabendo disso”, e “desde que fique bom pra vocês; por mim tudo bem”. Foi esse tipo de gente que tornou possível o advento de uma aberração como o Programa Mais Médicos. Filiados ao PIP – Partido do Interesse Próprio, mais de uma vez meus chefes garantiram que não tinham qualquer ligação formal com o PT. Acredito piamente no que me disseram! Não tenho qualquer dúvida da sua “independência” e até mesmo aversão ao partido dos petralhas, mas mesmo assim afirmo que são o tipo de gente preferida por esses bandidos para manter a administração pública sob seu controle.
A característica fundamental dos chefes, coordenadores, diretores, gerentes, ou seja lá qual for o nome que tenham essas criaturas que coordenam os serviços públicos brasileiros no governo petista, não é o fanatismo, não é a convicção no socialismo nem a militância política, mas sim a mais completa indiferença, omissão e negligência com o que acontece no seu ambiente de trabalho. Um chefe, para servir ao PT, deve ser alguém completamente “apolítico”: sua integração com os interesses do partido deve dar-se de maneira silenciosa, não ativamente. É calando-se com relação a tudo aquilo que sabe estar errado que esse tipo de mau-caráter sobe na vida chegando aos altos cargos de direção. Sua consciência política é zero! Ele não tem – nem poderia ter – qualquer tipo de opinião a ser defendida perante os seus superiores. Trata-se normalmente de alguém tecnicamente medíocre e moralmente amorfo, um burocrata que usa frases como “isso chegou até mim” e “isso veio de cima, infelizmente não posso fazer nada”.
Desde 2003, toda máquina pública brasileira tornou-se refém desse tipo de gente. Nos hospitais brasileiros, mesmo que ocupem os cargos técnicos, essas criaturas curvam-se docilmente às ordens finais da legião de alcoólatras, militantes dos movimentos de minorias e sindicalistas que tem a palavra final em praticamente tudo que vai ser decidido.
Há muitos anos esse processo de aparelhamento vem acontecendo. A tomada de decisões nesse tipo de organograma é feita a partir do conceito de “centralismo democrático”; em outras palavras: uma ordem é dada por alguém que, muitas vezes, sequer é conhecido pelos subordinados e transmitida numa cadeia de hierarquia de forma que só se sabe que “veio de cima”. É a mediocridade e a covardia dos intermediários nesse “telefone sem fio” que garantem o cumprimento rigoroso da estratégia do partido-religião. O efeito da administração dessa ralé na saúde pública do Brasil está cada vez mais evidente: falta tudo! Desde soro fisiológico até fio de sutura; o que se observa dentro dos hospitais é uma carência total no que se refere às mínimas condições de trabalho. Os setores de compras dos hospitais públicos, por exemplo, são administrados (aí sim) por gente de confiança do partido que não saberia a diferença entre um litro de soro fisiológico e um de Coca-Cola. Esse estado caótico de coisas é acompanhado, além do mal-estar, pela sensação terrível de que nada há a ser feito, pela ideia de que “não é culpa de ninguém” e pelo contínuo pavor de ver-se envolvido em sindicância e inquéritos administrativos sem fim.
É fundamental apontar entre os médicos brasileiros a existência de uma classe de canalhas, de um grupo de médicos capazes de fazer qualquer coisa (na prática deixar de fazer) a fim de receber uma “gratificação por cargo de chefia” no contracheque. 1500 a 2500 reais por mês são suficientes para que essa ralé esqueça tudo que aprendeu, para que traia tudo que jurou e para que abandone seus colegas de profissão a mercê das patrulhas de “profissionais da saúde” dentro dos hospitais. Verdadeira legião de recalcados, esse último grupo serve para fazer o trabalho sujo do PT: para conduzir abaixo-assinados, elaborar memorandos e fazer queixas capazes de colocar as notas das avaliações funcionais (dos famosos estágios probatórios) dos seus inimigos políticos em níveis vergonhosos.
Tudo isso que escrevi aqui eu enfrentei, e enfrento até hoje, pessoalmente. Meu caso está longe de ser o único. A guerra que os médicos brasileiros estão enfrentando dentro da administração pública está muito longe de ter um fim. Os efeitos todos nós sabemos quais são: tristeza, sensação de impotência, abandono e a já conhecida sensação de que “ser médico não vale à pena”.
Um recado meu e de todos os verdadeiros médicos brasileiros a essa escória que administra a saúde no Brasil: ainda não desistimos. Ainda estamos aqui, seus desgraçados.

Ah, que inveja da Alemanha! Que inveja! Uma coligação de governo sem maracutaia!


Angela Merkel e seus aliados, Sigmar Gabriel, presidente do SPD (esq), e Horst Seehofer, presidente da CSU (dir.) (Foto: Michael Sohn / AP)
Merkel com seus aliados, o presidente do SPD, Sigmar Gabriel (esq.), e o presidente da CSU, Horst Seehofer: coligação de governo séria, em um pais sério onde, segundo a revista “The Economist”, “a palavra sério quer dizer exatamente isto” (Foto: Michael Sohn / AP)
Esta semana a chanceler da Alemanha, Angela Merkel — a governante mais poderosa da Europa e uma das líderes mais influentes do mundo — fechou um acordo para que seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU) e seu partido irmão União Social-Cristã (CSU), do Estado da Baviera, governasse em coligação com os tradicionais adversários do Partido Social-Democrata (SPD).
Merkel terá uma maioria esmagadora: num Parlamento de 631 deputados, como o Bundestag alemão, terá uma bancada de 503.
E sabem como se procedeu a aliança com os social-democratas?
Merkel NÃO aparelhou o governo com os sindicalistas aliados do SPD para agradar os novos aliados.
Merkel NÃO loteou cargos de confiança no governo entre os partidos da coligação.
Merkel NÃO prometeu destinar “emendas parlamentares” para que os deputados da coligação distribuam verbas em fontes luminosas e ginásios de esportes em suas regiões de origem.
Merkel NÃO decidiu rechear as seríssimas e rigorosas agências reguladoras do governo alemão — em áreas como telecomunicações, transportes terrestres, aviação e energia — com cupinchas dos aliados, nomeados (como ocorre no Brasil) por sua ideologia ou militância, e não por sua competência.
Merkel NÃO resolveu aumentar os atuais 14 Ministérios existentes para abrigar políticos.
Merkel, é claro, NÃO acertou qualquer mensalão para atrair deputados para a base de apoio de seu governo.
Merkel, em suma NÃO FEZ NADA do que se costuma fazer no Brasil do lulopetismo, em nome desse monstro invisível chamado “governabilidade”, que justifica todo tipo de atropelo ao bom senso, à meritocracia e à moralidade pública.
O que fez a firme chanceler alemã, há oito anos e três eleições no poder, para fechar uma coligação que vai permitir que governo tranquilamente por todo seu mandato de quatro anos?
Merkel fez o que se faz nos governos decentes de países sérios — e, como escreveu há algum tempo a revista britânica The Economist, a chanceler vem conduzindo “um governo sério, num país sério onde a palavra sério quer dizer exatamente isto”: discutiu, durante um mês, em que medidas para o bem da Alemanha democratas-cristão e social-democratas — que divergem em inúmeros pontos — concordam.
O Bundestag, o parlamento alemão: entre 631 deputados, Merkel terá o apoio de 503 -- sem mensalão, sem aparelhamento do Estado, sem aumentar o número de ministérios... (Foto: bundesfinanzministerium.de)
O Bundestag, o parlamento alemão: entre 631 deputados, Merkel terá o apoio de 503 — sem mensalão, sem aparelhamento do Estado, sem aumentar o número de ministérios… (Foto: bundesfinanzministerium.de)
Os pontos sobre os quais ambos concordam foram a ponte para o acerto político. Mas, em se tratando de um pais sério, esses pontos foram esmiuçados em um sólido documento de 170 páginas contendo o programa que o governo de coalizão entre dois grupos adversários executará.
As 170 páginas prevêem, com detalhes, como se darão as melhoras no sistema de previdência social, em quais projetos serão aplicados os investimentos adicionais na área de educação e pesquisa científica, o que deve ser feito para aperfeiçoar e ampliar os sistemas de transportes (rodovias, as já fabulosas autobahns, e ferrovias), o estabelecimento por lei, a partir de 2015, de  um salário mínimo (8,5 euros — 27 reais — por hora, o que significa algo como 4.320 reais mensais) — não existe salário mínimo legal na Alemanha, só os valores estabelecidos em acordos entre sindicatos de patrões e de trabalhadores — e até os requisitos exigidos para que aos cidadãos alemães seja possibilitado algo até agora inexistente, a dupla cidadania.
Detalhe importante: o documento inclui o compromisso férreo de não se aumentar impostos durante os próximos 4 anos.
Enquanto isso, num grande país do Hemisfério Sul, que tem 39 ministros e 20 mil cargos de confiança loteados entre cupinchas dos partidos do governo…

Lulo-petralismo: A "Era da mediocridade".Ou:Dias estranhos! Cor da pele virou critério de desempate, Lula abraçado com Collor, batalhar na vida é coisa de burguês…"(RS)


"Dias estranhos! Uma nova era, talvez. Com certeza da mediocridade" (Imagem: Strange Weather, de Joy Garnett)
“Dias estranhos! Uma nova era, talvez. Com certeza da mediocridade” (Imagem: Strange Weather, de Joy Garnett)
Post do Leitor Nilton Sparagna
Dias estranhos!
Carne vermelha faz mal, bolacha recheada: nem pensar, coxinha na escola tem que ser proibida, um bebê humano pode ser morto (desde que esteja no ventre da mãe, é claro).
Cor da pele é critério de desempate. Matar animais pra comer? Absurdo! Só podemos matar vegetais, afinal, há uma hierarquia no valor dos seres vivos e as herbáceas devem estar em baixa.
Bom mesmo é enrolar um baseado, liberar a venda de drogas, mas restringir cigarros e bebidas (alcoólicas ou não). Coca-Cola? Pecado mortal. Chá de cogumelo é mais natural. Açúcar não, cocaína sim.
A polícia é inimiga da população, o branco é inimigo do negro, o empresário é inimigo do funcionário (ops! desculpem, do colaborador), o heterossexual é inimigo do homossexual e o cristão é um imbecil inimigo de todos, ainda mais se for branco e católico.
O rico é inimigo do pobre, o Sul/Sudeste, inimigos do Norte/Nordeste… Ser favelado é motivo de orgulho e batalhar pra subir na vida é coisa de pequeno burguês. Mas, que fique claro, é uma época de combate ao preconceito e discriminação seja qual for.
O PT no poder, MST critica o “sistema”, UNE critica o “sistema”, CUT critica o “sistema”, mas não largam as tetas do… “sistema”!
Lula abraçado a Collor, Dilma abraçada a Sarney, Haddad abraçado a Maluf. Organizações Não Governamentais (ONGs) são mantidas com dinheiro… governamental.
Oposição não critica o governo, mas governistas denunciam o próprio governo. Político condenado por corrupção merece total solidariedade. Já o tribunal e os juízes que finalmente mandaram corruptos à cadeia…
Segundo o PT, PC do B, PSOL e PSTU a democracia no Brasil é ruim, já na Venezuela, há democracia até demais. Cuba e Coreia do Norte são exemplos a serem seguidos. Estados Unidos e Europa, exemplos a serem evitados.
Imprensa boa é imprensa calada. Por que não publicam notícias positivas? Talvez umas receitas de bolo ou um poeminhas de Camões? Analfabetos – ditos funcionais (?) – frequentam Universidades, intelectuais de classe média apoiam governantes corruptos, mas odeiam a classe média, afinal, “a burguesia fede”.
Quem apoia teorias políticas do século XIX é progressista. Os que apoiam as teorias mais modernas são retrógrados.
Dias estranhos! Uma nova era, talvez. Com certeza da mediocridade.
Como não posso ir embora pra Pasárgada, pois não sou amigo do Rei, acho que vou mesmo é pra Itaguaí e lá curtir a Casa de Orates na companhia de Simão Bacamarte.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Bolsa empresário e o capitalismo de compadre na Banânia, até quando?"Publicada MP que autoriza repasse de R$ 24 bi ao BNDES"(veja.com)

A injeção de novos recursos no banco de fomento já havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega

O governo publicou nesta sexta-feira a Medida Provisória que autoriza crédito de 24 bilhões de reais ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A autorização do repasse já havia sido antecipada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta semana.
Segundo a MP 628, a concessão do crédito ocorrerá na forma de colocação direta de títulos da dívida pública mobiliária federal em favor do banco. "Em contrapartida ao crédito concedido (...), o BNDES poderá utilizar, a critério do Ministério da Fazenda, créditos detidos contra a BNDES Participações", afirma texto publicado no Diário Oficial da União.
Em setembro, segundo fontes disseram à agência Reuters, o banco fez pedido ao governo de um novo repasse no montante de 20 bilhões de reais para garantir desembolsos de aproximadamente 190 bilhões de reais este ano e recursos para o início de 2014.
Os desembolsos do BNDES somaram o recorde de 102 bilhões de reais entre janeiro e julho deste ano, com aumento de 50% na comparação a igual período de 2012.

Que falta faz uma OPOSIÇAO POLITÍCA VERDADEIRA contra o ESTATISMO PROGRESSISTA .Ou:"Geração “nem-nem”: quase 10 milhões de jovens!"(RC)

Ficou conhecida como geração “nem-nem” aquela que nem trabalha, nem estuda. Pois bem: oIBGE divulgou dados que estimam em quase 10 milhões a quantidade de jovens entre 15 e 29 anos nessa situação, predominantemente formada por mulheres (70%).
Dessas jovens que não têm atividade produtiva, 58,4% tinham pelo menos um filho. A maior parte dos jovens “nem-nem” (38,6%) tem ensino médio completo, ou seja, deveria ter seguido para um curso superior ou ingressado no mercado de trabalho.
No outro extremo, um porcentual também alto, de 32,4%, sequer completou o ensino fundamental. O Nordeste é a região com maior proporção de jovens que não estudam nem trabalham, em todas as faixas etárias estudadas.
São dados bastante preocupantes. Se for o caso de uma opção voluntária do casal, onde a mulher escolhe ficar em casa para investir na educação do filho enquanto o homem trabalha, menos mal. Mas quantos casos são realmente isso? Quantos casais podem se dar a esse luxo?
Mais provável deve ser o caso de falta de alternativa ou estímulo do próprio governo para tal situação. Faltam creches decentes, por exemplo, enquanto o próprio governo distribui esmolas para quem não trabalha. Diante deste quadro, as mulheres mais pobres acabam preferindo ficar em casa, recebendo um “salário” do governo, mesmo sem trabalhar.
O modelo de estado de bem-estar social acaba incentivando isso. Em um ambiente mais liberal com a concomitante responsabilidade individual, o custo de abrir mão dos estudos ou do trabalho será muito elevado para os indivíduos. Terão de pensar duas vezes antes de terem filhos sem a devida condição de criá-los.
Já no welfare state, o custo é jogado para ombros alheios, e quando “todos” pagam a conta, independentemente de suas próprias escolhas, claro que haverá maior negligência e descaso dos indivíduos. Que os outros trabalhem para me sustentar, ora bolas!
Só vejo um caminho para mitigar esse problema: cobrar mais responsabilidade individual. A geração “nem-nem” precisa se dar conta de que tais escolhas têm um custo que deve ser pago por ela mesma, não pelos demais. Nossos filhos não deveriam ser um fardo financeiro para terceiros.

Banânia, cada vez pior. Ou:"Superávit do setor público tem pior outubro em 12 anos"(G1)

As contas do setor público brasileiro – que incluem governo, estados, municípios e empresas estatais – tiveram o pior mês de outubro em 12 anos, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29).A economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua trajetória de queda, conhecida como "superávit primário", somou R$ 6,18 bilhões no mês passado, o pior resultado para um mês de outubro desde o início da série histórica do BC, em dezembro de 2001.
Parcial do ano
No acumulado dos dez primeiros meses deste ano, ainda segundo informações oficiais do Banco Central, o esforço fiscal do setor público recuou 42%, para R$ 51,1 bilhões, o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período do ano passado, o superávit primário havia totalizado R$ 88,21 bilhões (2,44% do PIB).
Este é o pior resultado, para os dez primeiros meses de um ano, desde 2001 (R$ 46,58 bilhões), segundo o BC. O esforço fiscal ficou abaixo até mesmo dos dez primeiros meses de 2009 (R$ 52,3 bilhões) – período no qual o Brasil enfrentava os efeitos mais intensos da crise financeira internacional e decidiu, por conta disso, reduzir o superávit primário.
A queda do esforço fiscal em 2013, segundo dados do governo, está relacionada, principalmente, com dois fatores: a queda da arrecadação, por conta da crise finaneira e das desonerações de tributos anunciadas pelo governo nos últimos anos, com impacto de R$ 64 bilhões até outubro, e, também, com o aumento dos gastos públicos. Números do Tesouro mostram que as despesas totais subiram 14% na parcial deste ano, até outubro, bem acima dos 8,2% de elevação das receitas no mesmo período.
Guido Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou, em abril deste ano, que o setor público consolidado registraria um superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de 2,3% do PIB neste ano, o equivalente a cerca de R$ 111 bilhões.
Recentemente, entretranto, o próprio ministro Mantega mudou de discurso e tem se comprometido somente com um esforço fiscal de R$ 73 bilhões para o governo - deixando de lado o objetivo de R$ 111 bilhões para todo o setor público. Segundo ele, o atingimento dos R$ 111 bilhões dependerá do esforço dos estados e municípios.
Ele indicou nesta semana que o chamado "superávit primário" do setor público consolidado não deverá superar a marca dos R$ 100 bilhões em 2013 – que equivale a cerca de 2,05% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o ministro, o governo trabalha com um esforço fiscal de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões para os estados e municípios neste ano. Com isso, o superávit primário do setor público deve ficar entre R$ 96 bilhões e R$ 99 bilhões.
Juros da dívida pública e resultado nominal
Segundo o Banco Central, a apropriação de juros sobre a dívida pública somou R$ 194 bilhões (4,96% do PIB) nos dez primeiros meses deste ano, contra R$ 178 bilhões, ou 4,93% do PIB, em igual período do ano passado.
Após as despesas com juros, as contas registraram um déficit (pelo conceito "nominal" no jargão financeiro) de R$ 143 bilhões de janeiro a outubro deste ano, o equivalente a 3,66% do PIB. Em igual período de 2012, o déficit nominal somou R$ 90,2 bilhões, ou 2,49% do PIB. Em 12 meses até outubro, o déficit nominal somou R$ 162 bilhões, ou 3,45% do PIB.
Dívida do setor público
A dívida líquida do setor público, indicador que fornece uma indicação sobre o nível de solvência (capacidade de pagamento) de um país, somou R$ 1,65 trilhão, ou 35,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em outubro deste ano. Em setembro, estava em R$ 1,63 trilhão, ou 35% do PIB.
A dívida bruta, por sua vez, somou R$ 2,77 trilhões no fim de outubro, o equivalente a 59% do PIB, contra 58,8% do PIB no fechamento de setembro. No fim do ano passado, este indicador estava em R$ 58,7% do PIB.

Salve um gringo da violência brasileira!

Por Anon,
Este aviso é para você estrangeiro que mora na Europa, Oceania, Estados Unidos, Canadá, Japão ou Coréia do sul, enfim, em qualquer país do mundo que ainda tem um pouco de ordem, decência e respeito à propriedade e à vida. Gostaria que você cancelasse a sua viagem para o Brasil, e que boicotasse, para o seu próprio bem e de sua família, a copa do mundo e as olimpíadas desta suposta nação.

Muitos turistas que vieram para cá foram roubados, torturados, assassinados e tiveram as suas esposas ou namoradas estupradas, filhos seqüestrados, um verdadeiro terror. Peço-lhe que não venha fazer parte de uma triste estatística, digna de guerra, de cinqüenta mil mortos por ano e milhares de desaparecidos.

O crime organizado (os bandidos do tráfico de drogas, talvez com a colaboração das FARC) formou um segundo estado muito poderoso que está dominando, ideologicamente, o país de norte a sul, de leste a oeste. A polícia não é páreo para esta organização criminosa, além da corrupção interna, as leis de direitos humanos e seus advogados não deixam os assassinos presos por muito tempo. Os viciados em craque assaltam as pessoas em plena luz do dia, os menores de 18 anos cometem um crime hediondo de manha e a tarde já estão soltos.

Estrangeiro! Existem tantos lugares maravilhosos para se conhecer, a menos que queira se suicidar, ou ser estuprado(a), não venha jogar a sua vida fora e tão distante de sua casa! Não venha ser vítima de arrastão nas praias ou na cidade, ou ainda ser vítima de pegadinhas ou prática do tipo “boa noite Cinderela” das prostitutas que se passam por modelos e seus cafetões. Quando alguém é vítima de um crime no Brasil a primeira coisa que descobre é que aqui não há polícia, ou melhor, há varias, mas se juntar todas, elas não formam meia. Apenas 8% dos crimes são esclarecidos, mas, mesmo assim, as cadeias estão lotadas. É a bandidagem generalizada...

Mas, talvez, você é um destes turistas exóticos ou psicopatas, que gosta de muita adrenalina, então, assim sendo, não pretendo de forma alguma intervir no seu direito de livre escolha. Existem vários pacotes proporcionados pela cúpula corrupta, entre eles, você encontra: a) A Boa noite Cinderela, já citada acima. Neste quesito você pode acordar em uma banheira cheia de gelo, sem os rins ou com aquela leve sensação que foi estuprado. b) No Micro-ondas, você vira literalmente um churrasquinho, tostado dentro de vários pneus incendiados com gasolina. Isto pode ocorrer simplesmente por ter paquerado uma garota de traficante. c) Walking Dead, ao vivo e a cores, para isso, basta entrar em uma dessas ruas conhecidas como Cracolândia. Ali, você ira encontrar verdadeiros zumbis, autênticos farrapos humanos produzidos por este estado torpe. Estado socialista escravagista, que arranca, através dos impostos, metade da vida de seus cidadãos. Os outros itens, de D a Z, venha pessoalmente para descobrir, pois não quero estragar a surpresa.

Bem, se você vier, por falta de aviso, não foi! Mas mesmo assim, seja bem-vindo ao país mais corrupto do mundo.  Venha trazer seus dólares para enfiá-los no rabo do governo mais safado de todos os tempos.  Que pretende fazer estes torneios, Copa e Olimpíada, somente como engodo para enganar a maioria do povo mais simplório. Minha esperança é singela, mas se com este aviso eu salvar que seja apenas um estrangeiro de um trágico destino considero minha missão plenamente cumprida.  Anon, SSXXI

Não deixe que seu professor faça isso com você.


Denuncie!



Conselho aos Pais (ESP)

Senhores Pais,
Exerçam o direito que lhes é assegurado pelo artigo 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos:
"Os pais têm direito a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções." 
 
PROCESSEM
POR DANO MORAL
AS ESCOLAS E OS PROFESSORES
QUE TRANSMITIREM
CONTEÚDOS IMORAIS
AOS SEUS FILHOS

Flagrando o Doutrinador (ESP)

Ao deparar-se, no entanto, com uma audiência intelectualmente mais sofisticada, o doutrinador pode também sofisticar sua abordagem, dissimulando a propaganda ideológica numa roupagem pseudo-científica. Selecionamos, neste espaço, alguns procedimentos utilizados por esses mestres da militância.
Você pode estar sendo vítima de doutrinação ideológica quando seu professor:
  • se desvia freqüentemente da matéria objeto da disciplina para assuntos relacionados ao noticiário político ou internacional;
  • adota ou indica livros, publicações e autores identificados com determinada corrente ideológica;
  • impõe a leitura de textos que mostram apenas um dos lados de questões controvertidas;
  • exibe aos alunos obras de arte de conteúdo político-ideológico, submetendo-as à discussão em sala de aula, sem fornecer os instrumentos necessários à descompactação da mensagem veiculada e sem dar tempo aos alunos para refletir sobre o seu conteúdo;
  • ridiculariza gratuitamente ou desqualifica crenças religiosas ou convicções políticas;
  • ridiculariza, desqualifica ou difama personalidades históricas, políticas ou religiosas;
  • pressiona os alunos a expressar determinados pontos de vista em seus trabalhos;
  • alicia alunos para participar de manifestações, atos públicos, passeatas, etc.;
  • permite que a convicção política ou religiosa dos alunos interfira positiva ou negativamente em suas notas;
  • encaminha o debate de qualquer assunto controvertido para conclusões que necessariamente favoreçam os pontos de vista de determinada corrente de pensamento;
  • não só não esconde, como divulga e faz propaganda de suas preferências e antipatias políticas e ideológicas;
  • omite ou minimiza fatos desabonadores à corrente político-ideológida de sua preferência;
  • transmite aos alunos a impressão de que o mundo da política se divide entre os “do bem” e os “do mal”;
  • não admite a mera possibilidade de que o “outro lado” possa ter alguma razão;
  • promove uma atmosfera de intimidação em sala de aula, não permitindo, ou desencorajando a manifestação de pontos de vista discordantes dos seus;
  • não impede que tal atmosfera seja criada pela ação de outros alunos;
  • utiliza-se da função para propagar ideias e juízos de valor incompatíveis com os sentimentos morais e religiosos dos alunos, constrangendo-os por não partilharem das mesmas ideias e juízos.

Deveres do Professor (ESP)

Ao lado da liberdade de ensinar está a liberdade de aprender, ambas asseguradas pelo art. 206 da Constituição Federal.
A doutrinação político-ideológica em sala de aula constitui claro abuso da liberdade de ensinar; abuso que implica o cerceamento da correspondente liberdade de aprender, já que, numa de suas vertentes, essa liberdade compreende o direito do estudante de não ser doutrinado.
Ora, só um estudante consciente dos seus direitos poderá defendê-los contra a ação abusiva de professores militantes. Por isso, oEscolasemPartido.org elaborou a relação de Deveres do Professor que se vê abaixo.
Peça à sua escola ou à escola de seu filho que mande imprimir e afixar cartazes contendo essa relação de deveres em locais onde possam ser vistos por alunos e professores.
*  *  *
 
1. O professor não abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente político-partidária, nem adotará livros didáticos que tenham esse objetivo.
 
 
2. O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, religiosas, ou da falta delas.
 
 
3. O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.
 
 
4. Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.
 
 
5. O professor não criará em sala de aula uma atmosfera de intimidação, ostensiva ou sutil, capaz de desencorajar a manifestação de pontos de vista discordantes dos seus, nem permitirá que tal atmosfera seja criada pela ação de alunos sectários ou de outros professores.
 

Pais, protejam seus filhos de canalhas doutrinadores. Ou:"Professor não tem direito de "fazer a cabeça" de aluno" (ESP)

É lícito ao professor, a pretexto de “despertar a consciência crítica dos alunos” – ou de “formar cidadãos”, “construir uma sociedade mais justa”, “salvar o planeta”, etc. –, usar a situação de aprendizado, a audiência cativa dos alunos e o recinto fechado da sala de aula para tentar obter a adesão dos estudantes a uma determinada corrente ou agenda política ou ideológica?
Com outras palavras: é lícito ao professor tentar “fazer a cabeça” dos alunos?
A resposta a essa pergunta está no art. 206 da Constituição Federal, que diz o seguinte:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
Como se vê, ao lado da liberdade de ensinar dos professores – a chamada liberdade de cátedra –, a Constituição Federal também garante a liberdade de aprender dos estudantes.
Seja qual for, na sua máxima extensão, o conteúdo jurídico dessa liberdade de aprender, uma coisa é certa: ele compreende o direito do estudante a que o seu conhecimento da realidade não seja manipulado pela ação dolosa ou culposa dos seus professores. Ou seja: ele compreende o direito do aluno de não ser doutrinado por seus professores.
Esse direito nada mais é do que a projeção específica, no campo da educação, da principal liberdade assegurada pela Constituição: a liberdade de consciência.
A liberdade de consciência é absoluta. Os indivíduos são 100% livres para ter suas convicções e opiniões a respeito do que quer que seja. Ninguém pode obrigar uma pessoa, direta ou indiretamente, a acreditar ou não acreditar em alguma coisa. O Estado pode obrigá-la a fazer ou não fazer alguma coisa, mas não pode pretender invadir a consciência do indivíduo para forçá-lo ou induzi-lo a ter essa ou aquela opinião sobre determinado assunto. Isto só acontece em países totalitários como Cuba e Coreia do Norte.
Como o ensino obrigatório não anula e não restringe a liberdade de consciência do indivíduo – do contrário, ele seria inconstitucional –, o fato de o estudante ser obrigado a assistir às aulas de um professor impede terminantemente que este se utilize de sua disciplina, intencionalmente ou não, como instrumento de cooptação política ou ideológica.
Portanto, com base no art. 206 da CF, pode-se definir juridicamente a prática da doutrinação política e ideológica em sala de aula como sendo o abuso da liberdade de ensinar do professor em prejuízo da liberdade de aprender do estudante.
Esse abuso da liberdade de ensinar também compromete gravemente a liberdade política dos alunos, já que o fim último da doutrinação é induzir o estudante a fazer determinadas escolhas políticas e ideológicas. E como se alcança esse resultado? Mediante a desqualificação sistemática de todas as correntes políticas e ideológicas menos uma: aquela que desfruta da simpatia do professor.
Dessa forma, os estudantes são induzidos a fazer determinadas escolhas; escolhas que beneficiam, direta ou indiretamente, os movimentos, as organizações, os partidos e os candidatos que desfrutam da simpatia do professor ou que contam com a sua militância.
Sendo assim, não há dúvida de que esses estudantes estão sendo manipulados e explorados politicamente por seus professores, o que ofende o art. 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), segundo o qual “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de exploração”.
É certo que o professor doutrinador não se vale da violência para constranger os alunos. Mas, ao estigmatizar determinadas perspectivas políticas e ideológicas, a doutrinação cria as condições para um tipo de constrangimento muito menos sutil: o bullying político e ideológico que é praticado pelos próprios estudantes contra seus colegas. Em certos ambientes, um aluno que assuma publicamente uma militância ou postura que não seja a da corrente dominante corre sério risco de ser isolado, hostilizado e até agredido fisicamente pelos colegas. E isto se deve, principalmente, ao ambiente de sectarismo criado pela doutrinação.
Professor doutrinador é aquele que usa suas aulas para tentar transformar seus alunos em réplicas ideológicas de si mesmo. Assim agindo, porém, o professor infringe o art. 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante aos estudantes “o direito de ser respeitado por seus educadores”. Com efeito, um professor que deseja transformar seus alunos em réplicas ideológicas de si mesmo evidentemente não os está respeitando.
Por fim, a prática da doutrinação ideológica configura uma afronta ao próprio regime democrático, já que ela instrumentaliza o sistema público de ensino e os estudantes com o objetivo de desequilibrar o jogo político em favor de um dos competidores.
Em suma, o professor que usa suas aulas para “fazer a cabeça” dos alunos, por mais justas e elevadas que lhe pareçam as suas intenções, está desrespeitando, ao mesmo tempo, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Cabe às autoridades educacionais e aos responsáveis pelas escolas – públicas e privadas – adotar medidas eficazes para coibir essa práticacovarde, antiética ilegal (covarde, porque se prevalece da situação de inferioridade do aluno e do fato de ser obrigatória a sua presença em sala de aula; antiética, porque exercida por meio da autoridade conferida pela cátedra; e ilegal, como acabamos de demonstrar). E cabe ao Ministério Público – a quem a Constituição Federal atribui “a defesa da ordem jurídica e do regime democrático” e a legislação ordinária, a defesa dos interesses das crianças e dos adolescentes e dos consumidores – exigir que essas medidas sejam adotadas.
E que medidas são essas?
Muito pode ser feito, sem dúvida. Mas o mais importante e urgente é informar os alunos sobre o direito que eles têm de não ser doutrinados por seus professores.
Trata-se, aqui, mais uma vez, de um direito assegurado pela Constituição Federal: o direito – que decorre do princípio constitucional da cidadania (CF, art. 1º, II) – de ser informado sobre os próprios direitos.
Conferindo efetividade a esse princípio, o Código de Defesa do Consumidor – que é aplicável no caso da relação professor-aluno, uma vez que o professor é preposto do fornecedor dos serviços prestados ao aluno – enumera entre os princípios da Política Nacional das Relações de Consumo a “educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres” (art. 4º, inciso IV).
Além disso, o art. 2º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabelece que uma das finalidades da educação é preparar o educando “para o exercício da cidadania”.
Assim, tanto por força da Constituição, como por força do Código de Defesa do Consumidor e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as escolas públicas e privadas têm o dever jurídico de educar e informar os estudantes sobre o direito que eles têm de não ser doutrinados por seus professores.
Como cumprir esse dever? É simples: basta afixar em locais onde possam ser lidos por estudantes e professores (preferentemente nas salas de aula, mas também nas salas dos professores) cartazes com os seguintes preceitos:
1. O professor não abusará da inexperiência, da falta de conhecimento ou da imaturidade dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente político-partidária, nem adotará livros didáticos que tenham esse objetivo.
2. O professor não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, religiosas, ou da falta delas.
3. O professor não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas.
4. Ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma profundidade e seriedade –, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito.
5. O professor não criará em sala de aula uma atmosfera de intimidação, ostensiva ou sutil, capaz de desencorajar a manifestação de pontos de vista discordantes dos seus, nem permitirá que tal atmosfera seja criada pela ação de alunos sectários ou de outros professores.
Negar aos alunos o conhecimento desses deveres do professor é o mesmo que sonegar-lhes as condições mínimas necessárias ao exercício da cidadania dentro da própria escola!
Portanto, é necessário e urgente educar e informar os estudantes sobre os direitos compreendidos na sua liberdade de aprender, a fim de que eles mesmos possam exercer a defesa desses direitos, já que, dentro da sala de aula, ninguém mais poderá fazer isso por eles.